Choices escrita por Kuchiki Hiruno


Capítulo 4
Coração Inquieto


Notas iniciais do capítulo

Em primeiro lugar quero agradecer a todos que acompanham e comentam a fic ! As review são muito importantes para os autores! Não deixe que escrever a sua xD
O cap ficou menor que os anteriores. Um pouco parado, porém necessário!
Boa leitura!!!



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Só as dúvidas surgem, mas não feche os olhos ainda
Se você não consegue de jeito nenhum ter certeza dos resultados aqui"
( Hajimari no Sora - Fairy Tail )

Foi difícil para Erza pegar no sono depois de tudo que aconteceu, ou melhor, quase aconteceu.

Muitos sentimentos atordoaram a ruiva por longas horas até ela finalmente dormir. Com a cabeça pesada e com uma sensação não muito agradável de cansaço, Erza levantou pela manhã para ir à escola. Ficou o caminho todo calada, só ouvindo Mirajane falar das diversas coisas que acabou descobrindo sobre seu parceiro de trabalho, Freed.

Claro que a amiga da ruiva estranhou o silêncio , mas conhecia Erza muito bem e sabia que não ia adiantar nada perguntar o que havia acontecido, pois naquele momento Mirajane tinha certeza que a ultima coisa que Erza gostaria de falar seria sobre o que havia deixando a ruiva assim.

Depois de alguns minutos chegaram a escola. Querendo tentar quebrar o silêncio da amiga Mirajane resolveu começar a perguntar para Erza assuntos aleatórios.

–E o seu trabalho Er-chan, como está indo? – indagou a garota bem animada enquanto subiam as escadas em direção ao corredor em que a sala do terceiro ano A estava localizada.

– Está quase no fim. - respondeu a ruiva bem desanimada.

–Hum... E você e o Jellal estão se dando bem?

– Não fala o nome desse cretino perto de mim!

–Calma Er-chan! Não sabia que a coisa estava tão tensa entre vocês dois...

Erza pediu desculpas com o olhar para amiga que logo entendeu a mensagem e balançou a cabeça, afirmando que estava tudo bem. As duas iam chegando a sala quando se depararam com os gêmeos parados em frente a porta, conversando.

–Bom Dia Mystgum –kun! Bom dia cretino! – Gritou Mirajane alegremente enquanto chegava perto dos dois.

–Bom dia Mirajane-san! Está alegre hoje, em!?- observou o irmão mais velho.

–Sim! Estou! – Mira chegou mais perto de Mystogan e sussurrou - ou contrario de certas pessoas. Myst-kun, eu não sei o que aconteceu, mas algo me diz que você sabe o por que a Er-chan está desse jeito – Mira apontou para a amiga que estava caminhando lentamente ao encontro deles – Ajude a Er-chan , por favor Myst-kun! Ela tem que se animar!

–Farei o possível Mira.

–Obrigada Myst-kun! Sempre tão gentil! – Mira delineou um enorme sorriso para Mystogan e virou-se para encarar Jellal- Você devia se espelhar em seu irmão, Cretino-kun!

–E você devia cuidar mais da sua vida, peituda-chan - respondeu grosseiramente Jellal.

– Jellal! Não fale assim com a Mirajane! Tenha o mínimo de respeito! - repreendeu o mais velho.

–Cala boca Mystogan, você é outro que precisa cuidar mais da sua vida! – Erza tinha acabado de alcançar a amiga que estava com uma cara emburrada olhando para o irmão mais novo, Mystogan estava pedindo desculpas e Jellal estava abrindo a porta da sala.

–Bom dia Myst-kun- disse a ruiva forçando um sorriso.

–Bom dia Erza.- respondeu Mystogan. As lembranças do ocorrido na noite anterior voltaram , explodindo na cabeça do irmão mais velho.

–Bom dia Jelllal– Disse Erza, deixando todos surpresos. Jellal não olhou para a ruiva , não queria que todos vissem seus olhos, que estavam arregalados, e nem que todos percebessem seu nervosismo. Ele simplesmente entrou na sala e fechou a porta.

– Bom, acho melhor a gente entrar – disse Mira para tentar quebrar a tensão.

