Para Conquistar Lily Evans escrita por Weirdo


Capítulo 5
Beijos e lágrimas


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!



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Narração por Remus Lupin

Enquanto isso, na detenção de Remus Lupin, Katherine Mackenzie e Peter Pettigrew.

– Tudo bem. Eu e Peter vamos por esse lado. Remus e Katie, vocês vão por aquele outro lado. Nos vemos em três horas, aqui na frente da minha cabana.

– Tchau, Hagrid e Peter.

– Enfim, sós!

– O que disse, Remus? – perguntou Katie, se fingindo de desentendida.

– Katie, eu tenho que conversar com você. Vamos entrando na Floresta...

– Tudo bem, agora. Pode falar, Remus.

– Bem, é que... Eu não sei se você percebeu que eu...

– Eu? – ela disse, me encorajando a falar.

– Bem, eu.. Eu acho que estou gostando de você. – acha, é? Quem dera que você só achasse. Você a ama de verdade, Remus Lupin, e é por isso que está se declarando.

– Você acha? – os olhos dela brilhavam.

– Sim. – ela riu. – Não vai dizer nada?

– Eu digo, seu bobo. Se você acha, eu te adianto uma coisa. Eu tenho certeza, desde o momento que te vi pela primeira vez, que você é tudo o que eu quero pra mim. – EU OUVI ISSO?

EU SOU O CARA MAIS FELIZ DO MUNDO!

– Katie! – eu disse rindo muito – Katie, eu nem sei o que dizer.

– Não diga nada. Apenas me beije. – nem precisa pedir outra vez. Eu a beijei, e foi o melhor beijo da minha vida.

Começou lento, como se nossos lábios se procurassem mas tivessem medo de avançar. Aos poucos aprofundamos o beijo e eu tive a certeza que era ela. Quem eu sempre esperei pra mim. Parecia que alguém lá fora estava tocando os famosos sininhos.

Depois de alguns minutos, ou vários dias ensolarados, nos soltamos, não percebi exatamente o tempo que aquele momento durou.

– Esperei tanto por esse momento. – ela disse, de forma tímida.

– Katie, eu...

– Eu também, Remus. – falando isso, ela me beijou. Eu não sei o que ela quis dizer com esse ‘eu também’, uma vez que não completei minha frase.

Mas posso interpretar como: Katie, hoje é o dia mais feliz da minha vida. Eu estou tão emocionado, que não sei o que dizer. E a resposta dela fosse: Eu também, Remus. Aaah, que vontade de gritar pro mundo: KATHERINE MACKENZIE, EU TE AMO!

Mas como nada nessa vida é perfeita, me lembrei de algo que poderia estragar tudo...

– Katie, eu quero te contar uma coisa muito importante pra mim.

– Tudo bem, diga.

– Eu sei que você pode querer nunca mais olhar na minha cara, ou sair correndo assustada.. Só nunca duvide do meu amor por você, certo?

– Remus, tá me assustando. Fala logo.

– Ok. É o seguinte... não poderemos ficar juntos, porque... porque... Porque eu sou um lobisomem. Pronto, falei. Já pode gritar. – mas ela olhou pra minha cara e começou a rir. Merlin, do que será que ela tanto ri? Ela já ta ficando vermelha...

– Katie?

– HAHAHAHAHAHA, des-desculpa, Remus. HAHAHAHAHA. É que.. HAHAHA, a cara que você fez, esperando meu grito! HAHAHAHA. Você é idiota é? HAHAHAHA! Achar que eu vou desistir de você por causa desse... probleminha besta? – ela parou de rir e disse. - Remus, nem que você se transformasse 30 noites por mês, eu te largaria por isso. Se você não percebeu, eu te amo há séculos. E o fato de você ser um lobisomem nunca interferiu na nossa amizade antes, interferiu?

– Quer dizer.. quer dizer que você sabia?

