Olhos Azuis escrita por Maddie


Capítulo 9
Primeiras Confusões.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Eu odiava ainda mais Dolores. Como uma pessoa conseguia ser tão insuportável. Eu discuti com ela umas duas ou três vezes. Resultado? Detenção com a bruxa. Pelo menos Harry também teria, mas é óbvio que ela faria algo para termos detenção em horários diferentes. Como aconteceu tudo? Oras.

Flash Back.

Todos já estavam sentados em seus lugares, vendo Dolores entregar um novo livro. Era um livro que obtinha o certificado do Ministério, mas que caralho o Ministério podia se meter nas matérias? Só me despertei de meus xingamentos mais profundos quando ouvi berros e levantei meu olhar. Harry e Dolores estavam discutindo.

– Lobisomens são perigosos. – disse ela, com um falso tom.

– Lupin fora o melhor professor que nós tivemos! – berrei. Os olhares da sala se voltaram para mim, e Harry me agradecia com o olhar. – Se o Ministério acha que vai nos ensinar com isto, – apontei para os livros – estão muito enganados.

– Qual o seu nome, senhorita? – perguntou Dolores, brava. – Oh, não. Não responda. Clarisse Maslow?

– Em carne e osso. – respondi. Alguns alunos riram.

– Muito bem, acho que devia ser uma boa aluna, já que seus pais trabalham no Ministério. – resmungou. – Onde foi que Ariana e Louis Maslow erraram?

– Quem você pensa que é pra falar da educação que meus pais me deram? Oque eles me ensinaram durante toda a minha vida foi defender oque acho certo. E não acho certo a senhora ofender Lupin por ele ser um melhor professor que metade dos professores desta escola! – berrei.

– Muito bem. Detenção para o Sr. Potter e para a Srta. Maslow. – ela disse. Harry sorriu, irônico. Eu apenas dei uma gargalhada.

– Por mim, tudo bem, Dolores. – sorri, me sentando novamente. O rosto de Dolores estava vermelho, e percebi que todos da sala tinham vontade de rir.

Flash Back Off.

E foi assim que peguei detenção. Hoje era sábado, a escola estava vazia. Decidi não visitar meus pais, eles iriam brigar comigo. Decidi passar o dia fazendo nada, pra variar um pouco. Hermione decidiu ficar comigo no colégio, já que seus pais estariam fazendo uma viagem.

Em um momento de distração dela, comecei a andar pelo castelo em busca de algo que me tirasse de meus pensamentos. Por que? Cedrico. Eu o via a toda hora, pelo menos ele sorria. Foi então que achei uma sala vazia, a não ser por um piano. Me aproximei devagar, tirei o lençol que o cobria e me lembrei das aulas de piano que tinha com meus pais. Me sentei, procurando em minha mente alguma música boa para tocar. Foi então que me lembrei de uma letra escrita por mim, e eu nunca havia a cantado.

(N/A: Coloque essa música para tocar.)

Definitivamente era a minha melhor letra. Quanto mais eu a tocava, mais tirava as coisas ruins que existiam em mim. Lembrei de todos os meus momentos bons, com minha família, amigos e ele.

"– Deixa de ser bobo, Ced. – comecei a rir.

– Bobo? Quem é bobo agora? – ele levou sua mão até minha barriga e começou a fazer cócegas. Eu me contorcia na grama, como uma lagarta.

– É bobo. O meu bobo. – murmurei e o beijei."

De repente, lágrimas surgiram em meu rosto.

"– O grande Harry Potter. – eu e Ronald caçoávamos de Harry.

– Que de grande não tem nada, ele é do tamanho de Hermione. – eu ri.

– Você não pode dizer nada, é mais baixa que eu. – ele rebateu, rindo.

– Assim não vale! – comecei a rir junto."

Um grande sorriso se estabeleceu em meus lábios.

"– Aquela nuvem ali se parece um carneiro. – murmurei.

– Não, se parece um jacaré. – Cedrico murmurou de volta.

– Como? – comecei a rir.

– Me promete uma coisa? – ele perguntou.

– Sim.

– Se eu morrer, promete que vai seguir sua vida?

– Cedrico... – ele me interrompeu.

– Só promete. – murmurou, segurando a minha mão.

– Tudo bem, eu prometo. Mas eu não preciso prometer, por que você vai voltar sã e salvo. – me inclinei e beijei seu lábio. Ele sorriu e voltamos a olhar nuvens."

Era a minha pior lembrança.

Eu havia prometido algo e não cumpri. Agora minhas lágrimas desciam com uma certa velocidade, e quando a música acabou, ouvi palmas. Me virei lentamente para a porta, prevendo que seria algum professor pronto para me dar detenção, quando vi Draco.

– Draco? Oras, me deu um grande susto. – coloquei a mão no peito.

– Desculpe-me. – riu. – Você canta muito bem.

– Obrigada. – ele se aproximou, sentando ao meu lado no piano. – Você também toca algo?

– Na verdade, sim. Mas não quero falar disso. Estava chorando? – ele perguntou. Não havia como mentir para Draco, então, assenti. – Por causa do Diggory, não é? – assenti novamente, com mais lágrimas em meu rosto.

– Saudades. – murmurei.

– Ele era uma boa pessoa. – ele riu. – Sempre me cumprimentava, não era como os outros amigos Lufanos.

– Mas os Lufanos tem bom coração. – rebati.

– Mas me odeiam. – ele riu.

– Quem não te odeia, Draco? – perguntei, rindo.

– Você. Minha melhor e única amiga. – Draco me abraçou de lado.

– Eu sou demais, pode dizer. – rebati, fazendo pose.

– E nem um pouco modesta. – começamos a rir novamente e eu tive uma certeza. Por mais que as lembranças ruins tenham que me atormentar, tenho como combatê-las.

Com as boas lembranças.

Cedrico não se foi em vão.


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