Nem pela Minha Própria Vida escrita por caroline_03


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem!



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[Bella]


Resolvi passar em minha casa para fazer as malas de Edward aquele dia. No outro dia de manha estaríamos saindo para a tal viagem, e tudo o que eu podia fazer era me prevenir de que Edward não sairia por aí me matando socialmente. Peguei o celular e dei um toque no meu. Para manter as aparências eu usava o celular de Edward e ele o meu... Não posso dizer que era a coisa mais fácil, afinal estava acostumada com o meu sistema pratico.


-Alô. –Edward atendeu com a voz de quem tinha acabado de acordar.


-Abre a porta para mim. –falei olhando para o segundo andar da casa, onde eu sabia que Edward sairia na janela. Dito e feito.


-o que está fazendo aqui? –ele perguntou coçando os olhos, mas ainda me olhando da janela.


-tenho uma mala a fazer, lembra? –ele gemeu alto e eu ri.


-já estou descendo.


Passava pouco das dez da noite, mas aquele foi o único momento que eu tive livre aquele dia. Edward não era tão desocupado quanto eu pensei que fosse. Passei a tarde conversando com Alice (que eu não sabia que ele fazia com freqüência) depois fui ao mercado com Esme e depois Carlisle pediu ajuda para fazer o jantar (e eu também não sabia que ele cozinhava!).


Poucos minutos depois Edward apareceu no portão, o abrindo e dando espaço para eu entrar. Ele sorriu minimamente, ainda com a cara meio amassada por estar dormindo. A porta estava aberta e eu entrei de uma vez, sabia que Charlie deveria estar dormindo no sofá e Renée deveria estar no quarto. Emmett só chegaria muito tarde e provavelmente eu já estar longe dali quando chegasse.


-já estava dormindo? –perguntei só então percebendo o caso curioso.


-sim, não é tão ruim. –ele falou rindo um pouco, já subindo as escadas iluminadas apenas por um abajur no canto. –mas você...


-dia cheio. –falei sorrindo e ele assentiu, me olhando de relance.


Meu quarto tinha mudado pouco... Quer dizer, ignorando as roupas jogadas por todos os cantos e materiais no lugar de sapatos e o computador que o mouse estava pendurado no monitor, mas... A decoração ainda era a mesma. O porta-retratos continuava em cima da mesinha, a mesma foto que eu gostava tanto. O peguei e sorri, ouvindo quando Edward se sentou na cama e me olhou.


-pode voltar a dormir, quando eu terminar eu saiu e deixo a chave embaixo do tapetinho da entrada. –falei sorrindo e finalmente olhando para ele.


-não se preocupe. Eu estou bem. –ele falou suspirando e pegando o travesseiro, o mantendo em seu colo.


-tudo bem. –fui até o guarda-roupa e peguei uma mala que estava lá no alto.


-você não vai me fazer levar essa mala rosa, vai? –ele perguntou apontando para a mala e fazendo careta. Ri alto.


-sim, afinal você é a Bella agora. –ele suspirou, mas não tentou discordar.


Abri as portas do meu armário e comecei a tirar as roupas que eu achava que ele deveria usar. Camisetas, shorts, biquíni, calça jeans, blusinhas (apenas caso Alice resolvesse sair), saia...


-Bella, eu não vou usar isso. –ele falou pegando um shorts e me mostrando.


-por quê? –perguntei incrédula.


-tem um palmo. –ele falou indignado.


-um palmo e meio Edward, e não começa. –ele bufou e soltou a peça de roupa.


-como tem coragem de usar isso? Fala sério, todo mundo fica olhando! Que absurdo! –ele resmungou e eu virei para ele com uma sobrancelha levantada.


-o que você falou? –ele me olhou assustado, talvez não tivesse percebido que tinha dito alto. E... Ele está corando?


-nada não... Eu estou... É, cantando. –sorriu e voltou a olhar para a janela.


Quando enchi uma mala, fui até a cama e me abaixei, pegando outra e a colocando em cima da cama, voltando a colocar as coisas ali. Edward fazia careta, mas eu ignorava, rindo e sacudindo a cabeça. O que ele estava pensando?


Quando finalmente as malas estavam prontas fui para o banheiro, pegando uma nécessaire e colocando minhas coisas lá. Reparei que o sabonete liquido facial tinha acabado, bem... Pelo menos ele não estava ali na pia. Peguei outro na porta do armarinho e coloquei lá dentro também. Só então reparei que Edward estava ao meu lado novamente, olhando tudo o que eu colocava e o que eu rejeitava.


