James e Lily - Naquele em que tudo mudou escrita por Mah Montenegro


Capítulo 13
Naquele em que acho que enlouqueci


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que já já estaria no ar. Não me julguem demora escrever! O importante é que está aqui, certo? Espero que gostem,na verdade eu diria que esse chap é um bônus, afinal é o mesmo chap do anterior mas na visão do James, desculpem fazer isso mas é que as vezes eu preciso dos dois pontos de vista pra história continuar fazendo sentido...

Aproveitem!



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Chap 13

Pov. James

No passeio para Hogsmead que Lily não havia aceitado ir comigo, conversei com os meninos para irmos à Zonko's e à Dedos de Mel para refazermos nosso estoque que já estava quase vazio. Já tínhamos acabado todas as compras, então fomos tomar uma cerveja amanteigada.

Estávamos Rabicho, Aluado e eu sentados em uma mesa no Três Vassouras esperando Almofadinhas trazer nossas cervejas. Pessoas normais teriam pedido para a garçonete, mas Almofadinhas dizia que madame Rosmerta era muito “melhor” do que qualquer garçonete daquele lugar. Mesmo madame Rosmerta sendo bem gostosa para alguém da idade dela, acho que Sirius tinha medo é de a garçonete cuspir na cerveja dele, já que eles já haviam tido um caso, e como posso dizer, não acabou muito bem. Pensei então: “Por que não contar a eles?”.

– Sabe, gente, - comecei meio sem jeito - eu estou pensando seriamente em adiantar as coisas com Lily, se é que vocês me entendem...

– Ah... Não sei não, Pontas. – Disse Rabicho, enquanto tamborilava os dedos na mesa. - Não está se precipitando muito? - Completou. Já estava me perguntando se teria sido uma boa ideia contar-lhes meus pensamentos.

– É que eu não consigo mais ficar perto dela e agir como se estivesse tudo bem só sermos amigos!

– E não está?- Aluado perguntou. Tudo bem, agora eu tenho certeza de que não foi uma boa ideia.

– Deixa pra lá... – Resmunguei. Nessa hora Almofadinhas chegou com nossas cervejas já se intrometendo no assunto como de costume.

– Qual é, pessoal. Pontas é nosso amigo, devemos ajudá-lo. – Ele disse todo relaxado entregando-nos nossas respectivas canecas.

– Você nem sabe do que estávamos falando, Almofadinhas. – Indignou-se Aluado

– Alguém está estressado esses dias... – Caçoou Almofadinhas. Na verdade, foi uma piada meio sem graça. Ele fez o trocadilho, pois Aluado estava em seus dias de lua, e estava mais violento que o normal, o que raramente acontece. Somente quando ele está muito preocupado com algo. Eu gostaria de ter repreendido Almofadinhas, mas pelo visto, ele seria o único que iria me entender naquela mesa. Não ia ser pilantra de não apoiá-lo agora. Então o apoiei com meu silêncio.

– Não enche! – Resmungou Aluado em resposta, enquanto tomava um gole de sua cerveja.

– Mas o que vocês iam dizendo mesmo? – Perguntou Almofadinhas tomando um gole da sua também.

– Pontas estava dizendo que quer tornar as coisas mais ágeis com Lily. – Contou Rabicho.

– Ah, Pontas... – Começou Almofadinhas, mas sabe, eu não queria saber. Então, por que não?

Eu tomei meia caneca em uma golada só, levantei-me, joguei dois galeões na mesa, peguei meu casaco, cachecol, gorro, luvas e sai. Estava realmente frio fora do bar. Não havia me afastado nem cinco passos do bar quando ouvi o sino da porta batendo novamente. Olhei para trás para ver se era alguém conhecido, porém não havia ninguém lá.

