Olhos Azuis escrita por Maddie


Capítulo 19
Novas Confusões.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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"Querida avó.

Estou muito bem, já não enfrento todo aquele dilema de alguns dias. Estou reconsiderando a ideia de ir para o Brasil, mas isso não significa que eu não vou visitá-la. Meus pais andam bastante ocupados no Ministério, mas acho que as coisas vão melhorar. Ainda acho um pouco arriscado uma bruxa magnífica como a senhora morar entre os Trouxas, mas enfim.

Lembra-se de Harry? Eu lhe mandei uma foto na última carta. Nós estamos muito bem, e isso me faz feliz. Tive um sonho estranho à alguns dias, mas isso é bastante normal para mim. Faltam apenas dois dias para as férias, e confesso que nunca fiquei tão feliz. Hermione e Ronald finalmente estão namorando, isso é bastante legal.

Vó, lembra-se que pediu para levar meus amigos até aí? Pois então, estou pensando em chamá-los para passar alguns dias no Brasil. Todos dizem que aí é muito bonito, e que queriam poder visitar. Fox está muito bem, e sente sua falta, já que foi a senhora que a comprou. Pois então, tenho que ir.

Muitos beijos, Madeline Maslow."

Terminei a carta e guardei em minha escrivaninha, mandaria pelo correio mais tarde. Oras, uma coruja não é capaz de aguentar tanto tempo de viagem. Percebi que Hermione estava jogada em sua cama, suspirando de dois em dois segundos. Ela estava apaixonada, eu não a culpava, mas aquilo era um pouco chato, confesso. Não que eu não estivesse assim, mas eu não passava horas suspirando pelos cantos como ela.

– Oque está acontecendo com você? – indaguei, rindo.

– Oras, nada. Harry me mandou ficar de olho em você todo o tempo. – riu.

– Não sei por que, vocês são tão bobos. – eu ri.

– Depois do incidente com a Chang, ele ficou preocupado. – ela disse, indo até a escrivaninha e pegando uma escova de cabelos.

– Aquela garota é maluca. – murmurei.

– Está em detenção até hoje. – riu.

– Caramba, já faz uma semana. – nós rimos.

– Pois é. Então, aquele sonho maluco, Jorge ficou até um pouco feliz por você ter falado com Fred. É claro que ele queria que o irmão aparecesse nos sonhos dele, mas isso já é outro caso.

– Quer passar alguns dias no Brasil comigo? – indaguei, sem dó.

– Como? C-Claro! Vai ser demais! Ronald vai também? – revirei os olhos.

– Ai meu Deus, eu mereço. – bufei e saí andando em direção ao Salão Principal, onde todos deveriam estar jantando.

***

Dito e feito. Estamos em um avião, indo para o Brasil. Ronald parece uma bebê, prestes a chorar no colo de Hermione. Uma boa notícia: Neville está conosco. Uma péssima notícia: Gina também está. Sentamos todos como casais, menos Gina e Neville. Obviamente, eu queria que Luna estivesse no lugar da ruiva idiota, mas enfim.

– Ai meu Deus, nós vamos morrer, vamos todos morrer. – Ronald murmurava. Ele estava assustado, era engraçado.

– Cale-se. – disse Gina.

– Você parece uma criança de tão ridículo. – eu disse.

– Nunca viajei nesse troço. Parece que um gavião gigante nos comeu.

– Você não entendeu? Gavião, tire o "G", fica Avião. – falei, como se fosse óbvio. Oque não era, já que eu mesma só me toquei disso agora.

***

– Não entendo oque eles falam, Clarie. – minha avó disse.

– Vó, você morou em Londres por dezoito anos! – berrei.

– Não tenho memória de elefante. Desaprendi, oras.

– Clarisse, podemos ir para a casa da sua avó? Me sinto cansado. – disse Harry, obviamente em inglês, fazendo minha avó dar um surto.

– Oque ele disse?

– Disse que está cansado. – respondi.

