Narração por Katie Mackenzie

O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até pra mim.

BRINCADEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEIRA :D

Quem achou que eu viraria sei lá, uma mosca morta, como Isabella Swan em New Moon se enganou litros. Baldes. Postes. Oceanos.

Tudo que precisei foi de três dias em completa solidão pra pôr os pensamentos no lugar, muito chocolate e várias lágrimas. Agora voltei a ser a antiga Katie de sempre: feliz, retardada, bem-humorada... com um adicional: solteira.

Porque, primeiro: Eu não vou ficar me humilhando pro Remus, pedindo pra voltar. Nunca mesmo, eu tenho respeito e amor próprio, a dica.

Segundo: Eu não vou esperar o lindão acordar, se arrepender e ver que errou... e assim que ele fizer ‘vem’ eu volto pra ele. Nunca mesmo.

Terceiro: Eu sabia que não ia ser pra sempre, porque nada é pra sempre. Sempre soube, desde o início, que um dia ia acabar.

Quarto: A minha felicidade não está nas mãos de ninguém. Esse é um papel que cabe a mim... não posso depender de ninguém pra ser feliz.

E quinto: Eu só tenho 16 anos. Ainda tenho MUUUUUUUUITO pra viver.

Eu posso estar ficando doente, ou sei lá, mas sempre quando acordo, e antes de dormir, repasso os cinco itens da minha lista pessoal. Me sinto melhor. E sabe do que mais? Já me sinto preparada pra voltar a falar com o Remus.

Eu estava meio que ignorando ele. Mas precisei desse tempo. Agora sou uma nova Katie (H) risos. E acho que vou dizer pro James conversar com ele e se desculpar. Eles são amigos, nada a ver eles ficarem sem se falar.

O Remus nem deu um fora no James nem nada. Passou-se exatamente uma semana desde a catastrófica véspera de Natal, (catastrófica pra mim... Lily não concordaria, hehe) e isso quer dizer que hoje é 31 de Dezembro. Último dia do ano!

– Então.. passamos uma semana discutindo isso e ainda não nos decidimos. E, sabem, é hoje! – Marlene repetiu esse discurso pela milésima vez.

– Vocês já sabem meu voto – disse Peter. – Por mim, nós iríamos até Londres, passar a virada do ano em frente ao Big Ben... Os fogos são espetaculares lá.

Lucy concordou com a cabeça.

– A idéia do Peter é excelente – disse Sirius. – Mas sei lá... ir até Londres... eu vou ficar perto demais da minha família.

Nós rimos.

– Ainda acho que, se vocês estão dispostos a uma viagem de uma hora daqui até Londres, podemos viajar duas horas e irmos até Brighton passar a virada na praia... ver os fogos e pular as sete ondas à meia-noite. Cada onda é um desejo. :D – Lily disse.

– É, só que se você ainda não percebeu, lá fora fazem quinze graus negativos. Eu não vou entrar em mar nenhum. – disse Marlene. Eu tive que concordar.

– O que você acha, Remus? – a nova Katie perguntou. Ou seja, eu. HUAUHAUHAUHA. Todo mundo virou pra me encarar como se eu fosse louca, ou tivesse dito que decidi dar uma volta ao mundo correndo pelada.

– Eu... e-eu... não sei... Londres, acho. – E aí ele ficou muito, muito vermelho. Todo mundo ainda me encarava de boca aberta.

– Lily e Sirius querem praia, e James com certeza também, já que a Lily quer – todo mundo riu. – Peter e Lucy votam em Londres, Remus e Marlene também. E eu também. Vencemos. Resolvido?

– Aham – todo mundo concordou.

– Ótimo!

– Não se preocupe, Lil. Quem precisa de sete desejos quando tem a mim?

– Iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiih.

– Convencido – ela disse, antes de beijá-lo. Eles andam em um amor... Acho que o James ainda não se convenceu de que não passou de um sonho e tal. Ele merece (Y)

– E então, crianças? Decidiram? – eram os pais de James.