-por que precisa de tantas coisas? –Ele perguntou, começando a fuçar nos frascos que eu acabara de por dentro da bolsinha.


-se você quer saber, a minha mala também está grandinha, ta? –ele me olhou com uma sobrancelha levantada.


-é só pegar camisetas e shorts. –revirei os olhos.


-e se fizer frio? E se resolvermos sair do clube? –ele revirou os olhos sorrindo.


-exagero.


-de qualquer forma eu acho que terminei aqui. –falei olhando em volta. Tinha certeza que estava me esquecendo de alguma coisa.


-foi rápido. –ele saiu do banheiro e espiou o relógio, imagino. –apenas uma hora.


-por que eu já sei o que tenho que pegar.


-tudo bem, tanto faz. –voltei para o quarto e olhei bem no rosto dele.


-está com olheiras. –sentei na cama e abri a gaveta do criado mudo, pegando uma tiara e o chamando para se sentar ao meu lado.


-o que vai fazer? –perguntou desconfiado, quando eu já colocava a tiara nele.


-dar um jeito no seu rosto. –fui para o lado e peguei um creme de emergências.


Ele fez careta, mas não reclamou enquanto eu passava o produto em seu rosto. Falei para ele não se mexer, e assim eu ia massageando a testa, mas bochechas e até o queixo. Tive a impressão de que ele estava dormindo, mas logo ele abriu os olhos vermelhos e eu ri.


-já estou terminando. –falei sorrindo timidamente.


-uhum.


Depois de cinco minutos de espera, tirei o creme e Edward já estava dormindo sentado. Ri e o ajeitei na cama. Ele apenas se mexeu para abraçar novamente o travesseiro e eu o cobri, parando apenas para olhá-lo por um segundo. Se alguém o visse assim, nunca desconfiaria que não sou eu de verdade, pensei sorrindo minimamente o olhando. Um vento frio fez com que os pelos do meu braço se arrepiassem e eu fui até a janela e a fechei. Não podia acreditar que ele estava dormindo de janela aberta. Ele não sabe que é perigoso, que pode ficar doente?


Certifiquei de que ele estava bem aconchegado e que, principalmente, não estava sentindo frio. As bochechas estavam levemente rosadas, e o pequeno esboço de um sorriso apareceu em seu rosto. Sorri o olhando e então resolvi sair do quarto dando de cara com nada mais nada menos do que Emmett, me olhando com os olhos arregalados e os piscando freneticamente.


-O que está fazendo aqui? –ele perguntou. Tudo bem, Emmett não era tapado, mas não seria uma mentira.


-vim ajudar Bella com as malas. –falei sorrindo e ele ergueu uma sobrancelha.


-desde quando Bella precisa de ajuda com a mala? –desde quando ela se tornou um menino, pensei em dizer. Olhei para trás e vi que a porta ainda estava aberta. Ele poderia acordar, pensei no momento.


-ela só precisava que eu trouxesse uma coisa que Alice se esqueceu de devolver. –Emmett ergueu uma sobrancelha.


-e por que ela não veio? –revirei os olhos.


-Emmett olhe para ela, está dormindo e está bem. –e não é que o tapado foi olhar mesmo? Ele foi até perto da cama e deve ter percebido que meu corpo usava o pijama de algodão que Emmett mesmo tinha me dado no natal passado.


-hm... –ele falou fechando a porta e me olhando, com os braços cruzados e um sorriso torto nos lábios.


-você realmente está me impressionando. Desde quando se importa com sua irmã? –ele me olhou com os olhos arregalados e franziu a testa.


-sabe que não é verdade. Não desconfio de você Edward, mas é que... Ela é tão pequena e quebrável. –fiz careta.


-pequena? Quebrável? –ri um pouco, mas percebi pela testa franzida dele, preocupado devo ressaltar, que não era brincadeira.


-passa a noite aqui Edward? –ele convidou e por um momento pensei em qual foi a ultima vez em que Edward havia dormido ali...


-claro... Só preciso ligar para Alice. –e eu o fiz e ela apenas respondeu: “tudo bem” nem quis saber se Emmett iria me matar ou algo do tipo.


Entre no quarto de Emmett e para o meu castigo teria que dormir em um colchão, perto de todas as cuecas e meias sujas e os papeis e... Ui, eu estava mesmo em meu inferno pessoal não estava? Emmett sorriu amigavelmente para mim e começou a arrumar minha cama no chão (jogando as roupas sujas para o outro canto do quarto).


