Eu Gosto Desse Abraço [HIATUS] escrita por Yas


Capítulo 13
Starstrukk


Notas iniciais do capítulo

I KNOW YOU LIKE DICK!!!!
################ cerca anti-recalque ##################
YOU KNOW WHO IT IS! Sim, Mrs Di(VASTICA) Angelo com mais um ótimo capitulo de EGDA!
Queria agradecer a todas que comentaram, eu nao consegui responder todo mundo, mas vou tentar outra hora. Agradeçam a chatice da SayJulia que eu esteja aqui, pq ela ficou me enchendo a porra do saco e ainda tá, e cá estou eu com o capitulo.
Como me pediram, eu botei um gif do ator que eu imaginei como o Sam, mesmo que este nao apareça no capitulo. Eu só quero esclarecer que o Sam nao é francês, então nao tem sotaque nem é loiro.
Bjins



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"I think I should know how to make love to something innocent without leaving my fingerprints out. Now. L-O-V-E's just another word I never learned to pronounce."

Starstrukk - 3OH!3 feat. Katy Perry.

Eu estava estática, ainda com o braço ao redor do ombro de Harry, virei meu rosto para ter uma visão melhor dele. Harry estava do mesmo jeito, simplesmente parado, como se estivesse hipnotizado, parecia estar atordoado. Claro, eu também ficaria assim se tivesse sido escolhido para entrar em um campeonato assassino para o qual nem sequer me inscrevi, dá pra entender.

Não houve aplausos. Um zunido, como o de abelhas enraivecidas, começou a encher o salão, alguns estudantes ficaram em pé para ter uma visão melhor de Harry ao meu lado, imóvel. Tive uma imensa vontade de subir em uma mesa e gritar para pararem de encarar Harry como se ele fosse algum tipo de aberração, aqueles hipócritas.

Na mesa principal, a Professora Minerva se levantara e passara por Ludo Bagman e pelo Professor Karkaroff para cochichar urgentemente com o Professor Dumbledore, que inclinara a cabeça para ela, franzindo ligeiramente a testa.

Harry se virou para mim, Hermione e Rony. Pude ver toda a mesa da Grifinória, assim como as outras, chocada, todos boquiabertos.

— Eu não inscrevi meu nome — disse Harry, com uma cara de desorientado. — Vocês sabem que não.

— A gente sabe, Harry — o assegurei apesar de que a expressão de Rony não era a das melhores.

Na mesa principal, o Professor Dumbledore se aprumou, acenando a cabeça afirmativamente para a Professora Minerva.

— Harry Potter! — tornou ele a chamar. — Harry! Aqui, se me faz o favor!

— Vamos, Harry — murmurei soltando-me do abraço, o empurrando levemente em direção a mesa dos professores.

Harry tentou se ajeitar, tropeçando vez ou outra, saiu pelo espaço entre as mesas da Grifinória e da Lufa-Lufa. O jeito devagar em que ele andava parecia que faria sua caminhada durar milhões de anos.

Ele parou, finalmente, em frente à Dumbledore. O diretor murmurou alguma coisa para ele, gesticulando em direção à câmara, e Harry entrou lá, sumindo de nossa visão, sendo seguido pelos diretores de Durmstrang e Beauxbatons e pelo próprio Dumbledore.

Por um momento, tudo ficou quieto após a saída de Harry, então a Professora Minerva nos dispensou, e foi aí que os murmurinhos começaram, todos com suas diferentes teorias sobre como Harry conseguiu colocar seu nome na Taça. Em minha opinião, uma sugestão mais estúpida do que a outra. Mas eu não consegui me retirar do salão com todos os outros, então me sentei na mesa da Grifinória e permaneci ali, esperando Cedrico e Harry para esclarecer aquela situação toda.

Os minutos pareceram horas, e então eu me peguei pensando se Harry não teria realmente colocado seu nome no cálice. Quero dizer, eu vigiei a noite toda com Sam e Franky, mas teve uma certa hora em que eles adormeceram e eu cochilei por alguns minutos. Fui acordada por passos, mas não soube de quem eram, Harry poderia ser uma possibilidade, mas... Não... Ele não teria feito isso, Jamie, tire esses pensamentos ridículos da sua mente!

E então, as vozes de Cedrico e Harry acordaram-me de meu pequeno devaneio, só então eu fui notar que meus braços estavam esticados sobre a mesa e minha cabeça estava deitada sobre eles. Rapidamente me levantei e esfreguei o rosto, saindo de perto da mesa e indo em direção aos dois, que pareciam terminar uma conversa.

Abracei Cedrico quando ele se aproximou, ele sussurrou que tinha que voltar para sua sala comunal mas que falaria comigo amanhã. Assenti e ele beijou o topo da minha cabeça, seguindo para fora do saguão de entrada.
Tornei minha atenção para Harry, que mantinha as mãos nos bolsos e o olhar avoado, pensativo provavelmente.

— E aí, campeão? Como vai a vida sabendo que você está dentro de um Torneio assassino psicótico? — perguntei inocentemente, me aproximando dele, que fez uma risada forçada e revirou os olhos.

— Como você é hilária, Jamie, estou me matando de rir do tanto que você é engraçada — disse ele com voz de tédio.

— Sim, eu sei, sou um poço de alegria e felicidade, vai pedir o autógrafo agora ou via coruja? — falei olhando futilmente para minhas unhas, jogando o cabelo pro lado. Aí sim o Harry riu verdadeiramente. NÃO MENTI FALANDO QUE SOU UM POÇO DE ALEGRIA!

— Tá legal, vamos logo pra Sala Comunal, celebridade — ele disse me puxando pelo pulso.

— Sem flashes, por favor — falei com a voz afetada, colocando a mão em frente ao rosto.

E então seguimos conversando pelos corredores desertos de Hogwarts.

— Então, Harryzitcho, você vai ter mesmo que participar do tal torneio? — perguntei passando meu braço sobre seu ombro.

— Infelizmente, sim, não me deram outra opção — ele suspirou.