– Vamos pra Londres, ver os fogos em Westminster.

– Ah, sim. Os fogos perto do Big Ben são realmente bonitos – tia Sarah disse. Ela anda tão sorridente desde que viu Lily e James se beijando no baile de Natal. *-*

– Então vamos sair daqui às cinco da tarde – nos informou tio Alan –, porque chegaremos a Londres lá pelas seis, seis e meia. Sete horas o trem que Sarah e eu pegaremos sai.

– Aonde vocês vão? – perguntou Sirius.

– Passar o ano novo em Paris. Só uma hora de trem saindo de Londres...

– Sob a Torre Eiffel? – perguntou Lily.

– Yeah.

– Que romântico! – suspiramos eu, Lily, Marlene e Lucy ao mesmo tempo. UHAUHAUHAAUHUAHUHA *-*

– E como vamos voltar? – James questionou. E é uma ótima pergunta, actually. Tio Alan jogou algo pra ele, e ele obviamente pegou - é um apanhador, porra! uhauauha.

– Essas são as chaves do nosso apartamento em Londres. Já mandamos ajeitar tudo por lá ontem, achei que vocês iam acabar preferindo... arrumem as malas pra passar dois dias, enquanto estamos em Paris. Vamos buscar vocês na quinta.

HOJE É TERÇA!

– UHUUUUUUUUUUUUUUUL õ – todo mundo comemorava. Um apartamento pra oito adolescentes fazerem o que quiserem por dois dias em Londres? Melhor impossível!

Fecharemos as “férias” com chave de ouro, já que quinta-feira temos que voltar pra Hogwarts. :~

Narração por Marlene McKinnon

Às cinco e dez todas as malas estavam no carro e todos estavam confortáveis, então tio Alan deu a partida e fomos em direção ao que prometia ser o melhor Reveillon ever. Tenho certeza que você daria qualquer coisa pra passar a virada do ano em Londres, com seus sete melhores amigos e seu quase-namorado, haha.

– Quem ficou responsável por trazer os CDs? – eu perguntei.

– Oh-ow. ;x

– SIRIUS! – todo mundo exclamou junto. Uma viagem de uma hora – uma hora e meia hoje, tava todo mundo viajando por causa do ano novo, e o trânsito ficava mais lento – sem uma música... Ninguém merece.

– Tenho alguns CDs aqui... – nos informou Tio Alan. Entreolhamos-nos... não podia dar certo.

– Que tal tentar a rádio, pai?

– É!

– Ótima idéia! – concordamos.

– Certeza? Eu tenho Aerosmith aqui... e Madonna.

– Rádio – falamos em uníssono. Ele riu.

– Então tudo bem... que tal essa?

Paramos pra ouvir... “when you look me in the eeeeeeyes, and tell me that you love meeeee”

– PASSA! – falamos juntos outra vez – OSIAHDSAODHISAODIHSAIDHOISAH!

– Quem são esses? – perguntou tia Sarah.

– Jonas Virgens.– Katie respondeu. Rimos ainda mais.

– Jonas... Virgens? – perguntou tio Alan, segurando o riso.

– Mais ou menos isso. Que música é essa? – questionou Sirius.

01 - When I Grow Up

Tentamos outra vez. “ Now I've got a confession... when I was young I wanted attention”

– And I promised myself that I'd do anything… – Lily cantou sozinha. Trocamos olhares. Só ela sabia que música é essa?

– … anything at all for them to notice me. – ela fez sinal pro Remus cantar com ela. Aparentemente ele também conhecia a música, e ela sabia disso.

– But I ain't complaining, we all wanna be famous! – Remus finalmente cantou com ela. Deve ser alguma de trouxa que ela não nos apresentou, mas é divertida.

