Para Conquistar Lily Evans escrita por Weirdo


Capítulo 7
Go, Go, Griffindor!




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Narração por Sirius Black

Com a volta da antiga ‘amizade’ entre Lily e James, eu e Marlene acabamos nos desculpando também, embora a cena da detenção não tenha se repetido mais, infelizmente, eu devo acrescentar. Não que eu esteja apaixonado por ela. Claro que não. Sirius Black apaixonado por alguém? Merlin me livre!

Mas alguma coisa continua me dizendo que ela é diferente das outras. Enfim, nós voltamos a andar juntos! Remus e Katie cada vez mais grudados, James cada vez mais apaixonado e Lily cada vez mais impaciente com ele e cada vez mais agradável com os outros, Marlene parece que também foi atingida pela loucura da Lily, Peter deve estar gostando da Lucy que divide o quarto com as meninas e Alice, porque essa Lucy tem andado bastante conosco ultimamente e eu continuo o mesmo, muito bom em quadribol, claramente; Ficando com várias meninas por semana, nunca fazendo as tarefas, mas sempre sendo um dos melhores da classe, treinando quadribol três vezes por semana, pegando detenção toda hora por duelar com o Ranhoso toda dia.

Passaram-se três semanas desde o dia em que James e Lily haviam feito as pases. Setembro passou rápido, quase imperceptível aos nossos olhos. E hoje, finalmente, é o primeiro jogo de quadribol da temporada. Grifinória X Sonserina, um clássico, só pra animar!

– Bom dia, Pontas.

– Bom dia, Almofadinhas.

– Hey, guys. Preparados pro jogo? – Rabicho perguntou.

– Preparados pra vitória, foi o que você quis dizer, não é? Claro que estamos!

– Calma, Pontas. Que tal começar a jogar primeiro pra contar vitória depois? – disse Aluado.

– Vocês que sabem. Agora, Sirius. Vamos tomar café? Grifinória, Lufa-Lufa e Corvinal devem estar esperando ansiosas pra nos aplaudir!

– Claro, claro.

– Esses dois não têm jeito. – pude ouvir Remus antes de sair do dormitório.

E não deu outra, assim que pisamos no Salão Principal, a mesa da Grifinória começou a gritar, aplaudir, bater os pés, as mãos, cantar, gritar frases de apoio, e principalmente:

– LIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIINDOS! – abrimos nossos melhores sorrisos, como sempre, e agradecemos com as mãos. Também agradecemos às mesas da Lufa-Lufa e Corvinal, que aplaudiam educadamente. Depois viramos pra Sonserina e meio que fizemos gestos obscenos. Se a tia Minnie viu, não se importou, até porque ela também aplaudia e sorria. Sentamos onde o resto do time já se encontrava.

– Bom dia, pessoal.

– Bom dia, capitão!

– Prontos pra vitória?

– SIIIIIIIIIIIIIM!

– É isso aí, time! O tempo está meio nublado, mas não tem chuva nem muito vento. Vamos fazer um bom jogo e mostrar pra essas cobrinhas quem é que manda nisso aqui! – James falou pro time, mas ninguém se importou com esse fato, e recomeçaram a gritar.

– GO, GO, GRYFFINDOR! GO, GO, GRYFFINDOR! – foi mais ou menos no meio dos gritos de Go, Go, Gryffindor que eu vi uma baixinha de cabelos vermelhos que parecia estar ali pra animar a torcida. A Lily realmente tem alguma doença. James também percebeu quem é que tava comandando os gritos, e foi falar com ela, como sempre.

– Hey, Lils. – o sorriso dela instantaneamente diminuiu.

– Bom dia, James.

– Você vai ao jogo, não vai? – realmente, ele jogava muito melhor quando ela ia ver, mas tudo bem.

– Claro que sim! – ela voltou a sorrir – O que seria dessa torcida sem mim?

– E o que seria do apanhador e capitão do time sem você, então, não quero nem pensar! – os dois riram.

– Hey, Jaaaaaaaames! – eram umas garotas do quinto ano da Corvinal. Ele abriu seu maior sorriso conquistador e Lily por incrível que pareça fechou a cara (!)

– Bom dia, garotas.

– James, apanhe o pomo pra nós, sim?

– Desculpa, mas isso não será possível. – Lily o encarou surpresa, e eu também, e todo mundo que estava ouvindo a conversa, e as garotas também.

– O que disse?

– Que isso não será possível.