–Também acho, senhorita Strauss.

– Mest-sensei! Que susto!- gritou a garota de cabelos brancos, virando-se para trás e encarando seu lindo, porem mau-humorado, professor de física.

–Susto? Por quê? Estava fazendo algo de errado, senhorita Strauss?

–Não, de forma alguma, Mest-sensei – Mira começou a suar frio.

–Já estávamos entrando Mest-sensei, não se preocupe – Disse Mystogan conduzindo gentilmente as duas garotas para dentro da sala antes que o professor ficasse irritado e não permitisse que eles assistissem a aula.

***

O dia seguiu normalmente. Erza continuava com um ar de tristeza – ou seria desânimo? Os dois talvez - Mirajane tentando levantar o astral da amiga, Mystogan não tirava os olhos da ruiva, Jellal olhava para o jardim e ignorava Ultear que não parava de sussurrar coisas irritantes.

O Azulado estava muito distante. A cena da noite anterior o perseguia. Não queria admitir que sentia vontade de falar com Erza, tocá-la novamente, beijá-la novamente... Ele precisava da ruiva, mas negava para si mesmo.

Ele não sabia por que, mas não conseguia encará-la e no meio da grande confusão que estava sua mente – e seu coração - Jellal acabou agradecendo ao irmão por ter interrompido tudo. O que ele iria fazer? Iria se declarar para a ruiva? Ele iria mesmo? O azulado estremecia só de pensar que poderia estar agora namorando sério Erza.

Mas isso não seria ruim... NÃO! Ele tem que curtir a vida! Não precisa se prender a nenhuma mulher! Ele não precisa dela, pode ter qualquer mulher aos seus pés, não queria somente Erza.

A cabeça de Jellal começou a latejar, o azulado não sabia mais o que pensar ou em que lado acreditar. O sinal bateu, tirando-o de seus devaneios.

–Jellal? Você está ai? – indagou Ultear já irritada pela demora em ouvir uma resposta do azulado.

– Que pergunta mais idiota. – Jellal levantou da cadeira e pegou a mochila. A ultima aula havia acabado .

–Não quer sair comigo hoje? Conversar, se distrair um pouco... - disse Ultear aproximando-se do azulado e acariciando seu braço e sem seguida seu peito.

–Não estou com vontade de sair com você. - respondeu Jellal friamente.

–Ah, vamos meu gato, vem se divertir comigo vem... – Ultear se aproximou mais do garoto, passando seus braços em volta do pescoço de Jellal.

O azulado a afastou bruscamente e saiu da sala.

–Hey! Jellal! Volte aqui! JELLAL! – a garota de cabelos negros saiu correndo.

–Ul! Espere por mim! – Gritou Meredy correndo atrás da amiga.

Erza, Mira e Mystogan, junto com alguns estudantes que ainda estavam na sala, presenciaram a cena.

–Mas é uma vadia mesmo! Fica se esfregando com todos os meninos dessa escola! - falou Mirajane, fazendo Erza rir um pouco - Ah, todos não, só os ricos e gostosos, claro! Mas é uma vadia, viu!

–Você deve ignorá-la Mira, não vale a pena comentar. - disse Mystogan terminando de arrumar a mochila.

– Myst-kun tem razão. - disse Erza.

–Não consigo evitar! Dá raiva!

–Mira-san, poderia me dar alguns minutos de sua atenção? – interrompeu um garoto de cabelos longos.

–Claro Freed-kun! Todo o tempo que precisar! É sobre o trabalho?

– Sim, temos que ver os últimos detalhes. Poderia me acompanhar até a biblioteca?- Freed era tão educado e tão gentil que Mira nunca conseguia dizer não. O garoto tinha um charme único!

–C-claro! Er-chan, você...

–Pode ir Mira! – disse Erza.

–Eu cuido dela Mira, pode deixar. –disse Mystogan, pegando no ombro da ruiva.

–Conto com você Myst-kun! Vamos Freed-kun!

–Sim. Licença – disse o garoto olhando para Erza e Mystogan. Ambos assentiram com a cabeça.

