Eu Gosto Desse Abraço [HIATUS] escrita por Yas


Capítulo 15
I Think I'm Ready For My Penis!


Notas iniciais do capítulo

AND THE TEARS COME STREAMING DOWN MY FAAAAAAAAAACE!
AI CACETE EU GANHEI UMA RECOMENDAÇÃO AI PORRA AI GENTE ALGUEM ME ACUDA!!!11!
OBRIGADA MUITO OBRIGADA A LUNA WINCHESTER DIXON, SERIO MESMO!
Então migos, não tenho muito o que falar: O BAILE JA TA CHEGANDO AI AI AI MUCHACHAS!
Hoje tem participação especial de uma Fred Whore aka Julia. Ela nem pediu, eu só quis skfhaskah.
ESSE CAPITULO FORAM OITO MIL PALAVRAS I'M SO PROUD!!!!!1 E EGDA TEVE 2.000 VISUALIZAÇÕES I'M CRYING
Acho que é só isso, AGORA LEIAM!
p.s.: gif abaixo da putinha da julia
Xoxo, Mrs Di Angelo.



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I Think I'm Ready For My Penis!

"Why does it feel so good but hurt so bad?

My mind keeps saying 'run as fast as you can'

I say I'm done but then you pull me back

I swear your giving me a heart attack."

Troublemaker - Olly Murs feat. Flo Rida

Falar comigo e saber da possibilidade de conversar com Sirius cara a cara pareceu ser a única coisa que animou Harry nos quinze dias seguintes. Pelo menos foi o que ele me falou, já que eu sou uma pessoa tão divertida, animada e feliz. Eu sei, eu sei.

Harry já não estava tão chocado com a notícia de ser um dos campeões do campeonato, mas agora o que parecia o preocupar era a primeira tarefa. Na verdade, todos estavam se preocupando com a tarefa, tentando descobrir o que seria, ou como os campeões poderiam vencê-la. Eu mesma tentava descobrir somente me baseando no que já sabia sobre o torneio. Mas não consegui nada.

Eu e Harry respondemos a Sirius, dizendo que Harry estaria comigo ao pé da lareira da sala comunal à hora que o Sirius sugerira, e que ele, eu e Hermione tínhamos passado muito tempo revendo planos para obrigar os retardatários a abandonar a sala na noite em questão. Na pior das hipóteses, íamos detonar um pacote de bombas de bosta, mas os dois certinhos não queriam ter que recorrer a isso — Filch os esfolaria vivos. Eu, por outro lado, estava morrendo de vontade de detonar vários pacotes, mas não tinha tempo de ficar com os gêmeos e ficar de detenção com eles.

Entrementes, a vida de Harry só parecia despencar cada vez mais, especialmente quando a jornalista vadia loira oxigenada Rita Skeeter publicou um artigo sobre ele, de uma entrevista que ele havia dado. O que era para ser um artigo sobre o Torneio Tribruxo tornou-se uma versão extremamente estúpida da vida de Harry.

Quase toda a primeira página fora ocupada por uma foto de Harry; o artigo (que continuava nas páginas dois, seis e sete) só falava no coitado, os nomes dos campeões da Beauxbatons e Durmstrang (errados) tinham sido espremidos na última linha do artigo, e Cedrico sequer fora mencionado, o que, vocês já podem imaginar, me deixou muito irritada.

O artigo saíra havia dez dias mas eu ainda podia notar a vergonha que Harry sentia ao sequer se lembrar ou ouvir falar do tal artigo.

"Acho que herdo a minha força dos meus pais, sei que eles teriam muito orgulho de mim se me vissem agora... é às vezes à noite ainda choro a perda deles, não tenho vergonha de admitir... Que nada me acontecerá de mal durante o torneio, porque eles estarão me protegendo...”

Harry me dissera que na hora da entrevista não sabia o que falar e que Rita havia tornado todos os seus "hums" indecisos e incertos em frases longas e ridiculamente emocionais que não combinavam nadinha com o perfil de Harry. E também entrevistou outras pessoas para saber o que pensavam dele.

"Harry finalmente encontrou carinho em Hogwarts. Seu amigo íntimo, Colin Creevey diz que o garoto raramente é visto sem companhia de Hermione Granger, uma linda menina nascida trouxa, e Jamie Diggory, outra linda menina e também a própria irmã do vencedor da Lufa-Lufa, Cedrico Diggory, ambas são conhecidas como as melhores da turma, assim como Harry”.

Aquela deve ter sido a única vez que mencionaram Ced, e ainda foi por minha causa. Eu sinceramente achei que seria o contrário, mas melhor não falar nada pra não piorar a situação.

Do momento em que o artigo apareceu, eu tive que ficar tentando acalmar Harry que teve que aturar colegas — principalmente os da Sonserina — que o citavam, caçoando, quando ele passava.

— Quer um lencinho, Potter, caso comece a chorar na aula de Transformação?

— Desde quando você é um dos primeiros alunos da escola, Potter? Ou será que a escola é uma escola que você e o Longbottom fundaram?

— Ei... Harry!

— É, verdade, sim — vi Harry gritando, certa vez ao se virar no corredor, já cheio. — Morri de chorar pela morte da minha mamãezinha, e estou indo chorar um pouco mais...

— Não... Foi só que... Você deixou cair a pena.

Era Cho Changalanga. Harry corou como um pimentão.

— Ah... Certo... Desculpe — murmurou recebendo a pena.

— Hum... Boa sorte na terça-feira — disse a garota. — Espero sinceramente que você se dê bem.

E eu não pude conter a enorme gargalhada quando Harry se apressou a ficar do meu lado, falando para eu parar de rir e que não tinha graça. Ah, mas tinha sim.

Eu e Hermione também estávamos ganhando nossa quota de aborrecimentos. Mas não estávamos gritando com garotas oferecidas no meio de corredores. Era extremamente dificíl não perder a cabeça com gente arrogante gritando xingamentos, mas eu e Hermione estávamos lidando bem até com a situação.

— Lindas? Elas?— gritara Pansy Parkinson com a voz esganiçada, a primeira vez que encontrou eu e Mione, depois que o artigo da Rita Skeeter fora publicado.

— Qual foi o padrão de beleza, um esquilo?

— Como se ela fosse o poço da beleza, não é? — murmurei, não iria dar o luxo de fazer elas rirem mais e dar essa satisfação para elas.

— É só não ligar — disse Mione, e nós duas erguemos a cabeça com a dignidade que Harry já não tinha passando pelas meninas que zombavam de nós.

Elas ficariam cagando de medo se eu me aproximasse delas com o punho levantado.

Mas Harry parecia determinado a não se desligar. Rony continuava a não falar com ele, agindo como se Harry estivesse amando a atenção de toda a escola e todo o mundo mágico daquele jeito.

