Eu Gosto Desse Abraço [HIATUS] escrita por Yas


Capítulo 6
"Sure, Fred. That's What Friends Do."


Notas iniciais do capítulo

OLA MINHA GENTE COMO VAO VCS NESTE LINDO DInão.
Ai, ai, não sei o que falar exceto
YOUR CHOICE BITCHES
Não tem nada a ver mas eu tava assistindo Se Beber Não Case, então............. é.
Leiam né minha gente pfvr E COMENTEM ESPECIALMENTE porque eu aqui no Nyah diz que eu tenho 15 leitoras, mas só duas comentam. COMO ISSO, MINHA GENTE?
Agiliza ae, obg dnd.
ADEUS



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/482806/chapter/6

"Sure, Fred. That's What Friends Do"

O Sr. Weasley acordou as garotas e eu após algumas horas de sono. Usou magia para fechar e dobrar as barracas, e o nosso grupo deixou o acampamento o mais depressa que pôde, passando pelo Sr. Roberts à porta da casa. O homem tinha um estranho olhar vidrado e acenou se despedindo com um vago "Feliz Natal".

— Ele vai ficar bom — disse o Sr. Weasley baixinho, quando começaram a atravessar a charneca. — As vezes, quando a memória de uma pessoa é alterada, ela fica um pouco desorientada durante algum tempo... E precisaram fazê-lo esquecer muita coisa.

Ouvimos vozes ansiosas quando nos aproximamos do lugar onde estava a chave do portal e, ao chegarmos, encontramos numerosos bruxos e bruxas reunidos em torno de Basílio, o guardador das chaves dos portais, todos exigindo, em altos brados, partir do acampamento o mais rápido possível. O Sr. Weasley teve uma discussão com Basílio, nós entramos na fila e conseguimos tomar um velho pneu de volta ao monte Stoatshead antes do sol realmente nascer. Voltamos caminhando por dentro de Ottery St. Catchpole, em direção à “Toca”, à claridade da alvorada, falando muito pouco porque estávamos demasiado exaustos e ansiosos pelo café da manhã que iríamos tomar. Em certo ponto da caminhada, fiz cavalinho nas costas de Fred, que nem falou nada sobre meu peso (o que é estranho porque ele adora fazer piadinhas sobre como eu estou gorda, e leva petelecos na cara como resposta).

Ao virarmos para a estrada de casa e avistarmos A Toca, um grito ecoou pela estrada úmida.

— Ah, graças a Deus, graças a Deus!

A Sra. Weasley, que evidentemente estivera à espera diante da casa, veio correndo ao nosso encontro, ainda usando chinelos, o rosto pálido e tenso, um exemplar amassado do Profeta Diário amarrotado na mão.

— Arthur... Eu estava tão preocupada... Tão preocupada...

Ela se atirou ao pescoço do marido e o Profeta Diário caiu de sua mão frouxa no chão. Baixando os olhos, eu li a manchete: “CENAS DE TERROR NA COPA MUNDIAL DE QUADRIBOL”, completada com uma foto em preto e branco da Marca Negra cintilando sobre as copas das árvores.

— Vocês estão bem — murmurou a Sra. Weasley distraída, largando o marido e olhando para todos nós com os olhos vermelhos —, vocês estão vivos... Ah, meninos...

E para surpresa de todos, agarrou Fred e Jorge e puxou os dois para um abraço tão apertado que as cabeças dos garotos se chocaram.

— Ai! Mamãe, você está estrangulando a gente...

— Gritei com vocês antes de irem embora! — disse a mãe, começando a soluçar — é só nisso que estive pensando! E se Você-Sabe-Quem tivesse pegado vocês, e a última coisa que disse aos dois foi que não obtiveram suficientes N.O.M’s? Ah, Fred... Jorge...

Eu fui obrigada a segurar o riso com o embaraçamento dos gêmeos, uma vez que os dois não queriam pagar vergonha na minha frente.

— Ora vamos, Molly, estamos todos perfeitamente bem — disse o Sr. Weasley acalmando-a, desvencilhando-a dos gêmeos e levando-a em direção à casa.

— Gui — murmurou ele em voz mais baixa —, apanhe esse jornal, quero ver o que diz...