– Por que? – elas estavam realmente assustadas agora.

– Porque vou pegar o pomo pra outra pessoa. – elas abriram a boca, tentaram falar, mas estavam paralisadas pelo choque. Lily levantou uma só sobrancelha e ficou encarando-o como se nunca tivesse visto nada assim na vida, as pessoas agora queriam saber pra quem James Potter ia dedicar a vitória.

Bando de idiotas, eu já percebi qual é a dele, mas tudo bem.

– Ah, tudo bem. Nós vamos estar torcendo por você, lindo.

– Tchau! – e depois elas se afastaram.

– Posso saber pra quem você vai dedicar a sua vitória?

– Você verá, minha cara Lily. Espere e verá. – ela abriu a boca pra responder, mas foi interrompida.

– Bom dia, minha linda! – era um dos garotos do sétimo ano da Corvinal que estavam babando Lily e Lene naquele dia à beira do lago.

– Bom dia, Jack. – Lily rapidamente pareceu mais séria, madura e bonita. Foi a vez de James levantar uma sobrancelha e observar calado.

– Você vai querer sentar comigo no jogo? – ele perguntou.

– Bem, se você quiser sentar na torcida da Grifinória, fique a vontade. Eu sentarei lá com meus amigos.

– Isso foi um convite? – ele perguntou rindo. James agora estava realmente zangado.

– Você que sabe. Eu vou estar com meus amigos, então se você achar que vai ficar a vontade lá... – James riu ironicamente.

– Bem, seu amigo Pettigrew provavelmente vai estar com a Lucy Dion. O casal de monitores da Grifinória vai estar junto também, e a McKinnon vai estar com meu amigo.. – aliás, que panaca que a Lene foi arranjar.

– Não, não. Ele é que vai sentar conosco na torcida grifinória.

– Isso. McKinnon vai estar com o Bryan, então pensei que talvez eu pudesse sentar com você. – Lily parou pra pensar um pouco. Sentar com Jack ou segurar vela?

– Tudo bem. Vou estar com a Lene até vocês dois chegarem. – ele abriu um sorriso.

– Ah, boa sorte no jogo, Potter.

– Obrigado. – ele respondeu, de cara fechada. Jack se afastou depois disso.

– Algum problema, James?

– Não. Nenhum, Lily. – James sorriu. Esse é meu amigo veado!

– Tudo bem, então. Vou voltar ao salão comunal, esqueci meu binóculo. Boa sorte, no jogo. – ela disse isso rindo sinceramente, e beijou o rosto dele. Depois saiu correndo, sem olhar pra trás. James ficou segurando o rosto do lado onde Lily havia beijado, com uma expressão de felicidade no rosto.

– Hey, Pontas. ACORDA!

– Hã? O que?

– Acorda, Pontas. Foi só um beijo no rosto, deixa de ser ridículo. Vamos pro vestiário, o jogo começará em trinta minutos.

– Jogo? Ah, é! – ele voltou ao normal, finalmente. Quando levantamos, a gritaria recomeçou.

GO, GO, GRYFFINDOR! ACABA COM ELES!

LIIIIIIIIINDOS!

GO, GO, GRYFFINDOR!

Narração por Katherine Mackenzie

O café da manhã em dia de jogo é uma loucura, por isso mesmo eu, Remus, Peter e Lucy fomos mais cedo. Lily e Lene gostam mesmo é de confusão, gritos e palhaçada. Quinze minutos antes do jogo, descemos os seis pro jogo e sentamos em um bom lugar.

Cinco minutos antes do início do jogo, dois Corvinais chamados Jack alguma coisa e Bryan sei lá das quantas se juntaram a nós. Lily e Lene, se perceberam, não demonstraram, porque estavam gritando abertamente pra quem quisesse ouvir:

EU, EU, EU, SONSERINA SE FUDEU!

GO, GO, GRYFFINDOR! GO, GO, GRYFFINDOR!

Lily está com uma blusa vermelha de alça, uma mini-saia jeans e um tênis, nem se importando com o fato de estarmos na segunda semana de Outubro e o tempo já está começando a esfriar. Marlene usa uma roupa parecida, apesar de sua blusa ser dourada.

As duas tinham metade do rosto pintado de vermelho e a outra metade de dourado. Não que isso fosse novidade. Até eu tinha o rosto pintado. Elas também estavam usando uma grande bandeira da Grifinória como capa, e gritavam desesperadamente.

