Eu Gosto Desse Abraço [HIATUS] escrita por Yas


Capítulo 16
I Swear I Heard Johnny Depp In The Middle


Notas iniciais do capítulo

NOSSA O QUE ESSA MENINA ACHA QUE FAZ DA VIDA UMA HORA FALA QUW VAI EXCLUIR A PORRA DA FANFIC NA OUTRA FALA QUE VOLTOU NAO SEI O QUE ELA FAZ DA VIDA NE DEVE TER MUITO TEMPO LIVRE!!!!!!!!!!!!!
É o caralho.
GENTE EU SOU BIPOLAR PRA PORRA ENTAO TROUXE EGDA DE VOLTA PORQUE EU AMO ESSA FANFIC PRA PORRA É MEU XODÓ ENTAO COMENTEM OK ! ! ! !
ENfim, gente vai ter novo personagem aqui sim, e eu sei que tem muitos personagens e isso pode confundir vcs, mas é só essa temporada ta legal ok.
Eu queria também que vocês me dessem sugestões de que POV fazer ou até sugestões pra história continuar porque toda ajuda é bem-vinda, enfim. Gente, eu meio que dividi esse capitulo em duas partes porque senao ficaria grande pra caralho e eu nao quero isso.
O BAILE TA CHEGANDO GENTW BORA FAZER CONTAGEM REGRESSIVA!!!!!!!
Ta, tchau.



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I Swear I Heard Johnny Depp In The Middle.

"Bang!

Once I get her locked in my sight

Doesn't mean I wasn't alright

I'm just seeing something I like"

Sweeter - Gavin DeGraw

— COMO ASSIM ERAM GALEÕES FALSOS, SEUS BOSTAS?! — sabe o que não se deve fazer quando se têm uma amiga na TPM? Dar notícias que podem mexer com a irritabilidade instável dela. É por isso que os gêmeos viados não deviam ter me dado a notícia de que Ludo Bagman havia nos pagado a aposta com galeões falsos só agora. DEVIA TER SIDO NA HORA QUE DESCOBRIRAM!

— É, Jay, galeões falsos, se acalma.

— VOCÊ NUNCA OUSE FALAR "SE ACALMA" PARA UMA ADOLESCENTE COM HORMÔNIOS À FLOR DA PELE E UMA TPM ATACADA! — tenho quase certeza de que minha expressão era totalmente psicótica.

— Porra, Fred, eu falei que seria mais calmo se você tivesse entregado aquela garrafa de refrigerante de uva.

— Agora não, Jorge!

— Tá legal, tá legal... Então vocês estão me dizendo que o Bagman usou os galeões falsos dos Leprechauns para pagar a nossa aposta e vocês vêm mandando cartas para ele desde que descobriram mas NÃO ME CONTARAM?! — tá bom, eu sei que é drama demais, mas QUAL É! O CARA ME DÁ DINHEIRO FALSO, OS MEUS AMIGOS DESCOBREM E NÃO ME CONTAM? TOMAR NO CU!

— De novo com isso? Achei que já tínhamos superado essa parte! — resmungou Jorge deitado no sofá da Sala Comunal, estávamos eu, ele e Fred tendo uma D.R. antes do almoço, todos já estavam tão acostumados com os meus berros que não era nada de novo quando eu fazia isso, especialmente quando se tratava de Fred e Jorge Weasley.

— Quer saber? Foda-se, eu estou com fome e honestamente, estou sem saco pra berrar com vocês dois. Vamos comer logo. — eles me olharam estranho. Provavelmente porque eu sempre berro até cansar, e nunca foi tão rápido. Suspirei — TPM — e eles logo soltaram "Ahhhhh"'s de entendimento.

Entrando no salão principal para comer, sentei-me com os ruivos ao lado de Harry e Mione, que não estava reagindo muito bem ao que Sirius havia nos falado no sabádo à noite.

— Vamos só tentar manter você vivo até a noite de terça-feira — disse ela desesperada —, depois podemos nos preocupar com Karkaroff. — Após dizer aquilo se calou com a presença de Fred e Jorge. Mione e Harry esperaram até eu acabar de comer totalmente, depois esperaram eu dar um último berro de indignação com os Weasley cabeças-de-bagre e então nós três saímos do salão.