– Claro que sim. Eu, a Lily e a Lene não somos burras, sabe. Notamos no terceiro ano que você sumia uma vez por mês. E fomos até a biblioteca fazer o trabalho sobre Lobisomens, e juntamos as peças. Mas ao invés de se apavorar, decidimos que mais que nunca você precisava da nossa amizade. Foi mais ou menos aí que comecei a me apaixonar por você.

– Katie, eu..

– Não sabe o que dizer.. novidade!

– Dessa vez eu sei! Você quer continuar saindo comigo, não é mesmo?

– Deixe-me pensar... Claro que sim! – falando isso, ela me abraçou, e depois nos beijamos.

– Isso aqui é real ou um sonho?

– Se for um sonho, eu não quero acordar nunca – ela respondeu. – E que tal finalmente começarmos a cumprir nossas detenções?

– Ótima idéia. – EU SOU O HOMEM MAIS FELIZ DO MUNDO!

Narração por Lily Evans

Dez horas seguidas sem dirigir a palavra a nenhum dos meus amigos, ou professores, ou qualquer outra pessoa. Acho que assim está melhor. Me deu vontade de cantar, pra animar isso aqui, um pouco. Afinal.. Zangada, extressada, de TPM ou acabada, eu sempre serei Lily Evans.

Mas vou cantar baixinho, pro Potter que vem andando calmamente atrás de mim, não ouvir.

“You had my heart. And we’ll never be words apart. Maybe in magazines, but you’ll still be my star. Baby, ‘cause in the dark, you can’t see shiny cars. That’s when you need me there. With you I’ll always Share. Because when the sun Shine we’ll Shine together. Told you I’ll be here forever. Said I’ll always be your friend. Took a note I’m stick it out still the end. Know that it’s raining more than ever. Know that we’ll still have each other. You can stand under my Umbrella. You can stand under my Umbrella. Ella ella eh eh eh. Under my umbrella. Ella ella eh eh eh.”

– Lily?

– Ah. É você. O que você quer, Potter?

– Que música é essa que você tava cantando? – Merlin! Ele ouviu! Hahaha, que mico!

– Uma música trouxa, por quê?

– Por nada. Ficou bonita na sua voz. – ele disse rindo tão fofo, que nem me lembrei de que eu devia o ter ignorado.

– Obrigada.

– E então, preparada pra limpar?

– Desde que você me deixe em paz, será muito agradável.

– Isso já não será possível.

– Ah, não? Posso saber o motivo?

– Porque eu entrei na sua vida pra ficar, Ruivinha. E nunca mais vou te deixar em paz.

– Obrigada, Merlin. – ironizei.

– Ah, eu sabia! Eu sabia que ainda viveria pra ouvir isso de você um dia! EU SABIIIA! EU SABIIIA!

– Potter!

– EU SABIIIA. AH, ELA ME AMA. ELA ME AMA. ELA ME AMA. – seria até engraçado, se não fosse tão constrangedor. Ele tá gritando ‘ela me ama’ enquanto pula e vibra tamanha a sua felicidade. Coitado.

– Potter, você já...

– ELA ME AMA. A RUIVINHA ME AMA!

– Potter, você já parou pra pensar...

– SONHOS, DESEJAMOS ALCANÇAR. SER ALGUÉM COM UM PODER MAIOR, QUE VOCÊ JÁ TEM. LIBERDADE É CORRER PELO CÉU. SEMPRE UNIDOS, VAMOS TRIUNFAR. E SE A NOSSA LUTA É PRA VALER, VOU MOSTRAR MEU VALOR, DRAGON BALL Z, MEU COMPROMISSO É SEMPRE VENCEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEER! – tudo bem. Agora eu não consigo parar de rir. Desde quando James, que nasceu em uma família tradicionalmente bruxa conhece abertura de desenho animado trouxa? HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!

– James! Desde quando você conhece música de desenho trouxa?