Eu já estava com a paciência esgotada com aqueles dois, e Hermione não parecia estar muito diferente. Enquanto ela tentava convencer Rony a falar com Harry, eu falava com o outro, que permanecia inflexível e falava que só voltaria a falar com Rony se o mesmo admitisse que Harry não botara o nome no Cálice de Fogo e pedisse desculpas por chamá-lo de mentiroso. Meninos, como tão estúpidos? Certa vez eu até perdi a cabeça gritando e estapeando Harry, foi uma noite mágica.

— Não fui eu que comecei — disse Harry teimosamente. — O problema é dele.

— Você sente falta dele! — tornou Hermione impaciente. — E eu sei que ele sente falta de você...

— Sinto falta dele? Eu não sinto falta dele...

Mas isto era uma mentira deslavada.

— SENTE FALTA SIM! — descontrolei-me, certa vez. Harry revirou os olhos.

— Mas e daí que eu sinto falta dele? Já disse que foi ele que começou, o problema é dele, Jamie! — reclamou ele mais uma vez, mas logo soltando um sorriso. — E além do mais, você está sendo um ótimo Rony — é, eu era o Rony 2.0 de Harry.

Isso aconteceu quando Harry falou que adorava Hermione mas estava se cansando de ir à biblioteca. Que ela não era a mesma coisa que estar com Rony, que as risadas diminuíram e que Hermione não parava de estudar e de levar tudo a sério demais. E o meu maior erro foi me oferecer como o Rony temporário dele.

Eu, Harry e Hermione agora treinávamos feitiços e qualquer coisa que pudesse cair na primeira tarefa. Harry ainda não conseguira dominar os Feitiços Convocatórios, parecia ter desenvolvido uma espécie de bloqueio com relação a eles, e Hermione insistia que aprender a teoria ajudaria. Mas eu já o ajudava na parte prática, porque eu dominava bem os feitiços convocatórios, feitiços em geral, na verdade.

Conseqüentemente, passávamos mais tempo lendo livros durante a hora do almoço. Vítor Krum passava um tempão na biblioteca, também, e eu ficava imaginando o que é que ele andava fazendo. Estaria estudando ou procurando coisas que o ajudassem na primeira tarefa? Mas meu instinto de garota me dizia outra coisa quando Hermione reclamava constantemente sobre sua presença — não que ele jamais nos incomodasse, mas porque aparecia sempre um grupo de garotas dando risadinhas bobas para espioná-lo atrás das estantes, e Hermione achava que aquele barulho a distraía. Ou outra coisa, mas ela sempre acaba brigando comigo quando eu sugiro aquilo.

— Ele nem ao menos é bonito! — murmurava ela aborrecida, mirando de cara amarrada o perfil adunco de Krum. — Elas só gostam dele porque é famoso! Não olhariam duas vezes se ele não fosse capaz de fazer aquele tal de Fingimento Wonky...

— É Finta de Wronski, Hermione — eu e Harry a corrigimos, rindo. Harry não gostava quando falassem termos de Quadribol errados, sempre tinha que corrigir. E eu corrigia porque sabia como era, porque era engraçado e porque sou Rony 2.0 e sei que ele corrigiria também.

É uma coisa estranha, mas quando se está com medo de alguma coisa, e se daria tudo para retardar o tempo, ele tem o mau hábito de correr. Os dias que faltavam para a primeira tarefa pareciam passar como se alguém tivesse ajustado os relógios para trabalharem em velocidade dobrada. Na maioria das vezes que eu treinava com Harry ou simplesmente conversava com ele, ele começava ter mini ataques de pânico comigo.

No sábado que antecedeu a primeira tarefa, todos os estudantes do terceiro ano, e acima, tiveram permissão para visitar o povoado de Hogsmeade. Hermione e eu dissemos a Harry que lhe faria bem sair um pouco do castelo e o mesmo não precisou de muita persuasão.

— Mas e o Rony? Vocês não querem ir com ele?

— Ah... Bem... — Hermione ficou ligeiramente vermelha. — Pensei que a gente podia se encontrar com ele no Três Vassouras...

— Não — disse Harry em tom definitivo.

— Ah, Harry, isso é tão bobo...

— Eu vou, mas não quero me encontrar com o Rony, e vou usar a minha Capa da Invisibilidade. Sem falar que já tenho um Rony 2.0.

— Não me meta na briguinha infantil de vocês.

— Ah, tudo bem, então... — retorquiu Hermione —, mas odeio falar com você naquela capa, nunca sei se estou olhando para você ou não.

Então Harry vestiu a Capa da Invisibilidade no dormitório e tornou a descer e, juntos, ele, eu e Mione seguimos para Hogsmeade.

Só de ver Harry se mexendo em nosso lado, pude ver o quão animado ele estava. Enquanto nós três passávamos pelos estudantes, consegui ver vários deles usando o distintivo "Apoie CEDRICO DIGGORY", mas ninguém estava jogando piadinhas de mal gosto em Harry ou falando sobre o maldito artigo.

— As pessoas não param de olhar para mim e para a Jamie agora — reclamou Hermione, ao saírmos mais tarde da Dedosdemel, comendo uma grande quantidade de bombons recheados de creme. — Acham que estamos falando sozinhas ou com nós mesmas.

— Então não mexam tanto os lábios.

— Ah vai, por favor, tira um pouco a sua capa. Ninguém vai incomodar você aqui.

— Ah, é? Então olhem para trás.

Rita Skeeter e seu amigo fotógrafo acabavam de sair do bar Três Vassouras. Conversavam em voz baixa e passaram por mim e por Mione sem olhar para nós duas. Harry se encostou à parede da Dedosdemel para evitar que Rita Skeeter batesse nele com a bolsa de crocodilo. Quando os dois se afastaram, Harry comentou:

— Ela está hospedada no povoado. Aposto como vai assistir à primeira tarefa.

— É... e dar uma matéria sobre como você ainda chora a noite abraçado com seu ursinho Ted. — disse observando Skeeter continuar andando cada vez mais para o longe.

— Ela já foi embora — disse Hermione olhando através de Harry em direção à rua principal. — Por que não vamos tomar uma cerveja amanteigada no Três Vassouras? Está um pouco frio, não está? Você não precisa falar com o Rony! — acrescentou com irritação, interpretando corretamente o silêncio dele, acho eu.

E então nós três adentramos no Três Vassouras, que estava lotado como sempre, a maioria sendo alunos de Hogwarts que queriam aproveitar o tempo livre, provavelmente. Haviam também variedades de bruxos e bruxas que eu raramente via fora dali. Presumi que como Hogsmeade era o único vilarejo completamente mágico, as pessoas poderiam andar por aí precisar estarem vestidos como trouxas.

