Para Conquistar Lily Evans escrita por Weirdo


Capítulo 16
Guerras, piadas, surpresas e :O




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Narração por James Potter

Não sei a Lily, mas eu tive extrema dificuldade em dormir naquela noite. Por mais que eu tentasse, e soubesse que eu precisava dormir um pouco, todas as vezes em que fechava os olhos lembrava daquela cena, daquele beijo, e aquela música idiota vinha a minha cabeça. São nove da manhã, entende? E eu não preguei os olhos.

– BOM DIA, PONTAS! – ah, não.

– Bom dia, Sirius. – respondi desanimado. Ainda não havia perdido as esperanças, saca?

– E ai, como foi a noite? – perguntou Remus.

– Ótima. Hã... obrigado pelo plano de vocês.

– Então vocês se entenderam? – perguntou Sirius.

– Claro, seu burro. Você viu pelo espelho...

– O QUÊ?

– Peter, seu idiota. Não era pra contar essa parte.

– Desculpe. – ele disse, levando as mãos à boca.

– Agora falem tudo.

– Bem... nós meio que enfeitiçamos, – Remus olhou pra Sirius – tudo bem. Eu enfeiticei o seu espelho e nós vimos do meu quarto tudo que aconteceu e tudo o que vocês falaram a noite toda. - Tudo, tudo mesmo?

– Aham.

– Então vocês viram que ela me beijou? – perguntei mais animado. Se eu tivesse contado, eles não acreditariam.

– E como. As meninas quase enfartaram.

– Foi a melhor noite da minha vida!

– Então... você não está zangado?

– Zangado? Estou furioso com vocês! Mas isso não quer dizer que eu não tenho adorado tudo.

– Hã... louco.

– E o que você acha que a Ruivinha vai dizer na conversa de vocês?

– Não tenho a menor ideia, Almofadinhas. E é isso que me preocupa.

– Tem um jeito de descobrir. Vamos tomar café.

– Eu ia dormir agora...

– Sabia que você não dormiria. Dorme depois, vamos descer!

– Se é pro bem geral da nação, eu digo que desço.

– Retardado.

Narração por Marlene McKinnon

Eu acordei oito horas. Um fato inédito, considerando que fomos dormir duas da manhã, que estamos de férias e que é inverno. Estava terminando de me arrumar, quando Katie entrou no meu quarto.

– Bom dia, Lene. Sabia que você também acordaria cedo.

– Bom dia, Katie. Vamos, vamos acordar a Lily logo.

Bati à porta. Nada. Achei melhor entrar.

– Bom dia, Lily. Já acordou?

– Não dormi. – ela nos informou. Quando isso acontece, o humor dela não é exatamente dos melhores.

– Você está zangada conosco?

– Oh meu Deus, não. Quer dizer, que ideia mais absurda... me trancar num quarto com o James. Mas a noite não foi de toda ruim.

– Claro que não foi...

– Você gostou das músicas? Nós que escolhemos!

– Imaginei. Adorei todas elas, sim.

– Dançou muito?

– Por que vocês não me dizem logo o que você fizeram pra ver e ouvir tudo, ao invés de fingirem que não sabem de nada? – Katie me olhou de boca aberta. Eu também.

– Lily, nós não fizemos isso...

– Pelo amor de Deus, Marlene. Eu conheço vocês. São curiosos.

– O Sirius enfeitiçou o espelho do James. Vimos tudo do espelho do quarto ao lado.

– Criativo.

– E então, Lils. Você já decidiu?

– O que?

– O que você vai fazer em relação ao James.

– Já tá feito.

– Como?

– Nós ficamos, não foi?

– Foi...

– Então. Ele agora já está satisfeito, já conseguiu o que queria, e vai me deixar em paz. Olhei pra Katie. Ela me olhou de volta.

– Nem vem. – falamos juntas.

– Sem chances. – completei.