– ELA ME CHAMOU DE JAAAAAAAAAMES! ELA VOLTOU A FALAR COMIGO! ELA ME AMA! ELA ME AMA! ELA ME AMA!

– James, quando eu disse ‘Obrigada, Merlin’ eu estava ironizando, entende? – ele parou de gritar e pular e olhou pra mim..

– Ironizando?

– Isso aí.

– Ironizando, do tipo ironia, ironia?

– Aham.

– Então quer dizer que você não me ama?

– Nem um pouco. – ele abaixou a cabeça e olhou pros pés.

– Tudo bem, então, Evans. Vamos cumprir logo essa detenção.

Lily, você foi cruel. Cortou todas as esperanças dele sem nem pensar duas vezes. Ele ficou tão bonitinho, tristinho. Isso foi tão estranho, ele te chamando de Evans.

Mas por mim, tanto faz. Eu ainda não esqueci que ele agarrou aquela vaca ontem. E ele não tem nenhum motivo pra ter ficado zangado comigo, sinceramente.

Até parece que de uma hora pra outra, eu ia amar ele, pra ele ter dado todo esse ataque. Garotos.

Certo, certo.

Já estamos aqui há duas horas e meia, limpando. E ele não disse nenhuma palavrazinha. Nada. Nothing. São tipo, 21:30, eu to desmaiando de sono desde 19:30, resultado de uma noite mal dormida.

E ah, eu preciso dizer. Ele meio que tirou a camisa pra limpar isso aqui, e ah, Merlin! Assim é golpe baixo demais. Ele tinha que ser tão lindo? E o quadribol tinha que ter deixado ele tão musculoso assim?

Para, Lily. Para de olhar pra ele, ele vai perceber.

– Algum problema, Evans? – droga. Ele percebeu. E ainda perguntou com a voz mais irônica que ele conseguiu fazer, mas não conseguiu disfarçar o sorrisinho, que eu vi..

– Não, nenhum, Potter.

– Perdeu alguma coisa aqui? – apontou pro próprio tórax.

– Não, nada, Potter. Me deixe trabalhar.

– Se você parasse de me devorar com os olhos.. – ele realmente estava rindo da minha cara. Droga. Ficou tão óbvio assim?

– Não sei do que você está falando.

– Não se faça de desentendida, Evans.

– Pare de achar que o mundo gira ao seu redor, Potter.

– Por que sempre acabamos brigando?

– Por que você não me deixa em paz?

– Porque eu te amo, Lily. É tão difícil assim entender?

– O Remus tem razão. Que forma curiosa de demonstrar esse amor que você tem. - respondi, com o coração acelerado pelas palavras dele.

– Ah, Evans. Não me obrigue a cometer uma loucura..

– Que loucura?

– Esta aqui. – é, isso ai. Ele me puxou pela cintura... e tá me beijando! De novo! Corresponder ao beijo do menino mais lindo de Hogwarts, fofo, inteligente, que diz todo dia que te ama, e luta por você há um ano, ou se soltar do garoto nojento, galinha e cínico, que agarrou a primeira que disse ‘boa noite’ pra ele, ontem, na sua frente?

Antes que eu pudesse pensar em qualquer coisa, já estava correspondendo ao beijo. E que beijo! Por que os mais cachorros têm de ser os ‘melhores’? Droga.

Hey, Lils. Deixa eu te contar uma coisa!

Conte.

Você está beijando James Potter há dois minutos, não vai se soltar não?

Acho que você tem toda a razão, consciência, obrigada.

Estou aqui pra isso, agora se solta logo dele, mas nada de tapa, ok?

Tudo bem.

– James, não.

– Por que, Lily?

– Isso não é certo. Não está certo. Eu e você.

– Claro que está. Eu amo você, não é isso que importa?

– Não, não é. Você só ama a você mesmo, Potter.

– Não fale do que você não sabe. Você não sabe de nada.