— Jamie! Como você está, querida? — exclamou a Sra. Weasley me sufocando em um abraço similar ao dos gêmeos.

— Estou bem, tia Molly, e você? — perguntei depois de me desvencilhar do abraço da Sra. Weasley, sorrindo.

— Ah, querida, morta de preocupação, mas bem, bem... — disse ela segurando minhas mãos. — Fred falou de você o verão todo — sussurrou ela para somente eu ouvir, tenho total certeza que corei. A coisa é que a Sra. Weasley sempre fala como me adoraria ter como nora, e sempre fala também como eu combino com Fred. Obviamente que eu fico muito constrangida, mas adoro saber que a Sra. Weasley aprovaria um relacionamento entre eu e Fred (mesmo que fosse só na minha mente).

Quando já estávamos todos apertados na pequena cozinha e eu preparara uma xícara de chá forte para a Sra. Weasley (viu só, Jamie Diggory mil e uma utilidades), no qual o marido insistira em acrescentar uma dose de uísque, Gui entregou o jornal ao pai.

O Sr. Weasley examinou a primeira página enquanto Percy espiava por cima do seu ombro.

— Eu sabia — disse o Sr. Weasley deprimido. — Ministério erra... Responsáveis livres... Segurança ineficaz... Bruxos das trevas correm desenfreados... Desgraça nacional... Quem escreveu isso? Ah... Só podia ser... Rita Skeeter.

— Essa mulher vive implicando com o Ministério da Magia! — reclamou Percy, furioso. — Semana passada ela disse que estávamos perdendo tempo discutindo a espessura dos caldeirões, quando devíamos estar acabando com os vampiros! Como se isso não estivesse explícito no parágrafo doze das Diretrizes para o Tratamento dos Semi-Humanos Não-bruxos...

— Faz um favor à gente, Percy — disse Gui bocejando —, cala a boca.

Eu ri.

— Falaram de mim — disse o Sr. Weasley, arregalando os olhos por trás dos óculos ao chegar ao fim do artigo no Profeta Diário.

— Onde? — perguntou num atropelo a Sra. Weasley, engasgando-se com o chá batizado com uísque. — Se eu tivesse visto isso, saberia que você estava vivo!

— Não dizem o meu nome — explicou o Sr. Weasley. — Escute isso:

Se os bruxos e as bruxas aterrorizados que prendiam a respiração à espera de notícias na orla da floresta queriam ouvir do Ministério da Magia uma palavra que os tranqüilizasse foram lamentavelmente desapontados. Um funcionário do Ministério saiu da floresta uns minutos depois do aparecimento da Marca Negra, dizendo que não havia ninguém ferido, mas recusando-se a dar maiores informações. Resta ver se tal declaração será suficiente para abafar os boatos de que vários corpos foram retirados da floresta uma hora mais tarde.

— Ah, francamente — exclamei exasperada. — Ninguém ficou ferido mesmo, que é que o senhor deveria dizer? Boatos de que vários corpos foram retirados da floresta... Ora, agora é que vai haver boatos depois de ela publicar isso.

Tio Arthur soltou um profundo suspiro.

— Molly, vou ter que ir ao escritório, isso vai dar um certo trabalho para consertar.

— Eu vou com você, pai — disse Percy cheio de importância. — O Sr. Crouch vai precisar de toda a tripulação a bordo. E aproveito para entregar a ele o meu relatório sobre os caldeirões, pessoalmente. — revirei os olhos à menção de Crouch.

O rapaz saiu apressado da cozinha. A Sra. Weasley pareceu muito aborrecida.

— Arthur, você está de férias! Isso não tem nada a ver com o seu trabalho, com certeza eles podem resolver o caso sem você, não?

— Tenho que ir, Molly — disse o Sr. Weasley. — Piorei as coisas com a minha declaração. Vou trocar de roupa um instante e vou...

— Sra. Weasley — disse Harry de repente, parecendo incapaz de se conter —, Edwiges não chegou com uma carta para mim?

— Edwiges, querido? — disse a Sra. Weasley distraída. — Não... Não, não chegou nenhum correio.

Eu, Rony e Hermione olhamos curiosos para Harry. E depois com uma desculpa esfarrapada, Rony, Harry e Hermione subiram para o quarto de Rony para falar sobre sei lá o que.