***

Erza e Mystogan desceram as escadas conversando e dando bastante risada. O garoto estava conseguindo deixar Erza mais animada. Estavam chegando perto da saída quando um dos amigos de Mystogan o chamou.

–Já volto Erza.

–Certo! Vou te esperar no portão ok?!

–Sim! Nos encontramos lá!- disse o garoto se distanciando da ruiva.

Erza caminhou até o porta e se encostou na parede do lado de fora do colégio, foi quando a ruiva viu a ultima coisa que queria . No mesmo passeio que ela, só que na outra parede do muro do colégio, a ruiva viu Jellal beijando Ultear e a garota praticamente estava se esfregando no azulado.

A raiva foi tão grande que Erza precisou se controlar para não ir lá e dar uns bons tapas na cara de Ultear! Mas, espere um pouco... Só em Ultear? Não sentia raiva de Jellal? Claro que sim, mas... Mas a raiva da garota era maior, a vontade de bater em Ultear era maior! Erza começou a sentir raiva de si mesma por não sentir raiva daquele cretino!

–Mas é um cretino mesmo... - sussurrou a ruiva.

–Er...- Mystogan havia voltado e acabou se deparando com a cena lamentável que o irmão mais novo estava protagonizando junto com a garota de longos cabelos negros. – Erza, tem alguma coisa para fazer agora?- indagou.

–Não, só ir para casa mesmo... - respondeu um pouco desanimada.

–Então se importa em me acompanhar? Estou com uma vontade indomável de tomar um bom sorvete! Certamente você gosta de sorvete, não é?

–Sim, gosto bastante... Mas...

–Então está certo! Vamos agora para uma sorveteria que tem, na minha humilde opinião, um dos sorvetes mais deliciosos desta cidade!

–Mystogan, eu acho...

–Acho que você não vai fazer esta desfeita comigo! Vamos! - Mystogan segurou na mão da ruiva e começou a andar bem rápido, não permitindo que Erza contestasse nada.

Jellal observava tudo de longe, e sentiu a raiva alastrar-se pelo corpo todo.

–Jellal, ei! Para de olhar para outro lugar! – Ser ignorada é definitivamente umas das coisas que Ultear mais odeia. - Jellal!

–Não enche! Para de ser chata!- gritou o azulado a afastando bruscamente – Vou para casa - Declarou.

–Como assim Jellal? Agora? Então eu vou com voc...

–Não pense em me seguir. Odeio isso. Não sou nada seu para você me seguir para cima e para baixo!

–Por que está dizendo isso agora?- indagou a garota

–Isso não importa, não para você pelo menos...

–Por que está falando assim comigo?- irritou-se Ultear.

O azulado simplesmente deu as costas e começou a andar para casa, deixando Ultear espumando de raiva em frente ao colégio. A garota virou-se, indo para o lado oposto do azulado e ainda pode ver Mystogan e Erza virando a esquina e sumindo. Agora tudo fazia sentido! Desde que Gildarts-sensei passou aquele maldito trabalho que o Jellal está diferente, está mais grosso e áspero que o normal. Pelo menos estava assim com Ultear.

–Não acredito que ele ficou com ciúmes daquela idiota! O que está acontecendo aqui, em Ultear? Você perdeu alguma coisa, alguma peça importante para o quebra cabeça fazer sentido! O que aconteceu? Por que o Jellal está tão balançado assim por ela?- Ultear sussurrava para si, tentando entender o que estava acontecendo, mas sentia que algo faltava para ela conseguir entender tudo - Mas será mesmo que o Jellal está sentindo algo por ela?Não... - riu - é impossível! O meu Jellal sentir algo por aquela ruiva sem sal?! Impossível! É só minha fértil imaginação entrando em ação... Só pode ser... Tem que ser!

–Ul... - Meredy aproximou-se bem devagar. Conhecia a amiga e quando ela estava irritada... era melhor manter distancia !

–O que você quer, em? Não está vendo que eu estou pensando?! - Gritou Ultear.

–Desculpa... - choramingou Meredy.

– Droga! Preciso pensar em algo antes que aquela ruiva de farmácia enfeitice meu Gerard!