— Mas essa porra não tá justa, Harry! Ah não, eu vou armar barraco! — exclamei revoltada, me soltando de Harry e marchando de volta para o Salão de Entrada, mas Harry logo puxou meu braço novamente.

— Vai o caralho, Jamie, não arrume mais problemas pra mim do que eu já tenho. Tá legal? — disse ele, com uma expressão risonha.

— Tá legal — suspirei tristemente. — Mas eu sinto saudade de armar barraco!

— Jamie, você armou um barraco hoje mais cedo!

— Mas foi com o Fred! Eu sempre armo barraco com o Fred! — falei em tom manhoso e o desgraçado do Harry riu de mim.

— Eu aposto que sim, agora vamos logo, barraqueira — e tornou a me arrastar para a sala comunal da Grifinória.

Continuamos seguindo para a sala, jogando conversa fora e rindo, até pararmos em frente ao quadro da Mulher Gorda, que aparentemente tinha uma amiga ao seu lado. As duas encaravam Harry com um tamanho interesse que me deixou com raiva.

— Ora muito bem — disse a Mulher Gorda —, Violeta acaba de me contar tudo. Então quem foi afinal o escolhido para campeão da escola?

— Se Violeta te contou tudo, acho que você já deveria saber a resposta dessa pergunta — falei rudemente sem conseguir me conter. Mas fui totalmente ignorada pela Mulher Gorda, que continuava a encarar Harry com avidez, ansiando por uma resposta.

— E então? Quem foi?

— Asnice — disse Harry sem emoção.

— Certamente que não é! — protestou a bruxa pálida que estava ao lado da Mulher Gorda, indignada.

— Não, não, Vi, é a senha — explicou a Mulher Gorda para acalmá-la, e rodou nas dobradiças para deixar Harry e eu entrarmos na sala comunal.

Assim que passamos pelo retrato, um estardalhaço explodiu em meus ouvidos e certamente que explodiu nos de Harry também, que quase caiu de costas com tanta atenção que recebeu. Logo depois, vários pares de mãos começaram a puxar Harry para dentro da sala, que ficou com uma cara de medo e puxou-me para ir com ele, e então estávamos no meio de diversos alunos da Grifinória, que gritavam, aplaudiam e assobiavam.

— Devia ter nos avisado de que tinha se inscrito! — berrou Fred parecia meio aborrecido e meio impressionado.

— Ele não se inscreveu, seu babaca — berrei de volta com raiva, e ele me fulminou com o olhar.

— Não me lembro de ter te chamado pra conversa, Diggory!

— Não me lembro de me importar com o que você pensa ou faz, Weasley!

E então Jorge, numa tentativa de impedir uma briga, falou/berrou:

— Como foi que você fez isso, sem ficar barbudo? Genial

— Não fiz — disse Harry. — Não sei como foi que...

Mas Angelina agora se atirava em cima dele.

— Ah, se não pôde ser eu, pelo menos foi alguém da Grifinória...

— Depois não sabe porque é conhecida tão como oferecida quanto a Cho Chang — resmunguei, logo ouvindo Katie Bell e sua voz extremamente fina e irritante gritar:

— Você vai poder dar o troco ao Diggory por aquela última partida de Quadribol, Harry!

ESCUTA AQUI SUA LACRAIA!

— Temos comida, Harry, venha comer alguma coisa...

— Não estou com fome, comi bastante no banquete...

Mas ninguém quis ouvir Harry falar de sua falta de apetite, ninguém quis saber que ele não pusera o nome no Cálice de Fogo, ninguém parecia ter notado que ele não estava com a menor disposição de comemorar... Lino desencavara uma bandeira da Grifinória em algum lugar, e insistia em enrolá-la em Harry como uma capa.

Era tão patético que eu fui obrigada a me afastar. Sabia que Harry não tinha se inscrito, mas o jeito como eles não ligavam para a verdade e se contentavam em comemorar uma mentira me enojava. Me sentei perto de onde haviam vasilhas em cima de mesas com salgadinhos e cerveja amanteigada. Hermione apareceu assim que me sentei, segurando um livro embaixo do braço e uma expressão completamente reprovadora.

— Já são onze horas da noite e ninguém veio reclamar do barulho. Se a Professora Minerva não aparecer eu mesma vou dar minha reclamação sobre essa bagunça! — disse ela, severamente, estava com uma cara de quem tentou dormir várias e várias vezes mas não conseguiu.

— Não se ofenda, Mione, mas você está horrível! — falei enclinando minha cabeça pro lado. Ela bateu com o livro na mesinha de salgadinhos com força.

— EU SEI! E É TUDO CULPA DESSA MERDA DESSA FESTA! — ela berrou, graças a Merlin que as conversas ao nosso redor eram mais altas do que sua raiva. Arregalei meus olhos, surpresa, nunca havia visto Hermione falando palavrões, mas foi muito engraçado.

— Ah, Mione, eu apoio essa comemoração tanto quanto você apoia, mas já que estamos aqui que mal faz se divertir um pouquinho? — sugeri dando de ombros e pegando um punhado dos salgadinhos mais próximos. Tudo o que recebi em resposta foi Hermione bufando, batendo em minha cabeça com o livro e subindo com passos pesados para o dormitório feminino. Ri de sua indignação e puxei um copo com cerveja amanteigada.

X - X - X - X

Acordei com uma enorme dor de cabeça, acho que não deveria ter exagerado naquelas naquelas cervejas. Graças a Merlin que a ressaca não estava tão grande, então eu consegui me lembrar da maioria das coisas que aconteceram ontem, me lembro de tomar vários copos de cerveja amanteigada, de cantar/berrar com o Jorge, de começar a tocar Milkshake e aí deu merda. A partir daí, tudo ficou meio apagado na minha memória.

Esfreguei os olhos para ter uma visão melhor do quarto, que estava totalmente vazio exceto por Mione que acabava de entrar no quarto com um copo que tinha uma fumaça saindo de dentro dele. Tinha um cheiro tão horrível que eu fui obrigada a torcer o nariz.

— Que bosta é essa, Hermione?! — falei tampando meu nariz e tossindo.

— É poção pra fazer você vomitar e tirar a ressaca, agora toma logo antes que eu enfie pela sua goela — disse ela me entregando o copo com uma expressão severa.

