Para Conquistar Lily Evans escrita por Weirdo


Capítulo 11
Convite, planos e o quase beijo




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Narração por Lily Evans

Eu não sabia de mais nada, apenas que não podia mais ficar ali. Como eles puderam? Era uma conversa particular, eu ainda nem tinha contado pra Lene e pra Katie que eu ia acabar com ele! Eles ouviram tudo o que falei.

O Potter e o Black não prestam, ah que raiva! E agora o que eles vão pensar? Vão pensar que eu tô apaixonada pelo Potter e vão espalhar pra todo mundo que eu acabei com o Jack por causa dele.

E nem que isso fosse verdade, eu vou me esforçar ao máximo pra NUNCA ser. Eu odeio James Potter. Eu odeio Sirius Black. Que droga!

Entrei no salão comunal correndo, atravessei ele correndo também. Entrei no meu dormitório e fechei a porta.

– Ah, Lily que bom que você chegou, nós... – mas o resto da frase Katie não completou. Seja porque eu deitei na minha cama e fechei o cortinado com violência, seja porque eu devo tá com o rosto todo vermelho, ou porque elas estão ouvindo meus soluços agora.

– Lily... o que aconteceu?

– Nada! Não aconteceu nada. Pergunte ao Potter, ele vai saber te responder melhor.

– O que ele fez dessa vez?

– Ele ficou com a Jessica? – perguntou Marlene.

– Que tivesse ficado. Por mim tanto faz. Eu quero que ele morra! Ele e aquele amiguinho Black dele!

– Lily, eu entendo que você esteja com raiva e compreendo se você não quiser nos contar agora. Mas quero lembrar pra você, que em qualquer situação você pode contar conosco. Somos suas melhores amigas e sempre vamos te apoiar. Em todos os momentos. – Katie disse. Eu tirei a cara do travesseiro e olhei pra elas. O que ela me disse me deixou meio emocionada. Eu abracei as duas e chorei mais ainda. Acho que eu já tava chorando há alguns minutos, quando Marlene disse:

– Então, Lils. O que aconteceu, finalmente?

– Eu acabei com o Jack.

– O QUÊ?

– Foi..

– POR QUÊ?

– Eu nunca gostei dele de verdade e já tava cansada. Caiu na rotina, entende?

– Totalmente. Mas como ele reagiu?

– Ficou um pouco chateado, mas depois disse que compreendia. Ele é uma ótima pessoa, por isso mesmo merece alguém que goste dele de verdade.

– Mas se foi assim, por que todo esse choro?

– Ele me pediu um beijo. O último beijo...

– E você?

– Não pude negar – elas riram – Mas aí é que está.

– É aí que entra o James e o Sirius? – Marlene perguntou.

– É bem ai mesmo. Ouvi um barulho de alguém caindo e me soltei do Jack. Consegue imaginar o que os dois estavam fazendo?

– Ouvindo a sua conversa embaixo da capa da invisibilidade? Como sempre?

– Certa resposta. Ouviram tudo! Até quando o Jack falou que eu estava apaixonada pelo Potter e eu não neguei, apenas comecei a chorar. Vocês entendem a gravidade? Sabem o que ele está pensando? O que ele vai espalhar pra todo mundo! Que eu acabei com mais um por causa dele.

– Mas Lily, você nunca se importou com a opinião dos outros.

– Nunca mesmo. Mas não quando o assunto é o Potter. Sabe, quando eu ouvi as palavras do Jack, eu estava começando a concordar. Eu estava pensando... eu ia pensar em tudo o que ele havia me dito. Quem sabe até dar uma chance pro Potter. Mas ele estragou tudo, como sempre. E agora tudo o que eu quero dele é distância.

– Dessa vez eu vou ter que concordar com você, Lily. Eles erraram feio.

– Muito! – concordou Katie – Mas você não vai passar o resto da tarde e a noite aqui! Não vai deixá-los saírem vitoriosos.

– Na verdade, eu vou sim.

– O James deve estar desesperado! Aliás, vamos conferir isso de perto! Já voltamos Lily!

– Podem ir. Vou tentar dormir um pouco, estou com dor de cabeça...

