Surtos escrita por Lola Carvalho


Capítulo 3
Não há opção


Notas iniciais do capítulo

Boa noite pessoas :3
Este capítulo ficou pequeno, mas bastante coisa acontece nele.
Eu acabei de escrever agora, e resolvi postar pq era pra eu ter atualizado no fim de semana, mas nem deu tempo de revisar, então desculpem qualquer erro.

Espero que gostem. :)

Boa leitura!



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– Então está entregue, Patrick! – disse o agente Marcus quando estacionou o carro ao lado do trailer de Jane.

– Obrigado, Pike... Vocês não querem entrar? Tem café, Lisbon... – convidou Patrick

– Jane, eu estou cansada... Quero ir pra minha casa!

– Ah, mas... Eu comprei aquele café da marca que você gosta, e... E tem bolo, e... – ele ficou sem mais argumentos. Lisbon ficou constrangida com o convite.

– Uma xícara de café... Depois eu vou para casa – respondeu ela fazendo Jane sorrir seu melhor sorriso

– Você também pode vir Pike – disse Jane

– Obrigado.

Os três entraram no trailer e Patrick logo tratou de preparar o café e chá, para depois servi-los sobre a pequena mesa.

...

Era visível para todos que Jane não queria que Teresa fosse embora, afinal, depois da xícara de café, Jane os entretera com truques de mágica novos, e depois os serviu de mais café e bolo, e ainda fez menção de telefonar para uma pizzaria para encomendar o jantar.

– Jane, de verdade, eu agradeço. A tarde foi muito boa, mas já são quase oito da noite, e eu estou muito cansada – disse Lisbon

– Você pode dormir aqui! – ele ofereceu – Olhe – ele puxou uma gaveta que ficava em baixo da “cama” dele – Tem duas camas!

– Obrigada, Jane, mas eu preciso mesmo ir pra casa... Pra minha cama – ela disse o mais gentilmente possível para não ser mal educada ao recusar os convites de Jane.

– Mas eu... – Jane começou, mas logo deteve-se... Percebeu que não havia nada que fizesse que ela continuasse ali com ele.

Bem, havia uma coisa que ele poderia fazer, que era contar sobre o surto... Mas essa era uma linha que ele não ultrapassaria.

– Está bem – ele continuou finalmente – Venha me visitar amanhã... Ou me ligue – ele a abraçou, despedindo-se – Bom descanso!

– Obrigada... E muito obrigada pela tarde, foi bem divertida!

– Tchau, Patrick! – disse Pike – Se cuida...

E depois de alguns segundos, que podiam ser contados nos dedos, lá estava ele, sozinho de novo.

Flashes de lembranças de sua esposa e filha começaram a rodar na mente de Patrick. Os primeiros passos de Charlotte, as tardes na praia com as duas... Até a manhã daquele triste dia em que ele saíra de sua casa para “trabalhar” e depois fora até os estúdios de televisão falar sobre Red John.

Tudo estava caminhando para um terrível fim... Imagens do desespero das suas meninas em saberem que morreriam pelas mãos daquele assassino cruel, começavam a tomar conta de todos os seus pensamentos. Sua pequena Charlie... Tão jovem.

Oh, não... Estava acontecendo de novo!

Em um último momento, Patrick tomou os controles sobre seu corpo novamente e discou o número da enfermeira em seu celular.

– Alô? – disse ela no telefone

– Me-e-lis-ss-sa... – ele manejou falar – aj-ju-d-d-d-a!

– Fique calmo, Patrick! – ela reconheceu a voz dele – Nada pode te machucar, fique calmo! Eu estou indo até aí. Você consegue se deitar?

– S-s-im

– Ótimo, então deite, fique deitado até eu chegar, ok?! Eu estarei aí em dois minutos...

Foram os dois minutos mais demorados de Patrick.

Ele se esforçara ao máximo para permanecer consciente até Melissa chegar, até o momento que ouviu o barulho da porta abrir, e perdeu os sentidos.

– Patrick? – chamou Melissa preocupada – Patrick, pode me ouvir?

– Charlie, não! – ele disse se debatendo em sua cama – Não! Sai de perto dela! SAI!

– Patrick se acalme! – Mas ele continuava a se mover descontroladamente.

Então, sem outra escolha, Melissa retirou de sua maleta branca uma seringa que continha um tranquilizante e aplicou-a em Patrick, que logo se acalmou.

– Oh, não... Ele está tendo alucinações... Isso não é bom... – ela pensou alto

Enquanto isso, na casa de Teresa, ela acabara de sair do banho, vestiu-se rapidamente com um moletom cinza de ginástica que ela usava para dormir e então desceu as escadas para encontrar no sofá da sala o agente Pike.

– O que está assistindo? – ela perguntou

– Filme... Romance. Gosta?

– Sim... Que tal uma pipoca?

– Parece uma boa ideia. Eu vou lá preparar, você fica aqui, ok? – ele se levantou do sofá

– Não, eu vou! – ela tentou se levantar, mas Pike a impediu, segurando-a no sofá. Teresa tentou se livrar dele, mas não obteve sucesso. Acabou que ambos riram da brincadeira.

– Fique, Teresa, eu... – ele parou de falar assim que percebeu que seu rosto estava muito próximo do de Lisbon – eu...

O espaço que já estava pequeno, diminuíra até ficarem milímetros de distância um do outro. Nenhum dos dois quebrava o contato visual. Suas bocas estavam ainda mais próximas, quase se tocando, quando um som os assusta.

Era o celular de Teresa.

Eles se afastaram um pouco constrangidos, e Teresa logo atendeu o celular.

– Alô, senhorita Lisbon?

– Sim sou eu... Quem está falando?

– Meu nome é Melissa, nos conhecemos hoje cedo no hospital... – O sorriso bobo sumiu do rosto de Teresa, e agora a tensão aumentava em sua expressão – É sobre o Patrick...

– Ele está bem? O que houve?

– Eu... Acho melhor a senhorita vir até aqui.


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Notas finais do capítulo

Uuuuhh... Será que Melissa vai contar?
O que acharam?



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