Petúnia Dursley escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 1
Unico


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!
Eu estava sem fazer nada e lembrei-me de uma personagem de Harry Potter que não é muito falada, a tia rabugenta de Harry.
Isso mesmo Petúnia Dursley.
Então fiquei a pensar: como será que Petunia se sentiu quando recebeu Harry na sua casa?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/482042/chapter/1

Naquela manha fria, Petúnia levantou-se, como era habitual, cedo e dirigiu-se ao banheiro. Olhou-se ao espelho e suspirou.

Memórias da noite anterior invadiram-na.

“Sabes alguma coisa da tua irmã?”, perguntou Vernon. ” Eles têm um filho?”

Lily! O que será da sua irmã agora? Ainda estaria casada com o maldito Potter?

A verdade é que Petúnia não odiava a irmã. Odiava apenas a magia que a tinha roubado de si. Quando eram mais novas, Lily e Petúnia eram inseparáveis, melhores amigas. Mas tudo mudou com a chegada daquele menino, Severus Snape.

Lily nunca mais foi a mesma depois de saber que era bruxa. Ela passava as suas tardes com Snape, o que deixava Petúnia de lado.

A morena suspirou de novo, e saiu do banheiro.

- Vernon – chamou. O homem gordo resmungou algo impercebível e virou-se para o outro lado da cama. – Vernon! Hora de acordar!

- Já vou, mulher – disse o homem sonolento.

Petúnia encolheu os ombros e saiu do quarto. Passou pelo quarto do seu bebé e viu que tudo estava em silêncio. Felizmente, a criança ainda não tinha acordado.

Desceu as escadas e dirigiu-se á cozinha.

A morena cantarolava uma musica baixinho enquanto preparava o pequeno almoço do filho. Abriu a porta do frigorífico e lembrou-se que lhe faltava o leite. Ainda não o tinha ido buscar.

Com um sorriso na cara, Petúnia abriu a porta de entrada e baixou-se para apanhar a garrafa de leite que supostamente estaria no primeiro degrau.

Em vez de vidro, a mão de Petúnia sentiu tecido. Confusa, ela olhou para baixo e viu um pequeno embrulho que se remexia e gemia baixinho.

Demorou 1 minuto para que Petúnia percebesse o que se encontrava á sua frente. E demorou, exatamente, 3 segundos para que o grito fosse ouvido.

Vernon levantou-se sobressaltado pelo grito da mulher e desceu as escadas a correr, ainda de pijama. Passou pelo quarto do filho, onde este chorava. Quando o homem chegou até a mulher, não conseguia acreditar no que ela tinha nas mãos. Um bebé?!

- P-Petúnia? Querida, o que é isso? – Perguntou assustado.

A morena olhou para ele com os olhos em lágrimas.

- Este é Harry Potter – afirmou. – Meu sobrinho!

****

Dezassete Anos Depois

Petúnia levantou-se da cama ainda antes do sol nascer. Olhou para o marido, este ainda dormia e não dava sinais de acordar em breve.

Ao contrário dos outros dias, Petúnia não se dirigiu para o banheiro. Em vez disso, a morena entrou no closet e ajoelhou-se perto de um fato de gala rosa. Desviou o fato e retirou uma caixa branca que se encontrava escondida atrás do fato.

Olhou em direção á cama e viu Vernon virar-se para o outro lado. Sim, o marido não iria acordar tão cedo.

Suspirou e abriu a caixa, com as mãos a tremer.

Ela não abria aquela caixa há anos. Simplesmente não tinha conseguido, até agora.

Ainda com as mãos a tremer, Petúnia retirou a primeira fotografia da caixa. Nela podia-se ver duas crianças. Uma ruiva e outra morena. Lily e ela. As meninas brincavam com uma coleção de bonecas. Estavam tão contentes.

Petúnia pôs a foto de lado, e retirou a carta com o selo de Hogwarts que recebeu quando encontrou Harry.