Narração por Marlene McKinnon

Nem precisamos andar muito. Assim que saímos do dormitório feminino encontramos o James sentado em uma poltrona em frente à lareira, encarando os próprios pés, enquanto os três amigos tentavam animá-lo.

– A culpa é minha, cara. Se eu não tivesse tido a ideia...

– Não se culpe, Sirius. Eu concordei com você.

– Então aí estão os dois idiotas. – disse Katie friamente.

– Ah, nem comece. Como você acha que eu estou?

– Satisfeito com o que ouviu? – eu disse – Vocês nunca medem as consequências dos seus atos. São como crianças que pensam que a vida é uma grande brincadeira.

– Você sabia, James, que a Lily estava considerando tudo que o Jack disse? Que ela estava pensando em dar uma chance pra você? – Katie disse, sem piedade. Ele balançou a cabeça negativamente com força, como se fazer isso pudesse mudar as merdas que eles fizeram.

– Pois ela estava. – eu completei – E você sabe o que ela quer de você agora? – ele balançou a cabeça outra vez.

– Distância. – Katie completou.

– Katie e Marlene, vocês já podem parar, obrigado. Conseguiram deixar o nosso amigo pior. Já podem ir.

– Como é que é, Remus? Os seus amiguinhos são irresponsáveis e não medem as consequências dos atos deles. Não acredito que você está defendendo eles. – Katie já estava gritando, agora – VOCÊ NÃO VIU O ESTADO DA LILY!

– Aposto que ela está mais calma que você – disse Peter.

– OLHA AQUI, SEU... – eu comecei, mas o resto da frase foi interrompida.

– Marlene e Katie, eu disse pra vocês que estava com dor de cabeça. Vocês podem, por favor, parar de gritar?

– Desculpe, Lils – eu disse.

– Lily, eu quero te pedir desculpas. – começou James.

– Eu sei que você quer. – ela disse com indiferença – Vamos jantar, meninas?

– Claro, Lily.

– Lily, você tem que me escutar...

– É Evans pra você, Potter – dizendo isso, ela me puxou pela mão, eu puxei a Katie e fomos as três em direção ao Salão Principal, decididas e sem nem olhar pra trás.

Narração por Sirius Black

O negócio foi feio mesmo. As três meninas estão putas da vida conosco. E o pior de tudo é que dessa vez elas até tem certa razão.

Depois que elas foram comer, ficamos conversando por outros 15 minutos e então fomos jantar também. Remus foi pra Ala Hospitalar. Sentamos longe delas.

Voltamos pro Salão Comunal e ficamos em um canto, planejando a aventura que começaria em pouco tempo.

– Peter, cadê o Remus? – era Katie e pelo visto se recusava a falar conosco ainda;

– Ele... ele tá... ele foi...

– Peter, ela já sabe.

– Ah, já?

– Aham.

– Ele está na Ala Hospitalar, Katherine. Imagino que na casa dos gritos, já.

– Shii! Fale baixo!

– Droga, esqueci que hoje era lua cheia! – ela disse. – De qualquer forma, obrigada, Peter. – daí ela lançou um olhar assassino pra mim e pro James e foi sentar com a Lily e a Marlene.

– Será que a Lily aceitaria ser meu par no baile de Natal? – James perguntou.

– Talvez. Se você lançasse a Maldição Imperius nela...

– Muito engraçado, Almofadinhas. Realmente, hilário.

– Hey, foi só uma brincadeira, cara...

– Na pior hora possível.

– Tá, tá. Já entendi!

– Quem você vai levar, Sirius? – perguntou Peter.

– Eu quero ir com uma das McKinnon. Vou chamar a Marlene, daí se ela não quiser, chamo a Jessica.

– Eu acho que a Jessica tá afim do Pontas... – disse Peter.

– Você acha? – James perguntou.

– Acho.

– Mas eu não vou ficar com ela! Se não for com a Lily, vou sozinho.

– Você acha que a Marlene vai querer ir comigo?

– No mínimo se chame de todos os nomes feios do mundo, depois diz que está arrependido de ter ouvido a tal conversa e por último diga que se não for com ela, você não irá ao baile.

