Depois do estranho incidente, Carly e seu pai foram levados a uma Van preta onde havia dois cientistas estavam os aguardando. Ao entrarem no veículo se deparam como computadores e equipamentos de espionagem e após se sentarem o carro entra em movimento.

– Marcus, quero que conheça a Dra. Racheal e o Dr. Daniel Lee – Jack apresentou a seu irmão dois Cientistas Chineses, ambos usavam roupas da NASA. Marcus, imediatamente os cumprimenta.

– São da NASA, não são? Eu já trabalhei lá.

– Nós sabemos Dr. Jones. – Disse Dra. Racheal. – É por isso que queremos sua participação nesse caso.

– Caso? Mas, que caso? – Perguntou Carly

– Deixe-me esclarecer Dr. Jones. – Disse Dr. Daniel. – Há mais ou menos, uma semana ocorreu um curioso evento que poucos testemunharam.

– Eu sei! Foi uma anomalia no anomalia no céu. Eu estava fazendo umas observações via telescópioe percebi uma estranha mancha no céu. Infelizmente, eu havia abandonado a maior parte do meu equipamento quando eu trabalhava na NASA, por isso, não consegui fazer uma boa análise. Também o fenômeno durou poucos minutos.

– Sim, mas nós conseguimos estudar o fenômeno e descobrimos que era um buraco de minhoca. – Disse a Dra. Racheal.

– Um buraco de minhoca? Isso é impossível!

– Veja este vídeo que uma dos nossos satélites de pesquisa filmou. – Dr. Daniel pegou ligou a tela de um dos computadores e mostrou o vídeo do fenômeno.

Mostrava um estranho ponto negro no céu que estava próxima a lua. Até então parece apenas uma mancha no espaço, mas surgem estranhas luzes parecidas com cometas, sendo expelidas em direção a Terra. Marcus ficou fascinado, mas Carly ficou confusa.

– O que é aquelas luzes? Perguntou Marcus curioso.

– Eram asteroides a cerca de noves asteroides que caíram em diversos pontos do mundo. Um deles, por coincidência, atingiu o Estado do Texas, Próximo à base da NASA.

– E o que tinha lá?

Jake se levantou e olhou para o seu irmão.

– O que tinha no asteroide, meu querido irmão, foi o que vocês acabaram de testemunhar.

– O garoto?! – Disse Marcus surpreso. – Está me dizendo que aquele jovem é, na verdade, um extraterrestre?!

– Isso é impossível! – Berrou Carly confusa.

– Mas é verdade. – Confirmou Dr. Racheal. – E acreditem que isso não é o mais incrível.

Carly estava assustada com tudo isso. Seu pai, vendo seu belo rosto triste e amedrontado, acariciou seus cabelos rosados. Carly correspondeu com um sorriso.

– Me expliquem o quer dizer com “Isso não é o mais incrível”? – Perguntou Marcus ainda acariciando a sua filha.

Dois Doutores a ligaram os computadores que havia ali e mostram uma série de fotos em slides

– Depois que o garoto atingiu o solo, nós o levamos para uma de nossas bases secretas para estuda-lo.

A Dra. Racheal mostra uma foto do mesmo garoto que conheceram em uma mesa cheia de instrumentos cirúrgicos em varias posições diferentes.

– Quando ele atingiu o solo, usava roupas estranhas, semelhantes a uniformes dos tempos antigos. Estava, impressionantemente, sem nenhum ferimento causado na reentrada ou na colisão com a terra.

– Como isso é possível? – Questionou Marcus. – Como alguém cai dessa enorme altitude e chega inteiro?

– Acho que seria a mesma pessoa que seria totalmente invulnerável a todos os instrumentos cirúrgicos que usamos nele. – Respondeu Racheal.

– Como é? – Disse Carly e Marcus simultaneamente

– Tentamos usar de tudo nele. Desde uma simples tesoura cirúrgica até armas de fogo. Nenhuma delas o feriu. - Racheal apresenta nos Slides uma série de instrumentos quebrados e amaçados.

– E mais estranho disso é que analisamos a sua pele e vimos que sua densidade é igual à de uma pessoa normal. – Complementou Dr. Danial

– Isso é incrível! – Disse Carly maravilhada. – É como se ele tivesse vindo de Krypton!

– A essa altura, Carly, é possível que ele seja mesmo. – Concordou seu tio Jack. – Depois de acordar, esse “menino alien” conseguiu derrubar cinquenta e cinco dos nossos melhores agentes em menos de seis minutos.

