Para Conquistar Lily Evans escrita por Weirdo


Capítulo 18
O fim e o começo.


Notas iniciais do capítulo

Gente, aqui é um questionário da fic que gostaria que respondessem: https://docs.google.com/forms/d/1Ib-fGNeao-DxwLUZ5uFyhz78DzSKpIAjqGkKuWatNX4/viewform?edit_requested=true



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Narração por Remus Lupin

A noite do baile. Finalmente, a noite mais esperada por todos chegou. As meninas estão se arrumando há duas horas e meia, e nós, já prontos, estamos a cada segundo mais perto de perder a paciência completamente. Principalmente Sirius. Ele ta levando essa história da Marlene a sério demais. Bom pra eles.

Não, acho que talvez o Peter esteja pior. Ele encontrou na Lucy tudo que precisava, sua versão feminina. Bom pra eles [2]

Mas falando sério... acredito que ninguém possa superar James. Tenho certeza que hoje é a noite dele, finalmente.

Eu reparei na Lily durante esses dias - que insiste que nosso plano não mudou em nada sua opinião em relação a James, mas eu já vi o jeito que ela olha pra ele agora, e os suspiros depois de horas desligada do mundo, ou o jeito que ela fica corada quando ele percebe que ela está olhando pra ele. Bom pra eles [3]

É, tantos casais unindo-se... e um prestes a acabar.

Meu Deus, lá vem a Katie, descendo as escadas demoradamente... linda, como sempre, dentro daquele vestido que varia entre azul escuro e roxo, com um lindo cinto prateado na cintura, sorrindo pra mim.

Controle-se, Remus. Você não pode perder o foco.

Com certeza o que eu estava prestes a fazer doeria muito mais em mim do que nela, mas era exclusivamente pro seu bem. Eu a amo tanto, que estou disposto a isso. A amo tanto que estou disposto a qualquer coisa por sua felicidade.

– Oi. – ela disse timidamente, sorrindo. Ela se inclinou para beijar meus lábios, eu virei o rosto de modo que ela o beijou. Sua expressão seguinte foi um misto de confusão e tristeza. Aquilo seria muito mais difícil do que o planejado.

– Você está linda. – tive que dizer, ou não estaria sendo honesto. Ela riu, e afastou-se para cumprimentar os outros garotos, e a família maluca da Marlene.

– Hey, Remus. – disse Sirius, após cumprimentar Katie. – Tudo bem ai? Você parece estranho.

– Tudo bem sim. – eu nunca soube atuar bem.

– Você brigou com a Katie?

– Não... acho que não.

– Pois não o faça. Você não sabe o quanto tem sorte em ter arranjado uma pessoa tão maravilhosa quanto ela. Tenho certeza que ela te completa, e vice-versa.

Sirius Black, romântico? Quem diria!

– Tenho certeza também, mas não entendi porque você está me dizendo essas coisas.

– Não sei, às vezes é bom lembrar. De qualquer jeito, agora é comigo. A minha garota chegou. – com um sorriso no rosto e passos apressados, ele se afastou. Pude ver Marlene e Lily descendo as escadas, e decidi que aquela era a hora.

– Você quer beber alguma coisa?

– Sim, por favor, Remus. – fui buscar algo para que pudéssemos beber. Não mudaria muita coisa, mas com certeza seria reconfortante. Eu precisaria de toda minha coragem pra fazer o que precisava ser feito agora. Era a coisa certa a fazer.

Narração por Sirius Black

Ao avistar Marlene, postei-me ao pé da gigante escadaria, esperando pacientemente com as mãos no bolso e um sorriso sedutor, uma cena muito semelhante a de Titanic, a cena preferida dela. Enquanto ela percorria a trajetória, eu pude constatar o quanto estava feliz.

Em finalmente poder olhar pra sua pele branca como a neve e poder tocá-la. Por contemplar seu rosto de anjo, e seus cabelos presos em um elegante coque propositalmente mal feito, com algumas mechas soltas em seu pescoço e saber que enquanto ela o fazia, estava pensando em mim. Por olhar pra sua boca avermelhada, pedindo por um beijo, e saber que era eu o felizardo que o podia fazer.

Acho que me apaixonei, não existe outra explicação.

– Você está divina. – disse, com a cara de bobo que insistia em ficar, após beijar sua mão. Ela sorriu.