Demos três voltas no lago, tentando pensar em um feitiço simples para dominar o dragão. Nada, porém, nos ocorreu, de modo que acabamos por nos acolher à biblioteca. Ali, eu baixei cada livro que consegui encontrar sobre dragões e eu, Harry e Hermione começamos a pesquisar uma grande pilha de livros.

— O corte mágico de unhas... O tratamento da podridão de escamas... Isto não serve, isto é para gente biruta feito o Hagrid que quer criar dragões saudáveis...

— Os dragões são extremamente difíceis de matar, graças à magia muito antiga que impregna seu grosso couro, que nenhum, exceto os feitiços mais poderosos são capazes de penetrar... Mas Sirius disse que um feitiço simples funcionaria...

— Vamos tentar alguns livros de feitiços simples, então — disse Harry, deixando de lado Homens Aficionados Por Dragões.

Ele voltou à mesa com uma pilha de livros de feitiços, descansou-os e começou a folhear um a um, com Hermione cochichando sem parar ao seu lado.

— Bom, tem Feitiços de Substituição... Mas qual é a vantagem de substituir um dragão? A não ser que a pessoa substitua as presas dele por gengivas ou outra coisa qualquer para torná-las inofensivas... O problema é que, como diz o livro, muito pouca coisa atravessa o couro de um dragão... Eu diria: transfigure o bicho, mas com uma coisa daquele tamanho, a gente realmente não tem a menor esperança, duvido até que a Professora Minerva... A não ser que a pessoa lance o feitiço nela mesma? Talvez dar a si mesma poderes extraordinários? Mas isso não é um feitiço simples, quero dizer, ainda não estudamos nenhum desses em aula, só sei que existem porque ando fazendo provas simuladas para os N.O.M.’s...

E ela não parava mais de falar, fazendo com que a minha cabeça começasse a girar e girar, e uma dor agonizante atingiu minha mente. Comecei a sentir uma dor terrível em cada parte do meu corpo, fui tomada por tal sensação horrível que quase vomitei todo o meu almoço ali mesmo. Senti uma dor aguda em meu peito e em minha cabeça e, de repente, o ar começou a sumir de meus pulmões, minhas mãos começaram a tremer demais e então tudo ficou escuro.

Abri meus olhos, mas eu já não estava mais na biblioteca com Mione e Harry procurando por ajuda em livros que continham informações sobre dragões. Era uma sala branca, a luz forte que atingiu meus olhos me obrigou a fechá-los com força, a luz diminuiu e eu abri meus olhos novamente. O teto era branco, a cama era branca. Eu estou no céu?

Se eu estou, minha avó provavelmente está aqui, me sentei na cama, me deparando com um campo florido e um arco-íris mais para frente. Me levantei em um pulo, sentindo um sorriso rasgar minha boca.

— Jay, minha amiga querida, venha, vamos dar uma volta — era Floffy, meu antigo bichinho de pelúcia, um únicornio. Eu o joguei no triturador de comida quando tinha dez anos, nós acabamos numa discussão porque ele queria dar um fim no Patoney, aí eu me revoltei e o atirei no triturador.

Não sabia se eu deveria ficar com medo ou só ignorar o fato de que ele pode estar atrás de vingança, mas resolvi ir com a segunda opção e seguir com Floffy, que estranhamente estava com uma voz de Darth Vader, para o arco-íris. Andamos calmamente pelo campo florido e composto de jujubas de ursinhos até chegar no arco-íris, bem na ponta que estava o duende dançando Beyoncé incrivelmente bem e ele estava vestido como uma dançarina de ventre. Espera...

SIMAS?! ERA A PORRA DO SIMAS FINNIGAN? SIMAS FUCKING FINNIGAN DANÇANDO FUCKING BEYONCÉ VESTIDO DE FUCKING DANÇARINA DO FUCKING VENTRE?! WHAT THE FUCK?!

MEU JESUS, QUANTOS FUCKS!