A Sra. Weasley colocou uma tigela de cereal e leite na frente de todos nós que estávamos sentados na mesa. Eu, Fred e Jorge decidimos ir nos sentar no jardim.

— E então, estamos prontos para falar da cena romântica na barraca ontem? — perguntou Jorge com falsa inocência que fez eu me engasgar com cereal.

— Que cena romântica, Jorge? Honestamente, acho que você pirou de vez — falei com os olhos arregalados dando uma risada nervosa logo depois. O ruim é que ele me conhece bem demais para deixar se enganar com minhas desculpas.

— Pirei nada, cunhadinha, quando você sumiu com o trio problemático ontem nas florestas, o Fredzinho aqui entrou em pânico falando que deveríamos achar você imediatamente. — disse Jorge dando leves palmadas nas costas de Fred, que até então estava vermelho. Ele começou a gaguejar e Jorge já estava rindo alto, eu só segurava o riso para não deixar Fred na pior.

— Eu... Eu só achei que você poderia estar em perigo, Jay. Quero dizer, é isso o que amigos fazem, certo? — e quando ele disse isso, desejei que não tivesse o feito. Meu sorriso se desmanchou, mas não quis demonstrar que aquelas palavras me machucaram.

— É claro, Fred. É isso o que amigos fazem. — falei forçando um sorriso e voltando a dar uma colherada na tigela de cereal. Amigos. É isso o que somos e sempre seremos, tenho que me conformar disso.

O clima ficou meio tenso dali em diante. Não soube exatamente se Fred notou que eu não gostei de suas palavras, mas pareceu arrependido.

Logo Hermione, Harry e Rony apareceram na porta do jardim.

— Ei, estávamos pensando em jogar uma partida de Quadribol, estão dentro? — perguntou Rony para os gêmeos.

— Vocês não estão cansados depois de toda a desgraça que passamos noite passada? — perguntei franzindo a testa para os gêmeos, Harry e Rony. Eu realmente presumi que eles estariam cansados depois do ataque dos Comensais e da Copa.

— Que nada, Jay-Jay, estamos prontos para a próxima! — disse Jorge se erguendo num salto, sendo acompanhado por Fred.

E assim, os quatro seguiram para chamar Carlinhos e Gui.

— Meninos — murmuramos eu e Hermione, rindo logo em seguida por termos pensado na mesma coisa.

Nem o Sr. Weasley nem Percy pararam muito em casa na semana seguinte. Os dois saíam toda manhã antes do resto da família se levantar e só voltavam bem depois do jantar.

— Tem sido um absoluto tumulto — contou Percy a todos, cheio de importância, no domingo à noite, véspera de todos regressarmos a Hogwarts. — Estive apagando incêndios a semana inteira. As pessoas não param de mandar berradores e, é claro, se a gente não abre um berrador na mesma hora ele explode. Tem marcas de queimadura por toda a minha mesa e a minha melhor pena ficou reduzida a cinzas.

— Por que é que estão mandando berradores? — perguntei, estava ajudando Gina a remendar com fita adesiva o seu exemplar de Mil Ervas e Fungos Mágicos, nós duas estávamos sentadas no tapete diante da lareira da sala de estar.

— Para se queixarem da falta de segurança na Copa Mundial — disse Percy. — Querem compensação pelos prejuízos. Mundungo Fletcher entrou com um pedido de compensação pela perda de uma barraca de doze suítes com banheira jacuzzi, mas eu saquei logo qual era a dele. Sei sem a menor dúvida que ele estava dormindo embaixo de uma capa estendida por cima de paus.

A Sra. Weasley olhou para o relógio de carrilhão a um canto da sala. Eu gostava desse relógio. Era completamente inútil se alguém queria saber as horas, mas para outras coisas era muito informativo.

Tinha nove ponteiros dourados e em cada um estava gravado o nome de um Weasley. Não havia números no mostrador, mas o local onde cada membro da família poderia estar. Havia "casa", "escola" e "trabalho", mas também "perdido", "hospital", "prisão" e, na posição em que estaria o número doze em um relógio normal, "perigo mortal".

Oito dos ponteiros indicavam "casa", mas o do Sr. Weasley, que era o mais comprido, ainda apontava para "trabalho". A Sra. Weasley suspirou.