Eu e Harry fomos nos sentar em uma mesa vazia enquanto Mione ia pegar as bebidas. Quando atravessávamos o bar, vi Rony sentado com Fred, Jorge e Lino Jordan. Resistindo ao impulso de dar um bom tranco na cabeça de Rony por ser tão idiota, eu finalmente cheguei à mesa escolhida e me sentei com Harry. Hermione não demorou a se juntar a nós e passou a cerveja para Harry por baixo da capa e a minha só empurrando na mesa.

— Parecemos duas idiotas sentadas aqui — comentei bufando, e Hermione concordou.

— Por sorte trouxe alguma coisa para fazer. — disse ela cheia de animação, puxando um caderno em que andava mantendo um registro dos participantes do F.A.L.E.

Vi os nomes de Rony e Harry bem no topo da lista e o meu logo abaixo.

— Sabe, talvez eu deva tentar fazer alguns habitantes do povoado participarem do F.A.L.E. — disse Hermione pensativa, dando uma olhada no bar.

— É, certo. — ouvi Harry tomando um gole de sua cerveja amanteigada embaixo da capa. Revirei os olhos.

— Hermione quando é que você vai desistir dessa história de F.A.L.E.?

— Quando os elfos domésticos tiverem salários decentes e condições de trabalho! — sibilou ela em resposta. — Sabe, eu estou começando a achar que chegou a hora de partir para uma mais direta. Como será que a gente chega à cozinha da escola?

— Não faço ideia, pergunte ao Fred e ao Jorge — disse Harry.

— Sabe eu estou aqui e eu sei como chegar lá! — exclamei me fingindo de ofendida, mas sendo completamente ignorada.

Hermione mergulhou num silêncio pensativo, enquanto eu bebia minha cerveja e ouvia Harry beber a dele, observando as pessoas no bar. Todas pareciam animadas e descontraídas.

Ernesto MacMillan e Ana Abbott trocavam figurinhas dos Sapos de Chocolate em uma mesa próxima, os dois usando os distintivos “Apóie CEDRICO DIGGORY” nas capas. Perto da porta, vi a Chororô e um grande grupo das colegas da Corvinal.

Mas ela não usava o distintivo... Isso deve ter deixado Harry animadíssimo e Cedrico murchando.

Me peguei imaginando como seria ser somente mais uma daquelas pessoas comuns, não recebendo atenção porque seu irmão conquistou um grande feito sendo campeão, sem aparecer em matérias do Profeta Diário por simplesmente ser amiga do famoso Harry Potter. Imaginei como seria ser somente a irmã louca torcendo por seu irmão mais velho... Imaginei como os outros campeões além de Harry estariam se sentindo.

Todas as vezes que via Cedrico ultimamente, o garoto estava cercado de admiradores e parecia nervoso, mas excitado. De vez em quando eu podia ver Fleur (BITCH) Delacour de relance nos corredores, tinha a mesma aparência de sempre, arrogante e imperturbável.

E Krum simplesmente ficava sentado na biblioteca, examinando livros. Fui obrigada a desconfiar que sua razão de sempre ficar na biblioteca era somente os livros.

Pensei em Sirius também. E em como eu o conheceria em algumas horas, tantas coisas que já soube sobre ele e era quase como se eu já o conhecesse... Ou será que...

— Olha, é Hagrid! — disse Hermione fazendo com que eu perdesse meu fio de pensamento.

As costas da enorme cabeça peluda de Hagrid — graças a Deus ele abandonara o novo penteado — sobressaía na aglomeração. Me perguntei por que não o teria visto logo, já que ele era tão grande, mas me levantando cautelosamente, vi que Hagrid estivera curvado, conversando com o Professor Moody. Tinha o costumeiro canecão diante dele, mas Moody bebia da garrafa de bolso. Madame Rosmerta, a bonita dona do bar, não parecia estar gostando muito disso; olhava enviesado para Moody enquanto recolhia os copos das mesas ao redor dos dois homens. Talvez achasse que aquilo era um insulto ao seu quentão, mas eu sabia a explicação. Moody contara à turma na última aula de Defesa contra as Artes das Trevas que ele sempre preferia preparar sua comida e bebida, pois era muito fácil para bruxos das trevas envenenarem um copo momentaneamente descuidado.

Harry deve ter feito alguma coisa, talvez abanado com a mão ou coisa parecida, porque Moody fixou seu olho de vidro nele, ou pelo menos eu achava que sim, e cutucou Hagrid nas costas, apontando em nossa direção. Murmurou alguma coisa e então os dois vieram para perto de nós.

— Tudo bem, Hermione, Jamie? — disse Hagrid em voz alta.

— Olá — respondemos juntas sorrindo.

Moody contornou a mesa mancando e se abaixou, pensei que ele estava lendo o caderno do F.A.L.E., até ele murmurar:

— Bela capa, Potter.

De primeira, minha reação foi arregalar os olhos e minha respiração falhar por um momento. Mas consegui me acalmar quando Moody falou que o olho dele podia ver através de capas.

Hagrid estava sorrindo para o nada, que eu presumi ser Harry, ele se abaixou sob o pretexto de ler o caderno do F.A. L.E. também, e disse num sussurro tão baixo que somente eu pude ouvir e Harry também. Eu acho.

— Harry, me encontre hoje à meia-noite na minha cabana. Use a capa.

Erguendo-se, falou em voz alta:

— Que bom ver você, Hermione. Você também, Jamie — piscou e saiu. Moody acompanhou-o.

— Por que será que ele quer que eu vá encontrá-lo à meia-noite? — perguntou Harry muito surpreso.

— Ele quer? — disse Hermione, parecendo espantada. — Que será que ele está aprontando? Não sei se você deve ir, Harry... — Ela espiou para os lados nervosamente e sibilou: — Talvez você se atrase para ver Sirius.

— Não se preocupe, Harry. Qualquer coisa eu aviso ao Sirius que você pode se atrasar um pouco — falei tomando um gole da minha cerveja amanteigada, Harry pareceu um pouco mais calma, mas não totalmente convencido.

— É, ou você pode mandar um bilhete pra Hagrid com Edwiges falando que não poderá ir — Hermione deu de ombros, apoiando os cotovelos na mesa.

— Acho melhor só dar uma olhada rápida no que Hagrid quer me mostrar, ele nunca me chamou para ir na cabana tão tarde. — disse a voz de Harry em algum lugar ao meu lado.

— Sem falar que agora eu estou morrendo de curiosidade para saber o que ele quer te mostrar. — acrescentei, Hermione assentiu e Harry concordou.

Lá pelas onze e meia daquela noite em que Harry fingiu ir dormir mais cedo, o mesmo jogou a capa pelos ombros e pediu que eu desse boa sorte para ele, que logo sumiu no meio do salão comunal cheio de gente. Dei uma olhada geral na sala comunal vendo os irmãos Creevey tentando enfeitiçar o distintivo do "POTTER FEDE" tentando o mudar para "Apoie Harry Potter", acho eu. Vi Mione passando pelo retrato da Mulher Gorda, deixando Harry sair conforme o plano.