No caminho para lugar algum, fui vestindo aos poucos todos os meus acessórios de frio. Logo estava em frente à casa de chá Madame Puddifoot. Sabia que Lily costumava ir lá com suas amigas, mas também sabia que elas estariam tendo uma “conversa séria”. Por coincidência, havia um banco logo em frente, me sentei lá, pois tinha que pensar um pouco. E então eu pensei: "por que não?" Caminhei até a janela do bistrô, de onde eu podia ver Lily rindo lindamente e tomando um gole de seu chá. E mais uma vez pensei;"por que não?" Bati na janela.

Não consegui somente a atenção de Lily, mas sim a do bistrô todo. Isso não importava muito para mim, era acostumado a ser o centro das atenções. Sendo capitão do time de quadribol, não é algo muito difícil de acontecer. Mas cá entre nós. Lily não era assim, e eu sabia disso. Ela era uma garota tímida que estava sempre tentando esconder-se atrás de uma de suas amigas, ou talvez dentro de suas próprias roupas. Na verdade, ela odiava ser o centro das atenções, e eu sabia disso.

Minha preocupação sumiu de repente, quando percebi que eu não era o único vidrado nessa história. Lily olhava para mim sem nem piscar, estava totalmente concentrada e nem parecia imaginar o que se passava em sua volta. Merlim, ele tinha olhos lindos...

Dorcas estralou os dedos em frente do rosto de Lily, o que fez ela se desligar da nossa conexão. Elas discutiram por um momento e então Lily levantou-se e sumiu em direção da porta. As garotas simplesmente piscaram para mim ou fizeram gestos como se me desejassem boa sorte. E então, finalmente ouvi o som do sininho da porta tocar. E daquela porta saiu a garota mais linda de todas. Lily Evans.

Já havia alguns segundos que ela tinha saído, e nós ainda não havíamos falado uma palavra. Se eu não fizesse nada, as coisas ficariam estranhas, então eu disse a primeira coisa que veio em minha cabeça.

– Está mais vermelha que seus cabelos, Evans. – Seu idiota mental! Você devia elogiá-la, não tirar sarro dela.

Ela simplesmente espichou a língua pra mim. Ela ainda era uma criança, mas não posso negar que achei uma gracinha. E em um segundo, Lily estava em meus braços. Eu não sei bem o que aconteceu, talvez ela tenha escorregado, ou talvez feito de propósito. Só sei que Lily Evans estava em meus braços, e eu não conseguia tirar os olhos dela. Mas como sempre, Lily tinha que cortar nossa conexão.

Okay, dessa vez eu pude entender, pois pela visão periódica eu consegui ver as garotas nos encarando. Pois é, não é agradável... Então perguntei mentalmente “Por que não?”

– O que acha de irmos para um lugar com mais privacidade?

– James, eu não recusei seu convite porque não te quero perto, pelo contrário. Porém recusei-o porque prometi passar a tarde com as meninas. – Ela disse aquilo tudo tão rápido e se afastando aos poucos de mim que foi até difícil processar.

– Mas... – Foi a única coisa que eu consegui dizer. E mesmo se eu tivesse mais alguma coisa para dizer não iria adiantar muito, afinal ela me cortou logo em seguida.

– Por favor, James! – Tinha algo em seus olhos que não me deixava negar nada do que ela me pedisse.

– Tudo bem... – Um pequeno sorriso, imagino eu que de alívio, surgiu no rosto dela. - Mas, voltando para Hogwarts...?

– Sim, poderemos conversar. Mas o que é tão importante? – Estou chegando à conclusão que de agora em diante vai ser raro que eu finalize um frase sequer.

– Na verdade não é importante, mas eu queria ver seus olhos. – Eu olhava em seus olhos verdes tão profundos que só fui “acordar” quando nossos narizes se tocaram.


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Notas finais do capítulo

Okay, já sabem as regras, cinco reviws pra um novo chap. Mas contem aí, gostaram? O que vocês acham que vai acontecer agora? Será que eles vão se beijar? Será? Reviws pra descobrir!