– Lily, entende de uma vez por todas que ele te ama de verdade. Vocês vão conversar mais tarde, você vai ver como ele vai, sei lá, no mínimo te pedir em namoro.

– Meu Deus, ele tá doido? Foi só um beijo.

– Não se faça de desentendida, Lily. Se você não quisesse algo sério, não o beijaria. Você sabe que ele gosta de você. -... É isso aí. Ela ainda não quer nada com o James. Ela não pode dizer isso pra ele, ou ele vai ficar destruído.

Pra que, em nome de Merlin, ela o beijou então? Será que nós só pioramos as coisas?

– Você não tem mais nada a dizer, Lil?

– Tenho. Nós vamos fazer a sessão pipoca hoje, não vamos?

Eu olhei pra Katie. Ela retribuiu o meu olhar. Lily Evans é impossível e imprevisível. E já deixou bem claro que a decisão dela foi tomada.

– Podemos fazer.

– Ótimo. Então vamos tomar café. Estou faminta! – apesar de ela estar com todo esse bom humor, eu tenho certeza que ela está confusa.

E que ela sabe o que fez e as consequências que virão. Quando chegamos à cozinha fiquei aliviada em constatar que os meninos ainda não estavam lá. E ah, o baile é amanhã! Eu vou com o Sirius. OMG, estou tão ansiosa chateada por isso, hehehe.

– Bom dia, meninas.

– Bom dia – nós respondemos. O olhar de Lily encontrou o do James. Eles desviaram o olhar imediatamente.

James irradiava felicidade. Coitado.

– Não conhecia seu lado selvagem, Lily. Pegou o Pontas de jeito.

– Cala a boca, Sirius. – ela disse, mas ficou toda vermelha. James percebeu e riu.

– Dormiu bem, Ruivinha?

– Ótimo, Potter. – primeira observação: ela não dormiu. Segunda observação: Potter? Ontem ele era o James.

Todos nos olhamos.

Remus ficou super preocupado, Katie super nervosa, Sirius surpreso, Peter e Lucy... bem, eles são o Peter e a Lucy, eles já estão comendo, não sei se ouviram.

– Quer dizer que eu voltei a ser o Potter? Ontem eu era o James...

– Ontem foi um momento de loucura. Eu realmente não queria ter que conversar sobre isso tão cedo e na frente de todo mundo. Mas se você insiste, pra mim não tem problema.

– Então diga.

– Eu acho melhor esquecermos o que aconteceu ontem. Foi um momento de loucura.

– Se você prefere assim... – ele disse, calmo. Todo mundo se espantou ainda mais. Eu pensei que ele ia ficar destruído.

– Prefiro.

– Ótimo. Marlene?

– Sim?

– Que dia sua prima chega?

– Amanhã.

– Perfeito. – como assim, perfeito? Nenhuma pessoa normal saberia da notícia que Jessica McKinnon está se aproximando e responde ‘perfeito’. Lily levantou uma sobrancelha. Ciúmes.

– Você acha que ela aceitaria ir ao baile comigo? Já que a Evans não quer...

– Acho que ela adoraria. – eu já entendi o jogo dele. Matar a Lily de ciúmes. Tá funcionando perfeitamente bem.

– Não quero mesmo. – ela disse. Mas não demonstrava isso. – Você acha que o Vitor gostaria de ir comigo?

– Er... – eu ia dizer que não sabia, mas o olhar que ela me deu, Deus me livre. – Acho que sim. Por falar nisso, Lily. Como você vai usar o seu cabelo? – achei que mudar de assunto era o melhor que a ser feito em uma hora dessas.

– Ainda não sei. OLHA! – ela deu um grito. Todo mundo olhou pra onde ela apontava. – ESTÁ NEVAAAAAAAAAAAANDO!

A Lily tem muito disso. A neve e a chuva têm um poder animador. Ela saiu correndo em direção aos jardins (“está nevando, está nevando”). Achamos mais seguro correr atrás dela.