-desculpe por antes irmão. –ele falou e eu senti minhas bochechas corarem.


-ah, sem problemas. –droga, ele era meu irmão. Seria normal se ele se preocupasse um pouquinho comigo de vez em quanto... Mas, mesmo se fosse Edward?


-o que tem entre você e minha irmã? –ele perguntou direto, sem nem ao menos fazer rodeios. Imaginei que seria assim sua relação com o Edward de verdade.


-Emmett agente... –comecei a ficar desesperada. O que poderia parecer aos outros a nossa aproximação? Tudo, menos a verdade. Como eu poderia dizer: “ah não se preocupe Emmett, sou eu, a Bella sua irmã. Estou usando o corpo de Edward por algum tempo, mas logo, logo (assim pretendo) volto para o meu.” E assim viria as sirenas do hospício para me pegar “Bella, Bella, estávamos te esperando...” parece que até já escuto elas falarem.


-digo isso por que... Bem, sabe que eu não gosto do Jacob. –me sobre-saltei.


-ah, é?


-sim, e se fosse você no lugar dele... –minha boca caiu, literalmente. –acho que ficaria mais tranqüilo.


-tranqüilo? –o que Jacob poderia fazer comigo que Edward não poderia?


-é... Bem, sabe a fama que ele tem e... Apesar de você ter a mesma, eu te conheço e sei que não magoaria alguém que gosta... É, por isso que faz de Tânia gato e sapato. –depois dessa eu ri, e bem alto por sinal.


-Emmett...


-ah, qual é? Vai rir da minha cara agora? –ele riu e jogou um travesseiro em mim.


-não, é só que...


-minha irmã é difícil e você sabe, bem... Você sabe bem, deve ter algumas cicatrizes dela, agradeço por terem deixado as agressões físicas de lado, sabe como é... É meio injusto uma menina brigando com um menino. –fiz careta.


-Emmett, me deixe falar. –ele arregalou os olhos, só então percebendo que ele não estava mesmo me deixando completar uma frase. –primeiro: Bella não é tão frágil quanto pensa. Segundo:... Você nos conhece, sabe que nunca daria certo. –falei suspirando e sentando na cama.


-vocês estão se dando bem...


-é apenas ocasional, só por causa da... Terapia. –ele ergueu uma sobrancelha.


-e por que você parece tão relutante em dizer isso? Qual é? É minha irmã e não estou querendo imaginar ela com alguém, por que... ARGH! É minha irmã! –ri outra vez.


-Emmett, vai dormi. –ele suspirou e sorriu.


-você seria mesmo um bom irmão. –revirei os olhos.


-já somos Emmett. –ele sorriu e estendeu a mão, o que eu achei que era para um cumprimento de menino ou coisa assim. Mas surpreendentemente ele me puxou, dando um abraço em mim.


-tem razão. –sorri timidamente. Ele nunca poderia entender o verdadeiro sentido da minha frase. Ele nunca saberia que na verdade agora Edward era mesmo seu irmão...


-vamos dormir. –ele concordou.


Sério, nunca imaginei que meu irmão pudesse ser tão... Sentimental. Ele parecia um monstro para mim, sem sentimentos, diga-se de passagem. Mas ultimamente, Emmett estava se mostrando um irmão de verdade, um que eu nunca achei que pudesse existir nele.


[Edward]


Algumas imagens destorcidas passavam em minha mente. Primeiro Bella parecia estar ali, arrumando minhas malas, o que era verdade já que elas estavam bonitinhas apenas esperando que eu as carregasse até o andar inferior e... Até a escola... Eu mataria a Bella. Troquei de roupa e corri para tomar café, já estava atrasado, só para variar.


Me espantei ao ver Bella sentada na mesa, junto com Emmett, e tomando café. Ela me olhou e sorriu. Emmett ao seu lado me olhou e piscou como ele fazia todos os dias. Resolvi parar de pensar e sentei a mesa, olhando para todos, inclusive Charlie, que nem parecia ligar para a outra presença masculina na mesa.


-Bem, meninos. Espero que se divirtam e... Por favor, juízo. –Charlie falou apontando para Emmett. Ele passou por mim, dando um beijo em minha cabeça e saindo para trabalhar.


Bella sorriu amavelmente para a imagem do pai que acabara de meu beijar e agora dava um simples tchau com a mão, saindo pela porta da frente. Eu sentia falta dos meus pais, poderia imaginar que ela também sentiria.