– Bem-vindos ao primeiro jogo da Temporada de Quadribol. – pausa pros gritos. – Partida de hoje: Grifinória x Sonserina! E aí vem o time da Grifinória! Harper, Johnson, Bennet, Carlton, Grant, Black eeeeee POTTER! – ao som dos nomes Black e Potter, a torcida feminina das três casas e algumas meninas da Sonserina também, gritavam como se estivessem sendo assassinadas.

LIIIIIIIIIIIIINDO! GOSTOOOOOOSO! EU TE AAAAMO! SIRIUS, CASA COMIGO!

MARAVILHOSOS! EU TE AMO, JAMES, CASA COMIGO!

– E Potter é o capitão pelo segundo ano consecutivo. Ano passado ganhou a taça com uma vantagem muito grande de pontos. Esse ano também promete ser dos Grifinórios. – houve vaia pela torcida Sonserina, Lufa-Lufa e Corvinal.

– E aí vem o time da Sonserina! Avery, Mulciber, Carrow, Higgs, Flint, Bletchley eeeee BLACK! – era o irmão do terceiro ano do Sirius. As meninas pararam pra ver se ele era tão bonito quanto o irmão, mas aparentemente elas estão sofrendo uma decepção, porque ninguém pede pra casar com ele. Tão gritando pro Higgs:

GOSTOSO! HIGGS, CASA COMIGO!

Sinceramente, eu o acho feio. Agora o melhor de tudo é Regulus Black jogando como apanhador contra James Potter, HAHAHAHA. Ridículo, hilário!

– Quero ver um jogo limpo! – disse Madame Hooch – Capitães, apertem as mãos! – parecia que James queria quebrar os dedos do capitão, Marcus Higgs.

– O apito de prata soou, e a partida iniciou! E a goles foi rebatida por Rachel Johnson da Grifinória. Essa garota vai longe, eu já pedi tanto pra ela sair comigo, mas ela insiste em me rejeitar!

– Jordan, se importa em narrar o jogo? – perguntou tia Minnie.

– Desculpe, professora. – adoro as narrações que Nicholas Jordan faz, ele está no quinto ano na Grifinória e é muito engraçado.

– Tudo bem, tudo bem. Um passe perfeito de Rachel Johnson pra Vitor Harper que voa em direção as balizas da Sonserina, mas é interrompida por Mulciber, artilheiro do time adversário. Sinceramente, estou admirado que ele consiga montar em uma vassoura, com o tamanho do cérebro dele. E anda com o Ranhoso, não tinha como ser diferente.

– JORDAN!

– HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! – a torcida não se aguentava de tanto rir.

– Potter, para de rir e procura o pomo! – ele disse. Adoooooooro as narrações dele! – E lá vai esse nojento desse Mulciber em direção as balizas Grifinórias, mas é interrompido por um balaço mandado por Sirius Black. É isso ai, garoto! – a torcida aplaudia Sirius.

– Só que eu ainda não esqueci que você ficou com a garota que eu tava gostando! – HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!

– Jordan, mais uma dessas e você leva detenção!

– Foi mal, foi mal, tia Minnie. Enfim, lá vai Alex Bennet da Grifinória com a goles, em direção as balizas. E ela dribla Avery, dribla Mulciber, passa por Carrow, agora é com você Bletchley. GOOOOOOOOOOOOOOL! É GOL DA GRIFINÓRIA! Sim senhores, dez a zero pra Grifinória! Excelente jogada de Alex Bennet, isso aí, garota! – socorro! Lily começou a gritar, e todo mundo tá doido.

Ponto nosso! Uhuo! Lily puxou mais um coro de GO, GO, GRYFFINDOR! Merlin! Remus caiu no chão!

– Montinho no Remus! – foi Lene que gritou. Espera, vocês vão matar meu Reminho! Tarde demais! Lily se jogou em cima dele, depois Marlene, Peter, Lucy, Alice, Frank, e aquele Jack e o Bryan. Agora até um povo do quarto ano!

Depois de dois minutos, ele finalmente saiu, todo roxo dali de baixo.

– Tá tudo bem, amor?

– Tá.. tudo ótimo! – ele sorriu. Graças a Merlin.

– Parece que a torcida da Grifinória se animou um pouco mais do que devia. Tá inteiro aí, Lupin? – todo o estádio riu. – E muito bem, Sonserina tem a posse da goles. Avery corre pro gol. Ele dribla Johnson, dribla Harper e passa por Bennet. Hugo Grant, batedor da Grifinória lhe manda um balaço.. e erra por pouco! E agora é com você Carlton, vai lá, garoto. DEFENDEEEEU! – houveram vaias da torcida verde e prata, e aplausos das outras três casas.