Afundei em uma poltrona. Eu literalmente podia me sentir mofando naquela sala comunal, respirei fundo revirando os olhos. Meu Deus, quando a minha vida ficou tão tediante? Bem nesse instante, Fred e Jorge entraram pelo retrato.

— FRED! JORGE! MEUS RUIVOS LINDOS QUE EU AMO! — berrei me levantando rapidamente e atraindo vários olhares dos grifinórios que estavam ali. — Que foi? Nunca viram uma loira doida indo falar com seus dois amigos lindos, maravilhosos e ruivos?! Eu hein. — revirei os olhos dando meu olhar número 7.

É, número 7, porque eu tenho 10 olhares denominados como:

1 - Qual é a tua demência?

2 - Eu hein, tudo viado.

3 - SOCORRO, QUE GATO, SANTA MARIA MADALENA ALGUÉM ME SEGURA!

4 - Por acaso você perdeu o cu na minha cara?

5 - NÃO SOU TUAS NEGA, SAI FORA!

6 - Essa daí saiu se arrastando pra fora das portas do inferno com o short já enfiado no útero.

7 - VIRA PRA LÁ ANTES QUE EU SAIA DANDO VOADORAS NA CARA DE TODO MUNDO!

8 - Esperando Madre Tereza de Caucutá descer das escadas do céu pra me abanar porque minha pressão baixou só de olhar pra você.

9 - É melhor você nadar até a Cuba antes que eu acabe com a tua raça.

E o último, é claro, eu dedico ao amor da minha vida.

10 - MANO, CALA A BOCA, FRED, TU É UM BOSTA, CARA! VAI TOMAR NO OLHO DO SEU CU, VIADO DO CACETE! Ah, aliás, te amo seu ruivinho de merda do meu coração, vem aqui, vamos tomar sorvete de kiwi.

Voltando ao momento atual, me aproximei de Fred e Jorge, depois dos outros metidos pararem de me encarar, que me olhavam como se perguntando qual o meu problema hoje. Claro, o de hoje, porque são tantos problemas que nós não podemos ficar gravando cada um.

— Jay... — começou Jorge com o cenho franzido e uma careta confusa. — Por acaso você andou bebendo de novo? — revirei os olhos enquanto eles continuavam me estranhando.

— Não, Jorge, nós fomos treinados pra esse tipo de situação; Jamie, você está morrendo ou está com tédio?

— Tédio — falei manhosa, soltando os ombros e andando até eles e me jogando, aham, me jogando mesmo. Fred pegou meus pés e Jorge meus braços, era um tipo de ritual nosso. Toda vez que eu ficava com tédio, eu me jogava em cima deles (não tipo estilo Angelina ou Cho), eles pegavam minhas mãos e pés e nós íamos pra uma parte meio isolada do castelo, uma parte só nossa.

Seguimos para fora da sala comunal, atraindo a atenção de praticamente todo mundo ao nosso redor. Mas vamos imaginar a cena, né: dois ruivos altos e idênticos segurando uma garota loira linda e maravilhosíssima como se fosse um saco de beterrabas. E eu nunca vi um saco de beterrabas. Eu nem sequer gosto de beterrabas. É sério, eu provei hoje e quase vomitei.

Continuamos a andar pelos corredores do castelo, e vários olhares curiosos nos seguiam. Eu e a Coisa 1 e a Coisa 2 não trocamos nenhuma palavra até sairmos de Hoogwarts e chegarmos nos jardins, perto do Salgueiro Lutador. Fred soltou meus pés e Jorge me ajudou a ficar de pé, e nós três continuamos andando até no meio da Floresta (não tão) Proibida. E lá no meio, em um canto mais escondido, estava a nossa Casa na Árvore.

Fizemos ela no final do meu segundo ano, porque os exames tinham acabado e todos estávamos felizes, e eu estava contando para os gêmeos o quanto seria legal ter uma casa na árvore e que eu sempre sonhei em construir uma, mas não tinha árvores altas ou um quintal grande o suficiente na minha casa para poder fazer isso. Então, os ruivos decidiram construir uma ali na floresta mesmo, e virou um tipo de refúgio. O nosso refúgio.

Subimos a escadinha e entramos na casa, onde eu me joguei na cadeira que nós havíamos colocado ali. Estava prestes a soltar um suspiro quando Jorge me interrompeu.

— Não! Nem pense em fazer essa cara de desolada e soltar um suspiro melancólico! — ah, ele me conhece tão bem. — Viemos aqui pra tirar esse maldito tédio do seu corpo.

— Então o que vocês pretendem fazer? Um exorcismo? — a parte ruim foi que eles realmente consideraram essa ideia. — Não! — e os dois fizeram caretas enquanto resmungavam "ahh".

E depois de muito vegetar, nós decidimos bolar pegadinhas para o final do ano, porque nós sempre fechávamos o fim de um ano letivo com uma pegadinha fodástica. Várias ideias viram e foram, mas nenhuma delas foi útil. Então nós ficamos somente quietos, um olhando pra cara do outro. Eu estava deitada de barriga pra cima no chão enquanto Jorge me usava como travesseiro e Fred atirava faíscas da varinha em minha direção.

— Ei, sabem do que eu me lembrei agora? — disse Fred de repente.

— Que brócolis vai ser o exército que vai dominar o mundo?

— Não, mas isso ninguém pode negar. Eu me lembrei do dia em que a gente se conheceu! Lembra? — foi impossível conter a risada ao me lembrar do dia em que conheci Fred e Jorge, os "Gêmeos Maravilha". Eles me acompanharam na risada, provavelmente se lembrando também.

— Ah, bons tempos... Lembram a parte em que aquela garotinha saiu correndo com o glitter sabor arroz e feijão no cabelo? — disse Jorge, e nós três rimos mais alto. Coitada da garotinha.

— Pior foi no segundo ano quando eu caí no lago, lembram? E tudo por causa do Julio — balancei a cabeça e eles gargalharam alto.

— O JULIO! — riu Fred. — Aquele cara era demais!

E passamos boa parte do tempo nos lembrando de memórias somente nossas que entrariam para a história quando contássemos para os nossos filhos.

Nós percebemos que o tempo havia voado um pouco mais tarde e que nós deveríamos voltar para a sala comunal. Quase me xinguei por não ter pedido a capa para Harry, mas aí me lembrei que ele estava a usando nesse momento e então me lembrei de Sirius, e saí correndo mais rápido com Fred e Jorge em meu encalço.