– So go ahead and say what you wanna say. You don't know what it’s like to be nameless… – agora eram Lily, Remus e Lucy. – Want them to know what your name is, ‘cus see when I was younger I would say…

LEMBREI! Lily me mostrou sim, quando estivemos por duas semanas na casa dela, no verão!

– When I grow up I wanna be famous, I wanna be a star, I wanna be in movies. When I grow up I wanna see the world, drive nice cars, I wanna have groupies. – acho que todo mundo lembrou ao mesmo tempo. Lily sorriu tão fofa, todos estavam finalmente cantando juntos!

– When I grow up. Be on TV, people know me, be on magazines. When I grow up
Fresh and clean, number one chick when I step out on the scene. Be careful what you wish for ‘cus you just might get it. You just might get it, you just might get it…

Tocaram várias músicas legais no rádio, foi três vezes melhor do que ouvir Aerosmith (apesar deu amar I don’t wanna miss a thing) ou Madonna... e assim nem vimos a viagem passar. Eram seis e meia quando tio Alan e tia Sarah nos deixaram à porta do prédio, nos abraçaram e nos desejaram um feliz ano novo e todos aqueles votos. Nós desejamos a eles que aproveitassem Paris, e os mesmos votos. Depois cada um levou sua mala escada à cima (dificilmente um prédio em Londres tem elevador) - e depois de subirmos 10 andares estávamos mortos, mesmo que as malas não pesassem tanto (são só dois dias).

– Morri – declarei, me jogando sobre o sofá mais próximo.

– Hey! – que já tinha alguém... UHAHUAHAUHUA

– Desculpa, amor.

– Não tem problema... pensei que fosse James – Sirius respondeu, enquanto me dava um beijinho rápido.

– O que tem meu nome ae? – gritou James do quarto. Nós rimos.

– Só to dizendo que hoje à noite pego tua mulher! – respondeu Sirius em resposta. Eu ri ainda mais alto.

– O que vocês tão falando de mim aí? – era Lily ;x AAAAAAAAH! HUHAUHAHUAHU

– Nossa, Lily o_o – exclamou Katie. – Quem te viu, e quem te vê...

– Noooossa! – eu exclamei.

– NOOOOOOOOOOOOOOOOSSA! – todo mundo disse junto. Uhuhaauhauhauhuah.

– Então, agora que já cansaram da brincadeira temos que dividir os quartos. Só temos três quartos, e oito de nós. – informou James.

– Dois pras meninas, e um pros meninos – sugeriu Lucy. O time feminino concordou.

– Nada disso! – reclamou Sirius.

– Hey, onde está seu cavalheirismo? – Katie brincou.

– Nunca existiu – continuou Remus.

– É só que... eu achei que finalmente pudesse passar um tempo sozinho com a Lene e...

– IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIH!

– IOADSHSADSAIHDOSHAIODHOIASHDOIHSOAIHDOIHASOIDHOISAHODIHASIO

Sirius é a pessoa mais inconveniente do mundo, FATO!

– Certo, então. Um quarto pra mim e Lucy, e outro pra Katie e Lily, pode ser? – elas confirmaram. – Ótimo. E o outro é de vocês.

– Espera. Os quartos têm banheiros?

– Cada quarto tem um banheiro – disse James. De repente Katie, Lily e Lucy saíram correndo. HEY!

Cada uma entrou em um quarto diferente e bateram as portas ao passar. Nós rimos. Espertinhas... agora tenho que esperar as deusas saírem do banho.

– É... acho que não nos resta mais nada a fazer... – pensei alto.

– Eu vou pro quarto – disse Remus, e saiu da sala.

– Ele não me parece bem – comentou Peter.

– Ele perdeu a namorada e brigou com o James, que tal? – disse Sirius, como se fosse óbvio.

– Ele não “perdeu” a namorada, ele a chutou – James rebateu.