Era impossível não ver a Lily rindo tanto e não se contagiar também. Como sempre, ela começou a guerra de neve. Lily acertou o James na cara tantas vezes que ele já tava puto.

Uma hora mais tarde, molhados, cansados, mas muito, muito felizes, decidimos voltar pra casa.

Narração por Sirius Black

– Hey, Marlene. – eu disse, ela se virou. Eu joguei uma bola de neve no meio do seu rosto angelical. HAHAHAHAHA.

– Sirius, seu nojento! – daí eu sai correndo – VOLTA AQUI!

– VAI TER QUE ME PEGAAAAAR. – me pega, Lene. (6)

Enquanto eu corria, Marlene vinha atrás de mim. Como ela é alta e tem umas pernas enormes estava quase me pegando. Quase. Eu parei do nada e ela continuou correndo. Então eu cai no chão frio... e ela caiu em cima de mim.

– AUUAHHAUHAUAUHUAHUAHUAHUHAUAHUA – começamos a rir. Mas nossos olhares se encontraram e imediatamente paramos de rir e passamos a nos encarar.

Ela se aproximou.

Era agora, eu finalmente ia tê-la pra mim. Nada podia interromper esse momento. Nada. A não ser...

– Marlene?

Pai?

– Marlene, o que você está fazendo? – era o pai dela. O que ele está fazendo aqui, mesmo? Atrapalhando, é isso que ele está fazendo.

– Eu... nós caímos. – ela disse, se levantando rápido. – Pai, esse é o Sirius, meu amigo.

– Nós já nos conhecemos. – ele disse, zangado – Do baile de Natal.

– Tudo bem? – eu oferecia a minha mão... que ele não apertou.

Por dois motivos: primeiro, porque ele vem até a casa do amigo dele e encontra a única filha na neve, por cima de um cara lindo e gostoso com cara de pegador como eu.

Segundo, porque ele odeia a minha família. Odeia todos os Black, que eu sei. Nós temos isso em comum, ele só precisa descobrir.

– Vamos entrar. – ele disse.

– Pai, o que o Senhor tá fazendo aqui mesmo?

– Eu vim falar com o Alan. Ele está?

– Ah, tio Alan. Sim, ele está. Sirius, você pode chamá-lo?

– Claro. – eu disse, aproveitando o motivo pra sair dali. Caminhei até o escritório onde o tio Alan estava e bati a porta.

– Entre. - Tio, o Sr. McKinnon está aqui e quer vê-lo.

– Ah, obrigado, Sirius.

Depois fui até o quarto do James, onde os três já estavam.

– Por que você demorou? – perguntou Remus.

– Tive um encontro com meu sogro.

Quem? – eles perguntaram juntos.

– Que moças curiosas, vocês são.

– Cala a boca, cachorro. Fala logo.

Daí eu contei tudo pra eles. Sobre como quase beijei Marlene pela segunda vez e sobre como fomos interrompidos. Contei também como o tio John pareceu me odiar. Claro que tenho amigos muito compreensivos. Eles riram de mim.

– Relaxa, cara. Amanhã você curte melhor o momento. – disse James, irônico.

– E você? Realmente não se importou com outro fora lindo da Ruivinha, ou estava apenas dramatizando?

– Vale tudo no amor e na guerra, caro Almofadinhas. Eu queria só amor, mas se ela quer guerra, vai ter.

– Que profundo. Estou comovido.

– Cala a boca, seu cachorro pulguento. – dizendo isso ele me jogou uma almofada. E a guerra recomeçou.

Narração por Katie Mackenzie

Depois da muito divertida guerra de bolas de neve, voltamos absolutamente encharcados pra dentro da casa. Remus me abraçou e seguimos assim. Imediatamente, meu frio passou.

Lucy e Peter seguiam de mãos dadas. James e Lily sobraram. Não sei onde estão Sirius e Marlene, mas torço pra que estejam se entendendo.