– Beleza, vou lá agora.

– Boa sorte! Você vai precisar.

*

– Hey, será que eu posso falar com vocês? – Marlene olhou pra Lily e pra Katie. Elas acenaram com a cabeça e eu acho que isso foi um sim, porque elas viraram pra me ouvir.

– O que você quer, Black? – a Lily perguntou.

– Lily, eu sei que o que fiz foi errado. Muito errado. E eu quero me desculpar com vocês. – “No mínimo se chame de todos os nomes feios do mundo”

– Eu sei que fui irresponsável, idiota, insensível e não respeitei a sua privacidade. Sei que magoei uma pessoa que gosto muito e que agi por impulso, sem medir minhas consequências. Em suma, fui mais uma vez o Sirius mostrando que é o Sirius. – elas acenaram com a cabeça, concordando com tudo o que eu disse. Acho que é um bom sinal. “depois diz que está arrependido de ter ouvido a tal conversa”

– Estou muito arrependido do que fiz. Lily, acho que você não devia ficar zangado com o James. Se alguém tem culpa nisso, sou eu. Ele só percebeu que a conversa era sua depois que já estávamos em baixo da capa e era perigoso voltar. – tá certo, eu menti. Mas foi por uma boa razão – Eu insisti pra que ficássemos e escutássemos a conversa. Ele tentou ir embora duas vezes e eu impedi. Na terceira tentativa ele tropeçou e caiu. Acredite em mim. – as três me olhavam, avaliando a minha história.

– Eu vou pensar. – Lily disse. Eu abri um sorriso.

– Pensa com carinho. Eu to falando em nome do James, também. Ele ainda tá em choque pra dizer alguma coisa além de ‘eu sou um idiota’. – tudo bem, mentir é feio. Mas tudo está sendo por um bem maior.

– Sei... – disse Katie. Ela ouviu o James falando outras frases, mas tudo bem.

– Agora, Marlene... posso falar com você a sós?

– Tudo que você tem a dizer pra mim, pode falar na frente das minhas amigas.

– Ah.. Tudo bem então. Eu queria saber.. Bem, você sabe. Todos os anos têm o baile de Natal na casa do James. Ele sempre é seu par... Mas esse ano ele pretende convidar outra pessoa. E eu queria saber... Se você não gostaria de ir comigo. – por um momento ninguém parecia respirar.

– Eu... Ir com você?

– É.

– Quem o James quer convidar?

– Bem, isso é meio óbvio. – eu disse e Lily riu irônica.

– Ele que venha pedir, pra ver o que é bom...

– Lily, você prometeu que..

– Prometi que ia pensar em desculpá-los, Katie. Não que ia ao baile de Natal com o Potter.

– Bem, suas opções são poucas. Além do James, tem o Peter, Remus, eu, Anthony Bones, Gideão Prewett, Fábio Prewett e acho que só.

– Você não pode esquecer Vitor McKinnon – disse Marlene.

– Quem? Aquele pelo qual você e a Jessica estavam brigando?

– O próprio.

– Ah.. Mas me diga, Lene. Você aceita meu convite?

– Não. – todo mundo olhou espantada pra ela.

– Como assim, não?

Não.

– Se você não aceitar meu convite, eu não vou mais. Ou vou com você, ou com mais ninguém. – eu disse, me lembrando das palavras do James. “por último diga que se não for com ela, você não irá ao baile”

– Que pena. Você vai passar o Natal sozinho. – dizendo isso, ela levantou e subiu pro dormitório.

Narração por Katherine Mackenzie

Eu acho melhor ir atrás da Marlene. Se ela não vai com o Sirius vai com quem, então?

– Com o Vitor.

– Por que, com o Vitor? – Lily perguntou.

– Porque presta atenção. Você vai com o James...

– Eu não vou com o Potter – Marlene a ignorou.

– Você vai com o James, a Katie e o Remus, eu e o Sirius. Daí a Jessica se aproveita pra roubar o Vitor!

– Não acredito que você vai largar Sirius Black por causa dessa Jessica!

– Você sabe qual é o maior perigo nisso tudo?

