A Different Dawn Treader escrita por Nymeria


Capítulo 11
Zanga!


Notas iniciais do capítulo

Wow, faz bastante tempo que não posto, né? Quase um ano. Me pergunto como eu deixei de postar há tanto tempo. Sério, não parece.
Bem, eu acho que devo explicações, caso alguém ainda esteja aí e acompanhe esta fanfic.
Eu não tenho uma explicação, pra falar a verdade. Foram vários fatores que me fizeram não escrever mais. Falta de criatividade, de incentivo... E muito trabalho. Eu entrei para o IF daqui e estou morrendo. Muita coisa pra fazer. As últimas três semanas foram de matar. Semestre passado eu estava me adaptando ao instituto, então escrever acabou ficando em último plano. Mas eu tentei, juro. Tanto é que nas férias eu até comecei a escrever o capítulo de verdade, mas novamente parei. E a verdade é que eu acabei esquecendo da fanfic (não me matem).
Masssssssssssss, como eu amo isso aqui e não poderia abandoná-la inacabada, passei a madrugada toda escrevendo e agora, às quase 04h30 da manhã de um domingo, vou finalmente postar.
Se alguém ainda ler isso aqui, desculpa, sério.



Acho que vai chover... Eu gostei do título.



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— Então… Ganhamos!

— O quê? Não! Ah, não é justo! Vocês sempre ganham!

— Eu tenho um dom — Adria ria, realmente feliz em ter ganhado aquela partida de zanga, um jogo de cartas muito comum na Arquelândia.

Você? — Caspian perguntou, mas sorria.

— A-hã, claro — Raisha estava irritada. — Não há como! Nós estamos jogando isso há duas horas e vocês ganharam todas as partidas!

— Bom, foram 2 horas bastante divertidas — Lúcia se levantou e saiu andando na direção oposta da mesinha no camarote onde estavam penduradas os retratos dos fidalgos. — E eu estou com fome.

— Realmente… — Adria concordou. — Comer não é uma má ideia.

— Vamos, tenho certeza que há algo para nós na cozinha — Caspian disse, levantando-se também.

— Não! Eu não vou desistir. Ainda vou ganhar de vocês! — Raisha protestou, mas seguiu os demais.

XX

Por razões além da minha compreensão, aceitamos o conselho de um louco senil que não se barbeia e desfila por aí numa camisola. Portanto, voltamos a esta banheira e estamos perdidos numa tempestade. Sensacional. Catorze dias sendo revirados feito panquecas sem o menor sinal de terra. O único consolo é que estão todos, finalmente, tão infelizes quanto eu. Menos aquele rato metido e falante; ele é um daqueles tipos chatos, para quem o copo está sempre meio cheio. Adria e Edmundo parecem ser os mais infelizes de todos. Eu não entendo. Algo aconteceu na ilha daquele velho maluco.

XX

Edmundo estava na popa do Peregrino, perdido no horizonte. Adria não sabia se devia ir até lá, afinal, eles tinham acabado de ter… bem… ela não sabia o que havia acontecido. Sim, sabia que devia ter contado sobre sua real situação na linha de sucessão da Arquelândia, principalmente depois das conversas sobre um futuro imaginário que os dois haviam tido. Suspirou. Tinham sido conversas prazerosas, apesar de ser duro saber que os dois não viveriam realmente tudo aquilo. Mas era bom imaginar, pensar nos dois juntos pelo resto de suas vidas. Ela queria isso. Então, pensando em mais conversas como aquelas, Adria se aproximou do rapaz.

O- — e tossiu. — Er, oi!

Edmundo tomou um breve susto, mas não virou em nenhum momento para olhá-la.

Oi.

Adria suspirou novamente. Por que, Aslam?

Eu… Sobre o que houve na ilha de Coriakin… Eu sinto muito. Eu-

Não. Eu não quero falar sobre isso agora.

Mas… Edmundo... — Ela protestou.

Adria, por favor.

Eu só quero que você me escute.

Edmundo suspirou, e, ainda não virando-se para ela, disse: — Tudo bem.

Certo. Eu quero começar pedindo desculpas. Eu fui idiota. Muito idiota. Mas eu não podia contar. — Ela entrelaçou as próprias mãos, mexendo com os dedos nervosamente. — Quer dizer, eu podia, mas não queria contar.

Existem motivos para isso. O primeiro deles talvez seja menos relevante, bobo. Sabe, meu pai não anda muito bem de saúde. Eu tento pensar que ele irá se recuperar e que tudo vai ficar bem como sempre, mas no fundo eu sei que não vai, e isso está me deixando maluca. Eu nunca quis ser rainha ou coisas do tipo, Ed, você sabe disso. E eu realmente não consigo me ver 'tomando' o lugar dele. Simplesmente me pareceu que ignorar isso fosse tornar menos real. É… As loucuras que a gente pensa.”

Adria…

Shhhh!

E… Lembra das nossas conversas? Aquelas sobre um futuro juntos? Não lembro bem quando começamos a tê-las, mas parece que desde sempre. Às vezes em Nárnia, às vezes em seu mundo… Eu, particularmente, gostava do futuro no seu mundo; com Pedro e Susana e todos aqueles lugares para visitar. Eu não era rainha nesses sonhos, e nem você rei. Éramos só eu e você, e não podia ser diferente. Não importava quem estava governando, apenas nós dois.

É engraçado… Nós não chegamos a viver nada disso e eu me sinto com saudades.”