– Você só pode estar brincando? –Duvidou Marcus.

– Não sabemos como, mas, apesar da idade aparenta, ele tem a força de um homem adulto. Além disso, é extremamente veloz. Conseguiu em poucas noites atravessar metade do país, simplesmente, correndo.

Marcus estava impressionado, ao mesmo tempo, apavorado. Inúmeras dúvidas apareciam em sua cabeça. O jovem que havia salvado a sua filha era a coisa mais fantástica que o mundo havia visto.

– Como sabiam que ele iria ao shopping? – Perguntou Marcus.

Jack da uma leve risada de orgulho.

– O garoto é esperto, mas deixa muitos rastros. Como devem ter notado em seu encontro, ele tem certarixa com bandidos. Enquanto viajava para a o leste, ele frustrou vários assaltos e roubos. Mesmo tentando se misturar com a população, ele deixava uma pilha de pistas e incidentes considerados “inexplicáveis”.

– O que vão fazer com ele, agora?

– Vamos leva-lo para interrogatório em nossa base secreta. Se não podemos estuda-lo, vamos o fazer dizer o que ele é e o que pretende.

Carly não gostou do tom que seu til usou.

Chegaram a uma base escondida em algum lugar próximo a ilha de Manhattan. Levaram o estranho menino até uma cela cibernética de ultima geração onde começaram a lhe fazer perguntas. Enquanto isso Marcus e Carly ficaram num grande laboratório onde os cientistas observavam o interrogatório.

– Como esta vai o interrogatório? – Perguntou Jack através de uma tela que havia no laboratório.

– Está difícil, Senhor. - Respondeu um dos homens que interrogava o menino na cela. – Ele não respondeu ainda à nenhuma das perguntas. Ele é muito teimoso.

Jack para refletir.

– Então, se quiser que tiremos a força vamos tirar!

Carly se assusta e Marcus se surpreende pela frieza do irmão.

– Jack, você vai tortura-lo?

– Vou fazer o que foi preciso para salvar esse país, ou até mesmo salvar esse mundo.

Racheal se aproxima zangada.

– Vai perder o seu tempo, então! O garoto não sofreu nenhum dano. Nem quando chocou com a Terra, nem por nenhuma arma ou ferramenta humana. Acha mesmo que esse é o melhor método?

Jack não havia pensado nisso. Ele permaneceu frio, mas no fundo sentiu um forte medo.

– Tragam ela! – Levantou a voz que vinha da tela. Todos então olharam para a tela e viram que era o garoto que estava falando. Este preso numa sala com os braços e as pernas esticados e imobilizados. – Eu quero que mandem a garota do cabelo rosa até mim. Eu sou vou responder as perguntas dela. Eu sei que ela esta aqui!

Carly fica chocada, mas aceita a tarefa.

– Eu vou!

Seu pai a repreende. – Você enlouqueceu? É perigoso. Não vou arriscar a sua vida.

– Pai, eu preciso ir. Ele só poderá responder as coisas se eu for lá.

– Não sabemos nada dele. Ele é perigoso.

– Ele pode até ser perigoso, mas de uma coisa eu sei: Ele salvou a minha vida.

Jack se aproximou de seu irmão e colocou a mão em seu ombro.

– Marcus, precisamos que ela faça isso. Eu garanto a você que ele estará em segurança

Marcus parou para refletir um instante.

– Esta bem. Mas, apenas dez minutos. Nada mais.

Carly sorri.

– Valeu pai!

A Dra. Racheal segura Carly no ombro.

– Venha Carly, eu irei leva-la à cela dele.

Acompanhado pela DraRacheal, Carly é levada até a uma cela e alta tecnologia. Dois soldados digitam uma senha e abrem a cela na qual o garoto de cabelo alaranjado.

– Bem eu estou aqui. – Anunciou Carly.

– Ótimo. Por favor, aproxime-se. Pode perguntar o que quiser. Não vou lhe machucar.

Carly refletiu por um segundo.

– Por que vocês quis que eu viesse aqui?

O Garoto sorriu e depois corou.

– Porque Achei você bonita.

Carly corou também. - Serio?

– No momento tenho mais razões para confiar num rosto bonito do que em homem com armas nas mãos.

Carly gostou do comentário, mas não se distraiu. Mante-se firme e perguntou o que devia perguntar.

– Quem é você?

O menino sorri.

– Não pergunte para mim o que você já sabe.

