Olhos Azuis escrita por Maddie


Capítulo 2
A Marca Negra.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Após a vitória da Irlanda, todos nós voltamos para a nossa tenda. Nos despedimos de Amos e Cedrico novamente, e antes que eu pudesse ir, ele me deu um beijo na bochecha, sorriu e foi embora. Me belisquei umas três vezes, mas não era sonho. Hermione jogava charadinhas de três em três segundos, enquanto Gina ainda estava de cara amarrada. Como eu a odiava. Oque aconteceu nos próximos minutos foi inacreditável. Jorge e Fred estavam na cozinha, Ronald defendendo Victor Krum, Gina perturbando o irmão, Hermione e Harry apenas riam de tudo. Foi quando ouvimos alguns estrondos.

– Os Irlandeses estão comemorando! – disse Fred, ou Jorge. Ainda não sei quem é quem.

– Não são os Irlandeses! Vamos! – Sr. Weasley puxou todos para fora da tenda, e nos deparamos com um cenário de guerra.

Por que todos estavam correndo? Algumas pessoas pisoteavam as outras como se fossem formigas.

– Fred e Jorge, vocês cuidam de Gina, vamos para o portal! – Arthur disse. Enquanto todos correram para o Portal, eu estava estática. Via aquele cenário e não conseguia me mover. Foi quando senti um baque em minha cabeça e tudo ficou escuro.

***

Quando abri meus olhos novamente, não consegui me levantar. Meu corpo doía, assim como a minha cabeça. Tudo em minha volta era um verdadeiro sinal de guerra, foi quando ouvi vozes gritando por mim.

– Clarisse! – era Hermione. – Clarie! – exclamou novamente. Me levantei e então eles me avistaram. – Você está bem?

– Acho que sim. – murmurei. – Oque aconteceu?

– A Marca Negra, olhe. – Harry apontou para o céu. – O Ministério já está aqui. O Sr. Weasley disse que quem começou a confusão foram os Comensais da Morte.

– Comensais da Morte? – perguntei.

– Seguidores de Você-Sabe-Quem. – Ronald disse baixo. – Agora temos que ir, vamos. E então começamos a andar de volta para o Portal, onde todos nos esperavam. Cedrico parecia um pouco aflito, mas tentei ignorar. E então, voltamos para casa.

***

Mais alguns dias se passaram e eu estava em casa, escrevendo uma carta para Harry. Faltava um dia para irmos à Hogwarts, e eu não via a hora de reencontrar o resto de meus amigos. Fox estava em sua gaiola, ela me encarava, esperando que eu terminasse a carta para que ela levasse a Harry.

"Caro Harry.

Falta apenas um dia para irmos para a escola. Como se você não soubesse disso, não é? Enfim, andei conversando bastante com Hermione e Ronald, apesar de Errol ser um pouco atrasada. Fox não se dá muito bem com ela. Como vão as coisas com os Dursley? Espero que seu primo – Duda, não é? – esteja te tratando bem, ou dou uns cascudos nele. Pois bem, só estou mandando a carta pois não tenho nada para fazer. Não se sinta ofendido. Se não quiser responder, sem problemas, amanhã nos vemos.

Clarisse Maslow."

E assim se passou o meu dia. Harry respondeu minha carta, mas eu não lhe mandei outra. Hedwiges passou o dia brincando com Fox. Engraçado, ela não se dava muito bem com Errol, mas adorava a coruja de Harry. Corujas, sempre tão carismáticas. Minha noite foi um pouco complicada, sonhei com os acontecimentos da Copa Mundial de Quadribol, e com Cedrico. Mas isso eu prefiro esquecer.

***

Chegamos na estação de King's Cross um pouco adiantados. Meus pais passaram comigo pela parede mágica, até hoje tenho um certo receio de passar por ali. Logo avistei um grande trem vermelho, o Expresso de Hogwarts. Me despedi de meus pais que logo foram embora, problemas no Ministério. Entrei no trem a procura de Hermione, e a achei em uma cabine vazia.

– Olá, Hermione. – eu disse, abrindo a porta da cabine.

– Olá, Clarie. – Hermione havia inventado esse apelido na noite da Copa Mundial de Quadribol, confesso que adorei. – Já viu Harry ou Ronald?

– Ainda não, mas acho que logo eles...

– Bom dia Clarisse, Hermione. – Harry disse entrando na cabine, logo atrás dele estava Ronald com uma cara amarrada.

– Oque aconteceu, Rony? – pela primeira vez em todos os anos que conheci Ronald, eu o chamei pelo apelido.

– Estou com sono.

– Novidade. – Hermione rebateu.

A viagem seguiu longa, uma tempestade atrasava o trem. Gina e Neville haviam se juntado a nós, oque foi bem engraçado. Nós contávamos piadas, logo depois estávamos cantando, enfim. Foi quando ouvimos um baque e o trem parou. Todos foram jogados para a frente, e para piorar, a porta da cabine estava presa. Todos estavam jogados no chão, um debaixo do outro, ninguém conseguia se mexer, foi quando começaram a reclamar.

– Quem é que está com a cabeça nas minhas pernas?

– Se eu conseguisse me levantar, tudo ficaria bem.

– Vá se ferrar, Neville!

– Mas eu não disse nada!

– Oh, desculpe. Vá se ferrar, Ronald!

– Olha a boca, Clarisse!

– Ai meu Deus, alguém pisoteou os meus dedos!

– Oh, desculpe-me Gina.

– Haha, a Gina se ferrou!

– Cala essa boca, Maslow!

– Dá pra parar de me empurrar?

– Se alguém não tivesse prendido as minhas pernas, daria.

– Ai meus Deus, que confusão.

Ouvimos a porta da cabine ser aberta.

– Quem está aí?

– Dá pra parar de gritar? O vagão da Sonserina está ficando incomodado.

– Draco?

– Draco?

– Draco?

– Harry?

– Quem foi que disse Harry?

– Pensei que era pra dizer o nome de quem estava na cabine.

Num solavanco, senti mais um peso sobre mim.

– Quem caiu em cima de mim?

– Eu, Maslow.

– Então se levante, Malfoy.

– Se o Potter não estivesse prendendo a minha perna esquerda, eu me levantaria.

– Alguém está com a varinha?

– Eu estou. – todos responderam.

– Façam o Lumos, caramba!

– Lumos.

– Lumos.

– Lumos.

– Lumos.

– Lumos.

– Lumos.

– Ai, todos de uma vez não!

– Desculpa.

– Nox.

– Nox.

– Nox.

– Nox.

– Nox.

A única que deixou a varinha acesa foi Hermione.

– Temos que dar um jeito de sair daqui.

– Jura? Nem tinha percebido.

– Cale-se, Ginevra.

– Por que está me chamando assim? Sabe que eu odeio o meu nome!

– Ronald, Ginevra. Os Weasley's não são muito bons para escolher nomes.

– Como se "Draco" fosse um nome lindo.

– Ninguém te chamou na conversa, Maslow.

– E ninguém chamou você também!

Foi quando ouvimos um barulho na porta da cabine, e Percy apareceu ali, chocado.

– Mas oque está acontecendo aqui?

– Droga.

– Droga.

– Droga.

– Droga.

– Droga.

– Aleluia.


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