– Então agora é isso? Eu sou ignorante?

– Não foi isso que eu quis dizer.

– Mas foi o que você disse.

– Lily, me escuta. Nós precisamos conversar.

– Eu não tenho nada pra conversar com você.

– Por que você sempre tem que complicar tudo?

– Eu complico tudo, Potter? A questão seria bem simples, se você tivesse a capacidade de entender o que eu digo. Eu não quero nada com você. Eu não quero nada de você. Eu gostaria que você me deixasse em paz. Será que é difícil entender que eu não te amo, e nunca vou amar? – James abaixou a cabeça, e olhou pros próprios pés. Depois de alguns segundos, levantou a cabeça, e pude ver que seus olhos estavam marejados, mas ele se esforçava pra não chorar.

– A detenção acabou, Evans. – dizendo isso, ele saiu de lá correndo, e me deixou com meus próprios pensamentos.

Narração por James Potter

Ela arrancou meu coração com as próprias mãos e depois jogou fora. É assim que estou me sentindo. Nem uma hora seguida de tortura com a Maldição Cruciatus doeria tanto quanto a dor que estou sentindo agora.

As palavras dela me machucaram, muito. Então era isso. Pelo menos por enquanto, Lily Evans morreu pra mim. Droga, eu não vou chorar por causa dela!

– Professora, vim buscar minha varinha. – eu disse, tentando disfarçar a voz rouca e abafada de quem estava quase chorando.

– Está aqui, Potter.

– Obrigado. – peguei a varinha, e ia sair, quando nossos olhares se cruzaram e ela percebeu.

– Sente-se Potter. E me diga por que está chorando.

– Não estou chorando!

– Quase. Posso saber o motivo?

– Não foi nada. – disse rápido.

– Ninguém “quase-chora” por “nada”. Vamos dizer que nada está entrando nesta sala pra buscar sua varinha. Boa noite, Senhorita Evans.

– Boa noite, professora. – pude perceber que a voz de Lily também estava rouca e abafada. A voz de quem estava chorando.

– Sente-se você também, Senhorita.

– Não, professora. Estou bem assim.

– Sente-se. – ela repetiu. Lily se sentou ao meu lado. - Muito bem. Logo de manhã eu a encontro chorando, Srta. Evans. Nós conversamos, e a Senhorita me pareceu mais calma. Depois, o Sr. Potter estava aéreo, e tivemos o infeliz incidente com o bilhete.

Infeliz incidente é ela pegar algo particular e transformar em público? Faz me rir, tia Minnie. Incidente é o caralho.

– Depois fiquei sabendo que passaram a tarde sem falar uma única palavra, o que deixou seus amigos muito preocupados. Agora, vocês estavam cumprindo uma detenção juntos, e voltam assim. Alguém pode, por favor, me explicar o que está acontecendo? Porque se este comportamento continuar interferindo nas aulas e no rendimento de vocês, como aconteceu hoje, serei obrigada a comunicar suas famílias... outra vez.

– NÃO! Se a Senhora fizer isso, não poderei mais jogar quadribol!

– Então.. Quem começa falando? Quero que vocês se entendam, e parem de brigar de uma vez por todas.

– Eu não tenho mais na-nada pra falar, pro-professora. – Ver Lily naquele estado me cortava o coração. Mas só um pouco. Eu ainda não tinha esquecido o fato de eu estar em um estado pior que o dela.

– Nem eu.

– Tudo bem, então. Eu os aconselharia a conversar e voltar pelo menos com a antiga amizade, para que vocês não se prejudiquem muito mais. Por favor, isso inclui o fim dos bilhetes e gritos em sala de aula. Estão dispensados. – Lily levantou rapidamente e foi andando em direção ao dormitório, com toda a pressa do mundo. Eu, ao contrário, não tive pressa, e deixei que meus pés me guiassem, lentamente, em direção ao dormitório. Quando cheguei lá, vi que eles ainda não tinham voltado da detenção.