– Bela defesa, cara!

Assim se passaram os outros quinze minutos. Esse jogo tá muito bom *-*

– Oitenta a trinta para a Grifinória. Sim, senhores. O time de Potter está mostrando pra que veio!

GO, GO, GRYFFINDOR!

– Falando em Potter, acho que ele viu alguma coisa que o pequeno Black não viu. Sim, senhores. Decididamente ele viu alguma coisa! – agora toda a torcida está de pé, inclusive eu, gritando:

VAAAAAAI, JAMES! VAI, JAMES! – momentos depois, lá estava Regulus Black atrás de James Potter.

– CUIDADO POTTER! – disse Jordan, mas não foi suficiente. Flint, o batedor da Sonserina mandou um balaço que quase atingiu James, ele teve que mergulhar pra poder se proteger, e na confusão perdeu o pomo.

– SEU FILHO DA PUTA! SEU NOJENTO! SEU SAFADO. ELE MANDOU UM BALAÇO, ELE PODIA TER MATADO O POTTER. SIM, SENHORES. ELE PERDEU O POMO DE VISTA! – houve um grande ÚÚÚÚH vindo da torcida Grifinória e aplausos e gritos da Sonserina.

– Jordan, dá pra ser imparcial? – mas a professora até esqueceu-se da promessa de detenção, porque também estava indignada com o que aconteceu.

– E o jogo recomeça. Sirius Black está furioso com o ocorrido, e manda um balaço em Flint. É falta a favor da Sonserina. Que bate, e marca Grifinória oitenta, Sonserina quarenta. – passaram-se mais dez minutos, onde a Grifinória chegou a 120 pontos, e a Sonserina fez 50.

– Sim, senhores. Acho que é seguro dizer que Potter avistou outra vez o pomo. E lá vai Black atrás dele, será que ele alcança uma Cleansweep-5, a vassoura mais veloz da atualidade?

VAI, JAAAAAAMES!

AGARRA O POMO, JAAY!

EU TE AMO!

LIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIINDO! – sim, essas meninas piram pelo James. A Lily tá gritando, abraçada com a Marlene:

GO, JAMES, GO!

– SIM, SENHORES. JAMES POTTER PEGA O POMO! O PRIMEIRO JOGO DA TEMPORADA DE QUADRIBOL ENCERRA COM O PLACAR FINAL DE 270 PRA GRIFINÓRIA A 50 PRA SONSERINA! E O QUE SERÁ QUE ELE ESTÁ ESCREVENDO NO AR? – James pegou a varinha e escreveu no ar, em letras grandes:

COM AMOR, PARA LILY EVANS.

Ai, que fofo! Ele tá sorrindo e apontando pra ela..

Narração por Lily Evans

Ele pegooooooooou! James pegou o pomo! Vencemos! Vencemos!

– SIM, SENHORES. JAMES POTTER PEGA O POMO! O PRIMEIRO JOGO DA TEMPORADA DE QUADRIBOL ENCERRA COM O PLACAR FINAL DE 270 PRA GRIFINÓRIA A 50 PRA SONSERINA! E O QUE SERÁ QUE ELE ESTÁ ESCREVENDO NO AR? – o que ele está escrevendo no ar? Bem, eu digo pra vocês.

Com amor, para Lily Evans.

Então era pra mim que ele ia dedicar a vitória? Ele negou entregar o pomo praquelas meninas hoje de manhã, pra entregar pra mim? Que lindo! Eu vou desmaiar!

– Vai lá, Lily!

– O que?

– Vai lá, ele tá te chamando! – então eu fui correndo até o campo, já que Marlene me empurrou, eu não via opção melhor. Todos os rostos estavam virados pra mim, enquanto eu corria e o Jordan dizia:

– E Potter dedica sua primeira vitória da temporada para Lily Evans. Sim, muitas garotas estão olhando com raiva para ela, mas ela não parece se importar. Eu até a chamaria pra sair, mas todos vocês lembram o que aconteceu quando Anthony Bones tentou! – a plateia começou a rir, eu lancei um olhar matador a ele. Enfim, cheguei ao campo.

– Hey, James. Parabéns pela vitória.

– Obrigado! – ele ri tão fofo!

