Olhos Azuis escrita por Maddie


Capítulo 10
Vaca Rosa.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Os dias se passaram rápido, logo era segunda novamente. Eu estava indo para a primeira detenção com Dolores. Harry fora primeiro, e saiu de lá muito calado, isso era estranho. Bati na porta duas vezes, e logo aquela voz irritante me pediu para entrar. Obedeci prontamente, e coloquei minha mochila na cadeira ao lado da que me sentei.

– Bom, Srta. Maslow, hoje a senhorita irá escrever algumas frases. – era disse, com aquele sorriso cínico. Fui pegando minha pena e algum papel dentro de minha mochila, mas ela logo me interrompeu. – Não com a sua pena, mas com uma pena minha especial.

– Tudo bem. – respondi cínica. Ela me deu uma pena majestosa, admito. – A senhora não me deu tinta.

– Oh, não precisa de tinta. – respondeu, sorrindo. – Quero que escreva "Não devo ser mal-educada", o suficiente para a frase penetrar em sua mente.

Conforme ia escrevendo, sentia uma formigação em minha mão, mas em nenhum momento parei de escrever. Somente quando estava terminando a minha segunda frase que senti uma dor aguda, e quando voltei meu olhar para a minha mão, não acreditei no que vi. Tudo oque eu escrevia no papel, escrevia em minha mão. O pior é que ardia, como se estivessem cortando o meu pulso. Podia ver os respingos se sangue que saíam de minha pele.

– Monstro. – murmurei.

– Como? – perguntou ela, cínica. Vaca cor-de-rosa.

– Nada. – olhei novamente para a minha mão. – Nada.

– Isso foi somente o começo, Srta. Maslow. Espero a senhorita na próxima detenção, agora pode se retirar. – ela disse, se levantando de sua cadeira e indo até a porta. Peguei minha mochila e fui andando em passos duros, sem olhar para aquela monstra.

As horas se passaram tão rápido que eu nem notei. Quando escureceu, percebi um movimento e deduzi que já era hora do jantar. Coloquei luvas em minhas mãos, para despistar qualquer pergunta. Dumbledore estava bastante ocupado com o Ministério, eu não daria mais problemas á ele. Fui andando em direção ao Salão Principal, e me sentei ao lado de Harry e Hermione.

– Quase não te vi hoje, Clarie. – disse Hermione, sorrindo.

– Estava bastante ocupada. Voltei da detenção á algumas horas. – disse.

– Clarisse? – Harry disse, chamando minha atenção e olhando diretamente para as minhas mãos com luvas.

– Sim?

– Tire as luvas.

– Como?

– Tira logo as luvas.

– Não!

Nesse meio tempo, metade da mesa da Grifinória estava nos encarando.

– TIRA LOGO!

– EU NÃO VOU TIRAR A PORCARIA DA LUVA!

Gritei, e logo mais olhares se voltaram para nós. Num momento de distração, Hary pegou minha mão e tirou a luva. Ele se deparou com a mensagem e não parecia nem um pouco surpreso.

– Umbridge também fez isso comigo. – ele respondeu.

– Como? – peguei sua mão e estava escrito "Não devo contar mentiras". – Que mentiras você contou, Harry?

– Eu disse que Voldemort tinha voltado. – murmurou.

– Mas isso não é mentira. É a mais pura verdade. – murmurei de volta.

– Diga isso á Dolores. – disse ele, botando uma pedra no assunto.

***

Alguns dias se passaram, e todos estavam loucos. Por que? O N.O.M.'S se aproximava. Eu estudava como uma louca, mas sabia que iria me dar muito bem. Para piorar, Hermione, Ronald e Harry decidiram criar uma organização, a Armada de Dumbledore, que iria acabar com tudo oque o Ministério dizia. Seria como uma ping-pong, o Ministério inventava algo, nós rebatíamos. Nem sei como Hermione me convenceu a participar disto. O local escolhido fora a Sala Precisa. Muitos assuntos estavam rondando Harry. Sonhos estranhos, a intervenção do Ministério em Hogwarts, o sumiço de Sirius. Em falar em Sirius, já disse que ele é como um tio para mim? Pois é.

Quer que eu te explique o por que? Bom, eu já tinha ouvido falar de Sirius Black pouco antes de todos saberem que ele era um "assassino". Uma vez, no terceiro ano, eu havia ido até o Beco Diagonal para comprar um novo livro, quando um cachorro me encurralou em um beco. Era grande e branco. Eu teria morrido, se um cachorro negro não tivesse se metido em minha frente e matado o outro. O cachorro negro acabou desmaiando, e se transformando num homem. Eu reconheci o homem na hora, era o assassino Sirius Black. Mas eu não tinha medo, pelo contrário. Eu o levei para uma cabana e cuidei de seus machucados. Levava comida todos os dias, e extraía informações do Ministério para que ele se informasse.

Quando a notícia chegou aos ouvidos de Harry e os outros, eu tentava convencê-lo que Sirius era uma boa pessoa, e nesse meio tempo, acabei brigando com ele. Ficamos duas semanas sem nos falarmos. Quando salvamos Sirius, ele me agradeceu infinitamente por tentar mudar a opinião de todos, e me deu um colar. Era de prata e tinha um símbolo, uma pata de lobo.

Eu o uso até hoje.


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