— Simas, QUE PORRA VOCÊ TÁ FAZENDO? — berrei, mas nem deu tempo dele responder, porque logo eu estava em algum outro lugar.

Era uma cena, tinha um buraco negro, um cara quase caindo nele, um carinha de capa preta que não estava ajudando em nada e muito, muito drama.
STAR WARS!

— Você matou meu pai! — berrou o loiro que tava quase caindo no buraco da morte ou sei lá o nome.

— Não, Luke — respondeu o de capa preta e voz estranha. — Eu sou seu pai!

— NÃÃÃÃOOO!

— Venha para o lado negro — continuou o de roupas góticas. — Nós temos biscoito!

Mas aí, quando ia ficar mais emocionante, a cena parou e deu um replay.

— You killed my father!

— No, Luke. I am your father!

— NOOOOOO!

— Come to the Dark Side. We have cookies!

A cena deu replay novamente.

— Usted mató a mi padre!

— No, Luke. Yo soy tu papito!

— NOOOOOO!

— Ven al lado oscuro. Tenemos galletas!

Tá legal, gente, foi muito divertido mas cadê o suporte técnico pra arrumar essa porra?

— Sie meinen Vater umgebracht!

— Nein, Luke. Ich bin dein Vater!

— NEEEEEEEEIN!

— Komm auf die dunkle Seite. Wir haben Plätzchen!

"Pai é 'Vater' em alemão" Agora ficou mais claro. Os alemães devem ter ficado confusos assistindo Star Wars pela primeira vez. Eu estava procurando pelo controle pra mudar essa desgraça de idioma quando o Luke se soltou e caiu no buraco negro, me levando junto. SEU VIADO!

Caí direto em um show dos Beatles, na verdade era só eu atirando coisas na Yoko, quando um piano apareceu na minha mão a cena mudou novamente. Me deprimi por não me deixarem atirar um piano na Yoko Ono (porra consciência!), mas me animei de novo ao ver que eu estava numa mesa tomando espumante de maracujá com o Chapeleiro Maluco e a lebre.

Estávamos no meio de uma conversa sobre como coalas tem caras assassinas quando a cena mudou mais uma vez e do nada eu estava dançando macarena com Simas (ainda vestido como dançarina de dança do ventre) e... POR QUE DIABOS EU ESTOU VESTIDA DE CARMEM MIRANDA?

E a cena mudou mais uma vez. Tá, isso já está começando a irritar!

Enquanto caía no buraco negro eu pude ver alguém dançando Funk. Não, espera...

É, como eu suspeitava. Era a minha avó usando shorts enfiados no útero e um top de usar na academia, só que na versão vagabunda, e ela rebolava sem parar mas a única coisa que eu pensava era "Como que essa velha não quebrou o quadril ainda?"

Mas essa vadia rebolava melhor do que eu!

— Jamie? — ela me chamou, ainda rebolando, mas a sua voz saiu estranhamente como a de um esquilo com leptospirose.

— Vovó?

— Não, Jamie, eu não sou a sua avó.

— Vovó, por que é que você está dançando funk? — Vovó riu.

— Jamie, eu não sou sua vó.

— Vó, por que é que o Simas estava dançando Beyoncé?

— Ele... O quê?

— E ainda por cima dançava melhor que eu!

— Jamie — vovó riu mais alto.

— Luke é um boiola, vó. Ele que resolveu se soltar e cair naquela porcaria de buraco!

— Jamie...

— Ele podia ter simplesmente aceitado o fato de que Darth Vader é o pai dele! Jesus, que dificuldade.

— Jamie...

— E ele não tem um senso bom de moda, já te aviso isso.

— JAMIE! — e eu me sentei rapidamente notando que eu não estava mais conversando com a minha avó funkeira, estava na ala hospitalar com umas pessoas estranhas me rodeando. Ah, não, espera, eu conheço esses infelizes.

Logo depois vieram 341 pares de braços (ok, talvez nem tanto) me rodeando.

— Jamie! — alguém berrou ali no meio.