– Você está tremendo, Ruivinha. Quer que eu te esquente?

– Não, obrigada, Potter. Preferiria morrer de frio.

– Aluado, você pode me dizer por que garotas são tão complicadas? Quer dizer, ontem nós rimos, conversamos, dançamos, eu cantei pra ela. Ela me beijou! E hoje ela volta a agir como se nada tivesse acontecido.

Remus ia abrir a boca pra responder, mas Lily se adiantou:

– Katie, você pode me dizer por que garotos são tão tapados? Quer dizer, ele acha que eu me apaixonei por causa de um beijo?

Eu abri a boca pra responder, mas também não foi necessário.

– Aluado, você pode dizer pra Evans que dessa vez eu não tenho culpa de nada, já que fui agarrado e a minha inocência foi destruída por essa garota feroz?

Eu, Remus, Lucy e Peter rimos. Lily ficou super vermelha.

– Katie, você pode dizer pro Potter que ele não conhece meu lado feroz de verdade e que provavelmente nunca vai conhecer?

Daí ela entrou no quarto e fechou a porta, de forma decidida.

– Er... James?

– Sim, Katie.

– A Lily pediu pra te dizer que você não conhece o lado feroz dela de verdade e que provavelmente nunca vai conhecer.

HAHAHAHAHAHA. Eu sei que foi sacana, mas não pude me conter. James parecia que estava a ponto de explodir.

– Obrigada, Katie. – daí ele entrou no próprio quarto. Depois disso, cada um entrou no seu. Troquei a roupa molhada e sentei na cama pra ler um livro. Foi mais ou menos quando Marlene entrou no quarto, falando sem parar...

– E então, quando Sirius subiu pra chamar tio Alan, meu pai me perguntou se eu estava namorando um Black!

– O que você disse?

– Que não, é claro. Mas amanhã, quando formos ao baile juntos...

– Relaxa, Marlene. Não se preocupe com isso até que vocês estejam namorando.

– Acho pouco provável que seja lá o que eu tenha com o Sirius um dia evolua pra um namoro oficial. Esqueceu, Katie? Ele é Sirius Black! Não se apaixona, não se prende à ninguém.

– Mas bem que você queria ser exceção à essa regra.

– Qual é! – a irritação na voz dela era notável. – eu não acredito em conto de fadas. Acho que é esse o termo que a Lily usa...

– Ouvi meu nome?

– Oi, Lils.

– E então, qual é o babado? – ela perguntou, sentando na cama.

– Katie conta pra você, enquanto eu tiro essa roupa molhada.

Narração por Remus Lupin

Já estávamos almoçando há cinco minutos, quando as meninas apareceram. As três (Lucy desceu antes com o Peter por causa da fome e tal) vermelhas de tanto rir.

– “RELAMPIAVA”! HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA – elas riam como três desesperadas, até que perceberam que pela primeira vez em três dias os pais do James estavam na mesa conosco e se calaram.

– Venham almoçar, garotas! – disse tia Sarah.

– Vocês por aqui, tios. Que milagre! – disse Marlene.

– Realmente estamos muito ocupados nesses dias, Lene. O ministério anda um caos. Os ataques são cada vez mais frequentes...

– Alan, basta. Você prometer que não falaríamos sobre isso na frente do James.

– Não sou mais nenhuma criança, mãe.

– Mas deve se concentrar nos estudos, no seu quadribol, nas suas namoradas e só. Não queremos que fique preocupado conosco.

– Vocês são as pessoas que mais amo no mundo. Acham realmente que não vou me preocupar?

Todo mundo mantém os olhos fixos no prato. Até mesmo Sirius, que é o “quarto membro” da família achou melhor não se meter. É uma conversa entre os três. Mas quando James disse aquilo, Lily levantou a cabeça e o encarou. Se James percebeu, não demonstrou e continuou olhando pros pais.