— Meu Merlin, o que te deixou tão chata?

— CALA A BOCA QUE HOJE EU NÃO TO BOA! — berrou Mione massageando as têmporas.

— Zeus do céu, relaxa Mione, relaxa. — tentei falar numa tentativa de a acalmar.

— Tanto faz, bebe logo essa poção — e então eu tomei. Inicialmente eu não senti nada, só o gosto horrível daquela poção descendo pela minha garganta.

— Hermione, eu não to sentindo nada.

— Espera um pouquinho, demora uns segundos até fazer efeito — e fez. De um segundo para outro, uma enorme ansia de vomitar me subiu de volta pela garganta, e eu tive que sair correndo para o banheiro, me sentando de joelhos e praticamente abraçando a privada pra vomitar a coisa que me fez ficar daquele jeito.

Depois de tudo finalmente sair de dentro de mim (nossa, parece até que eu tava em trabalho de parto), me levantei e lavei o rosto, tomando um enorme susto ao olhar meu reflexo no espelho e ver o quão pálida eu estava. Esfreguei meus olhos repetidamente e tornei a sair do banheiro.

— Está melhor? — pergunta Hermione com um sorriso de ironia no rosto.

— Hermione, me faz um favor e se fode! — reclamei e ela riu, jogando o uniforme na minha cara.

— Se arruma logo, Feia Adormecida, eu vou estar te esperando ali fora — e saiu pela porta do dormitório.

Suspirei e coloquei as roupas, me esforçando para não piorar a situação do meu cabelo. Tentei o prender diversas vezes, mas nenhuma funcionou então tive que o pentear e me contentar com aquilo. Saí com a mochila nas costas e me deparei com uma Hermione com uma pilha de torradas, me esperando sentada.

— Que ótimo, você já está pronta! Vem, vamos achar o Harry e comer torradas. — falou ela e me puxou para fora da Sala Comunal. Assim que o retrato se abriu, demos de cara com Harry e sua cara de cu. — Olá — exclamou ela, estendendo a pilha de torradas que carregava em um guardanapo. — Trouxe para você... Quer dar uma volta conosco?

— Boa idéia — respondeu Harry agradecido. — E olá, dançarina da Grifinória — ele riu para mim. Arregalei os olhos.

— Que merda. Eu fiz. Ontem?!

— Vamos andando que nós já te contamos — E então nós três descemos, atravessamos depressa o saguão, sem olhar para o Salão Principal, e pouco depois estávamos caminhando pelos jardins em direção ao lago, onde o navio de Durmstrang, ancorado, se refletia na água. Fazia uma manhã fria e nós três não paramos de andar, comendo as torradas, enquanto Harry contava para mim e para Mione exatamente o que acontecera depois que deixara a mesa da Grifinória, na noite anterior. Obviamente que nós duas acreditamos nele.

— Bem, é claro que eu sabia que você não tinha se inscrito — falei quando ele terminou de contar a cena na câmara vizinha ao Salão Principal.

— A cara que você fez quando Dumbledore o chamou! Mas a pergunta é, quem inscreveu você? Porque, Moody tem razão, Harry... Acho que nenhum estudante teria sido capaz de fazer isso... Nunca teria sido capaz de enganar o Cálice de Fogo nem de anular o feitiço de Dumbledore... — completou Mione.

— Você viu o Rony? — interrompeu-a Harry.

Hermione hesitou.

— Hum... Vi... Estava tomando café.

— Ele ainda acha que eu me inscrevi?

— Bem... Não, acho que não... Não para valer — disse ela sem jeito.

— Que é que você está querendo dizer com esse não para valer?

— Harry, nós achávamos que já estava na cara. — me entrometi, rindo — Ele está com ciúmes de você!

— Com ciúmes?— repetiu ele sem parecer acreditar. — Com ciúmes de quê? Será que ele quer fazer papel de babaca na frente da escola inteira?

— Não, Harry. É só que você sempre é o centro das atenções, sabe que é! E eu sei que não é sua culpa e nem que você pede para as atenções virem pra você — acrescentei rapidamente ao ver Harry abrindo a boca indignado —, mas Rony cresceu com cinco irmãos mais velhos que sempre foram mais impressionantes do que ele, sempre fizeram as coisas antes dele como ir para a Grifinória, virar monitor-chefe da casa, entrar no time de Quadribol... Se Rony conseguir completar tantas coisas quanto os irmãos não vai ser tão incrível quanto da primeira vez que aconteceu. Você é o melhor amigo dele, Harry, e é famoso sim, tudo o que você faz é um 'grande feito' e Rony acha que é só a sua sombra, todos só o conhecem como 'o melhor amigo de Harry Potter' e pensar que você se inscreveu sem nem sequer falar pra ele o deixa arrasado mas também totalmente com ciúmes, já que você conseguiu a fama mais uma vez. — Agora sim eu calei a boca do viado. Mas Harry parecia mais entretido em ficar revoltado.

— Ótimo — disse Harry com amargura. — Realmente ótimo. Diga a ele que troco de lugar quando ele quiser. Diga a ele que o meu lugar está às ordens... Gente olhando de boca aberta para a minha cicatriz para todo lado que vou...

— Não vou dizer nada a ele — retruquei com rispidez. — Diga você mesmo, é o único jeito de resolver isso.

— Não vou correr atrás dele para fazer ele crescer! — disse Harry, tão alto que várias corujas pousadas em uma árvore próxima levantaram vôo assustadas. — Talvez ele acredite que não estou me divertindo quando me partirem o pescoço ou...

— Isso não tem graça — disse Hermione baixinho. — Não tem a menor graça. – Ela parecia extremamente ansiosa. — Harry, Jamie, estive pensando... Vocês sabem o que precisamos fazer, não sabem? Depressa, assim que voltarmos ao castelo?

— Sei, tacar no Rony um bom chute na bund...

— Escrever a Sirius. Você tem que contar a ele o que aconteceu. Ele pediu para você o manter informado de tudo que estivesse acontecendo em Hogwarts... É quase como se ele esperasse que uma coisa dessas fosse acontecer. Trouxe pergaminho e uma pena comigo...