– Só acho que se ele fez isso, tem um bom motivo... não deveríamos julgá-lo. Ele é nosso amigo, e amigos se apóiam sempre. – Nossa, Sirius! o_o

– Tenho que concordar com o Sirius... E também acho que vocês podiam esquecer isso e voltarem a se falar, James. Se até a maior prejudicada da história voltou a falar com ele, por que não você? – eu disse.

– Apoiada! – Peter.

– É... andei pensando sobre isso. Só ando meio ocupado esses dias...

– Com a Lily! – dissemos os três juntos, e ele riu igual a um boboca.

– Estou tão feliz por vocês! – eu disse. – Claro que eu sabia que ela ia se apaixonar por você algum dia... mas não sabia que seria tão cedo. Quer dizer, nosso plano totalmente funcionou!

– Você não pode dizer nada – James revidou, ainda sorrindo.

– Não entendi.

– Nem eu – Peter.

– Nem eu – Sirius.

– Fala sério... olhem só pra vocês! Parecem dois patos apaixonados.

Narração por Sirius Black

– Você vai pensar duas vezes antes de comparar a Lene com um pato outra vez – eu disse, fingindo estar muito ofendido.

– Oh-ow. ;x – James disse, coçando a cabeça... antes de começar a correr.

– Volte aqui, seu veado!

– UHAUHAHUAAUHUAHUAHUAUHAUHAUHAUHAUHA!

– É cervo!

Então eu tive que correr atrás dele, pra matá-lo mais uma vez. Peter e Marlene estavam ocupados rindo, enquanto James e eu corríamos pela sala feito duas crianças que, sinceramente, nunca deixamos de ser.

– Sirius... ta me deixando tonta.

– Feche os olhos – eu disse, enquanto continuava correndo. Aquilo virou uma questão de honra.

– Parem, por favor – Marlene pediu mais uma vez.

– OK, eu paro. Mas não pense que desisti, veado. Você ainda me paga.

– Quero ver você tentar...

Foi meio involuntário... ele me desafiou, eu não podia deixar barato... então voltamos a correr. Vi que a Lene suspirou e dirigiu-se pra varanda. Ela não ficou zangada... ficou? James percebeu também, porque parou de correr.

– Er... retiro o que disse, pronto. Agora vai atrás da Lene, cuida!

Não pensei duas vezes, e fui até a varanda. Ela estava parada olhando a vista da cidade. Aproximei-me silenciosamente, de modo que ela não me ouviu. Acho que nem se eu tivesse gritado... ela estava muito concentrada. Então a abracei por trás. Como sempre ela tomou um susto.

– Ai, Sirius! Você ainda me mata, juro.

– Espero que seja de amor – disse, colado ao seu ouvido. Ela riu.

– Você não presta – ela disse, rindo.

– E é por isso que você me ama. – Terminei a frase, e passamos a admirar a vista. Era realmente bonita. O apartamento dos Potter tinha uma vista realmente privilegiada. De lá era possível observar o Big Ben, o London Eye e o Rio Thames.

(N/A: tava demorando pra autora começar a falar bobagem :D Então, eu sei que o London Eye é uma coisa moderna, que só foi construída em 1999, muito antes mesmo da época de Lily e James. Mas bem... as músicas também são atuais... só mais uma coisinha não vai fazer diferença... vai? rs)

– É linda, não é? A vista – ela me perguntou.

– Demais.

– Quando eu era criança dizia sempre pros meus pais que deveríamos pôr nossa casa em cima de um caminhão e arrastá-la até Londres, a cidade dos sonhos. Eles nunca quiseram se mudar pra Londres, então eu fazia ao menos um esforço pra passar uma semana por ano aqui. Sempre amei essa cidade... é uma coisa que não sei explicar. – ela me contou, com os olhos brilhando.

– Eu, por outro lado, sempre odiei a cidade. Na verdade, não a cidade em si, mas as lembranças ruins que estar em casa me traziam. Depois do primeiro ano em Hogwarts, queria me mudar pra Oxford... pra casa do James. A vida com a minha família era um inferno. A melhor coisa que já fiz foi sair de lá.