– O fato é que somos aurores há mais de quinze anos. Você não tem que se preocupar conosco. Claro que você é a pessoa que mais amamos no mundo. Nosso filho... – disse tio Alan.

– Mas não deixaremos você tão cedo, filho. Não enquanto não tivermos a certeza que você estará em boas mãos. – daí a tia Sarah olhou pra Lily. Já era seguro entrar na conversa outra vez.

– Não vai nos contar, Lily? Ficamos sabendo de umas histórias que aconteceram ontem à noite... – disse tio Alan, rindo.

Lily ficou mais vermelha que os cabelos.

– Sirius não estava imaginando coisas, então? – perguntou tia Sarah, rindo também.

Lily lançou um olhar matador pra Sirius.

– Não... – ela disse por fim.

– Finalmente! Seja bem vinda à família, futura Sra. Potter!

– Sirius, o que você disse exatamente? – Katie perguntou.

– Que a Lily beijou o James ontem e eles estão namorando agora – disse Peter.

– Sirius estava imaginando coisas, então. – Lily disse – Nós decididamente não estamos namorando...

– Ainda não. – disse James. Lily revirou os olhos. Ela adora fazer isso.

Nós rimos. Esses dois não têm jeito mesmo.

– O que você fez pra que ela te beijasse, filho? A maldição Imperius é ilegal, sabe!

Todo mundo riu, até mesmo Lily, que não gostava nada desse assunto.

– Garanto que não foi a maldição Imperius, pai. Você sabe como sou irresistível.

– Claro que sei. Você é um Potter! Filho de Alan Potter, não poderia ser diferente.

– Eles são sempre assim? – Lily perguntou.

– Sempre. – tia Sarah respondeu. Elas riram.

– James, uma dúvida.

– Sim?

– Se a Marlene vai com o Sirius, esse ano, pro baile amanhã, você vai com quem?

– Ainda não sei, pai.

– E você, Lily?

– Também não sei.

– Então por que vocês não vão juntos?

– Acho que não seria uma boa ideia.

– Vocês são tão complicados! É claro que é uma ótima idéia, Lily. Você não vai dizer nada, filho?

– Não posso obrigá-la, pai.

– Você está certo, é claro. Sabe, Lily. Não consigo entender porque você não gosta do James. Se eu estivesse no seu lugar...

– Mãe!

– Mas eu gosto dele. – todo mundo reagiu a essa frase. Como assim, Lily Evans gosta de James Potter? Lily Evans, polêmica.

– Gosta?

– Gosto. Ele é um ótimo amigo. – todo mundo disse ‘aaaaaaah’

Narração por Lily Evans

O almoço continuou silencioso. Pelo menos pra mim, já que Peter e Lucy conversavam animados sobre qual restaurante em Hogsmead era melhor, tio Alan e tia Sarah falavam sobre os convidados de amanhã, Katie e Remus falavam sobre como James e Sirius nunca mais haviam pegado detenção e até mesmo Marlene e Sirius conversavam sobre ‘os garotos ridículos que Marlene escolhia’ e as ‘piranhas nojentas que Sirius agarrava’.

E daí que tá todo mundo em casal e eu sobrei de novo? Quem liga? Quem liga?

Eu ainda tenho muitos amiguinhos pra conversar. Oi, meu pedaço de carne. Olá, suco de abóbora. Vocês me lembram meu falecido pônei.

Droga, que silêncio triste. Se o Potter me dirigisse a palavra agora, eu juro que seria até agradável com ele e o chamaria pelo primeiro nome. Afinal, antes do beijo ontem, nós conversamos e nos desculpamos por tudo...

– Lily? – eu e meus pensamentos.

– Sim, James? – eu tive que dizer. Não seria honesto quebrar uma promessa que eu fiz pra mim mesma. Ao ouvir o nome James, ele abriu um sorrisão.