-o que está fazendo aqui? –perguntei a olhando.


-Edward falou que veio te ajudar com as malas e como já era tarde falei para ele ficar. –Emmett falou sorrindo para mim com os olhos semi-abertos.


 -hm... –eu disse simplesmente, pegando mais um pedaço de pão e o enfiando na boca, recebendo apenas um olhar de desaprovação de Bella.


Saímos de casa minutos depois, recebendo milhares de beijos de Renée e estranhamente Bella se agarrou a ela e não soltava mais. Posso imaginar que dona Renée tenha levado um susto por um menino daquele tamanho a abraçar daquela forma, mas não disse nada. Apenas correspondeu ao abraço e deu um beijo em seu rosto falando um “se cuide”.


Assim que chegamos ao colégio, Rosalie e Alice já esperavam por mim, bem na verdade por Bella, mas... Tanto faz. Emmett se aproximou do nosso grupo, com Bella é claro, e eu apenas pude deduzir que ele estava tentando fazer um chame para Rose, que apenas o ignorava. E então Bella sorriu e ergueu uma mão.


-Jasper, estamos aqui. –novamente todos a olhamos. Será que ela não tinha aprendido a lição com o “trabalho”?Será que ela queria matar os passarinhos das redondezas da minha casa?


Ele sorriu e se aproximou. Automaticamente Alice olhou para o outro lado, extremamente corada. Bella sorriu para mim e piscou, coisa que eu entendia como: “Operação casal”. Emmett ainda encarava Rosalie como se ela fosse olhar para ele a qualquer momento, mas ela não o fez. Pelo menos, não pela sua própria vontade. Tudo bem, claro que ela queria olhar para ele e jogar charme também, mas estava tentando ser difícil.


Bella abriu a boca para dizer alguma coisa, se virando para Jasper, é claro, porem Emmett foi mais rápido, olhando para as malas que eu tinha que carregar, já que a exagerada que estava usando meu corpo acha que dois dias é sinônimo para uma década.


-acho que temos que ajeitar as malas no ônibus. –ele falou com um sorriso torto no rosto e Jasper concordou, deixando Bella de boca aberta prestes a começar a cavar seu túmulo, já que Alice a mataria de qualquer forma.


-você vem Edward? –Jasper perguntou com um sorriso.


-claro. –ela se virou, olhando para mim e sorrindo minimamente. –nos vemos depois.


-tudo bem. –e eu sorri instantaneamente a vendo se afastar com a mochila nas costas e conversando com os meninos. Olhei para o lado e Rosalie e Alice me encarava. –o que foi?


-“nós vemos depois”. –elas falaram rindo e nos imitando. Eu apenas sacudi a cabeça incrédulo.


-sério, vocês são doentes.


[Bella]


Assim que colocamos nossas coisas no ônibus resolvemos pegar nossos lugares. Tudo o que eu queria era pegar um banco só para mim e... Dormir. Mas é claro que não. Emmett me arrastou, assim como Jasper, para o fundo do ônibus, para aquela parte que todos ficam amontoados. Emmett me empurrou para a mesinha de jogos e Jasper se sentou ao meu lado, com Emmett sentado a nossa frente. Logo Tyler veio e se sentou conosco com o... NÃO! NÃO PODE SER! EU DEVO ESTAR SONHANDO! O QUE AQUELE MALDITO PANDEIRO ESTÁ FAZENDO AQUI?


-o que... O que... O QUE DIABOS É ISSO? –eu falei meio que berrado as ultimas palavras, apontando para o objeto demoníaco nas mãos de Tyler.


-oras Edward... Um pandeiro. –Emmett falou rindo. - Mas Mike já está vindo com o violão e os chocalhos. - ME SEGURA! ME SEGURA QUE EU VOU MATAR MEU IRMÃO!


-EU... EU... EU...


-BOM DIA FAMÍLIA! –Mike chegou com os malditos objetos barulhentos.


-ai meu pai... Eu devo ter dançado conga na mesa da santa ceia mesmo! –falei chorosa.


-Edward, pega ai o violão. –Mike me passou o negocio, que eu nem ao menos sabia segurar. Desde quando Edward toca violão?


Lancei um olhar desesperado para Edward, que estava a alguns bancos de distancia me olhando. Ele sorriu minimamente e se levantou e, para o bem dele, espero que seja para me ajudar. Ele veio ao meu lado e se apoiou em meu ombro.