Carly se recorda do que havia ocorrido em algumas horas atrás.

– Você é o mensageiro veloz, não é?

– Sim. Os humanos já me deram muitos nomes, mas o que mais se aproxima é Hermes.

Carly arregala os olhos.

– Como, nos mitos gregos?

– Mitos? – Estranhou o jovem - É isso que nos chamam agora? Sim. Pode ter certeza.

– De onde você veio Hermes?

– De um lugar muito, mas muito distante chamado Olimpo.

Enquanto isso, Jack e Marcus e outras pessoas assistiam o interrogatório pelos monitores.

– Isso só pode ser brincadeira?! – Gritou Jack furioso. – O garoto está brincando conosco! Hermes, Olimpo? Que história é essa.

Na verdade, isso faz todo o sentido. – Disse Daniel Lee entrando na sala com umas fotos na mão.

– O que?! – Disseram Racheal, Marcus e Jack simultaneamente.

– Quando o garoto caiu, tiramos algumas fotos de sua anatomia e identificamos uma tatuagem em suas costas. Assemelhava-se a um caduceu.

– Um caduceu? – Indagou Marcus. – Como o que usamos na medicina?

– Sim. – Afirmou Daniel. - Já ouve muitas teorias que contribuíram a ideia de que, na verdade, os deuses que a humanidadeadorava eram na verdade, alienígenas.

Jack coloca as mãos na cabeça.

– Isso é um absurdo!

Marcus reflete e se recorda do ocorrido mais cedo.

– Quando o garoto lutou contra os bandidos, ele disse que era um tal de “ senhor dos ladrões” e “mensageiro veloz”. Isso são características de Mercúrio que era o equivalente, na mitologia romana, a Hermes.

De volta a cela, Carly estava confusa, mas novamente se manteve firme.

– O que veio fazer aqui? Veio nos abduzir, nos escravizar ou destruir nosso mundo.

O menino deixa de sorrir e faz uma cara seria.

– Eu vim protegê-los.

– Nos proteger? De que?

– Do meu tio

– Seu tio?

– Sim. Meu tio Hades. E também tenho que achar seus irmãos.

– Seus irmãos como: Marte, Minerva e Baco.

– Sim. Você já deve ter ouvido falar neles.

– Mais ou menos.

– Meus irmãos estão enfeitiçados. Estão espalhados pelo seu mundo. Eu tenho que acha-los antes do meu tio.

Enquanto isso, um soldado entra correndo no laboratório.

– Senhor! - Gritou ofegante.

– Fique calmo, soldado. Diga-me o que esta acontecendo.

– O senhor não acreditaria se eu dissesse. É melhor o senhor ver com seus próprios olhos.

O soldado o leva a outra sala, nela havia um televisor que passava um noticia urgente.

“ Há aproximadamente sete minutos, duas entranhas criaturas brilhantes, surgiram no céus de Manhattan. Elas parecem estar lutando entre si e destruindo tudo a sua frente. Ouve já 22 mortes e cerca de 19 feridos.”

– Meu deus! O que é isso? – Disse Marcus chocado ao ver a tamanha destruição.

Jack franziu a sobrancelhas e ficou furioso. Foi correndo para a cela de Hermes.

– Você! – Disse Jack apontando os dedos para o garoto furioso. – Você é o culpado disso! Aquelas coisas estão destruindo a minha cidade.

– Criaturas? Que tipo de criaturas? – Perguntou o garoto, confuso.

– Criaturas brilhantes estão matando pessoas e eu seu que a culpa é sua!

– Você disse “brilhantes”? – Hermes parou para pensar. – São eles!

– Eles quem? – Perguntou Carly curiosa.

– Meus irmãos. Eles estão enfeitiçados. Eu tenho que detê-los! Se me soltar eu juro que irei retornar

– Eu sabia! – Gritou Jack. – Culpa é sua! Você vai ficar ai que é o seu lugar.

Hermes sorriu.

– Muito bem. Mas fique sabendo. Meus irmãos são como eu. Nenhuma arma humana vai feri-los. Eles têm poder o bastante para acabar com a sua cidade. Apenas eu posso detê-los – Hermes encara com uma cara de espertalhão enquanto Jack se torturava não sabendo escolher a decisão correta. – Então, Jack, o que vai ser? Você me liberta e eu detenho meus irmãos ou eu fico aqui e meus irmãos destroem tudo e todos de sua cidade? A escolha é sua.