Games Of Love escrita por Livia Dias, ValValdez


Capítulo 25
Investidas


Notas iniciais do capítulo

Hey Sasuketes :3 Tudo bem com vocês?

Vim com este capítulo meio longuinho para vocês aproveitarem, preparando seus corações para a reta final da fic :( Mas calma: MUITA treta vai rolar por debaixo dessa ponte antes do Epílogo.

Agradeço a anabell, NatiiYoshino, jessica23, lilieS2, Camilla Jessy, Ana Leticia, SakyChanS2, Duchess G, Guarana com rolha, Ana Oliver, Leitora Fantasma e Kilze Joynelly Uchiha pelos maravilhosos reviews :D

A GAMES OF LOVE CHEGOU AOS 206 REVIEWS GALERA!

Estou muito contente por saber que estão gostando da história, e que muitos não desistiram mesmo com o longo período de hiatus. Muito obrigada mesmo :)

Beijokas!



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Ao abrir os olhos, Sakura contemplou as paredes do quarto, iluminadas pelos raios de sol. Provavelmente eram nove ou dez manhã, não soube definir ao certo.

Só sabia que não estava com um pingo de vontade de deixar a cama para enfrentar o trânsito e lidar com um bando de funcionários chatos e clientes hipócritas da empresa.

Percebeu que um braço forte rodeava sua cintura, enquanto os lábios de seu esposo passeavam por sua nuca, causando-lhe arrepios.

— Bom dia — Sakura sorriu ao encontrar os olhos de Sasuke (que parecia muito desperto por sinal).

— Hm — Foi a resposta dele, enquanto se ocupava em passear sua mão pela cintura da rosada, e depositar sua cabeça na curvatura do pescoço dela.

Sakura riu.

— Vamos levantar?

— Hm — o som que escapou pelos lábios do Uchiha significava um significou um “Nem pensar”.

Ambos se encararam por alguns instantes, até Sakura dar um tapa no braço do moreno, que fez uma careta engraçada.

— Vamos logo, seu preguiçoso! Não podemos nos atrasar, lembra?

— Claro que podemos! Somos os chefes, esqueceu? — Debochou o moreno, com uma das sobrancelhas arqueadas.

Sakura revirou os olhos para as palavras do marido.

— Se você não vai, problema seu — Ela disse decidida, começando a se levantar. — Quem sai perdendo é você e não eu mesmo.

Sasuke bufou, indignado.

— Como você é irritante — Sentou-se na cama, mexendo em seus cabelos escuros.

— Muito obrigada! — Ela falou de dentro do banheiro.

Sasuke revirou os olhos, se dirigindo ao guarda-roupa do casal. Enquanto procurava por uma camisa para usar naquele dia, viu de relance um caderno de capa preta e franziu o cenho. Retirou-o de lá e ia abri-lo quando Sakura o impediu.

— Deixe isso aí, Sasuke — A rosada o encarava como se tivesse visto um fantasma.

O Uchiha a fitou atentamente por demorados segundos.

— É o seu diário? — Um sorriso sarcástico percorreu os finos lábios de Sasuke.

Sakura deteve os olhos em seu caderno, querendo a todo custo recuperá-lo das mãos do marido. E como um felino, apanhou-o de volta sem qualquer objeção de Sasuke.

— Mais ou menos — Respondeu ela de maneira vaga. Tratou de guardar seu caderno em uma das gavetas do guarda-roupa, encarando Sasuke em seguida. — Coisa de família.

O Uchiha observou-a por um tempo, como se decidisse se acreditava ou não. Mas o olhar da Haruno era tão firme e calmo, que o moreno considerou uma grande tolice discutirem por algo tão sem importância.

E enquanto Sasuke tomava banho, Sakura pegava novamente seu caderno preto.

(...)

Madara mal conseguia conter sua alegria enquanto atravessava os corredores da empresa.

Era visível que algo bom havia acontecido, pois nada era capaz de deixar Madara Uchiha com um sorriso tão largo quanto aquele. Qualquer funcionário que o visse se questionava entre sussurros inaudíveis o motivo de tão rara alegria.