— Corta essa! — exclamou Harry, olhando à volta para verificar se havia alguém ouvindo, mas os jardins estavam muito desertos. — Ele voltou ao país só porque a minha cicatriz doeu. Provavelmente invadiria o castelo furioso se eu contasse que alguém me inscreveu no Torneio Tribruxo...

— CALA A BOCA, SEU MERDA, TU VAI ESCREVER SIM! — berrei, espantando vários pássaros de seus galhos nas árvores.

— Fica quieta, dançarina da Grifinória. — o fuzilei com o olhar e ele levantou as mãos em rendição. — Vamos logo. — Harry atirou o último pedaço de torrada no lago. Nós três ficamos parados observando o pão flutuar por um instante, antes de um grande tentáculo emergir e engoli-lo por baixo. Depois disso retornamos ao castelo.

— Vou usar a coruja de quem? — perguntou Harry, quando subíamos as escadas. — Ele me disse para não usar Edwiges outra vez.

— Sei que você não vai querer pedir a do Rony emprestado, então pode pegar Hades emprestado. Se o viado não te morder é porque gosta de você — e dei uma piscada.

— Me sinto bem melhor assim, Jay, valeu mesmo — ele disse.

— De nada!

— Isso foi ironia, Jamie.

— Merda! Eu nunca consigo acertar. — reclamei cruzando os braços. Eu comecei a desenvolver uma mania idiota de nunca conseguir notar quando uma pessoa está falando ironicamente ou usando sarcasmo, triste, eu sei. Eles riram de mim.

Nós três subimos até o corujal. Hermione deu a Harry um pedaço de pergaminho, uma pena e um tinteiro, depois ficou procurando Hades enquanto Harry se sentava encostado à parede e escrevia a carta e eu me sentava ao seu lado, ajudando-o a escrever.

“Caro Sirius,

Você me disse para mantê-lo informado do que está acontecendo em Hogwarts, então aqui vai: não sei se você já sabe, mas vão realizar um Torneio Tribruxo este ano e, na noite de sábado, fui escolhido para ser o quarto campeão. Não sei quem pôs o meu nome no Cálice de Fogo, mas não fui eu.

O outro campeão de Hogwarts é Cedrico Diggory da Lufa-Lufa, ele é irmão da minha amiga Jamie Diggory, que eu já mencionei antes.”

— Você já me mencionou? Nossa, me sinto até Atena assim. — sorri, imaginando como seria ser uma deusa.

— Não se ache tanto, Jamietcha, agora me deixa continuar.

Ele pareceu pensativo por um momento, e então tornou a escrever algo no pergaminho.

“Espero que você esteja OK, e Bicuço também.
Harry”.

— Terminei — disse ele a mim, levantando-se e me passando o bilhete, me levantei também e passei o bilhete para Hermione que o prendeu na pata de Hades que estava em seu ombro.

Ao fazer isso, Edwiges veio voando para o seu ombro e estendeu a perna.

— Não posso usar você — disse Harry a ela —, tenho que usar a da Jamie dessa vez.

Edwiges soltou um pio muito alto e levantou vôo tão inesperadamente que suas garras cortaram o ombro de Harry. Tive que abafar um riso com a mão para que Harry não notasse e ficasse bravo comigo. Edwiges ficou de costas para nós enquanto Hades levantava vôo.

— Primeiro Rony, e agora você — disse Harry aborrecido. — Não é minha culpa.

E eu fui obrigada a rir.

— Como você é dramático, Harry!

— Ela que chora porque Gelol dá barato e eu que sou dramático, vai entender... — murmura Harry num tom que ele deve ter julgado como baixo, mas tanto eu quanto Hermione ouvimos, a morena gargalhou alto e eu fiquei confusa.

Assim que ouvi o que Harry falou, um flash sobre a festa de ontem explodiu em minha mente, sumindo logo em seguida, mas me deixando extremamente envergonhada.

— MEU ZEUS DO CÉU, EU NÃO FIZ ISSO! — berrei inconformada, os dois me olharam e riram mais ainda.

— Vem, Jay, tá na hora de a gente te contar mais sobre seu surto de bêbada. — fala Hermione me puxando pelo pulso assim como Harry. Agora sim fodeu tudo.

Se eu tivesse apostado comigo mesma que o dia seguinte seria melhor para mim e para Harry e que se acostumar com a ideia de ser campeão deixaria Harry mais calmo, eu ficaria devendo 10 galeões para mim mesma. Todo os outros alunos de Hogwarts, assim como os Grifinórios, pensavam que Harry havia mesmo se inscrito, e muitos deles não levaram a ideia tão bem quanto nossos colegas da Grifinória levaram.

Uma aula de Herbologia com a Lufa-Lufa foi a prova disso. Os lufanos, que geralmente não aparentavam ter nenhuma aversão sobre os alunos da Grifinória, mostravam-se bastante frios. Ficou claro que os alunos da Lufa-Lufa achavam que Harry havia roubado a glória do seu campeão, um sentimento mais do que exagerado para mim, pelo fato de que a Lufa-Lufa raramente conquistava alguma glória, e o babaca Cedrico era um dos poucos que lhe dera alguma, tendo uma vez derrotado a Grifinória no Quadribol. Porém, mais frieza do que eles demonstravam com Harry, seria a frieza que demonstravam comigo, uma vez que eu não me importei com Harry ser campeão, acreditei nele e não achei que Harry estava "roubando a preciosa glória da Lufa-Lufa".

Pelo visto, os Lufanos tinham a concreta ideia de que eu deveria sentir raiva e odiar Harry com todas as minhas forças por ele ter ofuscado a grande luz que saia de dentro dele (N/A: SPOILER CREPÚSCULO AUHUAHAU parei). Normalmente eu mandaria eles todos pra casa do caralho, mas hoje eu não acordei com saco pra aturar lufanos, então simplesmente ignorei, dei uma de Jesus e virei a outra face. BEIJINHO NO OMBRO, TEXUGOS!