Faltando quatro minutos para a meia-noite, consegui despachar os dois ruivos para seus dormitórios e me sentar no sofá para esperar pela imagem da cabeça de Sirius. Os simples quatro minutos pareceram horas, até que finalmente vi o famoso Sirius Black.

— Sirius! — exclamei do jeito mais baixinho possível, ele olhou para mim e pude ver um sorriso trêmulo aparecer em seu rosto.

— Então você é a famosa Jamie Diggory! — ele riu.

— E você o famoso Sirius Black!

— Harry me falou muito sobre você.

— Espero que coisas boas, porque senão eu acabo com aquele quatro-olhos — e nós dois rimos.

E então, eu e Sirius começamos a conversar sobre várias coisas, sobre nós mesmos, sobre Harry, sobre o Torneio Tribruxo... Sirius dizia que a minha personalidade o lembrava muito de alguém, mas ele não conseguia se lembrar de quem. E eu estava morrendo para saber quem era.

— Então quer dizer que o ruivinho, Rony, está com ciúmes da glória indesejada de Harry? — perguntou Sirius com um ar risonho.

— Sim! — exclamei rindo. — Morrendo de ciúmes só porque Harry foi inscrito numa coisa que ele nem queria. — naquele exato momento, Harry entrou pelo retrato da Mulher Gorda, notando a minha presença e a de Sirius e logo correndo em nossa direção.

— Sirius, como é que você vai indo? — ele perguntou assim que sentou-se ao meu lado.

— Eu não sou importante, como vai você? — perguntou Sirius, mudando sua expressão para uma séria. — Digo, em geral, porque Jamie já me disse praticamente tudo — ele disse e nós rimos da cara confusa e desconfiada de Harry.

— Pelo amor de Deus, me diz que você não fodeu com a minha imagem?

— Querido, a sua imagem já é fodida, não é como se eu tivesse mudado algo. — dei de ombros, escutando a risada barra latido de Sirius, ele nos olhava como se estivesse vendo alguma lembrança boa.

Sirius repetiu a pergunta sobre como Harry estava, e então ele começou a falar sobre todas as coisas que haviam acontecido, incluindo Rita Skeeter, o Torneio, Rony e até sobre dragões, que era a primeira tarefa ("COMO ASSIM DRAGÕES, HARRY?!"). Ao rever todos os problemas que Harry tem enfrentado eu já havia formado uma linda solução para todas as suas dificuldades:

1. Mande o Rony ir se foder (já vai tá fazendo um favor pra metade de Hogwarts).

2. Mande Rita Skeeter ir se foder (só Deus sabe o quanto o meio mundo mágico quer fazer isso).

3. Mande os dragões irem se foder (só toma cuidado pra não levar fogo no cu, não queremos duas Cho Chang's no mundo).

4. Vai arranjar uma peguete pra se distrair.

5. Até mais, Harry.

Viu? Super simples. Meu Merlin, eu me senti um garoto agora... Acho que já estou pronta para o meu pênis! Obviamente que eu não falei nenhuma das minhas soluções, isso seria muito inapropriado (engraçado e com toda a certeza demais, mas inapropriado).

Quando voltei a prestar atenção na conversa, Harry havia acabado de parar de falar e Sirius disse:

— Dragões a gente pode dar um jeito, Harry, mas falaremos disso em um minuto, não posso me demorar muito aqui... Arrombei uma casa de bruxos para usar a lareira, mas eles podem voltar a qualquer momento. Tem coisas de que preciso alertá-lo.

— Quais? — perguntou Harry, pude ver a sua expressão murchando mais e mais ainda.

— Karkaroff — disse Sirius. — Harry, ele era um dos Comensais da Morte. Você sabe o que é isso, não sabe?

— Sei, ele... Quê? — Harry, ele acabou de falar.

— Ele foi apanhado, esteve em Azkaban comigo, mas foi libertado. Aposto o que quiser que foi essa a razão de Dumbledore querer ter um auror em Hogwarts este ano, para ficar de olho nele. Moody foi quem pegou Karkaroff. Foi o primeiro que trancafiou em Azkaban.

— Karkaroff foi libertado? — perguntou o moreno ao meu lado lentamente. HARRY, ELE ACABOU DE FALAR QUE SIM! — Por que foi que libertaram ele?

— Ele fez um acordo com o Ministério da Magia — disse Sirius amargurado. — Ele fez uma declaração admitindo que errara e então revelou nomes... E mandou uma porção de outras pessoas para Azkaban em lugar dele... Ele não é muito popular por lá, isso eu posso afirmar. E desde que saiu, pelo que sei, tem ensinado Artes das Trevas a cada estudante que passa pela escola dele. Por isso tenha cuidado com o campeão de Durmstrang também.

— OK — disse Harry devagar. Jesus amado me dê paciência porque se me der um machado eu arranco a cabeça dessa criatura fora! — Mas... Você está dizendo que Karkaroff pôs meu nome no Cálice? — QUANDO QUE ELE FALOU ISSO? CACETE, HARRY, É POR ISSO QUE NINGUÉM MAIS GOSTA DE TI! — Porque se fez isso, ele é realmente um bom ator. Parecia furioso com o acontecido. Queria me impedir de competir.

Respirei fundo, tentando acalmar minha vontade de estapear Harry até a morte.

— Sabemos que ele é um bom ator — respondeu Sirius — porque convenceu o Ministério da Magia a libertá-lo, não é? Agora, tenho acompanhado o Profeta Diário, Harry...

— Você e o resto do mundo — fica quieto.

—... E lendo nas entrelinhas do artigo que aquela tal de Skeeter publicou no mês passado, Moody foi atacado na véspera de se apresentar para trabalhar em Hogwarts. É, sei que ela diz que foi mais um alarme falso — acrescentou Sirius depressa, ao ver Harry fazer menção de falar —, mas tenho a impressão de que não foi. Acho que alguém tentou impedi-lo de chegar a Hogwarts. Acho que alguém sabia que seria muito mais difícil agir com ele por perto. E ninguém vai investigar muito. Olho-Tonto andou ouvindo estranhos, vezes demais. Mas isto não significa que tenha se tornado incapaz de identificar a coisa verdadeira. Moody foi o melhor auror que o Ministério já teve.

— Então... Que é que você está me dizendo? — MEU JESUS CRISTO! — Karkaroff vai tentar me matar? Mas... Por quê?

Pude notar Sirius hesitando um pouco antes de falar.

— Tenho ouvido coisas muito estranhas — disse pausadamente. — Os Comensais da Morte parecem andar um pouco mais ativos do que o normal ultimamente. Mostraram-se publicamente na Copa Mundial de Quadribol, não foi? Alguém projetou a Marca Negra no céu... E, além disso, você ouviu falar na bruxa do Ministério da Magia que está desaparecida?

— Berta Jorkins? — perguntei pela primeira vez desde que Harry começou a conversa.