– Você também está perfeito.

Eu a beijei no pescoço e senti o efeito que isso provocou nela. Não era suficiente, eu queria mais.

– Agora não, Sirius. Vai borrar minha maquiagem que acabei de fazer.

– Você sempre pode retocar. – eu disse, sedutor. Acho que ela concordou comigo, porque me puxou para um beijo apaixonado, que pareceu durar a eternidade.

Ela me deixara romântico. Apenas isso, nada mais. Quando nos soltamos, encontramos toda a família dela nos encarando. Ela corou.

Vi o rosto zangado de seu pai, John, e o tranquilo de sua mãe, Danielle. A felicidade de sua prima veela, Gabrielle e a raiva da outra, Jessica, acompanhada do Vitor, que não aparentava nada. Vi seus tios olhando preocupados pro pai dela, e os primos pequenos, Julie e Mark, encarando com nojo.

– Oi. – ela cumprimentou nervosamente. Somente Gabrielle respondeu:

– Você ta tão linda, Lene!

– Você também, Gabi.

– Não vai nos apresentar seu amigo? – perguntou uma mulher com cara de chata, que não podia ser ninguém diferente da mãe da Jessica.

– Família, esse é Sirius Black. Sirius, essa é minha família. Pronto. Vamos, Sirius? – ela indicou a pista de dança, onde um animado DJ tocava as primeiras músicas. Eu estava sorrindo e tentando impressionar sua família, mas ela não estava me ajudando.

– É seu namorado, filha? – perguntou a mãe dela, animada.

– Mãe! – ela exclamou, indignada.

– Sou sim. – respondi, firme. Todo mundo em um raio de 200 metros virou a cabeça pra mim.

– Prazer, sou Danielle. – ela continuou sorrindo. Pelo menos a minha sogra é legal :D

– Isso já foi suficientemente constrangedor, estamos indo dançar. – Marlene me puxou.

– Volte aqui, Marlene McKinnon! – ouvi seu pai dizer. Ela virou-se, acenou com a mão e continuou seu caminho decidida para a pista de dança. Não havia nada melhor a fazer do que acompanhá-la, afinal ela era minha namorada, não o pai dela. Quase namorada.

Narração por Lily Evans

Diário de Férias de Natal de Lily Evans

OK. Eu tive que voltar no meu quarto e pegar meu diário. Estou meio dependente agora, sabe? Porque eu totalmente posso gritar: “ESTOU COMPLETAMENTE APAIXONADA POR JAMES POTTER” e sei que você não vai rir de mim. Nem vai fazer comentários do tipo: “Lily, por que você está tão corada?” quando o James me pegar encarando o jeito que ele fica fofo gesticulando, ou discutindo Quadribol com o pai, ou ajudando a mãe com os preparativos do Baile. Baile este em que me encontro agora, e que precisei fugir correndo. Porque assim que desci as escadas, Sirius foi correndo ao encontro da Marlene, mas não tinha ninguém a minha espera. Tudo bem, isso não é o fim do mundo. Já que meu par não vem até mim, eu vou até meu par. Grande foi a minha surpresa ao vê-lo conversando animadamente com Gabrielle McKinnon. Shit. Então eu disse:

– Oi, gente! – e eles responderam, sorrindo:

– Oi, Lily. – e então voltaram a conversar, ignorando minha ilustre presença. Até que vimos que todos estavam parados ouvindo uma conversa... entre Sirius, Marlene e sua família. Gabrielle saiu correndo em direção a seus entes. James sorriu:

– Agora entendo porque vocês levaram um dia todo pra escolherem suas roupas, e horas pra se arrumar. Você está... ótima, ruiva.

– Obrigado, James. Você também está lindo.

LINDO? Isso é pouco! Meu Deus, como alguém pode ficar tão perfeito com qualquer coisa que use? Principalmente se não usar nada.

Controle-se, Lily Evans, controle-se!

Cheguei a pensar que as coisas começariam a se ajustar a partir daquilo, mas sabia que estava errada quando cada um na festa foi para seu lado, Sirius e Marlene foram dançar, e Jessica McKinnon e seu par – Vitor – apareceram.