Rony também era outro cuzão que se recusava a falar com Harry, apesar de eu e Mione termos insistido mais de mil vezes que Harry não tinha se inscrito na porcaria do Torneio e que isso tudo tá vindo da cabeça dele. Eu e Mione nos sentamos entre os dois, tentando manter uma conversa a todo custo, e embora os dois nos respondessem normalmente, ambos recusavam-se a se olhar.

Até a Professora Sprout parecia distante com Harry, mas ela é a diretora da Lufa-Lufa, né, então já deve ter sacado. Hoje teríamos aula com Hagrid, e em qualquer outra circunstância eu teria ficado mais do que feliz em ver o meio gigante, porém aula de Trato das Criaturas Mágicas significava aula com a Sonserina, e seria a primeira vez em que eu e Harry iríamos ver os alunos daquela casa desde que Harry foi escolhido como campeão.

Previsivelmente, Malfoy chegou à cabana de Hagrid com o conhecido sorriso desdenhoso atarraxado no rosto.

— Ah, olha só, pessoal, é o campeão — disse ele a Crabbe e a Goyle no instante em que se aproximou de Harry o bastante para ser ouvido. — Trouxeram os cadernos de autógrafos? É melhor pedir um agora porque duvido que a gente vá vê-lo por muito tempo... Metade dos campeões do Torneio Tribruxo morreram... Quanto tempo você acha que vai durar, Potter? Aposto que só os primeiros dez minutos da primeira tarefa.

Crabbe e Goyle deram risadas para agradá-lo, mas Malfoy teve que parar por aí, porque Hagrid surgiu dos fundos da cabana, segurando uma torre instável de caixas, cada uma contendo um enorme explosivim. Para horror da turma, Hagrid começou a explicar que a razão pela qual os bichos tinham andado se matando era o excesso de energia acumulada, e que a solução era cada aluno pôr uma coleira em um bicho e levá-lo para passear um pouco. A única vantagem desse plano foi distrair Malfoy completamente.

— Levar essa coisa para passear um pouco? — repetiu ele enojado, olhando para dentro de uma das caixas. — E onde exatamente você quer que a gente amarre a coleira? No ferrão, no rabo explosivo desse treco?

— No meio — respondeu Hagrid, fazendo uma demonstração. — Hum... É, vocês talvez queiram calçar as luvas de couro de dragão, assim como uma precaução a mais. Harry, vem até aqui me ajudar com esse grandalhão...

A verdadeira intenção de Hagrid, no entanto, parecia ser falar com Harry longe do restante da turma. Ele esperou até todos terem se afastado com os explosivins, depois se virou para Harry e para mim, sim eu também havia ficado ali, e disse, muito sério:

— Então... Você vai competir, Harry. No torneio. Campeão da escola.

— Um dos campeões — corrigiu-o Harry.

Os olhos de Hagrid, negros como besouros, pareciam muito ansiosos sob as sobrancelhas desgrenhadas.

— Não faz idéia de quem o meteu nessa fria, Harry?

— Você acredita então que não fui eu que me inscrevi? — perguntou Harry, escondendo com esforço o arroubo de gratidão que sentiu ao ouvir as palavras de Hagrid.

— Claro que acredito — resmungou Hagrid. — Você diz que não foi você e eu acredito em você, e Dumbledore acredita em você.

— Eu bem gostaria de saber quem foi — disse Harry com amargura.

— Todos gostaríamos de saber, Harry — o corrigi, somente agora mostrando minha presença entre os dois.

— Mas você não estava vigiando o cálice na noite em que colocaram os nomes lá, Jamie? — perguntou Hagrid, confuso.

— Estava sim! Só que eu adormeci por alguns minutos e posso ter ouvido passos, na verdade foram passos que me acordaram, mas eu não pude distinguir quem era a pessoa — falei, um tanto decepcionada comigo mesma, porque se eu tivesse visto quem era poderia ter evitado tudo.

— Você não ouse se culpar por isso, Jamie! — exclamou Harry batendo com um explosivim na minha cabeça, e acredite não é uma sensação boa. Na verdade, é um cu. Sacudi a cabeça e ri.

Nós três olhamos para os jardins, a turma agora andava espalhada por lá, toda ela em grande apuro. Os explosivins tinham alcançado uns noventa centímetros de comprimento e se tornado extremamente fortes. Já não eram sem casca e descolorados, tinham desenvolvido uma espécie de escudo acinzentado grosso e reluzente.

Pareciam uma cruza de enormes escorpiões com caranguejos alongados — mas ainda não possuíam cabeças ou olhos reconhecíveis. Tinham-se tornado imensamente fortes e difíceis de controlar.

— Parece que eles estão se divertindo, não acha? — comentou Hagrid alegremente.

Eu tive que presumir que ele estivesse se referindo aos explosivins, porque os outros alunos certamente não estavam, de vez em quando, com um alarmante estampido, a cauda de um deles explodia, fazendo-o saltar vários metros à frente e mais de um aluno estava sendo arrastado de bruços enquanto tentava desesperadamente se levantar.

— Ah, eu não sei — suspirou Hagrid de repente, voltando a nos encarar, com uma expressão preocupada no rosto. — Campeão da escola... Parece que tudo acontece com você, não é, Harry?

Nenhum de nós dois respondemos. É, realmente parecia que tudo acontecia com ele. Isso foi meio o que eu e Hermione falamos para ele na margem do lago, e essa era a razão pela qual Rony parara de falar com Harry.

Os dias que se seguiram foram os piores dias que Harry já passara em Hogwarts, foi o que ele me disse. Para falar a verdade, toda vez que era ignorado por Rony, xingado pelos Sonserinos e odiado pelos Lufanos, ele me dizia que aquele era o pior dia de sua vida. E eu me sentia cada vez pior por ele. Enquanto os dias passavam, eu fui a única que fiquei ao seu lado, tirando Mione, mas ela estava mais ausente, tentando convecer Rony a falar com Harry e passando tempo até demais na biblioteca que eu deveria especular e até vou, quando um padre fizer o exorcismo pra tirar a preguiça da minha alma.