Precisava pensar, pensar, fazer alguma coisa além de lembrar aquelas palavras. Então o vi, a minha salvação. Meu violão, que havia ganhado há três aniversários. Aquele que me distraia, sempre que não havia muito a fazer, ou a cabeça estivesse muito ocupada, como agora. Que música eu toco agora?

Acho que vou tocar aquela que a Lily estava cantando outro dia, não sei se vai ficar boa na minha voz, mas eu não estou muito preocupado com isso no momento. Como é mesmo o começo?

Bon Jovi - I'll be There For you

I guess this time you’re really leaving. I heard your suitcase say goodbye. And as my broken heart lies bleeding, yu say true love is suicide.
You say you’ve cried a thousand rivers and now you’re swimming for the shore. You left me drowning in my tears and you won’t save me anymore.
I’ll pray to God to give me one more chance, girl. I’ll be there for you, these five words I swear to you. When you breathe, I wanna be the air for you... I’ll be there for you! I’d live and I’d die for you, I'd steal the sun from the sky for you. Words can’t say what love can do... I’ll be there for you !

É, era só isso. Mas estou ouvindo... aplausos? Sim. Tem alguém aqui. Ah, Katie.

– Oi, Katie.

– Você tem futuro, James. Só não canta tanto quanto a Marlene, mas canta muito lindo.

– Obrigado. – respondi, tentando sorrir. – Sem querer ser grosso, nem nada. Mas o que você está fazendo aqui?

– Hoje nós trocamos. Sirius, Remus e Peter estão com a Lily. E eu e Marlene estamos aqui.

– Cheguei.

– Oi, meninas. É serio, gente. Vocês não precisam ficar aqui por mim. Voltem pros afazeres de vocês e..

– Marlene, você nem sabe o que eu acabei de ouvir. O James tocando e cantando uma música linda, depois você pede pra ele ensinar. Achei que na sua voz ficaria simplesmente encantadora.

– Você me ensina depois, James?

– Claro que sim, Lene.

– E então.. não vai nos contar?

– O que?

– Detalhes da briga. Fomos buscar as varinhas com a tia Minnie e ela disse que você e a Lily chegaram brigados outra vez. O que aconteceu? – tudo bem, elas não são o Almofadinhas, talvez seja legal contar tudo pra elas.

– Tudo começou com a Lily cantando uma música trouxa estranha, mas que ficou lindo na voz dela.

– Umbrella?

– Perdão?

– Se a música era Umbrella. Ela canta essa o tempo todo desde que voltou das férias.

– É, acho que é essa mesma. Continuando, então eu perguntei que música era e...

Narração por Sirius Black

Eu nem tive tempo de ficar chateado pelo o que aconteceu entre eu e a Marlene. A história de sermos só amigos e tal, porque fomos buscar as varinhas, e..

– Lene, já são dez horas. Podemos ir.

– Ah, tudo bem, Sirius. Vamos.

– Olha lá a Katie e o Remus, Lene. Abraçados e tudo. Será que eles...?

– Já não era sem tempo! Finalmente o casal maravilha se entendeu, ein Katie?

– Finalmente, Lene. O Remus e eu... nós estamos ficando! – Remus abriu um largo sorriso.

– Parabéns, cara. Meus pêsames, Katie.

– Engraçado, Sirius.

– Vamos buscar nossas varinhas e dormir?

– Ótima idéia, Rabicho.

(...)

– Boa noite, professora Minerva.

– Boa noite. Eu preciso de um favor de vocês. Agora a pouco, o Sr. Potter apareceu pra buscar sua varinha, e estava... estranho. Logo depois apareceu a Srta. Evans, chorando. Negaram-se a dizer qualquer coisa, mas não posso negar que fiquei preocupada. Então, quero que vocês falem com eles, tentem ajudar ao máximo. Não quero que dois dos melhores alunos do sexto ano inteiro se prejudiquem por problemas pessoais. Só isso. Tenham uma boa noite.