– Eu sinto tanto, Sirius... deve ser horrível não ter uma família que se pode confiar e amar. Mas agora você tem a mim.

– Sim. Agora eu tenho você pra fazer com que eu me sinta mais forte. When the days are rough and an hour feels much longer (8)

Ela riu docemente pra mim, e antes que eu percebesse, estávamos nos beijando outra vez. Eu estou viciado nela. Fato!

Narração por Remus Lupin

Eu não me sentia bem. Desde dois dias antes do Natal, quando tomei minha decisão, até hoje. A vida é tão injusta. Claro que ficar dizendo isso não vai torná-la justa.

Mas é bem injusto eu ter sido mordido por um lobisomem aos 5 anos, sofrer a dor da transformação todos os meses, e ainda, pra melhorar, não poder ficar com a menina que amo... porque ela merece um futuro melhor. Muito melhor.

Depois do Baile de Natal, ela passou três dias no próprio quarto. Segundo as meninas, vendo alguns filmes, comendo chocolate e chorando. Fiquei tão preocupado, que estava a ponto de invadir o quarto e pedir desculpas.

Mas sabia que seria pior do que o próprio fim do nosso namoro. Então, no quarto dia ela levantou mais cedo que todos, pulando e cantando... em uma felicidade um pouco exagerada. Mas ela já me parece normal. Ou ao menos caminha para isso.

Ela está superando... eu não. Quanto dói dizer “acabou” para a pessoa que você ama? Muito, acredite.

Foi por isso que não consegui ficar na sala, olhando a felicidade de Marlene e Sirius, ou a palavra felicidade praticamente escrita nas testas de James e Peter. Pode parecer meio egoísta, mas não ligo muito no momento.

Então entrei no quarto em que vou dividir com os marotos – o único que possuía duas camas e dois colchões de ar no chão – e me deitei em uma das camas, não me importando com o chuveiro ligado no banheiro.

Estava concentrado nos meus próprios pensamentos há alguns minutos já quando a porta do banheiro abre e uma garota loira sai enrolada em uma toalha branca, mínima, que não cobria exatamente tudo que deveria cobrir. Ela totalmente não me notou, e abaixou-se pra pegar sua mala que estava no chão... e eu meio que vi o que provavelmente ela não queria me mostrar ;x

Então eu fiquei desesperado... porque ela totalmente ia achar que eu estava ali para espioná-la, então tentei arranjar um jeito de fazer com que ela me notasse...

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – tarde demais. - O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI SEU... SEU TARADO!

– Não é o que você ta pensando, Katie! Eu não sabia que...

– SAI DAQUI AGORA! – e então ela pegou a bolsa que estava na sua mão e começou a me espancar com ela... outch! Desde quando ela é assim tão violenta?

– AI! Katie, espera.

– SAI... DAQUI... AGORA!

– O que ta acontecendo? – James, Peter, Sirius e Marlene apareceram correndo à porta do quarto.

– ESSE...

– Eu estava deitado...

– TARADO...

– E ela saiu do banho...

– ESTAVA...

– E me encontrou deitado na cama...

– ME ESPIONANDO!

– E levou um susto.

Falamos ao mesmo tempo... de modo que ninguém entendeu nada.

– Quer saber? – Marlene falou mais alto que todos. – Nós não estamos interessados.

– Espere, eu estou!

– Cala a boca, Sirius. Nós não estamos interessados, vocês que se entendam. – Marlene disse, saindo do quarto e levando os três com ela. Katie fez menção de abrir a boca, mas fui mais rápido.

– Você sabe que eu não seria capaz de algo tão baixo quanto espionar você. Tava deitado aqui... porque esse é o quarto dos meninos.

– Certo – ela disse, com aquela carinha de quem sabe que está errada e vai se desculpar. – Mas eu não vou me desculpar pra você.