Mas obviamente, Madara não iria contar a pessoas inferiores o porque de estar tão contente. Na verdaed, ele continha o impulso de saltitar já que seu filho, Obito Uchiha, estava retornando.

— Sr. Uchiha — Tayuya, a secretária se apressou em alcançar Madara que ainda cultivava um sorriso debochado na cara. — O senhor não pode entrar na sala dos chefes.

— Tayuya, querida — Mada exibiu seu sorriso mais falso enquanto voltava seus olhos para a funcionária. — Eu sou um Uchiha. Eu posso fazer o que eu quiser.

A secretária nada mais disse, e Madara pode seguir até a sala dos presidentes da empresa, assobiando alegremente.

— Gostaria que ele morresse engasgado nesse instante — murmurou Tayuya para sua colega de trabalho.

— Não diga isso. Ele pode te ouvir... — A outra lhe repreendeu, voltando às suas tarefas. A ruiva revirou os olhos.

Sakura e Sasuke discutiam o lucro que os negócios estavam tendo, e em como poderiam ampliar ainda mais a empresa para outros pontos do país.

Obviamente, Sasuke era o com projetos mais elaborados, ao contrário de Sakura, que sempre recorria ao mais simples.

Por tal choque de opiniões e ideias, ambos passavam horas e horas tentando chegar a um acordo viável,muitas vezes um ficando furioso com o outro.

Típico deles, claro.

E naquele dia, ambos passavam por mais uma daquelas discussões, carregada de resmungos e farpas, quando Madara adentrou a sala tendo um sorriso maior do que a cara.

Sakura resmungou um “E lá vem o puto”, e começou a organizar a pilha de papéis em sua mesa (mesmo essa já estando perfeitamente organizada).

— Vou contar até dez para você dar meia-volta e ir embora — Sasuke mal olhou para o tio e continuou a procurar certo documento em diversas pastas.

— Ah, mas que falta de educação sobrinho — Madara usou um falso tom de repreensão. — Assim vou pensar que não gosta de mim! Ou que não sou bem-vindo!

— É ótimo que você pense isso — Sakura arqueou uma das sobrancelhas, e Sasuke reprimiu o riso, ficando em silêncio. — Porque não gostamos de você, e você não é bem-vindo. Mais algum draminha barato, ou já pode nos deixar em paz?

Madara não se abalou. Fez uma careta, mas acabou sorrindo novamente.

— Minha alegria está além da compreensão de vocês! — Ele sentou-se sem ser convidado, algo que certamente não deixou nenhum dos dois contentes. — Sabem que meu filho, Obito, está retornando.

— Bom para ele — Sakura debochou, mas Sasuke repentinamente demonstrou seriedade.

— Ele tem direito às empresas, e imagino que você esteja feliz com isso — Constatou o moreno, largando uma das pastas em sua mesa.

Madara aplaudiu, claramente debochando do casal. Sakura se conteve o máximo para pôde para não estrangular o Uchiha. Como alguém conseguia ser tão insuportável?

— Você é muito esperto, querido sobrinho — Madara colocou-se de pé, ajeitando seu terno. — Como eu sou muito gentil, e meu filho é uma boa pessoa... Resolvemos permitir que o controle das empresas seja de vocês por completo.

Sasuke riu com sarcasmo.

— Com ou sem sua permissão já somos donos da empresa.

O suspiro teatral vindo de Madara apenas irritou Sakura ainda mais. Aquele cara conseguia ser suspeito, e sua alegria e “bondade” certamente não indicavam bons presságios.

(...)

Conforme os dias passavam, Sakura percebeu que estava detestando os negócios. Ter de tomar conta das empresas não fazia seu estilo, e o que ela queria era desprender-se daquela rotina para sempre. Sabia que era impossível, no entanto, não deixava de levantar tal esperança.

Aparentemente, o primo de Sasuke não era tão ruim quanto o pai. Ficara com um cargo inferior ao dos donos, e não fizera objeção alguma.