– Ah, esse Pontas e essa Ruivinha, não tem jeito mesmo. Brigam o tempo todo!

– Vamos atrás deles, se ela estava chorando tanto assim, a discussão foi feia dessa vez.

*

– Tudo bem. Vamos fazer diferente, dessa vez. Remus, Sirius e Peter... vocês ficam aqui em baixo e falem com a Lily, ela está ali, sempre fica naquela poltrona quando está triste. Eu e Katie subiremos pra falar com o James.

– Certo. – todos concordaram com a Lene.

– Lene, espera um minuto.

– Suba logo, Katie. Já te alcanço.

– Tudo bem.

– O que foi agora, Sirius?

– Eu quero te dizer que aquilo não foi o fim pra mim. E não é porque concordei com os seus termos que o jogo acaba aqui.

– Sirius, isso aqui não é um jogo. E se você não se importa, tenho um amigo pra consolar. Depois conversamos. E toma cuidado com o que diz pra Lily, ela está sensível esses dias.

– Certo. – Marlene, Marlene.. Você ainda será minha qualquer dia desses... definitivamente.

– Hey, Ruivinha!

– Ah, oi Sirius.

– Como você está?

– Bem, e você?

– Normal.

– Sirius, você é tão insensível.

– O que foi agora, Aluado?

– Assim que você espera animar a Lily? Panaca.

– Hey, quem mandou vocês até aqui? E onde estão minhas amigas?

– Suas amigas estão tentando animar o James. E nós estamos aqui, com você.

– Lily, pode nos falar tudo o que está sentindo. Nós não contaremos nada ao James.

– Ai, Merlin. Por onde eu começo?

– Que tal do começo?

– É uma história longa e chata. Vocês têm certeza?

– Absoluta.

– Bem, tudo começou quando eu estava cantando uma música trouxa..

– Umbrella?

– Como você sabe?

– Você canta essa o tempo todo desde que voltou das férias.

– Sim.. Então o James ouviu e...

Narração por Katherine Mackenzie

– E então eu perguntei a ela: “Por que você sempre tem que complicar tudo?”

– Sabe, James. Essa é uma boa pergunta. – disse Lene

– E então ela respondeu: “Eu complico tudo, Potter? A questão seria bem simples, se você tivesse a capacidade de entender o que eu digo. Eu não quero nada com você. Eu não quero nada de você. Eu gostaria que você me deixasse em paz. Será que é difícil entender que eu não te amo, e nunca vou amar?”

– Essa decididamente não foi uma boa resposta. – eu disse.

– Não foi uma boa resposta? Ela foi inconsequente. Ela pensa que eu não tenho sentimentos. Sempre levei tudo na brincadeira, mas chega uma hora que cansa. E não venha dizer que o jeito que eu tenho de demonstrar que a amo é estranho. Já ouvi isso hoje vezes suficientes.

– Eu não ia dizer isso, sabe? – disse Lene.

– E então, ia dizer o que?

– Eu ia dizer que ela foi inconsequente, sim. Mas você tem que entender o lado dela, também.

– O lado dela?

– Sim. Em um dia, você é o galinha, metido e arrogante Potter, que chama Lily Evans pra sair só pra ver a menina vermelha de raiva, e fica com 15 meninas diferentes por semana. No outro dia, você é o James ainda metido, porém não mais arrogante e nem tão galinha, que insiste que ama a Lily de verdade, e canta Dragon Ball Z quando vê um sorriso no rosto dela, e até quase-chora por ela. Se alguém estivesse me contando, eu não acreditaria. Mas eu estou vendo você assim. James, entenda que a Lily tem medo que depois que você a conquiste, a jogue fora, assim como fez com todas as outras.

– Por mim, nós casaríamos!