— Calma aê, gente, tô viva! — exclamei tentando evitar uma morte de asfixia. — Luke! Precisamos salvá-lo! E dar um banho de roupas novas no Darth Vader porque aquela capa preta é muito emo — falei me lembrando das cenas na minha cabeça. — E precisamos chamar o suporte técnico também, porque eu não vou conseguir assistir Star Wars em alemão.

Ouvi gente rindo. Espero que comigo, não de mim.

— O sonho fugiu um pouco da realidade, não foi? — perguntou Dumbledore sorrindo ao lado de Jorge e Fred e Harry e Mione e Rony e Sam e Franky e Julia e... Caralho, quantas pessoas tem aqui?

— Que nada, revi Floffy, vi Simas dançando Beyoncé, vi Star Wars em português, inglês, espanhol e alemão, quase atirei um piano na Yoko Ono, conversei sobre coalas assassinos com a lebre e o Chapeleiro, dancei macarena vestida de Carmem Miranda com o Simas vestido de dançarina de dança do ventre, caí num buraco negro vendo a minha avó dançar funk e aqui estou eu. — relatei tudo em um fôlego só e todos começaram a rir. — Viu? Super normal!

— Deus, eu amaria entrar na sua consciência um dia desses! — exclamou Mione e todos rimos de novo.

— Você não iria gostar de ver o que Darth Vader faria com você — dei de ombros e eles continuaram a rir. Gente, cadê a graça, eu quero rir também!

— Alguma outra coisa que você queira relatar para nós? — perguntou Dumby risonho.

— Eu só realmente queria ter atirado aquele piano na Yoko. — suspirei e eles não riram dessa vez, mas prenderam o riso. Desgraçados!

Estava indo me levantar da cama quando uma dor muito forte atingiu com tudo a minha cabeça, movi minha mão até ela e notei que tinham bandagens cobrindo toda a região da minha testa e envolta dela. Passei a mão em toda a volta da minha cabeça.

— Por acaso vocês resolveram me fazer de múm... — a brincadeirinha morreu quando eu parei em um ponto molhado da minha cabeça. Tirei a mão de lá vendo uma coisa vermelha nos meus dedos. — Por favor, me digam que isso é ketchup. — perguntei, temerosa, mas ninguém me respondeu. — ME DIGAM QUE ISSO É KETCHUP!

— Hm, não é ketchup, Jay...

— O quê - o quê aconteceu comigo... Como eu apaguei? — perguntei, trêmula. Foi Hermione que deu um passo à frente.

— Jay, quando eu, o Harry e você estávamos procurando mais informações sobre os dragões na biblioteca, eu acho que comecei a falar demais e sem parar, quando olhei para cima do livro que estava lendo, todos os livros em nossa volta, e eram muitos, estavam flutuando muito, muito alto. E eu fiquei assustada, soltei um berro vendo você com os punhos cerrados, seus olhos estavam fechados e sua expressão parecia que você estava resistindo à algo, como quando resistiu a Maldição Imperius — ela ia dizendo e eu estava ficando nervosa lembrando da sensação que se apossara do meu corpo. —, então, eu e Harry ficamos desesperados e começamos a chamar o seu nome repetidamente... Aí você abriu os olhos e... e.... — ela não conseguia terminar a frase.

— 'E' o quê, Hermione? E o quê?!

— Os seus olhos estavam negros, Jamie. Completamente negros. — ela sussurrou, com a voz trêmula. — Então você fechou os olhos, apagou e caiu com tudo batendo a cabeça na quina da mesa.

— Já está tarde, hora de vocês todos saírem daqui agora e deixarem a garota descansar! — apareceu Madame Pomfrey empurrando todos para fora da ala hospitalar, mesmo que relutantes. — Andem, vamos!

Meus olhos estavam meio arregalados e a boca levemente aberta. Como assim negros? O quê está acontecendo comigo?!

Eu queria chorar, chorar porque estava confusa e não sabia o que estava acontecendo comigo. Não conseguia entender nada, absolutamente nada.

Obviamente que não chorei, só maricas fazem isso.

