Surtos escrita por Lola Carvalho
Notas iniciais do capítulo
Boa madruga galera...
Espero que gostem dessa nova fic :3
E me deixem saber o que acharam nos comentários, ok?!
Boa leitura!
Já haviam se passado mais de dois anos desde que Patrick Jane não tinha sentimentos iguais a estes que invadiam seu coração e mente naquele exato momento que recebera a notícia. Medo.
Era a única palavra que podia descrever aquela falta de ar e aquele aperto no peito.
– Jane? Está tudo bem? – Oh, sim... Pelo menos ela estava ali.
Sua melhor amiga desde que tudo isso começou. A pessoa que o tirou da escuridão da depressão, e o fez enxergar a possibilidade de um futuro: Teresa Lisbon.
– Sim, Lisbon. Eu estou bem...
– Ótimo – disse Abott, tirando mais um pouco daquela sensação de câmera lenta em que Patrick se via – Por hoje vocês quatro irão ficar sob a proteção do agente Marcus Pike e da Agente Olivia Green. Alguma dúvida?
– Não senhor... – responderam os dois, e logo se dirigiram até o hotel que o FBI os hospedaria.
Não era um hotel cinco estrelas, super luxuoso, mas era bastante confortável.
A cama estava coberta com um lençol de algodão, 300 fios, e na ponta havia quatro travesseiros de penas de ganso, dispostos um ao lado do outro.
Os tons do branco ao marrom claro nas paredes, almofadas e cortinas, deixavam o quarto mais aconchegante, e te faziam querer pular naquela cama fofinha e permanecer ali por várias horas, apenas aproveitando toda a maciez.
– Jane – começou Lisbon – o FBI conseguiu liberar só dois quartos, e Van Pelt e Rigsby irão dormir no mesmo quarto... É alta temporada por causa do torneio de basquete... – ela o analisou por mais alguns segundos – Jane, está me ouvindo?
– Estou... Você pode ficar com a cama, eu vou dormir no sofá...
– Não, durma você na cama... Eu não estou com sono, vou assistir um pouco na televisão.
– Ok, então eu vou dormir. Estou bem cansado – Não, hoje não havia tempo para ser cavalheiro.
Sem nem se desvencilhar de seu paletó, ele deitou-se e logo pegou no sono.
...
– Oi... – sorriu timidamente o Agente Pike
– Oi... – respondeu Teresa
– Posso me sentar? – ele perguntou apontando para onde Teresa repousava seus pés
– Claro! – ela se endireitou
– O que está assistindo?
– Sei lá, nem estou prestando muita atenção... Acho que é um Talk Show
– É difícil se concentrar em algo com sua vida em perigo, não é?! – Teresa riu de forma nervosa
– É... – algumas lágrimas começaram a encher os olhos dela
– Não se preocupe, Lisbon – ele ofereceu um lenço à ela, que aceitou com um pequeno sorriso – iremos cuidar de você... Vocês – ele corrigiu
– Obrigada! – ambos sorriram um tanto quanto tímidos
– Que tal assistirmos um filme? Gosta de filmes antigos? – ela assentiu com a cabeça – Ótimo! Conheço o canal perfeito...
...
– Gostei desse filme, foi uma boa escolha... – uma voz distante atingia os ouvidos de Patrick. Ele gostava daquela voz.
– Quer assistir outro? Ou talvez queira dormir um pouco... – essa voz estava tão distante quanto a outra, mas era desconhecida.
Um pouco desnorteado, Patrick Jane acordava aos poucos. Algumas vozes entravam no sonho que ele acabara de ter, se misturando com a realidade e deixando-o confuso.
Até que enfim pôde abrir os olhos e lembrar-se de tudo o que lhe ocorrera nas últimas vinte e quatro horas.
Ardiles. CBI. Proteção. Escutas.
Era como se os pesadelos que ele sempre temeu durante sua caçada por Red John estivessem criando vida e se concretizando lentamente.
Bem, nem todos... Ao menos ela estava lá.
Conforme ele ouvia a voz dela, dizendo que tentaria deitar-se no colchão, ao lado dele sem acordá-lo, sua respiração fora voltando ao normal.
Tranquilidade. Era o que ela lhe transmitia.
“Mas espera... Ela vai se deitar aqui do meu lado?” pensou ele “Eu estou tomando todo o espaço da cama...”
E em um pulo viu-se de pé, com os olhos ainda se ajustando à luz ambiente, talvez até um pouco tonto e confuso com a mistura da realidade com os sonhos.
– Jane? Está tudo bem? – ele não respondeu. Coçava os olhos para ajudar a si mesmo despertar – Desculpe, eu não queria ter te acordado...
– Não, Lisbon... Eu... Eu... Já estava acordando. Fique à vontade, a cama é sua.
– Mesmo? Você não parece tão bem...
– Estou ótimo, Lisbon... Vá dormir! Eu vou descer, comer alguma coisa, beber um chá...
– Ok... Boa noite Jane, Pike...
“Pike? Ãhn?”
– Boa noite, Teresa!
“Ahh... O agente Marcus... A voz desconhecida”
...
Ambos saíram do quarto para deixar Teresa confortável para dormir. O agente Marcus ficou vigiando a porta enquanto Patrick desceu até o piso térreo do hotel e pediu para si uma bela xícara de chá de erva doce e ovos mexidos, que chegaram rapidamente à mesa que ele elegera, graças à falta de movimento da madrugada e ao serviço eficiente do hotel.
Mas lá estava ele, meia hora depois, com o chá e os ovos intactos.
Oh, não... Estava acontecendo de novo...
Não, não, não!
Ele obrigou-se a estender o braço e pegar entre seus dedos a alça da xícara e leva-la à boca... Mas no meio do caminho... “Oh não!”
Ele não conseguiu sustenta-la e ela caiu no chão, chamando a atenção de todos os que estavam ao redor.
Porém, para o desespero absoluto de Patrick, a xícara não foi a única que caíra no chão... Senão ele próprio.
Estava acontecendo de novo!
O medo da perseguição, o medo de cometer os mesmos erros. Medo de não conseguir parar, quem quer que fosse que tivesse tirado a vida de Ardiles.
O mesmo medo que o acometera quando Red John tirou dele sua esposa e filha há quase vinte anos, por quase um ano inteiro.
Era um pesadelo.
O pior deles.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Uuuuhhh... Tadinho do Jane :(
Então, o que acharam?