– Nós sabemos disso. E acreditamos em você. Mas ela não. – eu completei.

– Então vocês me ajudarão. – ele disse decidido. – Me ajudarão a conquistá-la, a fazê-la acreditar em mim.

– James, não sei se isso seria seguro.

– Pouco me importa se é seguro ou não. Eu quero que a Lily me ame, tanto quanto eu a amo.

– E somos nós que faremos ela te amar?

– Não. Mas se vocês falassem que eu não estou querendo só me divertir, ela vai acreditar. Ela adora vocês.

– Hello? Em que mundo você mora? Nós falamos isso três vezes por dia nos últimos quatro meses!

– E ela continua sem acreditar em mim?!

– O que nos leva outra vez pra ideia inicial. Precisamos de um plano. – disse Lene.

– Lene, faz o seguinte. Deixa os meses passarem, deixa a raiva acabar, e então começaremos os planos, certo? Já tive algumas ideias.

– Agora, você não gostaria de me ensinar essa tal dessa música, James?

– Seria um prazer. – ele disse, com um sorriso fraco.

Narração por Remus Lupin

– E então, eu respondi aquilo e ele saiu de lá correndo... com os olhos marejados! – disse Lily. Houve silêncio.

– Lily... você não acha que exagerou?

– Talvez..

– Sabe, pode não parecer, mas o Pontas daria a vida dele por você. – disse Peter. Lily riu de forma irônica.

– Qual é. Vocês disseram que não iam defender o Potter.

– Lily, não estamos defendendo, apenas expondo os fatos verdadeiros. Ele te ama muito. Qual foi a última vez que você o viu assim por uma garota? – eu disse.

– Nunca.

– Exatamente. As suas palavras o feriram bastante.

– Ele tem que parar com essa mania idiota de me beijar.

– Até parece que você não gosta! – disse Sirius, com raiva na voz. Afinal, mexer com James Potter é o mesmo que mexer com Sirius Black.

– Não, não gosto não.

– Acredito.

– Sirius! A Lily já está mal o suficiente sem a sua ajuda.

– Quer saber, Lily? Eu acho que o James se enganou ao seu respeito quando disse que você era a melhor pessoa do mundo. Quando disse que você era doce, amável e compreensiva. Acho que ele se enganou quando disse que precisa de você pra sobreviver, porque você é a o significado da vida dele. E nas vezes que ele disse que estava apaixonado, ou aguentou nossas brincadeiras, ou defendeu você, ou assumiu a culpa por algo que você fez. Pra mim ele estava enganado. Quer saber? Eu acho que é você quem não merece o amor dele. Acho que pela primeira vez vou dizer pra ele desistir de você e procurar alguém que valorize os sentimentos dele!

– Sirius, eu...

– Pensa bem, Lily. Ele não vai esperar por você a vida inteira.

– Sirius... – ela voltou a chorar

– Boa noite, Evans. – depois disso ele subiu pro dormitório, batendo a porta ao passar.

– Remus...

– Lily, não ligue pro Sirius. Ele e o James são um só.

– Você acha que ele tem razão?

– Não, Lily. Ele está errado. O James não se enganou ao seu respeito. Você é uma pessoa admirável, apenas cometeu um erro. Acho que o melhor que você tem a fazer é descansar, e esquecer que esse dia aconteceu.

– É, Lily. Tente dormir um pouco. Amanhã será melhor que hoje. – disse Peter.

– Eu não sei o que seria de mim sem vocês.

– Você é minha Ruivinha preferida, não fique assim. Venha cá, me dê um abraço! Isso, agora suba, tome um banho e durma um pouco.

– Obrigada, outra vez.

– Promete que vai ficar bem?

– Eu prometo, Peter. Muito obrigada, boa noite. – ela levantou e lentamente se dirigiu ao dormitório feminino, pra marcar o fim de um dia que foi muito, muito difícil.