– Não.

– O Sirius convidar a Jessica.

– Ou então a Jessica convidar o James. Sinceramente, se eu fosse você – apontei pra Lily – iria com o James e se eu fosse você, iria com Sirius. O resto do mundo que se dane. E se você diz que o Vitor odeia tanto a Jessica, jamais iria ao baile com ela. Ela pode ir com, sei lá, Gideão Prewett! – Risos.

– Acho que você está certa, Katie. Vou falar com o Sirius. – dizendo isso, ela saiu do dormitório.

– Oba! Ajudei um casal, agora só falta você, Ruivinha.

– Eu, o que?

– Tenho certeza que a Jessica vai convidar o James.

– Que convide.

– Então você vai sozinha?

– Antes só que mal acompanhada.

– Essa sua cabeça dura ainda vai te trazer problemas, Lily.

– Whatever.

*

Lily foi ler um livro e dormir. Marlene voltou quinze minutos depois.

– Hey, Katie.

– Oi, Marlene. E então?

– Conversei com ele...

– E?

– Nós vamos ao tal do baile juntos.

– SÉRIO?

– Aham.

– Que bom!

– Vamos como amigos. Foi o que impus.

– Nada mais justo...

– É. Você acha que a Lily vai desculpar eles, Katie?

– Conhecendo a Lily como eu conheço, diria que ela vai desculpar, não perdoar e muito menos esquecer.

– Daí fica mais difícil...

– Difícil como? Ela me disse que prefere ir sozinha ao baile do que ir com o James.

– Mas é exatamente sobre isso que eu to falando. O baile é no dia 24 durante a noite. Nós vamos pra lá no dia 22 pela manhã e só voltamos no dia primeiro de noite. Será que não dá pra unir os dois pelo menos um pouquinho durante esses dias?

– Precisamos de um plano. Alguma ideia? – eu perguntei.

– Várias. Uma pior que a outra.

– Mas vamos analisar.

– Podemos fazer um plano de várias etapas.

– É. Tipo, trancar os dois em um quarto durante uma noite inteira?

– É uma ideia... Tirando que ela gritaria a noite toda e não deixaria ninguém dormir!

– Eu não me importo. É pelo amor dos dois.

– Eu também não me importo, Katie. Mas tio Alan e tia Sarah sim!

– Ah, é verdade. Mas podemos lançar um feitiço simples na porta e assim isolar a sala acusticamente.

– Ótimo! E quando a porta abriria? Tem que ser algo que precise ser feito, caso contrário ela vai gritar até a hora de abrirmos a porta.

– Que tal um beijo? A porta só abre com um beijo...

– Ou se eles fizessem as pases. A porta só abrirá quando não houver nenhum tipo de ressentimento entre os dois, seja por Lily ter ficado com o Jack, seja por James ter ouvido a conversa da Lily.

– Tive uma ideia melhor! Quando eles fizerem as pases ganham um jantar à luz de velas e músicas pra dançar. E quando eles se beijarem, a porta abre!

– Que ideia maravilhosa! E você conhece o feitiço?

– Não. Mas o Sirius, o Remus e o Peter sim. Eles são Marotos!

– Ótimo, então vamos falar com eles.

– Agora?

– Aham.

– Mas o James tá lá também e ele não pode saber! E o Remus não está lá. É melhor esperar até amanhã.

– Você tem razão. E outra. Temos que arranjar alguém pro Peter levar.

– Como?

– Não é óbvio? Se você se afastar com o Remus, eu com o Sirius e o Peter com alguém, a Lily ficará mais tempo sozinha com o James.

– Compreendo. Então decididamente você e o Sirius serão um casal?

– Quem sabe, cara Katherine. Quem sabe! - uuui. - Digamos que primeiro ele tem que aprender algumas coisas.

– Eu confio em você!

– Agora acho melhor irmos dormir.

– Verdade. Boa noite, Lene.

– Boa noite, Katie.

Narração por Remus Lupin

A terça-feira amanheceu tão fria quanto os outros dias de dezembro. O Natal está realmente chegando. A minha transformação ontem foi tranquila. Pior do que me transformar é passar o dia seguinte na Ala Hospitalar.

