P.O.V KATHERINE POTTER.

– To namorando. -Cheguei no Salão Comunal.

– OQUÊ? -Todos gritaram em uníssono.

Quando quero dizer "todos", são todos mesmo. Os do passado, futuro e presente.

– Com quem? -Meu pai perguntou.

– Draco. -Falei me sentando entre minha mãe e Melyssa.

– Como foi? -Perguntou Melyssa sorridente.

– Maravilhoso.

– Que fofo. -Falou Melyssa.

– Não acredito! -Meu pai falou.

– Oquê? -Perguntei.

– Que você ta namorando!

– Pai, não é o fim do mundo.

– Claro que é! -Harry falou.

– Não, não é. -Insisti.

Meu pai e Harry sussurraram alguma coisa entre si e saíram do Salão Comunal em silêncio.

– Deveria me preocupar? -Perguntei me levantando.

– Sim, deveria. E com o Draco. -Minha mãe falou.

Sai correndo e fui para a Sala Precisa. Draco havia ficado lá.

– Qual suas intenções com a minha filha? -Ouvi meu pai perguntar atrás da porta.

Eu sei, é super feio ouvir atrás da porta. Mas, fazer oque, né? A curiosidade é maior.

– As melhores possíveis. -A voz de Draco estava calma.

– Porquê eu não acredito em você? -Ouvi a voz do Harry, que soou rouca.

– Se quiser não acredite.

Ouvi meu pai murmurar alguma coisa, e um grande barulho se ouviu.

– Mas oque está acontecendo aqui? -Perguntei entrando na Sala e vendo Draco jogado no canto da Sala. - Idiotas. -Murmurei assim que eles saíram da Sala como se nada tivesse acontecido.

Levei Draco até a enfermaria, onde, depois, fui expulsa pela Madame Pomfrey.

– OQUE DEU EM VOCÊS? -Eu gritei entrando no Salão Comunal.

– Sabia que ouvir atrás da porta é feio? -Comentou Harry.

– É mesmo? -Perguntei irônica.- E se eu não tivesse ido atrás de vocês? Iriam jogar um Avada Kedrava nele? -Fui correndo para o meu dormitório.- Que inferno! -Reclamei me jogando na minha cama.

Xxx

– Será que da para vocês fazerem as pazes? -Minha mãe perguntou notando que eu encarava meu pai e Harry com raiva. Assim como eles me encaravam.

– Não, ele que venham se desculpar. A culpa foi deles. -Falei.

– A culpa não foi nossa. E quem nos deve desculpas é você. -Harry falou se levantando.

– Ah, é? -Perguntei irônica.- E fui eu quem levou sua namorada pra enfermaria, né, Harry? -Falei me levantando e ficando a sua altura.- Olha, eu entendo que vocês tenham ciumes de mim e tals, mas realmente, um dia isso iria acontecer. E vocês deveriam, sei lá... ter se preparado. -Desabafei.

Na hora que Harry ia responder, nos viramos rapidamente para onde vinha o grito que ouvimos.

– OQUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? -Bea gritou entrando no Salão Comunal junto com Mattew.

Já comentei que esquecemos de contar a eles?

– Bea... é que... -Não achei palavras para explicar isso.

Harry explicou tudo desde o começo, até o ocorrido com Draco.

Sai dali de fininho e fui para a enfermaria. Não fui ver Draco ainda hoje.

– Ah, você de novo? -Madame Pomfrey perguntou assim que cheguei a enfermaria. Eu sorri de um jeito irritante.E ela me olhou com um semblante calmo e falou:- Ele já acordou.

– Ah, obrigada. -Falei.

– Quanto tempo estou aqui? -Draco perguntou assim que me viu. E Madame Pomfrey foi ver outro aluno.

– A algumas horas se não me engano. Está sentindo algo? -Perguntei.

– Não... vem aqui. -Ele falou me puxando pela cintura.

Ele me beijou. Um beijo calmo e apaixonante. Do jeito que eu amo.

– Olha, me desculpa...-Falei assim que nos separamos.- Meu pai e Harry não deveriam ter feito aquilo.

– Não tem problema. -Ele falou calmo.

Xxx

Faz duas semanas que eu estou com raiva do meu pai e Harry. Draco já saiu da enfermaria e esta tudo bem no nosso namoro, graças a Merlin.

Agora, eu estou aqui na biblioteca. Estranho, né?

Minha visão ficou preta e um toque gelado me faz ficar arrepiada.

– Hãn? -Falei confusa.

Uma risada gostosa soa e eu já sei exatamente quem é.

– Meu lírio. -Falei imitando tentando imitar a voz do meu pai, e rindo.

– Nem vem. -Minha mãe falou sentado ao meu lado. E minha visão voltou.

– Ah, desculpe. Aconteceu alguma coisa?

– Você deveria ir falar com James, e Harry. -Ela falou calma.

– Ah, claro. -Falei irônica.- Porquê deveria? Ele e Harry são tão infantis. -Falei pegando mais um livro da matéria que teria que estudar esse final de semana.

– Olha, eles podem até ser infantis e tudo mais. Só que eles te amam. Por isso fizeram tudo isso. Sei que não é fácil para você, Kath. Mas acredite, eles fizeram por amor. Eles acham que vão te perder. -Ela falou olhando em meus olhos.

– Eles sabem que nunca vão me perder. -Falei abrindo o livro.

– Diz isso a eles. -Ela falou.- Jardim. -Foi a última coisa que ela falou antes de sair da biblioteca.

– Droga! -Reclamei.

Saí da biblioteca e fui para o jardim, onde meu pai e Harry olhavam para o nada. Nossa, que coisa mais legal para se fazer.

– Oi... -Falei me sentando entre eles.

– Se for pra brigar com a gente de novo...-Harry começou.

– Olha, quem tem que se desculpar é vocês. Ta legal?

– Desculpe...-Eles falaram em uníssono.

– Tudo bem... agora, vocês sabem que nunca vão me perder. Né? Eu amo muito vocês.

– Nós também te amamos. -Falaram me abraçando.

– Eu sei, olha pra mim. Quem não me ama? -Brinquei.

– E depois diz que não é convencida. -Harry falou rindo assim que me soltaram.