Narração por Marlene McKinnon

– Sirius, você foi extremamente estúpido com a Lily!

– Me deixa em paz, Marlene. Essa amiga de vocês é muito cabeça-dura.

– Será um prazer. – dizendo isso me levantei. – James, desejo melhoras a você. Katie, você vem comigo? Remus está subindo..

– Vou, vou sim. Um minuto. – foi a ultima coisa que ouvi. Depois fui pro meu quarto, bufando de raiva do Sirius...

– Como você está, Lily?

– Melhor agora que tomei banho. Estava nojenta.

– O Sirius foi muito estúpido, não ligue pra ele.

– No fundo ele deve ter razão. – ela disse, tristemente.

– Não mesmo! Ele é um idiota.

– Você está zangada com ele? – ela me perguntou.

– Na verdade, também tenho umas coisas a contar.. Você já soube da Katie?

– Sim, Remus me contou! Não é maravilhoso, Lene? Finalmente! – Lily tentou abrir um sorriso.

– Muito, Lils. Mas podemos falar sobre isso depois? Estou exausta!

– Só você? Que dia horroroso.. Acho que já vou dormir, Lene. Boa noite.

– Boa noite, Lils. – Lily se deitou, e logo estava dormindo. Bem, vou tomar banho e dormir. Hoje decididamente foi estranho.

*

O dia seguinte começou como se o dia anterior não existisse. Como sempre, Katie acordou primeiro, e acordou Lily, que voltou com seu bom humor de sempre. Mesmo que não fosse verdadeiro, pelo menos ela estava tentando.

Quando descemos pro café da manhã, meia hora antes das aulas começarem, nós encontramos os quatro marotos sentados juntos, de cabeças juntas, planejando alguma coisa, como sempre.

– Vou me sentar com o Remus, se não se incomodam.

– Claro que não, Katie. Você pode ir. – eu respondi com um sorriso - Marlene, quer se sentar ali? – ela apontou pra um lugar afastado dos Marotos.

– Claro, Lils. E então, como você vai agir em relação a eles? – apontei os Marotos, agora rindo alto de algo.

– Como se nada tivesse acontecido. Continuo amiga do Remus e do Peter. Estou falando o mínimo possível com o Sirius, agora. E o Potter não existe pra mim.

– Não posso dizer nada, o Sirius também morreu pra mim.

– O que aconteceu? – adiei ao máximo esse momento, mas tenho que contar.

– Nós nos beijamos..

– Vocês O QUÊ? – ela se engasgou com o suco.

– Calma, Lily.

– O que passa na sua cabeça? Agora você faz parte da lista dele.

– Sinceramente, não estou me importando. Foi algo de momento, decidimos relevar e voltar com a amizade. Isso, claro, antes dele dizer todas aquelas idiotices pra você.

– Marlene, você não toma jeito! Sempre agindo antes de pensar...

– Ai, Lily.. não quero mais falar sobre isso, tá bom?

– Tudo bem, então. Vamos, agora é aula de DCAT.

O resto do dia passou tranquilamente. Eu não dirigi a palavra ao Sirius nem uma vez, ele também não pareceu se importar muito. Remus e Katie passaram o dia juntinhos, muito fofos! Mas a pior situação era sem dúvida Lily e James.

Não dava pra saber exatamente quem tinha mais raiva de quem, e não dava pra saber quando aquilo tudo acabaria.

– Me entreguem as varinhas, por favor. – era a Prof.ª Minerva, antes das detenções de hoje. – Potter e Evans, tudo bem? – Lily apenas deu de ombros e nada disse. James baixou a cabeça e encarou os próprios pés. Não, decididamente não estava tudo bem.

– Já entendi, podem ir, por favor.

– Professora, será que a senhora não poderia mudar os pares das detenções? A senhora sabe...

– Não, Evans. Não poderia. Agora vão, não tenho a noite toda.


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Notas finais do capítulo

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