Se ao menos eu pudesse assistir as aulas da tarde! Madame Ponfrey insiste em me manter aqui. Nada foi diferente. Na hora do almoço os Marotos vieram me visitar e na hora do jantar as meninas. Depois Lene e Lily foram embora pra deixar o casal a sós...

– Já estava com saudades de você, Remus!

– E eu de você, Katie. Como foram as aulas hoje?

– Normais. Copiei todo o assunto pra você, depois podemos estudar juntos se você quiser.

– Seria um prazer! – ela riu – Eu já lhe disse que quando você sorri fica mais linda ainda? – ela ficou vermelha.

Depois dessa foi impossível não beijá-la.

– Eu tenho uma coisa pra perguntar pra você.

– Diga.

– Você quer ir ao baile de Natal comigo?

– Deixe-me pensar.. – ela fingiu estar avaliando a pergunta – É claro que sim, seu bobo!

Sorri, ainda com certa dificuldade de acreditar na sorte que tinha por tê-la.

– Me diga... a Lily vai com o James?

– Ele ainda não pediu... Mas ela já adiantou que prefere ir só do que mal acompanhada.

– Esses dois... e a Marlene?

– O Sirius pediu pra ir com ela. Ela disse não, mas eu a convenci e agora eles vão juntos. Ela estava morrendo de vontade mesmo... Hey, preciso mesmo falar com você. Já falei com Sirius e o Peter. O James e a Lily não podem saber disso. É um plano que temos pra unir os dois!

– Beleza! Qual o plano?

– O plano é bem simples. Não é exatamente genial, mas tenho certeza que vai adiantar um pouco as coisas. Vamos dar um jeito de prendê-los no quarto do James logo no início da noite. Usaremos um feitiço simples que Sirius já nos ensinou. Quando eles fizerem as pases e se desculparem, o quarto ficará escuro e surgirá um jantar à luz de velas e músicas. Já dá um clima perfeito. Daí quando eles se beijarem finalmente, a porta abrirá. É a única forma deles saírem e eles vão descobrir isso na prática! Lançaremos no quarto um feitiço pra isolar acusticamente o local, pra que não fiquemos surdos com os gritos da Lily.

– E como vocês pretendem tirar a varinha deles sem que eles percebam?

– Ah, eles ficarão com as varinhas, mas são menores de idade e tenho certeza que não querem ser expulsos. De qualquer forma, não adianta. A porta só abrirá com o tão esperado beijo.

– Esse plano é genial!

– Obrigada! Precisaremos de toda sorte do mundo. Se depois dessa, se eles não se ajeitarem..

– Ficaremos surdos primeiro. - rimos.

– E temos que pedir pro James dizer pro Peter convidar alguém. E ele não pode perceber que faz parte do plano. Acho que Marlene já está cuidando disso...

Narração por James Potter

Por que você está preocupada com o Peter, Marlene?

– Porque vamos passar esses dias na sua casa. Você e a Lily, o Remus e a Katie, eu e o Sirius e o Peter vai sobrar!

– Você e o Sirius? – ele perguntou com um sorriso no rosto.

– Você me entendeu. Diga pro Peter convidar alguém e logo. Diga que pode ser qualquer pessoa legal, de preferência da Grifinória, menos Jessica McKinnon.

– Tudo bem. Eu direi.

– Ótimo.

– Lene... Você acha que eu tenho alguma chance com a Lily? Quer dizer, você acha que ela ao menos aceitaria me acompanhar no baile?

– Estou trabalhando nisso, Jay.

– Você é a melhor, Lene! Mas não me chame de Jay.

– Eu sei, eu sei. - respondeu, rindo - Agora vai falar com o Peter que eu vou atrás das minhas amigas.

– Sim, senhora!

*

– E então, James. Quem o Peter vai levar?

– Lucy Dion, divide o dormitório com vocês.

– Ah, que bom. Ela é legal. Ela aceitou né?

– Nem todas as garotas são complicadas como a que eu gosto!