Mesmo com tal gentileza vinda de Obito, Sakura manteve-se com um pé atrás. Sendo herdeiro de Madara, provavelmente compartilhava das mesmas maldades que o pai.

Sakura às vezes suspeitava que Sasuke possuía as mesmas opiniões que ela sobre Obito, embora não tocara no assunto nenhuma vez com ele.

Não queria ser a implicante da história.

Em mais um dia maçante naquela empresa que a sufocava, a rosada analisava documentos que pareciam infinitos.

Já passava das onze, e o silêncio predominava na sala da diretoria havia horas.

Pouco depois do seu quarto copo de café ter terminado, um bocejo escapou pelos lábios de Sakura.

Sasuke, à poucos metros, franziu o cenho para ela.

— Talvez seja melhor você ir — Sugeriu, mas Sakura descartou a ideia com um aceno de cabeça.

— É melhor eu adiantar isso tudo agora — Disse, com certa frustração.

Aquele trabalho havia sido feito para Sasuke, e não para ela. Analisar documentos, tomar decisões tão importantes...

Levou as mãos aos cabelos, afastando as mechas róseas de seu rosto. Concluir aquelas análises era a melhor opção no momento.

— Bom, eu já vou — Sasuke colocou o paletó sobre um dos ombros, com a maleta cheia de documentos firmemente segura em outra mão. — É melhor você fazer o mesmo. Sua cara está horrível.

A rosada revirou os olhos, com um sorriso sarcástico.

— Como se você fosse o cara mais lindo do mundo — Desdenhou ela, recebendo um arquear de sobrancelhas como resposta.

— E não sou? — Ele encurvou os lábios em um sorrisinho de lado.

— Você é o cara mais convencido que conheço.

Sasuke deu uma piscadinha para ele, antes de sair da sala.

Sakura suspirou frustrada. Ainda havia uma pilha de documentos a serem analisados, e ela odiava deixar trabalhos inacabados. Só lhe restava ter paciência.

Quando já completava uma da manhã, Sakura constatou que finalmente poderia ir para casa sem preocupações.

Certamente na manhã seguinte ela não pisaria naquela empresa nem que o Obama se materializasse ali, e ficaria descansando a manhã inteira.

Espreguiçou-se diversas vezes antes de começar a guardar seus materiais de trabalho.

Passos ecoaram pelo corredor, e Sakura virou-se para a porta, desconfiada com os ruídos repentinos.

Àquela altura, todos os funcionários já teriam ido embora.

Imaginou que fosse um terrorista, e o medo tomou conta de seu corpo, deixando sua mente nublada.

Os passos tornaram-se mais próximos, e por debaixo da porta dupla de mogno, Sakura identificou a sombra do estranho por entre o filete de luz.

Com as mãos às costas, puxou uma tesoura do estojo, contente por ser a maior que possuía.

Se encostou em frente à sua mesa, apertando com firmeza a atual arma, rezando para que a sorte estivesse do seu lado.

Quando a porta foi aberta, no entanto, a primeira coisa que fez foi analisar a face do estranho. Não se moveu, nem demonstrou o medo que fazia seu estômago se contrair. Permaneceu inflexível.

No entanto, a figura diante de seus olhos não era um terrorista, ou até mesmo um estranho.

— Obito — murmurou, com certo alívio, mas ainda desconfiada. — O que está fazendo aqui há essa hora?

— Sasuke pediu para que eu ficasse até mais tarde para acompanhá-la quando saísse do trabalho — Respondeu o Uchiha, com simplicidade.

Sakura assentiu, embora processasse tal resposta cuidadosamente em sua cabeça. Sasuke não era o tipo de pessoa que pedia um favor desses ao primo.

Deu a volta em sua mesa, enquanto Obito estava compenetrado com algo no celular.

Terminou de organizar sua bolsa, e quando se preparava para fechar as venezianas do escritório, seu radar detectou a aproximação repentina.

— Sabe Sakura — Os braços de Obito a cercaram, suas mãos batendo contra a parede, aos lados da cabeça da rosada. — Não acho certo continuar a esconder isso.