Ela juntou suas coisas e saiu, quarto afora. Ela podia até fingir... mas ainda estava muito, muito magoada comigo. :~

*

Nós não falamos sobre o incidente no quarto, então os outros seguiram nossos exemplos e não perguntaram... embora eu soubesse que Sirius me faria todas as perguntas do mundo assim que ficássemos a sós, ou entre Marotos.

Às 21h todos estavam prontos, vestidos de branco dos pés a cabeça, devidamente agasalhados e preparados pra sair e voltar só ano que vem (rs). James trancou o apartamento, descemos os dez andares e em poucos minutos estávamos nas ruas movimentadas e frias de Londres.

Lily e James iam à frente, de mãos dadas, e o resto de nós um pouco mais atrás. Em menos de cinco minutos chegamos... e realmente não parecia que iam ser só fogos este ano.

– O que é isso? – ouvi Peter perguntar.

– Parece... um show – eu disse, porque, dã, parecia. Tinha um palco, e todos aqueles instrumentos, e todas aquelas coisas, mas não tinha ninguém nele, entende?

– De quem será? – perguntou Lily, empolgada. Como se tivessem ouvido sua pergunta, apareceu um homem, que deveria ser o apresentador, no palco.

“E estamos de volta com o Festival de Inverno. Londres, o melhor Reveillon do mundo é aqui!” – o tio disse, e todo mundo começou a gritar e aplaudir.

“Já passaram por este palco hoje grandes artistas como Leona Lewis, a galerinha do High School Musical, Rihanna, e ainda teremos muito mais atrações!”

Mais gritos. Eu estava rindo... como assim “a galerinha do High School Musical”? HUAUHAUHAUHAAUHAUHUHAHUAHUAHUAHUAUHAHUA. Não era o único que estava rindo.

“E agora, com vocês, os irmãos mais queridos da atualidade! Os seus, os meus, os noooooooossos... JONAS BROTHERS”

Foi inevitável. Nos encaramos e começamos a ter uma CDR. Rimos muito, enquanto os virgens cantavam a única música deles. OASIHDIOSAIDHSIAODA

(N/A: então... quem é fã, vai desculpando ai :D mas não pude resistir, eu sou muito sacana e eles... são virgens UIOASDHSAHDHASOIDOISAHIDHSA. zuei :D desculpa, gente *-* não me odeiem, eu sou uma pessoa legal, risos)

Mas parece que eles não tinham só uma música... porque depois daquela dos olhos e não sei o que, eles cantaram mais uma... e mais uma o_o E o povo tava gostando, porque todo mundo tava cantando, super alto... e de fato tinham umas meninas chorando. Mijei.

Tudo estava indo muito bem... depois de Jonas Virgens Brothers vieram Katy Perry – que cantou duas músicas, adivinhe quais UHAUHAUHA –, Justin Timberlake e uma banda que fazia um cover super parecido dos Beatles... e gente, TUDO isso de graça.

Espero que a Rainha não tenha deixado de construir um hospital ou uma escola pra pagar esses cantores viu. (yn)

O cara ia anunciar a atração final, agora... porque já são 23:50 *-*

Narração por Lily Evans

“E agora... a atração final da noite. Eles, a nossa relevação. A banda que faz o maior sucesso onde passa, a banda que desbancou os Beatles. Com vocês....... MCFLY”

O QUE? COM VOCÊS... MCFLY? FALECI!

QUERO GRITAR!

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – eu gritava.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH *-* - Katie gritava.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH *-* - Marlene gritava.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – gritávamos juntas.

– VAMOS MAIS PRA FRENTE! – disse Marlene, e eu totalmente apoiei.

– Vamos mais pra frente! – eu ordenei pros meninos, que não tinham nada melhor a fazer do que nos seguir, né. Saímos empurrando todo mundo... saiam da frente, porra! É McFLY!

– BOA NOITE, LONDRES! – ouvi a voz do Danny *-* Voltei a gritar, e James olhava pra mim assustado.