– Você está tão calada. Está tudo bem?

– Aham...

– Afinal, do que vocês estavam rindo quando chegaram aqui? – ele perguntou. Eu olhei pras meninas e recomeçamos a rir. Muito, muito mesmo. Katie já tinha lágrimas nos olhos de tanto rir.

– ASDSAHDOIHSAOIDHIOSAHDIOASHIODHSAIODHOIASHDOIASHOIDHASIODHIOSAHDOI

– HUAHUAHUHAUHUAHUAUHAUHAUHAUHAUHAUHAUAUHAUHAUAHUAHA

– HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH

– Elas estão passando mal...

– Foi... HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA... uma piada que a Lily contou! – disse Marlene, por fim.

– E que você não vai contar por sinal, ou todo mundo vai pensar que tenho problemas mentais.

– Conta, conta!

– HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA.

– Nós já temos certeza que você tem problemas mentais, Ruivinha.

– Cala a boca, Sirius, que você já tá muito prejudicado na minha mão. Eu não esqueci que você contou pros pais dele que eu... que eu...

– Me agarrou? – James completou.

– Não! Quer dizer... foi. – agora todo mundo tá rindo de mim.

– HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!

– A piada idiota da Lily foi:

Nota mental: matar Marlene McKinnon.

Nota mental número dois: parar de contar piadas retardadas pra essas duas.

– Era uma vez um pintinho chamado Relam. Toda vez que chovia, ‘Relampiava’. Fim.

James olhou pra Sirius, que olhou pro Remus, que olhou pra Katie. E todo mundo recomeçou a rir da piada sem graça e da ruiva problemática.

*

– Meu Deus, que tédio. – disse Sirius, enquanto acariciava os cabelos de Marlene que por sua vez, mantinha a cabeça na coxa dele.

– Que sono. – dissemos eu e James ao mesmo tempo.

– Sono, Evans? Você não havia dormido maravilhosamente bem?

– Ah meu deus, James. Pode me chamar de Lily. E não, eu não dormi durante a noite.

– Posso te chamar de Lily de verdade? – ele perguntou, com os olhos brilhando.

– Pode. – eu ri, afinal, a carinha que ele fez...

– Afinal, por que você não dormiu, Ruivinha? – perguntou Sirius, super sacana.

– Não enche.

– Vamos fazer alguma coisa?

– Ótima ideia. O que?

– Eu sei! – disse Marlene, em um tom natural que não me convenceu. – Vamos brincar de verdade ou consequência.

Todos eles se entreolharam. Aí tem coisa.

– Adorei! – disse Katie.

– Ótima ideia, Marlene. – disse Peter.

– Vamos jogar! Vou pegar a garrafa. – disse Remus.

– Sirius, você azara a garrafa. – disse Lucy.

– Azarar a garrafa? – perguntou James.

– Sim. Daí se mentirmos, a garrafa vai piscar. Achei que fosse uma boa ideia.

– É maravilhosa. E temos que cumprir todas as consequências, caso contrário...

– Caso contrário daremos Veritasserum, hahaha. Ia ser legalzão saber os segredos de vocês! – disse Sirius.

Isso! Quer dizer, você tem Veritasserum?

– Meus pais têm. Só uma gota é suficiente. – disse James. Rapaz, cada palavra dita me anima menos a entrar nesse jogo. Acho que vou dormir.

– Eu acho que vou dormir um pouco, gente.

– Não, Lily. Joga conosco!

– Esse jogo é muito perigoso.

– Mas não vai ter beijo! Fica, por favor. – disse Marlene.

– Não? – perguntou James, visivelmente decepcionado.

– Não. Eles estão namorando, – ela apontou pra Katie, Remus, Peter e Lucy – e eu não beijaria você.

– Sou tão feio assim? – ele perguntou, fazendo mais uma vez a carinha de cervo-emo abandonado.