– Não vai pegar? O pomo é seu. – então ele me ofereceu o pomo, e eu meio que peguei, e a escola inteira começou a gritar. Tia Minnie olhava e ria encantada, acho que ela ainda lembra da nossa briga, dos gritos e das lágrimas. Dumbledore olhava tudo com um sorriso no rosto, e começou a aplaudir, no que toda a escola imitou. Hello? Eu só estou pegando o pomo que ele ofereceu pra mim. Não sejam tão ridículos.

– BEIJA, BEIJA, BEIJA, BEIJA! – pude ouvir as vozes do povo. Passei o olho, apavorada, pela plateia. Vi o Snape olhando tudo de forma furiosa, balançando a cabeça negativamente, pedindo pra eu não o beijar.

Vi Sirius, ainda no ar, gritando BEIJA, BEIJA, BEIJA. E vi Marlene puxando os coros, e pedindo pras umas meninas também gritarem, mas elas se recusavam.

NÃO A BEIJE, JAY!

EU TE AMO!

– E agora? – foi tudo que eu consegui perguntar.

– Eles tão pedindo. – ele riu com essa cara de safado que ele sabe fazer tão bem.

– Tudo bem. – ele se espantou com a minha resposta. Então eu me aproximei dele, ele fechou os olhos. Ninguém parecia respirar mais. E então eu lhe dei um beijo. No rosto.

AAAAAH! – eram os protestos da plateia.

ÊÊÊÊÊÊ! – eram os gritos de vitória das garotas e de alguns meninos também, que eu vi.

– Só isso, Lily?

– Só isso, James. – ele fez carinha de triste. - FESTA NO SALÃO COMUNAL AGORA! – ele gritou. O povo recomeçou a gritar! – Você me espera? Vou só tomar um banho e trocar de roupa.

– Ah, tudo bem. – então entramos no vestiário. O time por si só fazia mais barulho que a torcida inteira da Sonserina.

– Gente, hoje nós voamos realmente bem. Mais umas dessa e a taça já é nossa! – ele sabe ser um bom líder e tal.

– Você também foi ótimo, James. A captura foi linda!

– Obrigado! Hey, Sirius. Tudo bem aí?

– Tudo ótimo! – MEU DEUS! MEU MERLIN! ISSO É.. SIRIUS BLACK SEM CAMISA?

PARA, PARA. LILY, QUE É ISSO! ELE É MUITO BOM! MUITO GOSTOSO! LILY, CONTROLE-SE. ELE É O BLACK, SABE?

Mas não deixa de ser hot. Soooo hot!

– Lily, algum problema? – droga, eu nunca consigo ser discreta.

– Aah, não, não!

– Sério?

– Aham. – certo. Como sempre, ele sacou e começou a rir da minha cara toda vermelha, mais vermelha que meu cabelo.

– Sirius, deixa a Lily em paz. – James também sacou, e não ficou muito feliz, não.

– Ah, tudo bem. Lily, você nos espera aqui.

– Por favor. – completou James.

– Então cuida!

– Lily, – que nome sagrado, ein – posso falar com você? – era o Jack. Acho que ele me seguiu até aqui, mas tudo bem.

– Sim, Jack?

– Vou direto ao ponto. – bem, ele sabia, e eu também sabia, que tirando o Harper e a Bennet que tinham acabado de sair, e o Grant que estava no banho, o resto do time estava ouvindo cada palavra que nós dizíamos. – O que você tem com o Potter?

O que? Quem era ele pra querer saber o que eu tinha ou deixava de ter com o Potter? E por que ele estava me perguntando isso na frente de todo mundo?

– O que eu tenho com o Potter? – perguntei só pra ter certeza que meus ouvidos não estavam me enganando, ou aquilo não era umas dessas brincadeiras trouxas idiotas de pegadinha ou sei lá.

– Isso. Eu quero saber o que você tem com o Potter.

– Eu... Por que você está me perguntando isso?

– Depende da sua resposta. Seja sincera.

– O James é um grande amigo meu. Assim como o Sirius, o Remus e o Peter. Eles são como irmãos pra mim. – ele sorriu aliviado e James fechou a cara.

– Ótimo – ele disse.

– Ótimo, por quê? – tudo bem. O que esse menino quer comigo?

Tipo, a última vez que eu falei com ele foi no dia em que ele e um grupo de meninos do sétimo ano da Corvinal chegaram em mim e na Lene do nada e começaram a conversar, no dia em que eu fiz as pases com o James, há mais de três semanas. E agora ele pede pra sentar do meu lado, quando claramente não está torcendo pra Grifinória, porque o próximo jogo é Grifinória e Corvinal, e ele joga como artilheiro.