— Ela mesmo. — confirmou Sirius.

— Anta pra caramba?

— Essa aí.

— Ah! Eu sei quem ela é... Ela desapareceu na Albânia, e sem dúvida foi lá que diziam ter visto Voldemort pela última vez... E ela saberia que ia haver um Torneio Tribruxo, não é? — estalei os dedos me lembrando vendo Sirius abrir um enorme sorriso, talvez porque alguém estava finalmente o entendendo.

— É, mas... Não é muito provável que ela tivesse dado de cara com Voldemort, ou é? — disse Harry. PORRA, CRIATURA, EU NÃO POSSO DAR UMA DENTRO???

— Ouça, eu conheci Berta Jorkins — disse Sirius sério. — Esteve em Hogwarts no meu tempo, alguns anos mais adiantada do que seu pai e eu. E era uma idiota. Muito bisbilhoteira, mas completamente desmiolada. Não é uma boa combinação, eu já aviso a vocês. Eu diria que ela poderia ser facilmente atraída para uma arapuca.

— Então... Então Voldemort poderia ter descoberto tudo sobre o torneio? É isso que você quer dizer? — meu Deeeeeeeeeeus, ele entendeu alguma coisa, ALELUIA! — Você acha que Karkaroff poderia estar aqui por ordem dele?

— Não sei — disse Sirius lentamente. — Não sei... Karkaroff não me parece o tipo que voltaria para Voldemort a não ser que soubesse que o lorde teria poder suficiente para protegê-lo. Mas quem pos o seu nome no Cálice de Fogo fez isso de caso pensado, e não posso deixar de achar que o torneio seria uma boa ocasião para atacar você e fazer parecer que foi um acidente.

— Até onde posso ver, parece um plano muito bom — disse Harry sarcasticamente. — Só precisam sentar–se e esperar que os dragões façam o serviço por eles.

— Hahahaha, é verdade. — logo depois de notar o que eu havia falado, pigarreei tentando esconder o riso. — Quero dizer, desculpe, óbvio que não, Harry! Vê se para com essas brincadeirinhas. — e os dois riram de mim.

— Certo... Esses dragões — disse Sirius, falando agora muito rapidamente e retomando o assunto anterior. — Tem um jeito, Harry. Não ceda à tentação de usar um Feitiço Estuporante, os dragões são fortes, e têm demasiado poder mágico para serem nocauteados por um único feitiço. É preciso meia dúzia de bruxos para dominar um dragão...

— É, eu sei, acabei de ver — disse Harry.

— Mas você pode dar conta sozinho — disse Sirius. — Tem um jeito e só precisa de um feitiço simples. Basta...

Mas antes que Sirius pudesse falar sobre o feitiço, eu e Harry ouvimos um barulho vindo das escadas, nos entreolhamos rapidamente pedindo para que Sirius se silenciasse.

— Vão! — sibilou Sirius. — Vão! Tem alguém chegando!

Eu e Harry nos levantamos mais do que rápido, juntando nossos corpos de lado para esconder as chamas que antes tinham a cabeça de Sirius, nossos ombros batendo um no outro. Se alguém visse ele ali... Minha vida praticamente passou pelos meus olhos quando eu vi um par de pernas aparecer na sala e antes que pudesse notar, já havia escrito meu testamento mentalmente.

Primeiro de tudo, gostaria mandar Angelina Johnson ir se foder, só pra deixar bem claro, só quis deixar minha raiva de defunto pra fora antes que todos se esqueçam de mim.

Agora, o papo sério, pro Jorge Weasley eu deixo todas as minhas coisas que não prestam, e não deixem ele encostar no meu pôster do Elvis Presley, ele vai dizer que eu odeio aquele pôster mas na verdade é a coisa mais preciosa naquele quarto. NÃO DEIXEM ELE ENCOSTAR UM DEDO! Entrego a ele também meu frango de borracha, Britney Spears, e o telefone de Julio, o vendedor de pamonha, aproveita e entrega pro Fred também.

Pra Hermione Granger eu deixo todos os meus livros, mas todos, todos, mesmo. Se quiser pode até dar o dicionário pra ela, eu realmente não ligo pra isso. Entrega pra ela também o meu porta-retrato com a foto do bebê gordinho comendo pudim de manteiga, o que deve ser realmente nojento, ele é precioso demais pra ficar com qualquer outra pessoa.

Para Ronald Weasley eu entrego a minha vassoura, porque a dele é uma bostinha e eu não aguento mais competir contra uma lesma no quadribol. Deixa pra ele também um manual sobre como dar uns pega nas gatinha, tá... Eu sei que eu nem sequer tenho um manual pra isso, mas vocês vão ter uma compaixão por ele quando virem a cara do pobre coitado. Doem um pouco de beleza pra essa peste também.

Para Cedrico Diggory eu não dou porra nenhum porque essa criatura só me encher o saco. Toda. Hora. E também porque ele só sabe ficar caidinho pela Yoko Ono.

Para Harry Potter eu entrego é uma namorada porque ô bichinho encalhado. Entrego também o bom senso pra ele arranjar um gosto melhor pra garotas e meu panda de jujubas chamado Rico Suave, peçam para Harry ensinar a ele a falar Taco Bell.

Para Fred Weasley eu entrego minha comida estragada, minha receita para o sorvete de brócolis e meu precioso CD do Guns 'N Roses. Diga a ele que se alguma de suas putinhas, vulgo Angelina, ousar mexer ou sequer olhar para o meu (e eu friso o "meu") Axl Rose delícia eu saio do meu túmulo no apocalipse zumbi só pra assombrar ele. Entregue também meu tubo de Gelol e a guarda de Patoney, o patinho viado.

E para Kurt Cobain, eu dou é a minha virgindade, seus broxa.

Mas aí acabou que era só o babaca do Rony descendo as escadas. EU VOU DEIXAR VOCÊ MORRER VIRGEM E ESTÉRIL, RONALD! Pode tirar ele do meu testamento, eu vou voltar só pra assombrar ele como um virjão de 50 anos. Mas acho melhor guardar meu testamento mentalmente para depois passá-lo para o papel, é muito precioso para ser jogado no lixo. Suspirei aliviada ao ver Rony vestido com seu pijama marrom estampado de plumas, ele parou de chofre ao me ver e ver Harry do lado oposto da sala e olhou para os lados.

— Com quem vocês estavam falando? — perguntou.

— E isso é da sua conta? — rosnou Harry. — Que é que você está fazendo aqui embaixo a essa hora da noite?

— Fiquei imaginando onde você... — E parou, encolhendo os ombros. AWWWWWWWWWWWWWWWN, ELE SE PREOCUPOU COM O HARRY, MOMENTO FOFINHO ON! GENTE EU VOU APERTAR AS BOCHECHAS DESSE RUIVO! — Nada, vou voltar para a cama. — Momento fofinho off.