– Boa noite! – Jessica cumprimentou, mas eu percebi que foi só pro James. Ele respondeu com igual interesse, e então Vitor veio pra cima de mim. Bom, quando eu o vi pela primeira vez, ele me pareceu bonito e interessante. Mas isso foi antes de eu perceber (finalmente) que o amor da minha vida esteve ao meu lado nos últimos 5 anos, 2 nos quais ele se disse apaixonado por mim e eu, idiota, nem quis pensar na possibilidade.

E agora pode ser tarde demais. Eu sou uma burra.

Voltando... depois a Jessica tirou o James pra dançar, e quando o Vitor tentou fazer o mesmo comigo, inventei que precisava ir ao banheiro antes... e aqui estou. Por que diabos eu estraguei tudo? Eu e o James poderíamos ter namorado, e depois faríamos um casamento lindo, e compraríamos uma linda casa com lírios na frente, ele me beijaria todas as manhãs pra desejar bom dia, e ensinaríamos juntos nossos filhos a lerem. Harry, Isabella e Edward.

(N/A: quando eu tiver morando na Inglaterra, e tiver casada, meus filhos vão se chamar Lily e James, ou Isabella e Edward. HUAHUAHUAUHAUHA)

Oh My God! E agora ele está super afim da Jessica, ou da Gabrielle, ou sei lá, de alguém que definitivamente não sou eu. Mas bem, eu simplesmente não posso desistir. Se um dia ele realmente gostou de mim, ainda existem esperanças. Opa, preciso ir, tem alguém batendo à porta.

*

Assim que fechei meu diário, a porta abriu... e era a última pessoa que esperei ver, e a que mais desejei que fosse.

– Lily?

– James.

– O que você está fazendo no seu quarto durante o Baile? – ele perguntou em um tom desconfiado, porém tranquilo (?)

– Hum... nada demais. O que você está fazendo aqui?

– Procurando você, é claro.

– Por que? Cansou da Jessica? – a pergunta deveria ser em tom desinteressado, mas até eu ouvi a porra da acusação na minha voz. Ele riu, enquanto fechava a porta atrás de si, e sentava-se ao meu lado. Senti meu coração acelerar horrivelmente.

– Não consegui me livrar... ela tem força. – eu ri, ele também. – Fiquei preocupado, achei que você estivesse com o Vitor.

– NÃO! Nada a ver, James. Viajou, hahahaha. O que? Não vai me dizer que você achou que eu e o Vitor... o Vitor e eu... hahahahahhahaha.

E então eu comecei a rir, de verdade, depois de ter falado igual uma demente. Senhor Jesus, qual é a minha doença?

– Lily, eu não disse nada.

– Para, você ta me deixando nervosa!

– Nervosa por quê? – ele perguntou com um sorrisinho de lado *-*

– Não sei, eu...

– Talvez pelo meu charme? – oh não, James. Não faça isso! - Ou pelo meu cheiro provocante? – ele pôs uma de suas mãos em minha cintura, e outra na minha nuca enquanto disse isso.

– Talvez... minha beleza irresistível? – ele sussurrou no meu ouvido, fazendo com que me arrepiasse toda. Shit! - Ou simplesmente eu só te deixe nervosa... – ele ta beijando meu pescoço! – porque você sabe que no fundo... – mais um beijo. Não vou resistir por muito mais tempo. – sempre foi apaixonado por mim? Ou que sente muita, muita saudade dos meus beijos, e do jeito que só eu sei te beijar?

Ele me soltou, de modo que ficamos cara a cara. Tudo bem, ele é mais alto, eu estou encarando sua boca. Isso não ajuda. Inspira, expira, Lily Evans.

– Diga, Lily. Diga que também sente por mim o que sinto por você, e eu sou todo seu.

Meu cérebro, que até então estava congelado, resolveu descongelar, e eu decidi não falar nada por enquanto, não enquanto eu não o beijasse. Então a porta abriu e eu vi uma menina loira chorando. Tinha que ser logo agora... KATIE? Oh My God!

– Katie? – ela estava chorando tanto que nem nos notou aqui.

– Oh! Des-desculpem.

– O que aconteceu? – fui correndo em sua direção. Ela parecia tão frágil, tão indefesa, tão destruída, sentado no chão, abraçando as próprias pernas.

– Nada Lily, por favor, desculpa ter atrapalhado vocês.