— O seu pai não precisa ir ao escritório num fim de semana desde o tempo de Você-Sabe-Quem — disse ela. — Estão obrigando-o a trabalhar demais. O jantar dele vai estragar se demorar muito mais a chegar em casa.

— Papai acha que precisa compensar o erro que fez no jogo, não é? — disse Percy. — Verdade seja dita, foi meio imprudente ele fazer uma declaração à imprensa sem antes pedir autorização ao chefe do departamento...

— Não se atreva a culpar o seu pai pelo que aquela infeliz da Skeeter escreveu! — disse a Sra. Weasley, irritando-se na hora.

— Se papai não tivesse dito nada, a Rita teria escrito que era lamentável que ninguém do Ministério tivesse comentado nada — disse Gui, que estava jogando xadrez com Rony. — Rita Skeeter nunca pinta ninguém de anjo. Estão lembrados da vez que ela entrevistou todos os desfazedores de feitiços do Gringotes e me chamou de frangote de cabelo comprido?

— Bom, está um pouco comprido, querido — disse a Sra. Weasley carinhosamente. — Se você me deixasse...

— Não, mamãe.

E eu ria. Era muita engraçada a situação Tia Molly - Tesoura - Cabelo do Gui. A chuva açoitava a janela da sala de estar. Hermione lia, absorta, O Livro Padrão de Feitiços, 4ª série. Carlinhos cerzia um gorro à prova de fogo. Harry dava polimento na Firebolt.

Depois de terminar de ajudar Gina com seu livro, fui me sentar com Fred e Jorge, que estavam cochichando e escrevendo algo em um pergaminho.

— O que os dois patetas estão aprontando? — perguntei aos sussurros para os dois, que se sobressaltaram mas logo se acalmaram ao me ver. Mas eles nem precisaram me falar o que estavam fazendo, consegui espiar por entre as cabeças dos dois e vi anotações sobre as Gemialidades Weasley, que eu já conhecia muito bem. — A tia Molly vai matar vocês se descobrir essas anotações. — falei rindo baixinho. Os dois me puxaram para sentar no chão com eles.

— E é por isso que você, Jamie linda, querida, não vai contar nada à ela — sussurrou Jorge de volta e eu tive que rir.

— Veremos, pequeno gafanhoto, veremos.

— Que é que vocês dois estão aprontando? — perguntou a Sra. Weasley rispidamente, os olhos nos gêmeos.

— Dever de casa — disse Fred vagamente. Eu prendi o riso.

— Não seja ridículo, vocês ainda estão de férias — disse a mãe.

— Deixamos este para depois — disse Jorge.

— Por acaso vocês não estão preparando um novo formulário, estão? —perguntou a Sra. Weasley perspicaz. — Por acaso não estariam pensando em recomeçar as "Gemialidades" Weasley?

— Ora, mamãe — disse Fred erguendo os olhos para a mãe, uma expressão mortificada no rosto. — Se o Expresso de Hogwarts bater amanhã e Jorge e eu morrermos, como é que você iria se sentir sabendo que a última coisa que ouvimos de você foi uma acusação sem fundamento?

Todos rimos, até mesmo a Sra. Weasley.

— Ah, seu pai está chegando! — disse ela de repente, olhando mais uma vez para o relógio. O ponteiro do Sr. Weasley de repente girou de "trabalho" para "viagem"; um segundo depois parou estremecendo em casa junto aos demais, e todos o ouviram chamar da cozinha.

— Estou indo, Arthur! — respondeu a mulher, saindo correndo da sala.

Mais alguns minutos e o Sr. Weasley entrava na sala aquecida, trazendo o jantar numa bandeja. Parecia completamente exausto.

— Bom, agora a coisa está realmente pegando fogo — comentou ele com a Sra. Weasley, sentando-se numa poltrona junto à lareira e brincando desanimado com uma porção murcha de couve-flor. — Rita Skeeter andou fuçando a semana inteira, procurando mais bobagens ministeriais para denunciar. E agora descobriu que a coitada da velha Berta está desaparecida, então isso vai ser a manchete de amanhã no Profeta. Eu disse a Bagman que ele devia ter mandado alguém procurá-la há séculos.

— O Sr. Crouch vem dizendo isso há semanas seguidas — disse Percy depressa.