Estar sendo odiado/ignorado/xingado/admirado fez a minha amizade com Harry ficar mais forte, porque agora ele sabia várias coisas sobre mim e eu sobre ele. Por conta do ódio que emanava dos Lufanos e deboches dos Sonserinos, Harry havia se recusado de entrar no salão principal para comer qualquer refeição do dia, então todo dia eu acordava, pegava um prato de comida no Salão Principal, dava um oi para Mione e Rony que retribuíam, dava um oi para Cedrico e era olhada com raiva por seus colegas e voltava para a sala comunal para comer o café da manhã, almoço e jantar com Harry. Toda vez em algum lugar diferente do castelo.

Qualquer um que olhasse pensaria que eu e ele estamos namorando, e seria bem melhor namorar Harry que é super legal (tá, nem tanto) e divertido do que gostar do babaca escroto nojento do Frederico. Falando no demônio, nós ainda estamos brigados, por isso não estou falando nem com ele nem com Jorge, e eu podia ver de longe a vagab... Angelina Johnson, conversando super oferecida com os gêmeos, claro que a conversa era mais com o colo do Fred que ela estava quase sempre sentando, mas eu preferia engolir minha raiva e ignorar.

Sem falar que eu não paro de ser assediada por umas porras de groupies do meu irmão, que não param de me seguir perguntando diversas coisas impróprias sobre o meu irmão. E quando eu digo "impróprias" eu to falando impróprias ao ponto de nem eu querer falar sobre essas coisas. Mas tenho que levar em conta de que é o meu irmão que estão falando, então...

Na hora do almoço, para falar com meu irmão eu tive que passar por uma montanha de garotas do sexto ano, as mesmas que estavam morrendo para pedir um autógrafo para Krum, que estavam suplicando para Cedrico assinar suas mochilas. Devo dizer que foi muito engraçado ver as expressões raivosas das garotas quando Ced se importou mais comigo do que com suas "fãs".

Entrementes, Harry me falou que ainda não havia resposta de Sirius, que Edwiges se recusava a se aproximar dele, que a Professora Sibila Trelawney andava predizendo sua morte com uma certeza ainda maior do que de costume, e que ele estava se saindo tão mal nos Feitiços Convocatórios na aula do Professor Flitwick que recebera dever de casa suplementar — a única pessoa a receber, à exceção de Neville. Mas isso eu percebi porque estava na aula.

— Na realidade não é tão difícil assim — Hermione tentou tranqüilizá-lo quando saíamos da sala de Flitwick, a garota fizera os objetos dispararem pela sala em sua direção a aula inteira, como se ela fosse uma espécie de ímã exótico para espanadores, cestas de papel e lunascópios. — Você simplesmente não se concentrou como devia...

— E por que teria sido isso? — perguntou Harry sombriamente, quando o Cedrico metido passou por nós, cercado por um grande grupo de garotas que sorriam debilmente e olharam para Harry como se ele fosse um explosivim particularmente grande.

— E ae, viadão — falei para ele quando passamos lado a lado, levantando a mão em sinal de "toca aqui" que ele logo fez.

— E ae, tampinha de garrafa. — de tão grande que o braço daquele ser era, ele conseguiu esticar a mão e bagunçar meu cabelo. Balancei a cabeça rindo.

— Mesmo assim, deixa para lá, não é? Dois tempos de Poções à espera da gente hoje à tarde...

A aula de Poções sempre fora uma experiência terrível para Harry, pelo o que ele me dizia, mas ultimamente chegava quase a ser uma tortura. Ficar trancado em uma masmorra durante uma hora e meia com Snape e os alunos da Sonserina, todos decididos a me julgar por não o odiar e castigar Harry o máximo por se atrever a ser campeão da escola, era a coisa mais desagradável que eu poderia imaginar, até para mim que amo poções. Já aturamos uma sexta-feira, com Hermione sentada ao nosso lado, entoando entre dentes "Não ligue, não ligue, não ligue", e eu não conseguia ver por que esta seria melhor.

Mas eu sempre dava um jeito de fazer Harry rir, e cada vez que ele ria de alguma piada ou palhaçada minha, dizia "obrigada". Então vocês já devem saber que ele me agradeceu mais de mil vezes. Sim, eu sou hilariante demais.

Quando eu, Mione e Harry chegamos à porta da masmorra de Snape depois do almoço, encontramos os alunos da Sonserina esperando à porta, cada um deles usando um distintivo no peito. Por um instante delirante, eu até pensei que fossem distintivos do F.A.L.E. — mas logo vi que todos continham a mesma mensagem em letras vermelhas luminosas, que brilhavam vivamente no corredor subterrâneo mal iluminado.

“Apoie CEDRICO DIGGORY o VERDADEIRO campeão de Hogwarts.”

Tudo bem, eu não vou ficar brava. Eu consigo me aguentar.

— Gostou, Potter? — perguntou Malfoy em voz alta, quando Harry se aproximou. — E isso não é só o que eles fazem, olha só!

E apertou o distintivo contra o peito, a mensagem desapareceu e foi substituida por outra, que emitia uma luz verde:

“POTTER FEDE”

Naquele momento, uma raiva sobrenatural me subiu na cabeça e meu sangue afluiu na pele, eu pude sentir meus olhos queimando de tanta raiva. Os alunos da Sonserina rolaram de rir. Cada um deles apertou o distintivo também, até que a mensagem POTTER FEDE estivesse brilhando vivamente a toda volta de Harry, que parecia a ponto de explodir.

— Ah, engraçadíssimo — disse Hermione com sarcasmo a Pansy Parkinson e sua turma de garotas da Sonserina, que riam mais gostosamente do que quaisquer outros —, é realmente engraçado.

Rony estava parado encostado à parede com Dino e Simas. Ele não estava rindo, mas tampouco defendia Harry. O que me deixou com mais raiva ainda.

— Quer um, Granger? — perguntou Malfoy, oferecendo um distintivo a Hermione. — Tenho um monte. Mas não toque na minha mão agora, acabei de lavá-la, sabe, e não quero que uma sangue ruim a suje.