– Imagine. – eu disse.

– Não faz mal. – completou James. – O que aconteceu, Katie. Ta se sentindo bem?

– Na verdade, não. Minha cabeça ta doendo muito, será que você podia pegar um remédio pra mim, James? Por favor?

– Claro... – ele pareceu muito desconfiado. Claro que ele sabia que o problema não era dor de cabeça, mas ele saiu mesmo assim.

– Agora você pode me contar, Katie. – eu disse, aninhando-a em meus braços.

– Lily.. acabou. – ela disse, e eu compreendi. O Remus não podia ter feito isso.

– Vai ficar tudo bem, amiga. Vai passar. – eu dizia, enquanto a abraçava o mais forte que podia. – Ele vai perceber que errou, você vai ver.

– Não, Lily, ele não vai. Ele disse que me ama demais pra fazer isso comigo. Disse que percebeu que a cada dia que ficamos juntos, eu fico mais apaixonada, e que vai chegar o dia em que eu não vou mais saber viver sem ele. E ele não vai poder ficar comigo, porque é um lobisomem, e disse que eu mereço um futuro melhor. – Katie desabou em lágrimas. - Eu disse a ele que isso era besteira, que eu sempre ia o querer, pra sempre. Que ser lobisomem não era um problema pra mim, que eu o amava de qualquer jeito, em tudo... – ela secou os olhos – mas ele não quis saber. E agora... agora acabou. Definitivamente.

– Eu vou falar com ele. Ele vai ter que voltar atrás.

– Não, Lily! Isso não vai acontecer.

– Mas, Katie...

– É véspera de Natal, eu não vou passar chorando. Vocês nem iam saber de nada disso hoje à noite. Eu entrei no primeiro quarto que vi, pra me recompor, mas ia voltar pra festa como se nada tivesse acontecido. Só que você e o James estavam aqui. Eu vou ficar bem. O tempo sempre cura tudo.

– Tem certeza, Katie?

– Como você e o James nasceram um pro outro. – ela disse, eu não pude deixar de rir. – Falando nisso, o que vocês estavam fazendo quando eu cheguei aqui?

– Vamos dizer que você... interrompeu a cena do beijo.

– Oh, não!

– hahaha, eu supero.

– Putz, Lily. Fico feliz por você, se você me disser que amanhã não vai fingir que nada aconteceu, outra vez.

– Dessa vez é sério, Katie. – diminui o tom de voz – Acho que estou apaixonada.

– Só acredito vendo. – ela me disse, tentando rir. – Me ajuda a retocar a maquiagem? Hora de voltar pra realidade.

– Você consegue, Katie.

Narração por James Potter

Assim que fechei a porta do quarto da Lily escutei um soluço alto da Katherine. Não precisei ouvir a conversa das duas pra entender o que estava acontecendo. Fui de quarto em quarto, procurando o Remus. O encontrei no seu próprio, deitado na cama, olhando pra uma foto que só podia ser dos dois.

– Você!

– O que? – ele perguntou.

– O que você fez com a Katie?

Ele suspirou.

– Nós acabamos. Eu terminei com ela. Simplesmente não podia mais...

– Você a ama? – eu perguntei, em tom ríspido.

– Claro que sim.

– Então vai lá agora e desfaça a merda que você fez, antes que seja tarde demais.

– Eu não posso, James. Ela merece ser feliz com alguém saudável!

– Ela merece ser feliz com alguém que ela ame.

– Que infelizmente sou eu.

– Que infelizmente é você. – repeti, frio. – Sabe o que eu acho, Lupin? Que você é um covarde.

– Um o que?

– Um covarde. Acho que você usa sempre essa desculpa idiota quando não sabe como explicar que você simplesmente não quer mais. Sabe, se você tivesse dito que não a quer mais, ela entenderia.

Mas o resto da frase eu não consegui completar. Remus partiu pra cima de mim, e me deu um soco. Filho da puta! Antes que eu pudesse me controlar, ou avaliar a situação, revidei, e a briga foi inevitável. Passamos alguns minutos dolorosos trocando socos e pontapés, antes de a porta abrir e eu ver Lily e Katie olhando tudo paralisadas, de bocas abertas. Troquei um olhar de ódio com o Remus antes de deixar o quarto.