Ouvi a voz de Madame Pomfrey ao longe, já que minha mente não estava no lugar, me falando algo sobre eu ter que dormir e descansar porque meu machucado só iria sarar de manhã. Não me recordo de dormir, mas não me importei em cair facilmente deitada na cama.

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— Jamie, eu preciso te contar uma coisa — disse Mione, no café da manhã de segunda-feira. Harry estava demasiado tenso demais para puxar conversa conosco, então eu fiquei na minha tomando suco, até Mione chegar com uma cara muito, muito engraçada e nervosa.

— Claro, o que foi, Mione? — perguntei limpando as mãos num guardanapo. Ela olhou, meio nervosa, para os lados.

— Prefiro te contar em outro lugar, vem comigo. — e saiu me puxando pela mão.

Quando ela estava assim, o que era bem raro de acontecer, eu sabia que fazer perguntas não adiantaria de nada. Só fiquei um pouco alarmada com a sanidade de Hermione quando ela quase bateu minha testa em uma das paredes. Detalhe: minha cabeça ainda estava enfaixada.

— Hermione, será que dá pra não tentar arrancar a minha cabeça fora? — falei ironicamente e ela não respondeu, só continuou a me puxar até finalmente chegarmos na... Claro, eu devia ter adivinhado. Na maldita biblioteca, obvio!

Mione começou a me puxar para uma mesa no fundo da biblioteca, onde eu, ela e Harry estávamos ontem quando eu me machuquei, perto de onde Krum estava sentado. Estranhei estarmos ali, já que tudo o que Hermione sabia fazer era reclamar de Vitor e suas tietes, mas resolvi ignorar isso. Estremeci ao chegar na mesa e ver que ainda tinha uma mancha de sangue meu na ponta da mesa, balancei a cabeça e me sentei na cadeira junto de Mione.

— Tá legal, acho que nós podemos conversar aqui. — ela falou, ainda meio temerosa. De quê, meu Apolo?!

— O que houve, Mione. Você já está começando a me assustar — respondi, sorrindo nervosa para ela, que lançou um olhar para Vítor no outro lado da biblioteca, não pude deixar de notar, e virou-se para mim, falando:

— EuachoqueoKrumgostademim.

— Eu juro que ouvi Johnny Depp no meio.

— Johnny... Espera, o quê?

— Ah, falando nele, ele estava muito gato em "A Hora do Pesadelo".

— Jamie...

— É sério. Pena que o Freddy matou ele no meio do filme...

— Jamie.

— Ah, mas quem liga? Ele e a Nancy nem eram um casal tão bonitinho assim.

— Jamie!

— Pra ser sincera, eu o prefiro comigo do que com ela.

— Ei, Jamie!

— Seríamos o casal mais querido pela mídia.

— Jamie!

— Ah, Johnny...

— JAMIE, PORRA!

— Ai, Afrodite do céu! — exclamei assim que despertei do meu transe (transe, não transa, amigas) com Johnny delícia Depp e ouvi a voz de Mione berrando comigo e atraindo a atenção de todos ali. Arregalei os olhos e ela respirou fundo, me olhando com a maior calma do mundo.

— Será que dá pra você me escutar, Jay?! — ela falou entredentes, com a voz baixa.

— Tá, mas como eu vou te escutar se você fala tão rápido que eu ouvi Johnny Depp aí no meio?

— Ok, ok, eu falo mais devagar... É que... Eu acho que o Krum g-gosta de mim, Jay... — ela falou tão amedrontada que eu tive que rir. Não sei, quem sabe o sangue do machucado tenha afetado meu cérebro demais, ou talvez eu simplesmente seja retardada demais (conto mais com a segunda opção). — Para de rir!

— D-Desculpa, Mione. Mas, é engraçado, um garoto nunca gostou de você? — ela olhou envergonhada pro chão.

— Quem gostaria de uma rata de biblioteca sangue-ruim como eu?

— Muitas pessoas, Hermione! Muitas! Não se coloque para baixo só porque as cobras da Sonserina fazem assim! — falei zangada. Odeio quando a Mione fala assim de si mesma, ela não deveria se sentir assim! — Mas voltando ao assunto, por que você acha que ele gosta de você?