–Mas a Erza não é ruiva de farmácia, é natural e...

–Cale-se Meredy! Não está vendo que estou insultando ela?! Quer que eu chame- a de “meu bem”?- ironizou – espere... Talvez seja uma opção!

–Do que está falando Ul?- indagou Meredy confusa.

–Obrigada Meredy! Você me deu uma ideia que talvez funcion! - Ultear deu um abraço na amiga e começou a andar para casa – Venha, vou te explicar tudinho!

–Espere Ul!

***

–Então... Aqui está o seu de morango! - Mystogan deu o copo para Erza e sentou ao lado da ruiva em seguida.

–Obrigada Myst-kun, sério mesmo! Muito obrigada! - Erza começou a se deliciar com o doce gelado e percebeu em poucos segundos que, o que Mystogan falara mais cedo não era mentira! Aquele era o sorvete mais gostoso que a ruiva já experimentara! – Nossa! Isso é bom mesmo!

–Eu disse que era um dos melhores daqui? - riu o irmão mais velho.

–Tenho que vir aqui mais vezes!- falou Erza no curto espaço de tempo que sua boca ficou livre, pois logo em seguida, já estava comendo outra colherada de sorvete.

–Você é uma garota incrível, Erza- A ruiva parou de comer e fitou Mystogan, um pouco confusa.

– Vamos andando?- disse o irmão mais velho se levantando.

Erza ficou ainda mais confusa, porem não falou nada, apenas levantou e seguiu o garoto.

***

Ele deixou a água cair sobre sua cabeça, apoiando-se na parede com as duas mãos. Há quanto tempo estava ali, olhando para o nada? Quinze, 20 minutos talvez. Não estava preocupado com isso - se a água pudesse levar o que o atordoava naquele momento, ficaria o tempo que fosse necessário. Abaixou a cabeça, socou o azulejo sentindo a dor alastrar-se pelo punho e em seguida pelo braço. Mas não gritou ou xingou. Jellal não sabia explicar por que estava sentindo tanta raiva! Como Erza podia deixá-lo tão perturbado por dentro? Não sabia mais o que estava sentindo, era uma sensação muito diferente. Por que sentia tanta raiva dela? O que ela fez para ele? Sim, ele a irritava! Ela o confrontava e sempre batia de frente com o que ele falava, com as decisões que ele tomava. Implicância dela, talvez, mas para o azulado, Erza não era o tipo de garota que perderia tempo fazendo algo desse tipo. Então, a ruiva o odiava? Mas que diabos estava acontecendo?

Jellal desligou o chuveiro , saiu, secou-se, vestiu a primeira roupa que viu no guarda-roupa e jogou-se na cama, querendo descansar a mente e não pensar em nada. Mas até nos seus sonhos, Erza estava presente. Quando acordou já estava escurecendo, levantou-se, ligou o computador e começou a editar o trabalho de geografia. Não queria fazer isso, não agora. Ela estava lá, sua voz ecoava pelo quarto. Ele aumentou o som do computador para poder ouvi-la melhor. Erza sempre era confiante ao falar, os vídeos que eles haviam feito tinham ficado muito bons! Jellal só precisava cortar uma coisa ali, editar aqui e ficaria livre da ruiva! Mas era isso mesmo que ele queria?

No meio da edição, o azulado teve uma ideia que deixaria a introdução do trabalho mais dinâmica, mas precisaria ter mais um encontro com Erza. Ah NÃO! Isso não! Mas então ele se lembrou do aviso do irmão mais velho: “Quer tirar zero? Quer que nosso pai volte para lhe dar um sermão?”

O garoto ficava arrepiado só de pensar na volta do pai. Nunca se deu muito bem com ele, mas também não fazia questão. O pai sempre vivia ocupado, só pensava no trabalho e mesmo depois da morte da sua amada mãe, continuou trabalhando e quase nunca tinha tempo para os filhos.

Estava decidido, amanhã chamaria a Erza para ir até sua casa para fazer logo a introdução. Só não sabia como iria falar com ela.


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Notas finais do capítulo

Próximo capitulo : 3/05
Espero vocês nos comentários !
Beijosss :3



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