— Achou que poderia vir bisbilhotar, não foi? — gritou Harry. Dei uma cotovelada com força nas suas costelas sem me importar com o olhar irritado que ele me deu, Rony não havia feito nada e ele sabia disso! Mas ainda vou tirar o manual de como pegar garotas do testamento.

— Sinto muito — disse Rony, ficando vermelho de raiva. — Eu devia ter percebido que você não queria ser perturbado. Vou deixar você continuar praticando em paz para a próxima entrevista com Jamie.

E antes que eu pudesse impedí-lo, Harry já havia pego um dos distintivos escrito "POTTER REALMENTE FEDE", que eu presumo ter sido uma tentativa falha dos irmãos Creevey de melhorar os distintivos, e o atirado bem na testa de Rony, que cambaleou para trás.

— Toma — disse Harry. — Uma coisa para você usar na terça-feira. Quem sabe você até arranja uma cicatriz agora, se tiver sorte... É o que você quer, não é? — DÁ-LHE HARRY, É ASSIM QUE SE FAZ! Hãn... Digo, não é assim que se resolve as coisas com o melhor amigo, Harry! Não pegue os meus exemplos com Jorge, você ainda não está pronto!

Quando Harry estava prestes a atravessar a sala até o dormitório, agarrei seu pulso na tentativa de impedir que acontecesse uma explosão de raiva do Harry no quarto e uma morte dolorosa para todos nós. Eu sei, eu sei, sou muito dramática, DEAL WITH IT! Harry pareceu se acalmar quando segurei seu pulso, ele relaxou os ombros e a expressão, Rony o olhou totalmente furioso e com o rosto vermelho, virando-se e correndo para o dormitório logo em seguida.

— Harry — suspirei, cansada. —, vocês tem que acabar com essa briguinha infantil, isso já passou dos limites. — ele fechou os olhos com a mesma expressão que a minha.

— Eu sei, Jay, eu sei. É só que... é complicado, ele tem ciúmes de mim! Não é como se eu quisesse participar desse torneio e arriscar a minha vida de novo, e ele SABE disso! — ele resmungou e eu o abracei, colocando minha cabeça no seu ombro.

— Rony só está cego pela inveja, Harry. Ele vai entender uma hora ou outra — ele me abraçou mais forte.

— É o que eu espero... Obrigada por ter ficado do meu lado, Jay.

— Ah, que nada, eu tô aqui pra isso! Bem... Isso e roubar sua comida. ― dei de ombros e nós rimos. Dei boa noite e me virei para subir para o dormitório, mas não antes de me virar e dar um beijo em sua bochecha, e vi Harry corar.

Espera... Desde quando o Harry cora por minha causa?! Tá legal, alguém foi pro futuro, pisou num inseto e mudou o curso do universo, não é possível. Balancei a cabeça e subi para o dormitório.

_______________________

— VAMOS, SEUS BICHAS! UM, DOIS, UM, DOIS! VAI, MAIS RÁPIDO! ATÉ MINHA AVÓ FAZ MELHOR QUE ISSO! — essa sou eu. Berrando com um bando de fracotes numa manhã de domingo.

Vou explicar melhor minha situação: hoje eu acordei com uma motivação pra ser chata que Jesus Cristinho... Então, que melhor jeito de descontar sua chatice do que em seus melhores amigos? Sendo assim, eu mandei Fred e Jorge fazerem várias flexões porque eles estavam gordos, eles acreditaram e começaram a se exercitar e eu ficava dando os comandos. Aí, chegaram outros meninos como Simas, Dino, Rony e Neville, e eu mandei eles fazerem flexões também.

Agora cá estou eu, gastando minha preciosa voz com esses viados.

— VAMOS, ANDEM LOGO! NÃO QUERO SER VISTA CONVERSANDO COM GORDOS, UM, DOIS, UM, DOIS! — eu berrava e eles ficavam calados, só fazendo o que eu mandava porque sabiam que iam apanhar se intervissem.

Logo vejo Harry descendo as escadas e parando ao meu lado, e ficou observando por um tempo, Mione apareceu bem depois.

— O que está acontecendo? — ela perguntou franzindo o cenho, mas um sorriso de divertimento apareceu em sua boca.

— Eu estou comandando essas garotinhas, que mal conseguem aguentar mais de CINCO FLEXÕES, É ISSO MESMO, EU TE VI PARANDO LONGBOTTOM! SEM FRESCURA, VAMOS, ANDA, ANDA!

— Você é má — falou Harry rindo, Mione o acompanhou na risada.

— Ah, eu sei... NADA DE DESCANSO! E BORA PAGAR MAIS VINTE PORQUE O RONY ALI É FEIO! ("Ei!") Não aja como se não soubesse, Ronald! — e me virei para Hermione e Harry. — Que tal irmos tomar café?

— Ok, vamos lá — sorriu Mione. — Vai deixar eles ali? — ela perguntou risonha.

— Ah é, verdade. SOLDADOS, DESCANSAR! — todos eles pularam e bateram continência. Sorri satisfeita enquanto caminhávamos juntos para o Salão Principal. — Sabe, se nós estivéssemos na prisão vocês seriam as minhas vadias — ri, dando pulinhos e batendo palmas. Fred e Jorge, que estavam ao meu lado, reviraram os olhos.

— Você está com um ego muito grande, Jaysinha, isso não é saudável nós vamos ter que diminuí-lo. — falou Jorge num tom que parecia que teriam de amputar minha perna.

— Vocês são um cu, vamos logo que eu estou com fome.

— Quando é que você não está com fome, Jamie? — perguntou Fred sarcasticamente, me limitei a revirar os olhos e murmurar "viado" levando um tapaço na cabeça.

_________________________

— COMO ASSIM O FRED FICA COM O SEU CD DO GUNS 'N ROSES E A GUARDA DO PATONEY E EU NEM SEQUER GANHO O PÔSTER DO ELVIS! — ah, sim, esse foi o motivo pelo qual eu me recusava a mostrar o meu testamento recém colocado em pergaminho para Jorge. Mas é claro que ele tinha que dar uma de bicha louca e roubar o pergaminho da minha mão.

— Virgindade pro Kurt? Como assim você está dando sua virgindade para aquela barbie?! — esse foi o Fred, olhando por cima do ombro do irmão.

— Acontece que a "aquela barbie" é muito gostosa, Fred. Agora fica quieto e come o seu brócolis — falei empurrando um pedaço de brócolis na sua boca, e ele ficou me olhando com cara de tédio e metade de um brócolis na boca dele.

— Quer saffer? Ffoda-se — ele disse, sua fala saindo meio estranha por conta da comida em sua boca, ele pegou um caderno que estava ao seu lado e foi se sentar mais na ponta da mesa. Revirei os olhos e engoli um pedaço de bacon.