— É que ele vêm agindo estranho, me perguntando sobre livros e falando muito mais comigo e... Eu não sei, Jamie, nenhum menino agiu comigo assim antes... — soltei um sonoro "AWWWWWWWWWN" e ela correu para colocar a mão na minha boca, porque aquilo saiu um pouco alto demais. — Onde ele está agora? — perguntei curiosa.

— Está para lá — ela indicou o final de um corredor entre as estantes dos livros. — Hoje trouxe um amigo.

— Ele é gato?

— Jamie!

— Que foi? Não posso mais dar uma checada nos amigos do seu quase namorado e ver se eles são pegáveis? Eu hein...

— Ele não é o meu quase namorado! — exclamou Mione virando um pimentão.

— Veremos... Agora me mostra esse amigo dele! — e ela me puxou, contrariada, para metade do corredor onde estavam Krum e seu amigo.

— É aquele ali — e apontou para o garoto ao lado de Vítor.

Paralisei assim que reconheci aquele rosto... Não, não... AI, PORRA! Como que eu consegui me esquecer dessa criatura? Eu realmente to me esquecendo dos meus antigos amigos. Se bem que ele não é um... amigo, pra falar a verdade.

Vou explicar a história melhor, aquele ao lado de Vítor Krum era James Cook (infeliz que tem o mesmo nome que o meu e ama me chamar de 'xará'), e eu conheci Cook por Franky e Sam, aqueles babacas, e no começo nós éramos só amigos, até termos a brilhante ideia de começarmos a nos pegar. Eu estava solteira, ele estava solteiro, então aconteceu, simples assim. Nosso único acordo era não colocar sentimentos demais no que nós tínhamos, e assim fizemos.

Só para informar você, nós não terminamos nosso "rolo" porque sentimentos acabaram entrando no meio de tudo, foi mais porque eu estava com ele antes de estar com Sam, então quando eu comecei a gostar de Sam terminei o "rolo" com Cook.

Antes de tudo, eu tenho que falar que tem mais um amigo meu que eu não mencionei, e esse é Patrick, a criatura mais gay que você vai encontrar em Beauxbatons. O conheci pelo Sam, porque Patrick sempre ficava dando em cima dele (para falar a verdade, Patrick é bem oferecido. Tipo uma versão 2.0 da Angelina, só que com um cabelo melhor), e eu acabei ficando amiga dele. Como você pode ver sou uma pessoa extremamente sociável.

— Jamie... — cutucou-me Hermione. — Jay, tá tudo bem? — não a respondi, apenas abri um sorriso e corri em direção a mesa deles.

— COOK! — e me joguei em cima do ser humano.

— Xará?! JAMIE! — ele berrou de volta me abraçando com força.

— Seu viado, como que você nem veio me dar oi? — exclamei me soltando dele, ah, droga, ele continua gato.

— Eu poderia falar o mesmo de você, Jay-Jay, aposto como se esqueceu da minha existência.

— Se você quer sinceridade eu vou te dar a sinceridade, Cook, eu esqueci de você e esqueci de todos os outros também. — admiti e ele me deu um tapa. — É, acho que mereci isso.

— Mas é claro que mereceu, sua vaca. Agora vem aqui, vamos conversar melhor. — e me puxou para fora da biblioteca. Rapidamente acenei para Krum, que acenou de volta, o olhar não tão disfarçadamente fixado em Mione, e depois para Hermione, que me olhou corada com uma expressão quase que de desespero. Sorri e me deixei ser puxada por Cook para fora da biblioteca.

— E então, como anda a vida chata em Durmstrang? — sorri debochada enquanto ele colocava o braço em minha cintura.

— Obviamente que um tédio sem você por lá, não é? — ele apertou minha cintura com força e eu ri.

— É tão lindo e maravilhoso ver o quanto você me ama.

— Você anda muito convencida, Jay, e isso não é bom. Acho que vou ter que diminuir seu ego.

— Ah, meu Merlin, e eu, iludida, pensando que você tinha virado um ser humano humilde.

— Meu amor, humilde eu sempre fui.