“Petúnia,

É com grande pesar que lhe informo que Lily e James Potter se encontram mortos. Os dois foram assassinados esta madrugada, deixando Harry Potter órfão.

A senhora é a família mais próxima de Harry e como tal, venho por este meio pedir-lhe que tome conta do seu sobrinho.

É do meu conhecimento a sua repulsa pelo mundo mágico, mas venho lembrar-lhe que mágico ou não, família é família. Harry corre um grande perigo e só a sua ajuda nos poderá ajudar a salvá-lo. Quando o jovem Potter fizer 17 anos, deixará de estar sobre a sua cautela.

Lily morreu para proteger o filho. Pelo que sei, a sua morte poderia ter sido evitada, no entanto tanto o marido como o filho da sua irmã estariam mortos. Ela sacrificou-se pelo filho. Peço-lhe, não torne a morte de tão preciosa bruxa em vão.

Ajude-me a proteger Harry Potter.

Ajude-me a proteger o seu sobrinho de Voldemort.

Com os melhores cumprimentos,

Albus Dumbledore, diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.”

Petúnia limpou a lágrima que insistiu em cair e suspirou.

Pegou nas várias fotos que tinha na caixa e olhou-as.

Por mais que disse-se que odiava Lily, a verdade é que a amava. Amava a irmã com todas as forças, e o seu coração partiu-se em dois quando a notícia da sua morte chegou.

Petúnia arrependia-se de todas as vezes que lhe chamou “aberração” ou que gritou com ela por ela ser o que era. A morena dava tudo para voltar atrás. Para voltar á época em que ruiva e morena eram apenas duas crianças a brincar com as bonecas, no chão do quarto.

Se tudo voltasse ao início, ela não iria implicar com a ruiva por ser bruxa. Nem iria criticar a escola onde a irmã andava, e muito menos iria ofender James Potter. Eram escolhas de Lily. Era a vida de Lily, vida que Petúnia adoraria fazer parte!

Sem se dar conta, Petúnia chorava no chão do closet, em silêncio para não acordar Vernon.

Horas mais tarde, nesse dia

- Vamos, Dudley – gritou Vernon, para o filho, e saiu porta fora.

Petúnia encontrava-se na sala, agora vazia. Olhava em redor da casa que fora dela, quando o ouviu chegar. Harry.

- Vivi nesta casa durante 20 anos – informou a Harry. – E agora tenho de ir embora! Posta na rua por um garoto de 17 anos!

Harry sentiu-se irritado, era para sua segurança.

- Se ele souber onde vocês estão, certamente iria-vos matar – falou o rapaz.

A morena suspirou e olhou para o sobrinho.

Harry era a cópia perfeita de James, pelo que ela se lembrava, mas aqueles olhos pertenciam a Lily Evans. Aqueles olhos eram da sua irmã.

- Ah, voldemort – disse a morena a suspirar.

- Ele pode mata-los – afirmou Harry.

- Eu sei o que ele pode fazer – disse Petúnia. E sabia. Voldemort podia acabar com todos. Podia matar uma família. Podia destruir um coração. Petúnia sabia bem o que Voldemort podia fazer. – Tu não perdeste só a mãe, naquela noite em Godric’s Hallows – disse penosa. Harry olhava-a curioso. – Eu também perdi uma irmã!

E sem dizer mais nada, Petúnia abandonou a casa onde vivera as maiores alegrias como ter Dudley e um marido, e as maiores tristezas como fora o caso da morte de Lily.

A morena permitiu-se um último olhar a Harry. Seria a última vez que o veria. A última vez que veria a única ligação á sua irmã. Até isso ela perdera.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E entao?
Sei que a carta esta um pouco desleixada, mas realmente não sei o que poderá estar naquela carta, então inventei um pouquinho.
Espero que tenham gostado e que comentem!
Obg



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Petúnia Dursley" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.