Entrei no meu quarto e fechei a porta violentamente. Minha cabeça latejava, e sabia que estava sangrando em algum lugar, mas não me importei. Estava lavando as mãos quando ouvi a porta abrir, e pensei que fosse ele outra vez. Mas era um furação Ruivo, que não parava de falar:

– Não acredito que vocês se agrediram! Vocês são amigos, isso foi errado. Sei que ele ta errado, mas você não deveria ter se metido, muito menos revidado o soco, ou chamado ele de covarde. Acho que foi isso, não entendi direito, ele falou meio rápido.. mas James! Isso é assunto do Remus e da Katie, eles vão se entender, você não deveria ter se metido.

– Lily.

– O que?

– Quer parar de falar um minuto?

– Desculpe. – ela ficou vermelha e encarou os pés. – É só que... é véspera de Natal, Remus não podia ter esperado até o dia 26? Que droga.

– Eu sei como você se sente.. ai.

– O que foi? OMG, você está sangrando! Senta nessa cama agora, James Potter!

– Mas Lily..

– Sem mas. Eu é quem mando. Fica quietinho que vou buscar os primeiros socorros.

– Uma poção é muito mais rápida, sweetheart.

– Não ligo. Ferimento feito por métodos trouxas merece tratamento trouxa.

– OK, você é quem manda...

– Bom saber. – ela riu, e saiu do quarto feito um furacão. Voltou um instante depois, com uma malinha na mão, e uma bolsinha de gelo na outra. Senti ela limpando o ferimento da testa (e aquilo ardeu), e depois de um minuto pôs uma compressa de gelo na minha bochecha. Parecia ainda mais linda tão concentrada e preocupada.

– Está melhorando? – ela perguntou.

– Estaria... se fosse do lado certo.

Rimos alto. Ela estava ajoelhada em frente a mim, e eu sentado na cama. Lily inclinou seu corpo em direção lado do meu rosto que fora acertado, mas ao invés de por a compressa de gelo, beijou meu rosto.

– Agora... acho que estou curado. – declarei. Ela riu um pouco, timidamente, e então se aproximou de mim lentamente, olhando nos meus olhos outra vez antes de encostar seus lábios nos meus.

Espere ai! LILY EVANS ESTÁ ME BEIJANDO OUTRA VEZ!

E mesmo com o rosto doendo dos socos que levei, o beijo não tinha como ficar melhor. Porque eu sabia que aquele era um beijo apaixonado. E quando nos soltamos, vi seu lindo sorriso e suas esmeraldas brilhando.

– Sabia que acho que estou apaixonada por você? – ela me perguntou, e eu soube que aquele era um momento que nossos filhos iam ouvir alguns anos mais tarde.

– Sabia que tenho certeza disso desde a primeira vez que você me rejeitou?

Nós rimos, e voltamos a nos beijar. Realmente, não tinha como ficar melhor. :)

Narração por Marlene McKinnon

Já estava dançando a tanto tempo, que meus pés estavam latejando. Hoje com certeza vai entrar pra lista das melhores noites, se algum dia existir a lista das melhores noites, q.

– Cansou? – Sirius me perguntou.

– Podemos sentar um pouco?

– O que você quiser.

Só quando já estávamos sentados e bebendo nossas cervejas amanteigadas foi que percebi uma coisa:

– Sirius, onde estão Lily, James, Katie e Remus?

– Não tenho a menor ideia. Quer procurar?

– Acho que sim.

Assim que levantei, voltei a sentar. Eles apareceram, e estavam vindo em nossa direção. Melhor. Opa, opa, opa. O que é isso? Lily e James estavam de mãos dadas, cheios de sorrisinhos e olhares cúmplices. Remus e Katie estavam o mais distante possível, com os braços cruzados, encarando o chão e o teto, respectivamente.

– Lily você não...

– Sim! – ela confirmou, animada. E nós começamos a nos abraçar, trocando gritinhos.

– Finalmente, Lily! Graças a Deus! Pensei que esse dia nunca fosse chegar. Agora todos estão em casais!

Mas quando terminei de falar, vi que Katie virou as costas e saiu. O que aconteceu?

– Katie, espera! – Lily foi atrás dela, e eu tive que seguir também. Falei alguma coisa errada?

– O que aconteceu? – perguntei a Lily, quando consegui acompanhá-la.