— Aham, por isso que quando nos conhecemos você quis me falar o quanto sua família era rica e famosa, cheia de bruxos. — ri alto com a memória e Cook revirou os olhos.

— Vejo que você continua a mesma babaca.

— Babaca sim, mas uma babaca que você já quis levar pra cama, não se esqueça desse detalhe. — o relembrei e foi a vez dele de rir.

— Eu ainda quero, se a oportunidade ainda é válida. — revirei os olhos e não o respondi, apenas enlacei meu braço ao redor de seu pescoço, o sentindo apertar minha cintura de novo e seguimos até o Salão Principal.

Eu te juro que se você estivesse comigo quando entrei no salão, iria querer rir assim como eu. Praticamente todos os olhares se voltaram para mim e para Cook, especialmente para seu braço em minha cintura e meu braço em seu pescoço.

— Veja só como continuamos sendo o centro da atenção até fora de Beauxbatons. — ele sussurrou pra mim e eu prendi a risada.

— Depois eu que sou a babaca, né. — falo com desdém e ele ri ironicamente.

— Amorosa como sempre.

— Você sabe que sim — sorri. Beijei sua bochecha me despedindo e indo para a mesa da Grifinória, enquanto ele era puxado por Sam, Franky e Patrick para a da Corvinal. Como ainda estavam servindo o café da manhã comecei a me servir de bacon e ovos porque adoro engordar.

Estava comendo calmamente até perceber que todos os meus amigos, e todo o resto da escola, estavam olhando pra mim.?

— Sei que sou muito linda, mas vocês precisam aprender a se contentar com uma foto. — falei de boca cheia, olhando para a cara de todos os mongolóides ao meu redor.

— Jay... Quem era aquele? — perguntou Jorge com uma cara mais do que maliciosa.

— Ah, aquele ali? — perguntei apontando com a cabeça para a mesa da Corvinal onde Cook se encontrava sendo bombardeado por questões do trio maravilha. — É um amigo.

— Um amigo ou o seu famoso ex-namorado? — sorriu Rony com a mesma malícia que Jorge, Merlin, a família toda foi contaminada?!

— Não, Ronyquito, esse é amigo mesmo, meu ex-namorado é outro. — ri dando outra mordida no meu pedaço de bacon.

— Olha só isso, gente, James Diggory uma pegadora encubada! — exclamou Gina que estava ao lado de Hermione, na minha frente. Ela e Mione começaram a soltar caras maliciosas na minha direção. Peguei um pedaço de pão o partindo ao meio e atirando nas cabeças de ambas.

— Deixem de ser otárias. — soltei uma risada, revirando os olhos.

— JAMIE TA RODADA ATÉ INTERNACIONALMENTE, VÊ SE PODE! — berrou Harry e eu escondi meu rosto entre as mãos, rindo de vergonha.

— AWWWW, OLHA SÓ QUEM COROU! — gritou Jorge ainda mais alto, apertando minha bochecha com força. Levantei meu rosto, rindo, olhando pras pestes na mesa.

Fred era o único quieto entre o grupo, estava de cabeça baixa, escrevendo alguma coisa no seu recentemente inseparável caderno. Ele parecia perturbado, mas a perturbação deveria ter alguma coisa comigo porque quando fui cutucá-lo, ele levantou a cabeça, olhou pra mim por um longo minuto, com um sentimento que eu não consegui decifrar, e saiu do Salão sem me falar uma palavra.

Ok, isso foi estranho. Se esse viado pensa que vai me deixar plantada aqui sem resposta alguma, está quadradamente enganado. Sim, eu falei quadradamente porque ouço várias pessoas falando "redondamente", mas nunca quadradamente, e como isso foi uma baita descriminação eu resolvi mudar.

Enfim, peguei minha mochila e fui atrás do cabeça de tomate.

— Fred! Ô Fred! FRED, SEU MERDA, ESPERA AÍ!

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Pausa pra foto do Cook.


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Notas finais do capítulo

DEIXEM MALDITAS SUGESTÕES DE POV PRA EU FAZER PORRA!
O twitter da pessoa amável que eu sou @sougranger