– Lumos! -A ponta da minha varinha se acendeu, Draco estava na minha frente, me olhando com um meio sorriso. - Oque quer comigo, Malfoy?

– Não me chame de Malfoy, me chame de Draco. -Ele falou estendendo a mão, para que eu me sentasse com ele no chão.

– Tudo bem, Draco. -Falei segurando a mão dele e me sentando ao seu lado.-Então, porquê me chamou aqui?

– Eu nunca fiz isso antes, não sei oque está acontecendo comigo, desde que esbarrei em você, tenho vontade de te conhecer cada vez mais, e...

– Calma ai, Draco. Esta dizendo que quer seu meu amigo... Ou oque? -Eu o interrompi.

– Melhor começar como amigo. -Ele sussurrou, mas eu pude ouvir perfeitamente bem- Então, quer ser minha amiga?

– Claro que quero... Mas não sei se meu irmão vai gostar muito disso.

– Oh, Merlin! Tinha esquecido de seu irmão. -Ele falou- Mas não importa, assim mesmo seremos amigos, certo? -Estendeu a mão em sinal para eu segurar, como se fosse um acordo.

– Certo. -Falei segurando em sua mão.

Ficamos na Torre até as 00h15min até sermos interrompidos pelo estragas prazeres do Snape entrando na sala.

– Oque vocês dois estão fazendo aqui? -Ele não esperou a gente responder- Detenção! Depois do jantar na minha sala. E vão para os dormitórios! -Ele falou abrindo espaço para a gente passar pela porta.

Saímos da sala em silêncio, Snape acompanhou Draco até as masmorras e eu fui para a Torre da Grifinória.

Assim que entrei no quarto, me joguei em minha cama e em segundos já tinha adormecido.

Xxx

Acordei com Hermione gritando novamente no meu ouvido, me levantei, tomei banho, e pus aquele uniforme. Sai do quarto acompanhada de Beatrice, Hermione, e Gina, e fomos para o Salão Principal, os meninos já estavam lá, tomando café.

– Bom dia. -Eu falei me sentando à mesa.

– Bom dia, meninos. -Hermione, Beatrice e Gina cumprimentaram os garotos, que sorriam feito idiotas.

– MATTEW! -Gritei ao ver ele entrando no Salão Principal e corri -literalmente- até ele, lhe dando um grande abraço.

– Pequena. -Ele falou acariciando meus cabelos, enquanto caminhávamos para a mesa da Grifinória.

– Senti sua falta, Mat, você esta muito afastado. -Eu falei assim que nos sentamos à mesa.

– Desculpe, pequena. -Ele falou e tomou um gole do seu suco de abobora.

– Ah, tudo bem. Mas eu preciso falar com você. -Falei e tomei um gole de meu suco.

Ele tirou o sorriso que estava em seus lábios e logo ficou sério.

– Aconteceu alguma coisa, Kath? -Ele perguntou preocupado.

– Nada demais, apenas um Sonserino. -Sussurrei e apontei discretamente para o Draco. Enquanto ele olhava para Draco, dei um mordida em minha torrada.

– Oque tem o Draco Malfoy? -Ele perguntou e eu o olhei surpresa.

– Como sabe o nome dele? -Perguntei.

– Ah, Draco me chamou para ser amigo dele.

– Você aceitou?

– Bom... Eu ainda não lhe dei a resposta, marquei com ele e os amigos dele no jardim para dar a resposta... Agora me diga, oque tem o Draco Malfoy com você?

– Bom, depois das aulas no jardim? -Perguntei terminando de beber meu suco.

– Claro, vou depois de dar a resposta ao Draco.

– Ok. -Dei um beijo em sua bochecha e fui para a sala.

Chegando na sala, só encontrei um Draco de cabeça baixa sentado em uma das carteiras da sala de aula. Não pensei duas vezes e me sentei ao seu lado, ele levantou a cabeça e sorriu de leve.

– Oi, Draco. –Dei ênfase no "Draco" - Bom dia.

– Bom dia, Kath.

– Não se importa se eu sentar ao seu lado, né?

– Claro que não, até porquê, se você não sentar, provavelmente é a Pansy que iria me fazer companhia.

– Ah, Pansy é sua namorada, certo? Ela não vai gostar nada de me ver sentada com você, eu entendo, vou me sentar em outro lugar e... -Estava saindo, quando ele me puxa de volta pelo braço.

– Não... fica... Não aguento mais a Pansy. -Ele me soltou assim que me sentei novamente ao seu lado.