Sirius abriu um sorriso, afinal, a direta que ela lançou faria qualquer um sorrir assim.

– Claro que não. – Marlene disse, o abraçando por trás. – Mas você é meu amigo de infância. Sem falar que já tem dona.

Lá vai.

– Vamos começar logo essa porcaria? – eu achei melhor interromper. E acho que vou jogar também. Se não tem beijo, fica tudo mais fácil. Sem falar que não tem nada pra fazer mesmo...

Narração por James Potter

Na falta do que fazer, lá estávamos nós jogando Verdade ou Consequência, que eu não jogo desde que tinha onze anos, acho.

– Peter pergunta pra Marlene – anunciou Lucy.

– Verdade ou consequência?

– Verdade.

– Você já ficou com o James?

– Não! – a garrafa não piscou. De onde o Peter tirou essa mesmo?

– De onde você tirou essa mesmo?

– Sei lá. - Katherine pergunta pro Remus.

– Verdade ou consequência?

– Verdade.

– Rem, desculpa a pergunta, mas eu ando curiosa sobre isso. Você é... você ainda é virgem? – Katie perguntou. Os dois ficaram muito vermelhos.

– Não.

Não? – perguntaram as quatro meninas ao mesmo tempo.

– E eu que sempre pensei que você fosse o santinho... – disse Marlene, rindo.

– Quem foi a vítima?

– Karen Smith. Vocês sabem, a minha ex-namorada.

– Irmã mais velha da Vanessa Smith que o Sirius catou outro dia? – perguntou Marlene.

– Aham..

– EEEEEEECA! – disseram Lily, Katie e Lene ao mesmo tempo. Garotas. *o*

– Por que vocês acabaram mesmo?

– Porque eu não gostava dela. Ficamos juntos só dois meses. Na verdade eu estava gostando da Katie, mas como ela estava namorando...

– Ela e a irmã são farinha do mesmo saco, então... – disse Lily, rindo.

– Vadias – disse Marlene.

– Roda logo essa garrafa. – disse Katie, de cara fechada. Bem, se ela não quisesse saber a resposta, não perguntasse.

– Sirius pergunta pra Marlene.

– Verdade. – ela anunciou, antes que ele perguntasse.

– O que você sente em relação a mim? – ele perguntou, e sorriu.

– Você é muito legal.

– Isso não responde.

– Então seja mais objetivo!

– OK, vou reformular a minha pergunta. Você gosta de mim?

– Gosto, ué.

– Não desse jeito. Eu me refiro a gostar de um jeito diferente, você sabe...

– Não deveria ser uma pergunta por rodada? – Peter interrompeu. INCOVENIENTE!

– Cala a boca, Peter! – dissemos todos juntos.

– Ele tem razão. – disse Marlene. – Lucy, roda logo essa garrafa. [2]

– Lembrando que cada pessoa só pode pedir verdade uma vez, se não fica um jogo tedioso. – disse Lucy, que estava organizando tudo e tal.

– Lily pergunta pro James.

– Verdade ou consequência?

– Verdade.

– O que você realmente sente por mim?

– Se eu dissesse: “eu amo você, como nunca amei ninguém antes e não acho que seja algo que acabará algum dia. Independentemente de quantos ‘não’ você me diga ou de quantas vezes você me maltrata, eu sempre vou te amar, Lily.” você acreditaria em mim?

– Se você estivesse falando a verdade eu acreditaria.

– Então vamos testar. Lily Evans é somente um desafio pra mim. Depois que eu conquistá-la vou jogar fora, assim como fiz com todas as outras. – eu disse.

Todos me olharam tão surpresos que não repararam no principal: a garrafa piscava igual enfeite de árvore de Natal. Marlene percebeu primeiro, gritou e apontou pra coisa piscante. Todo mundo olhou.

– Acredita agora, Lily?

– Eu... Lucy, roda essa garrafa [3]

– Katie pergunta pra mim.

– Verdade ou consequência?