— Eu merecia aquele pôster — murmurou Jorge após um tempo em silêncio, tirei meu sapato e atirei na sua cabeça. — AI! Malvada... — ele massageou a nuca, que foi onde o sapato bateu. Comecei a dar uma olhada no salão inteiro, por falta do que fazer; vi Sam e Franky na mesa da Corvinal/Beauxbatons conversando com uma menina que estava de costas, mas assim que ela se levantou eu a reconheci como Julia. JULIA?! Mas caceeeeeeete, eu pensei que ela tinha sido expulsa depois de jogar mais de mil bombas de bosta na cabeça de umas patricinhas lá em Beauxbatons!

Deixa eu te falar uma coisa sobre essa Julia: te enche o saco até o inferno.

Ela é uma gorda sem auto-estima ou senso de estilo, e é claro que eu estou mentindo, porque a Julia é uma meia Veela e Veelas são gatonas, mas não deixe Franky ou Julia saberem que eu falei isso, pelo amor de Apolo amado (ai, esse deus quente). Julia devia ser a única não-patricinha em toda Beauxbatons, e eu tenho que dar um aleluia pra isso (CAN I HEAR A HALLELUIA, BITCHES?!).

Ela era a única que fazia pegadinhas e ela meio que substituiu Fred e Jorge para mim, NÃO DIGA ISSO À ELE, e eu falei deles para ela. Resolvi ir falar com aquela vagabunda mal-amada.

— Disque um, você atingiu o cabaré da esquina, gostaria de contatar Julia Carter? — ela se virou para mim cerrando os olhos com aqueles cílios de puta mor e logo depois pulou em cima de mim. — AI CACETE, NÃO FUI EU QUEM DISCOU UM, JULIA! CANCELAR CHAMADA, CANCELAR CHAMADA!

— CALA A BOCA, PUTA SEM CAUSA! — ela berrou e me obrigou a abraçá-la de volta.

— Você é um cu, Julia.

— E você me ama, agora fecha a matraca e vai dar o cu pro Axl Rose.

— Olha, quem me dera hein, amiga — e nós rimos como duas patricinhas, jogando as mãos para o alto e atraindo atenção do salão todo. Mas é claro, o mundo pode ignorar uma Jamie Diggory, mas ele não pode ignorar duas.

— Agora que eu estou aqui, você se importaria de me mostrar os famosos Fred e Jorge Weasley que você não parava um segundo de falar? — ela perguntou com um sorriso sarcástico e eu devolvi com um sorriso forçadamente meigo.

— Tá, tá legal. Tá vendo aquele ruivo ali? Então aquele é o Fred e aquele outro ali é o Jorge.

— Ahhhh, aquele é o Fred? Hum, dá-lhe Jamie com seu bom gosto em homem, hein! — ela me lançou um sorriso completamente malicioso e eu já sentia meu rosto esquentando. — Ah, Jay, se você não pegar ele logo quem pega sou eu! — dei uma cotovelada na sua costela.

— Pode ir apagando esse fogo no cu porque aquele ali já é meu, ele só não sabe ainda.

— Porra, Jamie! Nem pra deixar eu me divertir!

— Julia, tem mil garotos aqui, tanto de Beauxbatons e Durmstrang quanto de Hogwarts, não coloca esse seu olho delineado no ruivo só porque a cabeça dele é chamativa.

— SUA VADIA EGOÍSTA! NEM PRA DIVIDIR OS BOFES COMIGO!

— Cala boca, siliconada de farmácia.

— Loira tingida.

— COMO OUSA?! VOCÊ SABE QUE EU SOU LOIRA NATURAL, SUA PIRANHA DE QUINTA CATEGORIA!

— EPAAAAAAA! QUINTA CATEGORIA NÃO QUE EU SOU DIGNA DE PRIMEIRA CLASSE!

— Ah, fica quieta, BFF DA FLEUR!

— Nem vem com essa, sua bundona.

— Querida, que a minha bunda é grande eu já sei, todo mundo adora ela.

— Deve ser porque você já deu ela pra metade de Hogwarts.

— É legal como você reconhece que foi só a metade, mostra que nem toda a minha dignidade foi-se pelo ralo.

— É legal como você ainda acha que tem dignidade.

— Puta.

— Vagabunda.

— Piranha.

— Cretina.

— Patricinha oxigenada.

— Loira do banheiro.

— Peguete do Karkaroff.

— Putinha do Malfoy.

— Cachorra do Crabbe.

— Escrava do Goyle.

— Piteca da pitibirumba.

— Glubolga da Girepicóia.

— Então nós estamos só falando coisas sem sentido agora? — perguntei depois de uns dez minutos xingando a Julia e ela me xingando.

— Basicamente. — ela deu de ombros e nós começamos a rir escandalosamente. Depois de algum tempo rindo, Julia falou: — Jay, não olha agora mas tem uma mina mais arrombada que a gente se jogando no Fred que nem Titanic no Iceberg. — e quem era o Titanic se atirando no Iceberg, vulgo Fred?

Angelina Whore Johnson, mas é claro.

Comecei a sentir o sangue ferver ao ver aquela putinha se "A" fodona enquanto jogava o cabelo pro lado repetidamente e conversava com Fred do jeito mais biatch possível. Comecei a cerrar os punhos com raiva, logo ouvindo a voz de Julia ao meu lado.

— Eita, porra, que que deu com o cálice? — graças a Deus que não era o Cálice de Fogo e sim um cálice normal da mesa. Ele estava... flutuando? É isso mesmo, produção? Gente do céu... E eu achando que já tinha visto de tudo sendo amiga dessa desgraça arrombada do meu lado.

Fiquei chocada até demais com o cálice flutuando ao meu lado, tão chocada que até esqueci de minha raiva em relação à Angelina, afrouxei minha mão que estava cerrada, assim que fiz isso o cálice se quebrou em pedacinhos.

Lembra quando eu falei que ontem alguém devia ter ido pro futuro pisado em um inseto e mudado o curso do universo? Então, eu me confundi, isso foi é hoje!

Acho que fiquei excessivamente surpresa, todos no salão agora olhavam para onde antes estava o cálice, para mim e para Julia, que já estava um pimentão. Meu primeiro reflexo foi sair correndo do salão, o mais rápido possível, sem me importar com as pessoas que chamavam meu nome lá atrás.


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Notas finais do capítulo

Eu ri tanto escrevendo a parte da Julia com a Jamie, duas retardadas como se já não bastasse uma. Ai ai, enfim...
DEIXEM REVIEWS, BITCHES!
se quiserem me achar no twitter @grangerlixo e deixem os seus @ nos reviews pra eu seguir vocês tambem!
Panic Station: http://fanfiction.com.br/historia/519313/Panic_Station/