Isso não mudaria nada, você não acha?

Então por que muda agora?

Mas Edmundo apenas balançou a cabeça e saiu, deixando-a mais sozinha do que quando foi embora por três anos.

— 14 dias...

— Adria? Você disse alguma coisa? — Lúcia perguntou, ao lado da garota.

— Uh? Não, nada.

— Bem, você resmungou algo.

— Ah, sim — ela sorriu. — Só estava pensando.

Edmundo estava do outro lado do camarote, falando com Raisha. Era irritante como os dois haviam virado amigos desde que não estavam mais juntos. Mal tinham falado um com outro desde então, apenas alguns “Bom dia” e “Oi” murmurados.

— Bom, estamos presos aqui com meias porções diárias — Drinian falava. — Água e comida para duas semanas, no máximo. Essa é a última chance de voltarem, Majestades. E Alteza. E Raisha.

— Humpf!

— Ninguém garante que vamos avistar a estrela azul tão cedo — continuou o Capitão. — Não nesta tempestade. É uma agulha num palheiro este lugar chamado Ramandu.

Lúcia suspirou, chateada.

— Passaríamos direto por ele até cair na beira do mundo.

— Ou ser devorados por uma serpente — Edmundo brincou.

— Só estou avisando que os homens estão nervosos. — Drinian deu a volta na mesinha em que Adria, Caspian, Raisha e Lúcia jogavam mais cedo. — Estamos navegando por um mar estranho. De um tipo que eu nunca vi na vida.

— Então quem sabe, Capitão, o senhor não queira explicar ao senhor Rince por que nós vamos abandonar a busca pela família dele — Caspian contrapôs.

Drinian mexeu a cabeça desconfortável mesmo, então disse: — Vou voltar ao meu posto.

Então, pegou seu casaco e voltou a falar: — Mas quem avisa amigo é. O mar prega peças malvadas na mente da tripulação. Bem malvadas.

E por fim saiu.

XX

Mais tarde, Lúcia olhava para o teto sem conseguir dormir. Pensava na tempestade, em casa, em seus pais e irmãos e, também, na folha que havia retirado do livro de feitiços na ilha de Coriakin, que guardava secretamente junto a si.

Olhando para o lado, a fim de ver se Gael dormia e confirmando isso, a menina retirou a folha de debaixo das cobertas e começou a ler.

“Transforme tudo direito

Me torne o ser perfeito.

Cílios, lábios, sem defeito.

Faça-me ela, que é mais bela,

Do que eu, tão singela.”

Olhou-se uma vez, para verificar se havia alguma mudança e, como não podia ver, dirigiu-se até o espelho. Enquanto se aproximava, a tempestade se dissipou e a claridade atravessava as janelas.

Em frente ao espelho, viu sua camisola tornar-se um belo e florido vestido azul. Seu corpo mudava também, e, então, seu rosto. Era Susana. Uma música começou a tocar, mas o som era baixo, parecia vir de algum outro distante lugar. Lúcia então empurrou o espelho, que se abriu a uma bela vista. A música ficara mais alta, havia pessoas conversando e rindo.

— Senhoras e senhores, senhorita Pevensie! — Um senhor que devia ter a idade de Drinian a apresentou.

Todos os presentes bateram palmas e formavam um corredor para ela passar. Lúcia sorria.

— É de uma beleza estonteante — um senhor comentou.

— Edmundo? — O rapaz logo apareceu e tomou seu braço.

— Está muito bonita irmã.

— Como sempre — Pedro surgiu atrás dos dois.

— Pedro!

— Com licença senhorita, posso tirar uma foto? — Um senhor com um equipamento fotográfico parou em frente aos três.

— A mamãe vai adorar — comentou Edmundo.

— Todos os filhos dela numa mesma foto — Pedro concordou.

— Sorria!

— Espera, onde é que eu estou? Cadê a Lúcia?

— Quem é Lúcia? — Edmundo perguntou.

— Susana, o que foi? — Foi a vez de Pedro.

— Por favor senhorita, um belo sorriso.

— Edmundo, eu não sei de nada disso. Eu já quero voltar.

— Voltar para onde?

— Para Nárnia!

— Mas o que que é Nárnia?

— Que história é essa? Para com isso!

O senhor tirava várias fotos, o que a fez cobrir os olhos devido à luz emitida pela câmera. Quando voltou a olhar, era novamente ela mesma.

— Lúcia.

— Aslam.

Aslam estava lá, ao seu lado no espelho mas, quando virou para o quarto, não viu nada.

— O que você foi fazer, filha?

— Eu não sei. Foi horrível!

— Mas foi escolha sua, Lúcia.

— Aslam, eu não escolhi tudo aquilo. Só queria ser bonita como a Susana. Só isso.

O olhar de Aslam parecia levemente decepcionado.

— Você desejou sumir, portanto tudo vai sumir. Seus irmãos e irmã não teriam vindo a Nárnia sem você, Lúcia. Você descobriu primeiro, se lembra?

— Me arrependo tanto!

— Você duvida de seu valor. Não fuja de quem você é.

E então foi embora, deixando Lúcia acordar de seu suposto sonho, queimando a folha do feitiço em seguida.


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Notas finais do capítulo

Ei, você que acabou de ler mais um capítulo de DDT, comente! Me diga o que você achou, me dê sugestões! Cante uma música da Xuxa, mas comente! Eu gosto de comentários. :-)



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