– Essa música se chama Do Ya – ouvi a voz do Tom, e os primeiros acordes de uma das minhas músicas preferidas *______________________*~

McFly - Do Ya

Não tinha nenhum segurança, nem grande, de modo que eu, Marlene, Katie e Lucy estávamos encostadas no palco, olhando pros nossos guys, cantando super alto, tentando fazer com que eles nos notassem :D

– Do ya do ya do ya love me? Do you need a little time? Do ya do ya do ya want me to hold you when you cry? – todo mundo gritava, mas sei lá, eu gritava mais alto (H)

– Do ya do ya do ya do ya love me? Don't wanna hear you say maybe. Won't you tell me do you love me, 'Cause i wanna know.

E foi quando o Tom tava cantando “I'm making a list of Things that I miss, whenever we're far apart” QUE O DANNY OLHOU PRA MIM, E SORRIU!

PUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUTA QUE PARIU!

Eu sorri de volta, praticamente morrendo... e depois ele desviou o olhar.

– VOCÊ VIU? – eu gritei pra Marlene.

– O QUE?

– O DANNY SORRIU PRA MIM!

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – recomeçamos a gritar, e pular e aaaaain *-*

Continuamos cantando, e pulando, e gritando e morrendo. James, Sirius, Remus e Peter se encaravam sem entender nada, sem rir, sem cantar, sem pular... mas nem ligo.

Eles eram os quatro McGuys, cantando em frente a mim, de graça. E eles eram reais, não só mais um dos meus sonhos. Pensar que eu queria ta na praia agora... congelando. UHAUHAUHAHUA.

Faltavam agora seis minutos pro ano novo.. e eles cantaram Falling In Love, que tem quase cinco minutos.

– Oh, we could've fallen in love, oh yeah, fallen in love, we could've fallen in love. Oooh, fallen in love (yeah)

Mais gritos! Isso ta cada vez melhor. Estávamos na praça que fica exatamente em frente ao Big Ben, e a vista era linda... embora eu estivesse mais preocupada com a vista em frente a mim. DANNY, DOUGIE, TOM E HARRY *________*

– Vocês estão se divertindo? – perguntou Dougie.

– SIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM! – todo mundo respondeu.

– Querem mais? – Dougie falou de novo.

– SIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM!

– Vão ter que esperar um pouco... sabem por que? – Danny agora – Porque essa é a hora mais esperada da noite.

– Eles vão tirar a roupa? – perguntou Katie. Nós rimos.

– Porque a contagem regressiva está quase começando. – Ele indicou o enorme telão que estava contando as horas, minutos e segundos pra chegada do novo ano. Faltavam 50 segundos agora.

– É isso ai, vamos aclamar o novo ano que está chegando! Agora...

– 10! – todo mundo gritava.

– 9! – James está sorrindo pra mim.

– 8! – Marlene e Sirius estão juntinhos, abraçadinhos, fofinhos.

– 7! – James agora está com os braços em volta da minha cintura.

– 6! – todo mundo gritou bem forte.

– 5! – Lucy e Peter já estão se beijando, q

– 4! – Remus e Katie estão lado a lado, mas não se encaram.

– 3! – Ta chegando *-*

– 2! – Não aconteceu nada, rs

– 1!

FOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOGOS!

JAMES TÁ ME BEIJANDO! Eu estou terminando um ano, e começando o próximo BEIJANDO JAMES POTTER! Por um segundo ainda conseguia ouvir os fogos, mas depois foi como se tudo tivesse desaparecido. A única coisa que conseguia me concentrar era nos lábios de James Potter, e o quanto aquilo tudo era perfeito.

Não sei se nos beijamos por um minuto, ou durante a eternidade, mas foi um dos momentos mais perfeitos da minha vida.

– Eu te amo – ele disse pra mim, enquanto observávamos os fogos, e o espetáculo de cores que agora era o London Eye.

– Eu também te amo – respondi, pela primeira vez, sem medo.