Quase uma semana havia passado desde a minha "conversa" com Christhian e depois disso havíamos nos falado apenas no dia em que ele saiu do hospital á três dias, não por falta de tentativas da parte dele, mas porque eu estava praticamente correndo dele.

A aula de Ed. Física está um saco, estamos no meio de um jogo de vôlei e eu estou no banco de reserva por não ter altura padrão com as outras jogadoras ¬¬"

O treino acaba e somos liberadas, vou para o vestiário e troco meu uniforme por minha própria roupa, assim que termino de me trocar saio do ginásio, viro no corredor e bato de frente em algo firme, estava esperando a queda mas senti mãos firmes em minha cintura, olhei para cima em busca do rosto do meu salvador e dou de cara com ninguém menos que Christhian Folses.

Abri a boca para me desculpar,mas ele me calou com a sua antes mesmo de eu começar a falar, ele me colocou de pé e me prensou contra a parede. Sua mão firme em minha cintura, as minhas automaticamente foram para os seus cabelos macios.

Ai meu Zeus !

O beijo não foi calmo, não foi romântico e nem de longe era lento. Ele era voraz, rápido e ousado...ousado de mais.

Nos separamos em busca de ar e ele me olha divertido.

– Bom, pelo menos agora você não fugiu- ele diz e eu soco seu ombro esquerdo, mas minha mão dói mais que o ombro dele.

Massageio minha própria mão com a outra e ele ri, pega minha mão e dá um beijinho nos nós dos dedos.

– Por que você foge de mim ?- vejo tristeza em seus olhos.

– Eu... eu tenho medo- assumo baixinho.

– Medo de que ? Olha eu não sou um maníaco se é disso que você está falando.

Meus olhos estão fechados, mas ainda sim, sei que ele está com um sorrisinho nos lábios.

– Hey, por favor fala alguma coisa- ele pede e acaricia meu rosto com as pontas dos dedos- Não fuja mais.

Solto um suspiro ainda de olhos fechados e aperto o meu botãozinho mental do "dane-se", abro os olhos e vejo que ele me encara.

Sem pensar em mais nada o beijo, mas diferente da outra vez na qual eu o beijei, desse vez ele não ficou surpreso.

Quando finalizamos o beijo, mais uma vez por falta de ar, ele sorriu.

– Acho que isso significa que você não vai mais fugir né ?

– Não. Não vou mais.

~*~

Estamos todos saindo da escola agora e terei que ir andando para casa, Willian não poderá vir me buscar pois está atolado em coisas para fazer no escritório.

– Ally !- escuto alguém me gritar e me viro. É Christhian parado ao lado do seu carro- Quer carona ?

Não penso duas vezes e corro em direção ao estacionamento.

– Oi... Obrigada- digo respirando fundo graças a pequena corrida.

– Sem problemas se você fazer uma lasanha de frango para mim- ele diz enquanto entramos no carro.

– Sem problemas se eu puder comer também- respondo e ele ri.

– Temos um trato srta. Carver ?- ele pergunta sério estendendo a mão.

– Temos um trato Sr. Folses- respondo e aperto sua mão.

No caminho de volta paramos em um super-mercado e compramos tudo o que precisamos.

No carro Christhian liga o rádio e está tocando Green Day- Kill the DJ

Começamos a cantar feito loucos junto com Billie Joe. Quando me dou conta nós já estamos no estacionamento do prédio.

Agarramos tudo e vamos rumo ao apartamento de Christhian.

Quando chegamos ao andar dele saímos do elevador e vamos rumo ao apartamento. Adentramos o apartamento e ele me diz que posso colocar minha mochila no sofá e assim eu faço, vamos rumo a cozinha que é bem parecida com a da minha casa porém mais masculina.

Enquanto eu faço o molho de frango com queijo cremoso, ele faz o molho branco.

Os molhos já estavam prontos e só faltava montar, Christhian havia ido ao banheiro e eu precisava do refratário que estava no armário de cima, subi em uma cadeira e agarrei o prato, tudo bem, quando já estava com um dos pés no chão escorreguei em um pouco de água que havia no chão e caí com tudo, derrubando o refratário que virou milhares de cacos, minhas costas doíam e minha cabeça mais ainda.

– Ally, aconteceu alguma...?- Christhian perguntou saindo do banheiro e me vendo no chão correu até mim- Você tá legal ?

– Por que alguém guarda um refratário num lugar tão alto ?- resmungo enquanto ele me ajuda a me colocar de pé

– Dói em algum lugar ?

– Meu corpo todo.

Ele ri e eu o acompanho, minha cabeça dói.

– Acho que vou ficar com um galo na cabeça- resmundo levando a mão até o local dolorido e notando uma elevação considerável.

– Por que não esperou eu sair do banheiro ?

– Porque eu não achei que fosse tão desastrada a pondo de não conseguir pegar um refratário.

Depois de Christhian me dar uma aspirina, nós montamos a lasanha e enquanto ela não ficava pronta eu contei mais alguns dos meus desastres à ele.

– Também teve uma vez em que eu escorreguei no meio do pátio da escola e me segurei no braço de alguém, só depois que eu e a pessoa já estávamos no chão que eu fui ver que era o diretor.- eu disse e Christhian gargalhou de quase chorar.

O forno apitou nos informando que a lasanha estva pronta. e assim coemndo lasanha e rindo nós almoçamos naquele dia.