E agora, pergunta o que tem entre James e eu. Afinal, o que ele quer?

– Porque... Porque... Droga! Porque eu queria saber se você quer ir comigo à Hogsmead sábado. É isso. – ah, então é isso. Hogsmead sábado que vem, nem tava me lembrando. E ainda falta uma semana inteira.

Dude, eu acho que vou aceitar, ninguém me convidou ainda, e como ele disse mais cedo, a Lene vai com o Bryan, a Katie com o Remus, o Peter deve ir assaltar a Dedosdemel com a Lucy (aham, ele encontrou alguém tão esfomeado quanto ele), o Sirius com o James e cada um com a primeira menina que passar.

Sem falar que ele é mais velho, alto, bonito, inteligente, tem olhos azuis clarinhos, parece ser fofo e joga quadribol (eu acho que tenho um imã pra jogadores de quadribol. Primeiro o Fábio Prewett da Lufa-Lufa – namoramos dois meses no ano passado, aí eu o encontrei se agarrando com uma Corvinal. Chorei por uma semana. James bateu tanto nele, que ele passou a semana seguinte na Ala Hospitalar. -, depois o Anthony Bones – ele pediu pra namorar comigo, e o James e ele foram pro fight. -, Jack Montgomery, agora – não que vá rolar nada. Pelo menos, eu acho que não. – e ah, claro, o próprio James Potter, que não larga do meu pé há um ano. Realmente, eu tenho um imã pra jogadores de quadribol).

Se você reparar bem, todos os meus rolos, namoros e ficas tem o James no meio. Ou pra ajudar a acabar com eles, ou pra causar um final melhor. Eu realmente devo ter grudado chiclete na barba de Merlin em outra vida.

– Lily? – ah, fiquei tão perdida nos meus pensamentos que me esqueci de responder.

– Hogsmeadcom você, sábado que vem?

– É...

– Ah, tudo bem!

– Sério?

– Aham.

– Ótimo, então. Vejo você no Salão Principal, sábado, às 9h tá bom pra você?

– Está sim. Até sábado, então.

– Até! – ele saiu rindo, muito feliz de verdade. Ah, Lily. Quando foi que você ficou tão irresistível assim, ein?

E quando foi que você ficou tão podre assim também, posso saber?

E quem é você pra me chamar de podre?

O lado racional que vive em você. Apesar de ser pequeno, ainda existe.

Nossa, realmente hilário. Não acredito que estou sendo insultada pela minha própria consciência.

– Lily, você...

– Potter, você ainda não está pronto? Eu não tenho o dia todo pra esperar, sabe?

– Ah, um minuto. – daí ele saiu pra tomar banho, e o Sirius também. Enquanto o resto do time guardava cada palavra que havíamos conversado, pra poder espalhar pra todo mundo que mesmo depois de James Potter dedicar sua vitória contra a Sonserina, a ingrata Lily Evans não mudou sua decisão, e fez mais: aceitou sair com Jack Montgomery, do sétimo ano da Corvinal, deixando o pobre Potter triste.

Nossa, tão triste que daqui a pouco nessa festa ele fica com alguém, tenho certeza.

Narração por James Potter

– Vocês têm mais cinco minutos. – era Lily – Francamente, já estão se arrumando há vinte minutos, o povo deve estar esperando por vocês na festa.

– Calma, Lils. Não precisa se preocupar. Eu estou aqui, e tem Sirius pra todo mundo.

– Ha, ha, ha, Sirius. Muito engraçado. Cuida, James.

– Estou aqui.

– Ah, finalmente. Você está.. tão cheiroso! – ela disse, o meu sorriso se abriu antes que eu pudesse dizer a ele se controlar.

– Obrigado!

– Agora que o casal terminou, podemos ir? – Sirius perguntou.

– Vamos. – saímos do vestiário, finalmente.

– Lily, você.. você vai à Hogsmead sábado com esse cara?

– O que? – acho que ela não ouviu, porque ela está rindo muito. Na verdade, ela disse que tava com preguiça de andar, e o Sirius tá levando ela nas costas, como se fosse um macaquinho, e eles não param de rir.

– Perguntei se você vai à Hogsmead sábado com aquele cara! – Sirius parou. Lily desceu das costas dele, e me encarou. Respirou fundo e disse:

– Sim, eu vou.