– James, você fala da Lily de uma forma tão fofa. Gosta tanto dela, mas só faz merda atrás de merda! Lembro de você no quarto ano. Ficava com uma por dia, praticamente. Nem falava comigo, como se nem tivéssemos crescido juntos!

– Eu era idiota, Marlene. Confesso que às vezes ainda sou, mas mudei bastante. A maioria das mudanças foi pra melhor e foram pra única pessoa que não consegue enxergá-las.

– Digamos que você está pagando pelos anos de sofrimento a essas pobres garotas que acreditaram em você e no seu amigo Sirius Black. – risos.

– Na verdade, eu nunca dei falsas esperanças a nenhuma. Jamais disse que estava apaixonado ou que amava qualquer uma delas. Elas que insistiam que iam me pôr na coleira.

– E veja só, a única que conseguiu foi a que jamais desejou fazê-lo.

– A vida como ela é...

– Quando você vai chamá-la pra ir ao baile?

– Daqui a pouco. Amanhã tem visita à Hogsmead pra compras de Natal e é quando vamos comprar as roupas do baile. Quinta-feira iremos pra minha casa logo cedo e o baile será no sábado. Voltamos segunda à noite, é isso?

– Não, voltaremos depois do ano novo. Mas ficaremos só até o dia vinte e seis na sua casa, depois vamos pra minha casa!

– Isso muda tudo. – ele disse com ironia. Nós moramos realmente perto.

– E se você vai convidá-la é melhor ir agora. Mas não espere uma boa resposta...

– Eu sei disso. Mas é só pra ela não dizer que nem ao menos a convidei.

– Hahaha, você não muda, Jay!

– É James!

– Vai lá, Jay. Boa sorte!

– Obrigado, Lene. - respondeu, sem rir.

*

– Lily, posso falar com você?

– Katie, já volto.

– Leve o seu tempo.

– O que você quer, Potter?

– Eu gostaria que você parasse com essa besteira de me chamar pelo sobrenome.

– Chamo você do jeito que eu quiser.

– Então me chama de amor. – ela fez menção de rir, mas conseguiu se controlar.

– Aposto que não foi pra isso que você me chamou aqui..

– Não, não foi. Eu queria saber... bem, você sabe do baile de Natal. Todos os anos eu vou com a Marlene, como amigos, mas nesse ano eu pensei em convidar você, já que você está indo ao baile também. Era isso. Eu queria saber se você quer ir ao baile comigo. – ela nem parou pra analisar a pergunta. Respondeu logo:

– Não.

– Como eu imaginava... – instantaneamente passei a encarar meus pés. Isso sempre acontece quando eu estou nervoso, o que é facilmente associado à Lily Evans.

– Então por que perdeu seu tempo?

– A esperança é a última que morre, sabe. Eu tinha que tentar.

– Fico encantada. Agora, se me dá licença. – ela virou as costas, sei lá o que me deu, mas eu precisava fazer alguma coisa. Então a puxei pelo braço.

Estamos muito perto agora, eu posso encarar essas esmeraldas que ela tem no lugar dos olhos.

– Me diga por que não – eu pedi. A respiração dela ficou mais acelerada.

– Porque... porque eu prefiro estar zosinha, digo, sozinha do que má acompanhada.– Ruivinha, Ruivinha. Sua respiração fica acelerada quando está perto de mim, você fica nervosa e troca as palavras. Por que não assume logo que também me ama?

– Muito bem, então, Ruivinha. – eu cheguei mais perto, ela fechou os olhos. Seu rosto esperando pelo beijo. Cheguei mais perto ainda e já podia sentir seu hálito. Nossos lábios iam se encontrar e então... eu a soltei. Ela abriu os olhos, decepcionada.

– O que você disse sobre não gostar dos meus beijos? – eu perguntei, bem sacana mesmo. Pensei que ela ia começar a gritar, mas ao invés disso ficou mais vermelha que os cabelos.

– Por que você não me deixa em paz?

– Porque eu te amo. – respondi dando de ombros.

– Boa noite, Potter. – disse, a voz tremendo. Daí ela virou as costas e saiu andando. E dessa vez eu não podia fazer nada. ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­


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Notas finais do capítulo

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