– Oh, vamos pra casa. – minha avó disse em inglês, com um sotaque carregado. Nós rimos e ela fez cara feia.

– Obrigado. – Harry disse em português, fazendo um sotaque fofo. Ele ficou vermelho e nós rimos.

– Bom português. – disse Ronald.

– Pelo menos eu não tenho medo de avião. – Harry deu ombros.

– Ei!

***

Minha avó estacionou o carro em frente a uma pequena casa. Ela era bege, com alguns detalhes em azul bem clarinho. Os canteiros de flores que ficavam na frente alegravam o lugar, e a grama era bem verde. Haviam várias árvores e em cada uma delas, um balanço.

– Meu Deus, vó. – exclamei, animada. – Isso é perfeito!

– Eu sei, oras. – ela riu, se gabando.

Todos entraram para guardar seus pertences nos devidos quartos. Harry e Ronald teriam um para eles, Gina e Hermione um para elas e eu ficaria em meu antigo quarto.

Aquela casa parecia ser pequena, mas não era. Minha avó ficava bastante sozinha, isso não me agradava. Meu avô morreu quando tinha apenas cinco anos, eu era bastante apegada a ele. Desde então, minha avó mora no Brasil, ignorando o mundo mágico. Mas é óbvio que, uma vez bruxa, sempre bruxa. (N/A: Imitando o legado de Nárnia, "Uma vez rei ou rainha de Nárnia, sempre rei ou rainha de Nárnia!")

– Vó, nós vamos dar um volta, tudo bem? – indaguei.

– Mas é claro! – ela disse, empolgada.

Subi as escadas correndo em direção ao quarto dos meninos, mas parei assim que ouvi uma conversa.

– Mas e a Clarie? – era Ronald.

– Oras, nós não somos namorados. Somos apenas amigos. – essa doeu.

– Então eu posso beijá-la como amigo também? – ele riu.

– NEM PENSE NISSO! – gritou Harry, bravo.

Fiquei parada na porta, rindo. Comecei a pisar forte no chão, para eles perceberem que alguém se aproximava. Alguns segundos depois eu entrei.

– Oi, meninos. Vamos dar uma volta pelo bairro? – indaguei, sorrindo.

– Mas é claro. – Ronald se levantou juntamente com Harry e fomos em direção ao quarto das meninas. Por sorte, elas não estavam conversando nada.

– Onde vocês vão? – indagou Gina, com aquela voz irritante.

– Passear pelo bairro. Vocês vem? – perguntei. As duas assentiram.

Nosso passeio começou pelos pontos turísticos. Ronald e Gina não conheciam nada do mundo trouxa, era bastante engraçado a maneira como eles reagiam a certas coisas. Estávamos em uma parte bem tranquila do bairro, não moravam muitas pessoas ali.

– Esse lugar é bem tranquilo, eu adoro. – falei, feliz. – Não existe nada de perigoso, diferente do mundo bruxo.

– Tem certeza que não há nada de perigoso? – indagou Ronald.

– Sim. Por que? – perguntei.

– Por que tem um homem vindo com uma varinha na mão, e eu acho que ele não quer fazer cosquinhas em nós. – ele riu, nervoso.

– Calma, Ron. – Hermione disse, mas é óbvio que ela também estava com medo. Nós começamos a andar na direção contrária, mas o homem nos seguia.

– Hermione, Clarisse e eu estamos com a varinha. – Harry disse. – E nós já somos maiores de idade, não tem problema.

– Hermione, me dê a sua varinha agora. Vá com Gina para se esconder. – Ronald disse, nervoso.

– Não. Ronald, você ainda não tem dezoito. Se usar magia, o Ministério pode fazer algo contra você. – ela rebateu.

– Eu ajudei a derrotar Lord Voldemort! Oque mais eles querem de mim? – respondeu, bravo.

– Chega, vocês dois. Ronald e Gina, vão se esconder. – ordenei e eles foram, contra a vontade. – Pensei que a guerra havia acabado. – murmurei, observando o homem que agora corria em nossa direção.


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