– Por que você aceitou o convite dele?

– Porque me deu vontade, horas.

– Sério? Quer dizer que eu peço pra sair com vocêum ano e nem passa pela sua cabeça me dar uma chance. Mas na primeira vez que qualquer um pedir, você aceita.

– Qualquer um, não! Escolha bem as palavras antes de dirigi-las a mim, Potter.

– Ei, ei, vocês dois. Sem brigas outra vez!

– Tudo bem, Sirius. Por que ele merece uma chance, e eu não?

– Porque você é galinha e ele não? Porque ele deixa bem claro as intenções dele, sem esse joguinho de "estou apaixonado, estou apaixonado", quando todos sabem que não é verdade.

– Não é verdade? Você acha que se não fosse verdade eu já não tinha desistido de você?

– Sei lá. Talvez seu orgulho ferido não tenha permitido.

– Lily, James. Já chega.

– Aproveite bastante seu encontro, sábado. – eu disse, com o máximo de rancor, ódio e frieza que consegui reunir pra dizer essa última frase. Depois eu sai em passos apressados em direção a festa. Tudo que é demais, cansa. E sempre que eu estou bem com a Lily, ela dá um jeito de estragar tudo.

– James!

– Oi, gente!

– Parabéns pela vitória, cara!

– Obrigado! – eu sorria, mas só por fora mesmo.

– Foi uma bela captura. Deixou o Black com cara de bosta. Sem ofensas, Sirius. – completou um menino baixinho do segundo ano.

– Ofensa é lembrar que ele é meu irmão! – todos riram. Lily vinha atrás dele, nossos olhares se cruzaram e rapidamente desviamos o olhar.

– Essa taça já é nossa!

– Belo jogo!

– Parabéns!

– Obrigado.

– Hey, Potter. Vai dedicar as próximas vitórias pra Evans, vai? Soube que ela já trocou você por aquele Montgomery, da Corvinal. – disse Sam Watson, minha ex-ficante. Algumas amigas dela riram também.

– Acho que sim, Watson. Acho que dedicarei todas as minhas vitórias, pelo resto da minha vida para Lily Evans, algum problema quanto a isso? – Lily voltou a me encarar. Samantha e as amiguinhas dela ganharam uma expressão de quem tinha acabado de levar um tapa – E a Evans não me trocou por ninguém, porque nós não somos nada além de amigos, como ela gosta de me lembrar. – dizendo isso, eu fui pro dormitório.

Preciso pensar. Eu preciso saber que diabos eu tenho que fazer pra mudar os conceitos de Lily Evans em relação a mim. O que eu tenho que fazer pra conquistar Lily Evans?

Já é o segundo idiota que ela aceita sair em menos de dois meses de aula. Já faz um ano e um mês que eu peço pra sair com essa menina, por que será que ela insiste em recusar?

– James?

– Sim, Remus?

– Tá tudo bem?

– Aah.. tá, tudo bem sim.

– O que aquilo quis dizer?

– Que ela aceitou sair com mais um garoto e insiste em recusar os meus pedidos. – eu disse, tentando parecer indiferente, mas fui tão bem sucedido quanto um trasgo tentando vestir uma roupa de bailarina.

– Olha, cara. A Lily é assim mesmo. Ela tem problemas de confiança. Você tem que entender que é difícil pra ela também.

– Ah, claro. Sempre todo mundo me diz que é difícil pra ela. Mas e pra mim? Você acha que é fácil, ouvir a pessoa que você ama dizer que você é arrogante, egoísta e prepotente? Você acha que eu ouço como música os foras que ela me dá? Que eu adoro quando ela sai com esses idiotas?

– James, eu te entendo. Eu não estou dizendo que é fácil pra você, também. Só que a Lily é orgulhosa demais pra aceitar que você mudou, e que você se apaixonou de verdade.

– Orgulhosa! Grandes merdas. Como se eu não tivesse deixado todo o meu orgulho de lado pra continuar me humilhando pra essa... ingrata!

– James, se acalma. Não brigue outra vez com ela. Pensa primeiro, tá? Ela não está parando a vida dela por você. Acho que você também não deveria parar a sua vida por ela. Se toda vez que vocês brigarem, ou ela arranjar alguém pra sair, você ficar assim, não vai viver. A Lily é feito pássaro. Não foi feita pra ficar presa, foi feita pra voar, ser livre. E você está sufocando-a. Acha que ela gosta disso? Alguém que a confunde com sua propriedade? Você gostaria que alguma dessas suas fãs controlasse todos os seus passos e armasse o maior escândalo toda vez que você saísse com alguém?