Foi nesse momento, e nesse exato momento mesmo que eu até tomei a liberdade de gravar pra contar para os meus netos, que eu me descontrolei totalmente e pulei em cima do Malfoy. Não me preocupei em olhar para sua cara, estava mais focada em estapear e socar toda a extremidade de seu rosto.

Eu não estava realmente com a intenção de quebrar a cara dele... Até ele dar um soco no meu nariz. Aí sim eu socos bem mais fortes nele. Tudo o que eu conseguia ouvir era ele pedindo ajuda, "alguém me ajuda!" ou "por acaso ninguém vai tirar essa doida de cima de mim?" enquanto berrava e gemia de dor.

— SEU IDIOTA! SANGUE-RUIM É O CARALHO! — eu berrava enquanto acabava lindamente com a raça dele.

— Para com isso, sua louca! Por favor! — aquela foi a primeira vez em que eu ouvi Draco Malfoy pedir "por favor", e eu iria me levantar, mas quando fui olhar, duas mãos haviam me puxado para longe de Malfoy. Era Rony. Mesmo que ele tivesse me puxado, eu consegui notar por seu olhar que aquela não era sua vontade, sabia que por ele eu poderia passar o dia todo socando Malfoy.

Mas como a vida não é um mar de rosas, até porque se fosse eu morreria por conta dos espinhos, Snape acabava de sair da sala quando Draco era dramaticamente amparado por Parkinson.

— O que aconteceu por aqui? — perguntou Snape com aquele tom arrastado, mas algo em seu raro olhar de divertimento me dizia que ele já sabia muito bem o que havia acontecido.

— Essa maluca tentou me matar! — berrou Malfoy, já colocando uma cara de vítima no rosto. — E por que você demorou tanto para sair da sala?! Não ouviu os gritos e todo o barulho vindo daqui de fora?!

— Para ser sincero, sim eu ouvi e até resolvi ver o que estava acontecendo, mas a vontade de ver você apanhar de uma garota falou mais alto, Sr. Malfoy. — ele falou, dando uma breve risada no final, o que surpreendeu a todos, mas não deixou nem um pouco de ser divertido. — Sinto muito — ele acrescentou, parecendo colocar uma cara de velório fingida. Malfoy ia falar alguma coisa, talvez dar um chilique falando sobre o Papi Poderoso, mas Snape o interrompeu. — Para não prolongarmos essa baderna, vou direto ao ponto. Ambos levarão detenção e perderão alguns pontos de cada casa, Srta. Diggory por ter tido a iniciativa de bater no Sr. Malfoy, e Sr. Malfoy por bater em uma garota.

— Mas ela tentou me matar! — protestou o oxigenado, ainda sendo amparado dramaticamente por Pansy (biatch) Parkinson.

— Ah, cala essa boca, Barbie. — resmunguei, ele me fuzilou com os olhos e eu só consegui revirar os olhos. — E ei! O que te faz pensar que fui eu quem tomei a iniciativa?

Ele me olhou com uma cara "tá, até parece que não foi você".

— E não foi?

— Isso não vem ao caso! — exclamei, dando uma de ótima atriz. Snape revira os olhos e manda nós dois, eu e a Barbie patricinha, para a ala hospitalar. Muito contra-gosto por não poder trazer nenhum dos meus amigos, eu e Malfoy perdemos a aula de poções seguindo para a ala hospitalar, sem trocar uma única palavra.

X - X - X - X

— Tu é uma anta, Jamie! Uma anta! — era o que eu ouvia pela milésima vez só naquela meia hora que Jorge resolveu me visitar na ala hospitalar.

— Eu quebro diversos ossos do Malfoy e você vem aqui pra me chamar de anta? — pergunto, enquanto Madame Pomfrey terminava um curativo que cobria meu nariz, como se eu tivesse feito uma cirurgia nele.

— Anta porque deixou ele te dar um soco, né, idiota.

— Cala a boca que você nem viu o estado da loirinha lésbica. — resmunguei passando os dedos pelo nariz machucado e fazendo uma careta ao chegar no ponto em que doía: basicamente ele todo.

— Agora mudando para o lado bom, eu mal posso esperar pra ver a cara de bosta dele no jantar — falou Jojo dando pulinhos de viado.

— Por acaso esse é o seu jeito de se abrir sobre a sua homossexualidade comigo, Jorge? — arqueei a sombrancelha e ele me deu um tapa na cabeça, com cara de tédio. — Sabe, eu prevejo que a causa da minha morte um dia vai ser os tapas que vocês amam desferir na minha cabeça.

— Mas não vai ser por isso mesmo — debochou Jorgeney cruzando os braços.

— E eu não quero nem saber pelo o que vai ser...

— Então, quando que você e o meu irmão vão parar de cu doce e voltarem a se falar?

— Quando o cabeça de bagre resolver se desculpar — falei deixando uma expressão orgulhosa entrar em meu rosto. Eu não daria o braço a torcer, nem que me paguem com Gelol, e Jorge sabia muito bem disso.

— Mas, Jay... — começou Jorge com uma voz manhosa, revirei os olhos. Vai começar... — Você sabe que ele não vai se desculpar se você se desculpar...

— Então eu acho que nós ficaremos de cu doce pro resto de nossas vidas — dou de ombros e é a vez de Jorge revirar os olhos.

— Meu Merlin, isso é tão típico de vocês dois, COMO EU ODEIO QUANDO ISSO ACONTECE! — ele berra chamando a atenção da Madame Pomfrey, que o repreende por gritar e volta aos seus afazeres.

— Poseidon que estás no mar, como você é dramático, Jorgito.

— NÃO FUI EU QUE FIQUEI CLAMANDO PELO PATONEY NA JANELA DA SALA COMUNAL NA FESTA DE COMEMORAÇÃO DO HARRY!

— Eu nunca mais vou beber.

— Falou isso da última vez...

— CALA A BOCA, JORGE! — Berrei e ele, finalmente, ficou quieto.

X - X - X - X

Estávamos voltando para o salão, eu e Jorgeney, no caminho eu já havia ganhado mais de mil "toca aqui" e várias parabenizações. O que foi foda, já que eu adorei bater no Malfoysinho.