– Verdade.

– Você já gostou do Sirius, não gostou?

– Eu... Er... Gostei, mas faz um tempão. – todo mundo ficou tipo :O

DO NAAAADA, Lucy gostou do Sirius :O

– Quando foi isso? – Rabicho perguntou.

– No quarto ano. Remus pergunta pra Lily.

– O que falta pra você gostar do James?

– E eu que sei?

– A garrafa piscou...

– Essa sua pergunta é muito... eu não vou responder.

– Me espera, vou buscar o Veritasserum. – disse Sirius.

– Tudo bem, eu tento responder. O que falta pra eu gostar do James? Oh, meu Deus... eu sei lá. Falta ele ser menos metido, menos galinha, menos irritante. E o principal, pra eu gostar dele ele tem que me conquistar. Tarefa em que ele vem progredindo consideravelmente, mas não obteve sucesso até agora.

A garrafa não piscou. E isso jogou a minha alto-estima de 100% pra 98%

– Mau jeito, Pontas.

– E como eu faço pra te conquistar?

– Use a sua criatividade.

– Lucy, roda logo essa garrafa. [4]

– Marlene pergunta pro Sirius.

– Nem sempre você foi tão galinha. E isso é uma afirmação. Porque, de repente, você virou um galinha cafajeste?

– Porque eu queria aproveitar a vida. – ele disse. E essa é a verdade. Um dia, no terceiro ano, ele chegou dizendo pra mim que estava mais do que na hora de aproveitar a vida e tal e tal.

Mas então, por que a garrafa está piscando? :O

– Interessante. Agora conte a verdade.

– Essa é a verdade.

– A garrafa está piscando... – disse Lily.

– Sirius, a verdade, por favor.

– Droga. Tá bom, tá bom. Mas vocês têm que jurar que isso jamais sairá daqui.

– Juramos.

– Bem... foi porque... foi porque eu... Porra! Eu levei um fora da única garota que gostei de verdade, no terceiro ano.

– Você não... você tá falando sério?

– Aham.

– E se essa garota estivesse arrependida e pedindo uma chance hoje, você consideraria?

– Vamos dizer que eu adoraria se isso acontecesse.

Então me beija. – Marlene disse. :O

Todo mundo ficou tipo :O

Dessa nem eu sabia! Sirius gostou da Marlene no terceiro ano e não me disse nada? :O

Ele levou um fora dela e por isso virou galinha? :O

E aquela história que ele chegou falando sobre curtir a vida e ficar com todas as meninas do castelo inteiro, durante o terceiro ano, era só fingimento então? :O

Eu olhei pra Lily, que mantinha a mesma expressão que eu. Espanto. Mas tipo, isso tudo foi de verdade, porque eles estão se beijando. :O

again and again.

Eu vou ser o único solteiro dos meus amigos? :O

Eles se separaram. Marlene olhou pra Sirius e ele sorriu. Bom sinal.

– Continua... – disse Peter. Mas todo mundo tava :O demais pra fazer alguma coisa além de :O

– Certo. James pergunta pra Lily.

– Verdade ou consequência? :O

– Verdade. :O

– Não pode mais. :O

– Oi? :O

– Você já pediu verdade uma vez, Lil. Tem que pedir consequência. :O

– Maravilhoso. – ela disse, zangadinha. – Consequência, então, Potter. :O

– Você quer ser meu par no baile amanhã?

– Eu tenho escolha?

– Tem. Você pode beber Veritasserum e responder umas perguntas simples. Eu sei que é golpe baixo, maaaas... fazer o que? Se ela tivesse aceitado antes seria mais fácil.

– Muito bem. Você arranjou seu par. – o meu sorriso foi involuntário, juro. – Mas a primeira gracinha...

– Já sei, já sei. Vou me comportar!

– Acho bom. Lucy, roda logo essa garrafa. [5]


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Notas finais do capítulo

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