– Hã.. Não.

– Então! É mais ou menos o que você está fazendo. Sufocando-a. Tenha paciência. Olhe, eu e Katherine, nos gostávamos desde o quarto ano. Tivemos calma e paciência e hoje ela está aqui, do meu lado, comigo.

– Mas é diferente. Vocês se gostavam, só que os dois eram lerdos demais pra tomar qualquer atitude.

– HEY!

– hahahahahahaha! Foi mal, Remus. Não pude evitar. Falar nisso, quando você vai pedi-lá em namoro?

– Não sei se devo...

– Por que? – eu perguntei com uma sobrancelha erguida – Se for por causa daquele probleminha outra vez, você não é quem eu pensava que fosse.

– A Katie merece alguém saudável. Não um monstro como eu.

– Você não é um monstro. E mesmo que fosse, é assim que ela gosta de você, não é?

– Tem razão... claro, você tem toda razão.

– Eu sempre tenho razão!

– Podre! Mas é sério agora, cara. Pensa bem no que eu estou falando. Tenha paciência. Desça, termine de comemorar. É uma festa em sua homenagem, o capitão!

– Tudo bem, você me convenceu. – eu abri um sorriso – Vamos descer!

– Esse é meu amigo Pontas!

Narração por Remus Lupin

– Hey, Lily!

– Hey, Remus – já eram oito da noite, e a festa estava cada vez mais animada. James parecia ter esquecido o que aconteceu mais cedo, porque dançava animadamente, bebia inconsequentemente, e já havia beijado duas meninas diferentes.

Lily, por sua vez, permaneceu sentada em uma poltrona e observava o comportamento exagerado de James com uma sobrancelha erguida. Sirius já estava mais pra lá do que pra cá, dançava muito exagerado, e já havia beijado cinco meninas, uma delas tinha namorado, e ele meio que veio bater no Sirius.

Bem, o menino tá na Ala Hospitalar agora. Marlene chamou o tal do Bryan da Corvinal pra cá, e ele disse que estava encantado em conhecer a torre da Grifinória, e eles tão se agarrando bem ali. Peter e Lucy conversaram, trouxeram a comida e comeram a tarde toda.

Alice e Frank dançaram juntos, namoraram um pouco e tal. Eu e Katie tivemos uma tarde maravilhosa, dançamos juntos, nos beijamos, rimos, conversamos.

Mas Lily não estava se divertindo, por isso vim falar com ela.

– Você ficou sentada ai a tarde toda. Não dançou, não começou a cantar, não bebeu e não beijou. Essa, decididamente, não é a Lily que eu conheço.

– Ah, Remus. Só estou cansada...

– Lily, eu conheço você há seis anos, você não me engana. O que você tem?

– É que... você sabe. Fazia um tempão que ele – ela apontou o James, que dançava de forma provocante com outra garota diferente – não fazia isso nas festas. Beber assim, ficar com todas essas garotas.. ele nem me chamou pra dançar! E estou pensando, se isso foi só porque eu aceitei sair com o Jack... você me entende, não entende? Estou me sentindo culpada.

– Claro que entendo, Lils. Na verdade, ele tá assim mesmo porque você aceitou sair com o Jack, então eu disse a ele pra não parar a vida dele por causa de você. Não me olhe assim, você não está parando a sua vida por causa dele, então eu disse que ele precisa viver. Se cada garoto que você aceitar sair ou beijar ele ficar triste...

– Você está certo, é claro. Quer saber? Se ele quiser beber até vomitar, que o faça. E que fique com todas as garotas que ele quiser, eu não estou nem ai. Vou viver a minha vida! – dizendo isso ela levantou, pegou uma garrafa de cerveja amanteigada, e procurou alguém pra dançar.

Será que eu ajudei ou atrapalhei? Também não sei. Esses dois são muito difíceis. Vou viver a minhavida, agora.

– Me concede esta dança, senhorita?

– Mas é claro, nobre cavalheiro. – desculpa aê, mas eu tirei a menina mais bonita da festa pra dançar, e ela aceitou.

Estávamos dançando tranquilamente, quando ouvimos um grito:

– QUEM VOCÊ ACHA QUE É PRA BEIJAR A MINHA GAROTA? ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­


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Notas finais do capítulo

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