— Crouch tem muita sorte de Rita não ter descoberto nada sobre a Winky –retrucou o Sr. Weasley irritado. — Haveria uma semana de manchetes com a história do elfo doméstico; dele ter sido apanhado segurando a varinha que conjurou a Marca Negra.

— Acho que todos concordamos que o elfo, embora irresponsável, não conjurou a Marca? — disse Percy inflamado.

— Se você quer saber, o Sr. Crouch tem muita sorte que ninguém no Profeta Diário saiba como ele é ruim para os elfos! — disse zangada.

— Agora, olha aqui, Jamie! — retrucou Percy. — Um funcionário de primeiro escalão no Ministério como o Sr. Crouch merece obediência cega dos seus criados.

— Dos seus escravos, você quer dizer! — falou Hermione com a voz muito aguda. — Porque ele não pagava salário a Winky, não é mesmo?

— Acho melhor vocês todos subirem e verificarem se fizeram as malas direito! — disse a Sra. Weasley, interrompendo a discussão. — Andem logo, vamos, todos vocês...

Eu e Hermione subimos discutindo sobre como Percy era um lambe cu do Crouch e sobre libertação dos elfos.

— Quero dizer, elfos não merecem uma vida assim, e eu não estou sendo paranóica, estou? — perguntei para Hermione enquanto andava de um lado para o outro no quarto de Gina.

— Mas é claro que não! Nenhum tipo de elfo merece ser tratado como lixo, todos merecem uma vida decente, que nem Dobby está exigindo. — falou ela veemente.

Depois de mais alguns minutos conversando sobre a liberdade dos elfos, Hermione e eu decidimos dar uma espiada no quarto dos meninos. Pelo jeito, Sra. Weasley dera à Rony vestes a rigor.

— Mamãe, você me deu a roupa nova da Gina — disse Rony devolvendo a veste marrom à mãe.

— Claro que não, é para você. Vestes a rigor.

— Quê?— exclamou Rony, horrorizado.

— Vestes a rigor! — repetiu a Sra. Weasley. — Está na sua lista de material que este ano você deverá levar vestes a rigor... Vestes para ocasiões formais.

— A senhora tem que estar brincando — exclamou Rony incrédulo. — Eu não vou usar isso, nem pensar.

— Todo mundo usa, Rony! — disse a Sra. Weasley aborrecida. — E são todas assim! Seu pai também tem uma para festas elegantes!

— Saio pelado, mas não visto uma coisa dessas — teimou Rony. Eu e Hermione estávamos vermelhas de tanto segurar a risada escandalosa.

— Não seja bobo. Você precisa de vestes a rigor, estão na sua lista! Comprei para o Harry também... Mostre a ele, Harry...

Com uma certa apreensão Harry abriu o último embrulho sobre a cama.

Mas não eram tão ruins quanto todos esperávamos, as vestes não tinham renda alguma, de fato, eram mais ou menos iguais às vestes da escola, só que eram verde-garrafa em vez de pretas.

— Achei que elas realçariam a cor dos seus olhos, querido — disse a Sra. Weasley afetuosamente. E realmente iriam realçar.

— Ora, as dele são legais! — disse Rony zangado, olhando para as vestes de Harry. — Por que eu não ganhei vestes como as dele?

— Por que... Bom, precisei comprar as suas de segunda mão, e não havia muita escolha! — disse a Sra. Weasley corando. A situação estava de fato hilária com Rony se recusando a usar vestes que, ao ver de todos, pareciam ser de Gina.

— Não vou usar isso nunca — insistiu Rony. — Nunquinha.

— Ótimo — retorquiu a Sra. Weasley. — Ande nu. E Harry não se esqueça de tirar uma fotografia dele. Deus sabe que eu estou precisando de umas boas gargalhadas.

Quando ela saiu, eu e Hermione ficamos escondidas e saltamos para dentro do quarto ao ver que tia Molly já havia saído. Assim que pisamos dentro do quarto, explodimos em gargalhadas, que logo contagiaram Harry e deixaram Rony emburrado.

Rimos até as costelas doerem, depois me joguei na cama de Rony, pegando as vestes para examiná-las. Soltei outra gargalhada.

— Você vai ficar lindo vestido de Cosplay de Gina, realmente. As rendas realçam seus cabelos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

twitter @nicomerda