– Remus terminou com ela.

– Espere. O QUÊ?

– Isso que você ouviu, agora me ajude a alcançá-la.

A encontramos alguns minutos depois, sentada nos jardins, observando a fonte, agora congelada. Eu estava quase congelando também, com um vestidinho mínimo no gelado Natal.

– Katie, sinto muito... pelo fim do seu namoro, e pelo o que falei ainda há pouco. Eu não sabia... me desculpa?

– Não é sua culpa, Marlene. Você não tinha como saber.

– Você está bem? – perguntei.

– Vou ficar. – ela prometeu. Nós a abraçamos. Pelo menos ficou mais quentinho, rs. Ainda estávamos nos abraçando quando ouvimos uma garrafa de Whisky de Fogo sendo aberta da forma mais barulhenta possível, comemorações e todo mundo gritando junto: FELIZ NATAL! Começamos a rir.

– Feliz Natal! – nos desejávamos, enquanto voltávamos a nos abraçar.

– Mais um Natal juntas, ein?

– Pra sempre. – Lily afirmou.

– Pra sempre. – concordamos, e então estávamos sorrindo. Katie tinha lágrimas nos olhos. Fingimos que era por causa da chegada do Natal. De repente sinto alguém me abraçando por trás.

– AI! Que susto, Sirius.

– Feliz Natal, amor.

– Feliz Natal. – respondi, e então virei e o beijei.

Começamos a trocar os abraços... James, Lily, Remus, Katie, Peter e Lucy. OK, nem Katie nem James falaram com o Remus... mas não se pode ter tudo.

– Vamos dançar! – Lucy sugeriu. Ótima ideia. Estávamos dançando todas as músicas que o tio DJ tocava, até que James foi até o DJ fazer um pedido especial.

E então começou a tocar uma música conhecida, uma música linda, a música que marcou o beijo deles. Lily sorria tanto, que seus lindos olhos brilhavam. Então ele foi até ela e eles se beijaram. Todo mundo começou a dançar essa em pares.

(N/A: se quiserem lembrar melhor, releiam o capítulo 13! Dica: pra ficar melhor ainda, releiam ouvindo as músicas que postei lá e talz. Obrigada)

Sixpence None The Richer - Kiss Me

Lily e James dançavam ao centro da pista quando Sirius me puxou, e começamos a dançar também. Logo outros casais estavam ali, incluindo JESSICA E VITOR (eca!), meus pais, os pais do James, Peter e Lucy, minha priminha Julie e meu priminho Mark.

Depois vi que Anthony Bones puxou Gabrielle pra dançar, e ela parecia bem feliz. Ele é mesmo lindo. Katie sentou-se em um sofá encostado a parede da pista, e Remus sentou-se no sofá da parede oposta. Frank Longbottom havia chegado há pouco tempo, junto com os irmãos Fábio e Gideão Prewett, e ele viu Katie sozinha e caminhou até ela. Ele é super legal, divide o dormitório com os marotos, e namora Alice.

Ele a tirou pra dançar, achei isso muito legal da parte dele. Eles estavam dançando como amigos, mas eu vi o olhar de puro ódio que Remus lançou. Problema dele. Uma hora mais tarde Katie foi dormir. Espero que fique tudo bem logo, não quero ver a minha amiga loira sofrendo.

Remus subiu meia hora depois que Katie. Aos poucos as pessoas iam deixando a festa e voltando pra suas casas. Eram cinco da manhã quando meu pai apareceu e pediu para que eu, Sirius, Lily e James fôssemos dormir.

Nós éramos os últimos da festa, que já havia terminado desde as quatro (estávamos comendo, bebendo, conversando e namorando).

– Não estou cansada, não quero dormir. Quero ficar aqui com você! – ouvi Lily dizendo, e achei que talvez James fosse enfartar, ou whatever.

– Calma, Ruivinha. – ela sorriu. Sempre soube que ela adora quando ele a chama assim – Temos amanhã, e o resto das férias, o resto do ano e o resto da vida se você quiser.

Nós quatro rimos. Decididamente, era bom saber que o ano podia mudar, nossas ideias, forma de agir, amizade e namoros. Mas uma coisa que estava destinada a nunca acabar, era esse amor.


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Notas finais do capítulo

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