– Tudo bem... Fico por uma condição. -Falei confiante.

– E qual séria?

– Um beijo... no rosto. -Falei e ele me deu um beijo na bochecha.

Xxx

Depois das aulas, corri para o jardim para encontrar o Mattew, mas oque eu vi foi, os amigos de Draco em circulo e no meio dele, estava Draco e Mattew frente a frente. Vai dar merda. Fiquei atrás de uma árvore, observando oque iria acontecer.

– Você tem que andar com sangues verdadeiros. -Draco falou para Mattew. Oque? Como assim "Sangues verdadeiros?"

– Eu sei com quem eu ando. Prefiro andar com amigos verdadeiros, do que andar com amigos falsos como vocês. -Mattew falou e partiu para cima de Draco, dando-lhe um soco no meio do rosto, no mesmo instante, corri para separar os dois.

– MATTEW! PAREM JÁ! -Gritei e logo todos do jardim formaram uma roda entre nós três.

Dúvida cruel:

Vou até o Draco, ou até o Mattew?

Mattew está com o nariz sangrando.

Draco está desacordado com o nariz também sangrando.

– DA PRA ALGUÉM AJUDAR, OU VÃO FICAR TODOS OLHANDO FEITO IDIOTAS!? -Gritei, logo foram saindo, só ficando, Harry, Rony, Beatrice, Hermione e Gina.

– Andem! Ajudem o Mattew! -Falei para eles e eles correram até o mesmo.

Corri até o Draco que estava desacordado.

Pus meus braços em volta de seu pescoço e seus braços em minha cintura.

Acreditem:

Draco não era muito leve, não, heim!?

Passava pelos corredores, e alguns alunos me olhavam como se nunca tivessem visto uma mulher carregando um homem. Tudo bem, raramente viam essa cena.

Cheguei na enfermaria e Madame Pomfrey veio logo me ajudar.

– Oh meu Merlin, oque aconteceu com o Draco? -Perguntou enquanto me ajudava a pôr o Draco na cama.

– Ele se meteu em briga.

Xxx

No dia seguinte, tomei banho, coloquei o uniforme e a primeira coisa que fiz ao sair do quarto, foi ir para a enfermaria.

Não sei oque esta acontecendo comigo, será que eu posso estar apaixonada por Draco? Claro que não! –pensei.

"Sim, você está apaixonada querida, acredite". –Minha consciência me alertou.

"Quieta consciência! Não estou não! Não faz nem uma semana que eu o conheço!" –Rebati.

"Depois não diga que eu não avisei que era amor".

Entrei na enfermaria, e Madame Pomfrey estava cuidando de outro aluno que estava passando mal. Fiquei ao lado de Draco e segurei sua mão, que estava gelada.

– Não sei oque esta acontecendo comigo. -Falei, logo senti duas lágrimas escorrendo pelo meu rosto, seguido por várias outras.

Limpei as lágrimas e voltei a olhar para ele, tão... tão perfeito.

– Kath? -Ele perguntou, sua voz saiu num sussurro, que eu quase não ouvi.

A única reação que eu tive, foi soltar de imediato sua mão e o abraçar.

– Está se sentindo bem? -Perguntei quando nos separamos do abraço.

– Sim... Só estou com fome. -Ele falou com sua voz rouca.

– Vou chamar a Madame Pomfrey. -Falei.

Fui procurar ela, e lhe falei que Draco já tinha acordado, e coitado, ela o encheu de remédios. Quando ela estava dando seu último remédio, eu continuava sentada em uma cadeira ao lado da cama de Draco, olhando ele fazer caretas ao tomar o remédio.

– Você têm que ir agora. -Madame Pomfrey falou dando o último remédio de Draco e se virando para mim.

– Não vou sair daqui. -Falei.

– Você têm que ir, ou perderá a primeira aula, e as outras aulas. -Ela falou.

– Eu não vou sair daqui. -Dei ênfase no "não".

Madame Pomfrey saiu bufando e foi ver outro aluno que, parece, tinha quebrado o braço, tadinho.

– Ninguém nunca fez isso. -Ele falou.

Me levantei e fiquei na sua frente, ele estava sentado na cama. Eu o olhava nos olhos e falei:

– Então, acho que ninguém nunca se importou com você, assim como eu me importo, Draco. -Sussurrei em seu ouvido. Me arrepiei ao sentir o toque de suas mãos em meus braços.

– Você... se importa mesmo comigo?

– Sim... Claro que sim. -Falei o abraçando.