De imediato, a rosada pensou na tesoura que havia deixado no estojo em cima da mesa, e começou a imaginar o que fazer.

Estava claro que Obito era perigoso. Sendo filho de Madara era certo que possuía o mesmo gene de maldades; Sakura não errou em suas desconfianças.

— Sasuke não te merece — Prosseguiu o moreno, afastando uma das mechas que caíam sobre o rosto da jovem, deixando a rosada ainda mais nervosa. — Você é tão inteligente, bonita... E não quer continuar nessa empresa. Sasuke só está com você pelos interesses dele.

O toque de Obito em sua cintura, enquanto os lábios do mesmo alcançavam seu pescoço, foi o alerta vermelho que piscou em sua mente.

Sakura o empurrou com uma força descomunal, correndo até sua mesa na intenção de alcançar sua tesoura. Entretanto, os braços de Obito a envolveram novamente, e o sorriso sádico surgiu nos lábios dele, apavorando-a, tal como as palavras dele.

— Você será minha essa noite, por bem ou por mal — E sem que conseguisse impedir, os lábios do moreno tomaram os seus, com uma violência que fez Sakura sentir o gosto de sangue em poucos segundos.

(...)

Sasuke assistia a um telejornal qualquer da madrugada, quando a campainha tocou. Emitiu um suspiro de impaciência, imaginando que Sakura havia esquecido as chaves de casa.

Mas ao abrir a porta, deu de cara com a pessoa menos esperada.

— Querido sobrinho — Madara adentrou a casa, sem pedir permissão alguma. — Antes que me coloque para fora, tenho coisas interessantes a te mostrar.

Sasuke fechou a porta, e retornou à sala, onde seu tio o aguardava com um sorriso maior do que a cara.

— Você tem dois minutos para falar o que veio fazer e dar o fora — O moreno cruzou os braços, arqueando uma das sobrancelhas.

— Não se preocupe, sobrinho — Madara estendeu seu celular para Sasuke. — Não vim falar, e sim te mostrar.

O Uchiha mais novo não se deu ao trabalho de apanhar o celular. Encarou o tio.

— O que é isso? — Questionou ele, impaciente.

Madara riu com ironia, ainda oferecendo seu celular.

— Provas do que sua esposa faz quando fica até mais tarde na empresa.

Enfim, Sasuke apanhou o celular. Olhou o visor, e o que viu não parecia uma brincadeira, montagem ou armação. Era real.

— Conectei as câmeras de segurança ao meu celular, com um aplicativo — Informou Madara, contente com o impacto que proporcionara ao sobrinho. — Isso tudo aconteceu agorinha.

Sasuke franziu o cenho, tentando conter sua fúria com aquelas imagens.

Sakura e Obito, aos beijos. Seu sangue borbulhou e o soco na cara do tio veio antes que ele esperasse.

— Vamos pôr tudo em pratos limpos — murmurou com a respiração pesada, saindo de casa agilmente.

Pegou as chaves do carro e correu pelas ruas da cidade até adentrar a empresa. Chamou o elevador, tamborilando os dedos impacientemente sobre o metal frio enquanto subia. Quando parou no andar da presidência, seu coração acelerou em antecipação. Só naquele minuto parou para pensar... Sakura o trairia? Ainda por cima com seu nada querido primo?

Conforme se aproximava da sala, podia ouvir ruídos como gritos abafados. Quando escancarou a porta, seu coração falhou uma batida.


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Notas finais do capítulo

E vai dar merda, podem apostar! Os próximos capítulos serão beeem tensos, e estou preparando 2 bônus para a fic (um bem GaaIno, contando o que houve com os dois durante toda essa treta SasuSaku, e outro explicando sobre o caderno preto). O que acham, hum?

E ainda teremos os pais da Saky gente! Onde estão? Por que não estão com a filha? O que houve entre eles para Sakura desejar nunca tocar no nome deles?

Mais uma coisinha que será bem explicada nos próximos caps. Aguardem ;)

Até o próximo! Beijooos.



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