Lyra Evans - E o sangue de Fénix! escrita por KyraSif


Capítulo 13
O começo de algo mais


Notas iniciais do capítulo

Peço imensa desculpa pelo tempo que demorei a atualizar a fic, apesar de tudo esta capítulo não ficou tão bom e do tamanho que eu queria, tentarei fazer melhor para a próxima.



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Ele estava a observá-la atentamente e ela sabia disso. Conseguia sentir o seu olhar percorrer as suas costas nuas. A água quente do chuveiro não fora a única coisa que a fez aquecer itensamente. Estava em brasa, em chamas, ouvia a sua respiração perto da porta mesmo com o barulho da água a correr.
Ele estava ali há um bom tempo e pelos vistos não tinha intenção de sair e sinceramente Lyra não se importava.

Não era segredo que os dois haviam desenvolvido uma certa tensão sexual que os sufocava lentamente. Quantos dias passara desde que Sirius vivia ali em casa? Dez? Quinze? Foram poucos, mas no entanto fora tempo suficiente para torná-los mais próximos e dependentes um do outro.
Ela afastou o cabelo molhado e macio, massajando o couro cabeludo e dando-lhe uma visão privilegiada do seu pescoço longo e fino de pele leitosa. O calor era demais, o desejo sufocante.


Lyra esperou. Ele iria avançar ou afastar-se? Iria entregar-se a toda a paixão que sentia?
A água corria lentamente. O vapor embaciava os vidros e espelhos nus.

Ela esperou...

Mas ele não apareceu.


[...]


Lyra Evans acordou no dia seguinte, esgotada, pálida e com escuras e profundas olheiras. Não se sentia bem. Tinha o corpo a doer, a cabeça a bater e o corpo a brilhar de suor.


Sentia o corpo em chamas. Sentia-se a queimar de dentro para fora. Doiam-lhe as gengivas e os ouvidos zumbiam. Não sabia o que se passava, mas já era algo habitual. Havia sempre uma época do ano em que o seu corpo incendiava completamente, uma sensação estranha na boca do estômago.


Tinha ido a vários médicos e especialistas, porém ninguém parecia saber o que se passava realmente com ela, e cansada, nunca mais voltou a tentar descobrir.
No andar de baixo ouviam-se panelas a bater, portas a abrir e fechar e maldições em voz alta.
Quando lá chegara, deparou-se com Sirius descalço, em calções e camisa, com a cabeça enfiada no frigorífico e praguejar para si mesmo.

— O que raio se passa? — Lyra não quisera, porém não fora capaz de deixar escapar todo o seu desconforto na voz rouca.

Sirius pulou, batendo com a cabeça.

— Merda! — Ele gritou. — Que raio mulher?!


Lyra tentou rir, afinal, aquela era uma situação engraçada, porém não encontrou força suficiente e Sirius pareceu notar que algo estava errado.

— Ei, está tudo bem? — Ele questionou ao aproximar-se.

O cheiro dele invadiu-lhe os sentidos, pondo todo o seu corpo formigante. Era bom, muito bom. Masculino e forte - tal como ele -, meteu-lhe o coração aos pulos.

— Sim.

— De certeza?

A morena apenas assentiu, porém Sirius viu através da sua máscara. Tocou-lhe levemente na testa e suspirando ele disse alarmado:

— Estás a arder em febre! — Lyra não o ouvia, via os seus lábios moverem-se rapidamente, formando palavras incompreensíveis para a sua mente dispersa.
O desejo era tanto.


Observou um gota de água escorrer do seu cabelo, percorrendo o pescoço pálido e desaparecendo na gola da camisa. Deus, como o queria!

— Lyra? — Sirius voltou a questionar-lhe e o som do seu nome a sair pela sua boca fora o gatilho para a confusão que se seguiu.

Colocando a mão fina suavemente no rosto por barbear de Black, Lyra beijou-o.
Ele arregalou os olhos. A sua mente não conseguia compreender como isto havia se passado. Num momento ele estava preocupado consigo e no outro estava a retribuir ao beijo ardente.
Os lábios de Lyra eram quentes, tão quentes e macios contra os seus frios. Puxou-a pela cintura e com desejo entrelaçou os dedos no cabelo sedoso da mulher.
Há muito que a queria.

Sabia também que ela retribuía o sentimento.

Por fim ele interrompeu o beijo: — Não...

— O quê? — Ele questionou, as bochechas vermelhas e a respiração a sair-lhe pelos lábios inchados.

— Estás a alucinar.

Ela riu.

— Não, não estou.

— Estás doente Rose, isto é a febre a falar por ti, não me quero aproveitar.


A herdeira Evans voltou a suspirar: — Nunca estive tão lúcida na minha vida, Black.

E sem mais delongas, voltou a atacar os seus lábios não parando o beijo até estarem de novo lá em cima.


[...]


Harry Potter sabia que algo estava errado no momento em que uma carta de sua tia-madrinha tinha apenas poucas palavras. Normalmente Lyra questionava-o sempre com milhares de perguntas acerca do seu tempo na escola, porém, ao ler apenas umas quantas frases escritas a tinta preta, Harry não pôde deixar de se sentir preocupado.

— Não deve ser nada, amigo. — Disse-lhe Ron, entre garfadas do seu almoço.

— E se Black a capturou? — A preocupação era evidente na voz de menino de olhos verdes.
Hermione abanou a cabeça.

— Ora, — ela disse, ao olhar por cima do seu livro de Transfiguração — com certeza que não é nada.

— Mas...

— Não disseste que a Lyra havia arranjado um novo cargo na empresa?

— Sim.

— Então de certeza que é isso. Deve estar ocupada e não pode escrever com tanta regularidade como antes.

Harry assentiu, fazia sentido: — Sim deve ser isso.

Mal sabia ele, que a milhas dali, a sua madrinha e padrinho entregavam-se ao desejo há muito reprimido.


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