Chegando na sala comunal, uma montanha de gente veio me idolatrar já que eu sou super demais bitches. Depois de todos saírem de perto de mim, pude avistar Hades na janela, com sua cara de bunda como sempre. Saí correndo para pegar a carta que pendia em seu bico, mas como eu sou um ser humano com muita coordenação motora, acabei tropeçando no tapete escorregadia e invés de dar com tudo no chão, eu tive um pequeno encontro com outra criatura e nós dois caímos no chão.

Não dei muita importância em quem eu havia batido, porque estava muito ocupada com a dor latejante vinda de meu nariz, que voltara a sangrar. Felizmente, ou infelizmente, nós nunca saberemos, eu consegui cheirar o perfume que emanava da pessoa, no caso Fred.

O meu nível de vergonha passava rapidamente de 0 a 10 e ia direto de 0 a infinito.

Fred se levantou na velocidade da luz e estendeu a mão para me ajudar, uma vez que eu só conseguia me manter focada na dor forte no nariz. Meio que contra a minha vontade porque eu ainda estava um pouco (cof cof, bastante) brava com ele, peguei na sua mão e dei impulso para levantar.

— Você está bem? — Fred perguntou, num tom de preocupação.

— Não... Meu nariz voltou a doer, eu acho que o quebrei mais uma vez — soltei uma risada, Madame Pomfrey tinha acabado de consertá-lo! Eu sou um gênio mesmo.

Ele riu de leve também, nós dois estávamos meio envergonhados (tá bom, MUITO!), tanto porque caímos um em cima do outro mas também porque nós não nos falávamos desde a escolha dos campeões.

— Olha, Jamie, eu sint...

— Não! Não precisa se desculpar... T-tá tudo bem — eu vou me dar um tiro! Sério, Jamie? Gaguejar? Meu Deus, eu sou muito idiota. E aparentemente o Fred também pensava assim, porque estava prendendo o riso quando meu olhar se encontrou com o dele.

— Então nós estamos de bem?

— Estamos — assenti, sorrindo. E só agora fui notar que ele ainda segurava a minha mão desde que havia me ajudado a levantar. Corei fortemente, vendo Fred ficar do mesmo jeito, simultaneamente largamos nossas mãos, totalmente embaraçados. Ele pigarreou.

— Então.... É, estamos de bem.

— É — concordo, passando a mão na nuca da cabeça. Logo atrás de mim, posso ouvir Hades fazendo um barulho com o bico e um farfalhar de suas asas para chamar minha atenção. Bufei, é nisso que dá comprar uma coruja com personalidade, que bosta hein, Jamie. — Eu tenho que... ir... então, te vejo amanhã... ok, tchau Fred — não espero sua resposta, dou um beijo na sua bochecha e o puxo para um abraço. Ele não retribui por estar em estado de choque, acho eu.

Me desvencilho e sigo em direção a Hades, puxando a carta de seu bico.

— Seu viado! Não pode deixar uma garota ter o seu momento no sol? Sabe como isso é raro! Especialmente comigo e... Ah, olha que ótimo! Agora eu sou a louca que arranja barraco com tudo, escreve cartas para deuses gregos e conversa com sua coruja que tem o nome de um desses deuses! — suspirei. É, eu estou ficando totalmente pirada. Mais do que eu já sou.

Olhei para a carta, e dei um pequeno (sim, dessa vez foi pequeno mesmo) surto ao notar que era a resposta de Sirius.

— Harry! Harry! HARRY, SEU VIADO, CADE TU???

E a criatura pulou do nada na minha frente.

— O que foi, sua louca?

— A carta do Si... ALMOFADINHAS! Almofadinhas chegou, VEM, VAMOS LER! — e o puxei sem me importar com sua resposta para o dormitório vazio dos femininos. — Vai, ABRE! — E ele abriu.

“Harry, Não posso dizer tudo que gostaria em uma carta, é arriscado demais se a coruja for interceptada — precisamos conversar cara a cara. Você pode dar um jeito de estar junto à lareira na Torre da Grifinória à uma hora da manhã, no dia 22 de novembro?
Sei melhor do que ninguém que você é capaz de se cuidar e, enquanto estiver perto de Dumbledore e Moody, acho que ninguém conseguirá lhe fazer mal.
Porém, parece que alguém está tendo algum sucesso. Inscrever você nesse torneio deve ter sido muito arriscado, principalmente debaixo do nariz de Dumbledore.
Fique vigilante, Harry. Continuo querendo saber de tudo que acontecer de anormal. Mande uma resposta sobre o dia 22 de novembro o mais cedo que puder.
Ah, se você puder, traga essa tal Jamie Diggory para a nossa conversa. Depois de tudo o que você me falou sobre ela agora eu quero conhecê-la.
Sirius”.

Agora sim as coisas estão ficando interessantes.

"It doesn't really matter who you say you are, singing out the window off your car. Find another girl across the bar, 'cause L-O-V-E's not what this was."


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Notas finais do capítulo

BITCHAS qq vcs acharam? gnt eu ri demais com a imagem da festa na minha cabeça.
GOSTARIA DE DEDICAR O GELOL E O PATONEY, VERSAO BRUXONILDA DO PAFUNCIO, À SAYJULIA
gENTE, tenho umas enquetes pra vcs:
1 - Eu queria saber se vcs vao querer que eu escreva algum capitulo com um POV de algum personagem diferente da Jamie, se quiserem me avisem nas reviews.
2 - AARON JOHNSON SEU GOSTOSO!
3 - Gente, eu e a SayJulia começamos a escrever uma fanfic com o SIRIUS DIVO! E eu vim aqui humildemente pedir pra vcs irem dar uma olhada http://fanfiction.com.br/historia/519313/Panic_Station/ thank youu
4 - Eu queria tambem saber se vcs vao querer que eu escreva um bonus sobre a festa da grifinória.
5 - E POR ULTIMO! Eu venho pensando em escrever uma fanfic sobre os Vingadores, nem sei se vocês gostam deles ou não, mas se gostarem, me falem se vão querer que eu escreva
THATS IT BITCHES, BJAO DO CHOI QUE VCS NAO SABEM QUEM É