-ah, gente. Edward machucou a mão no... Na terapia, esses dias. –ele falou sorrindo um pouco. –não é mesmo, querido? –ele falou a ultima palavra com um nítido: “concorda ou eu te mato”.


-claro, minha compotinha. – ele me olhou com os olhos arregalados. Ui, eu não tinha contado sobre a minha idéia de fazer compota dele e vender? Ops, erro meu.


-sério cara? Você não me disse nada. –Emmett falou com a testa franzida.


-pois é... –Jasper ao meu lado me olhou preocupado.


-está doendo? Eu acho que tenho alguma coisa para dor aqui. –ele falou já mexendo na mochila. Fala sério, que menino que tem remédios na mochila? Emmett morreria antes de ter que colocar uma aspirina no bolso.


-não se preocupe com isso, estou acostumado. –Edward sorriu mais uma vez (sorriso cínico devo ressaltar) e foi para o seu lugar, ao lado de Alice, já que Rosalie estava dividindo o banco com Jessica.


O ônibus finalmente começou a andar e com ele as musicas chatas de “toda vez que eu chego em casa...” e o pior é que eles não se contentavam em cantar a música e me deixar quieta em um canto, eles precisavam gritar bem alto: “diga aí Edward o que você vai fazer...” olhei em volta e percebi que eles estavam esperando minha resposta. Juro que pensei em responder “vou chamar o Emmett para me defender”, mas achei que Edward poderia tentar me matar no ônibus mesmo.


-vou pegar uma vassoura? –minha frase saiu meio que uma pergunta, mas...


-ELE VAI DAR UMA VASSORADA NA... Uma vassoura meu irmão? –Emmett falou me olhando.


-o que foi? –perguntei com a cabeça latejando.


-nada não... -E então voltaram a cantar e dessa vez não repetiram meu nome... Ainda bem.


Depois de meia hora de muita, mais muitas irritação, finalmente chagamos ao bendito clube. Desci do ônibus e olhei para o bonito lugar a minha frente. Era na verdade um hotel, que por trás de muros altos e dos prédios escondiam piscinas, lanchonetes, um campo de futebol (do qual eu passaria bem longe), lugar para andar a cavalo e até mesmo um rio, que sinceramente era desconhecido para mim, mas bem bonito.


-dois dias Brother. –Emmett apareceu ao meu lado, com um sorriso no rosto. –acho que teremos muito o que fazer aqui. –ele falou e piscou, apontando com a cabeça para Rosalie que tentava, inutilmente, carregar duas de suas três malas.


E então meu irmão correu, indo em direção a Rosalie e oferecendo ajuda. Ao contrario do que eu imaginei, ela realmente aceitou, empurrando as três malas para ele e mais uma nécessaire. Admito que fique com dó, mas ainda assim só corri para a recepção, para saber qual seria o meu quarto e quem seria o meu “companheiro”.


Para a minha surpresa, e completa felicidade, seriam dois. Emmett e Jasper, já que coincidentemente estávamos bem próximos nos últimos dias. Fiquei feliz, não apenas por que poderia ser Tyler ou Mike no quarto (não queria ter que agüentar mais um menino que não o meu irmão de qualquer forma), mas por ele estar se enturmando e parecia estar feliz por isso. Alice não admitiria, mas estava feliz também.


Abri minha mala, que por falta de necessidade era realmente pequena, e comecei a colocar a roupa que usaria em cima da cama. Deixei a mochila no lado e se Emmett por um acaso sonhasse em abri aquilo e lesse meu diário eu estava ferrada para o resto da minha vida, mas... Eu não podia deixar meu maior confidente ali... Sozinho, jogado para as moscas, com fome e sede, cheio de poeira...


-Edward o que está fazendo? –Emmett perguntou jogando suas coisas para um lado.


-separando o que eu vou vestir. –falei sorrindo e ele revirou os olhos.


-cara, você ainda é tão organizado?  Vamos logo... Estou louco para ir à piscina, se é que você me entende. –assenti meio contrariada. Desde quando Edward é organizado?


E foi então que Emmett começou a trocar de roupa, jogando a camiseta para um lado do quarto, assim como ele fazia em nossa casa, e começando a tirar a calça jeans. Antes que eu vomitasse, me levantei e fiz careta.


-ARGH! Emmett já ouviu falar em uma coisa chamada GILETE? –falei com a testa franzida.


-o que? –revirei os olhos.


-você não pode mesmo se trocar no banheiro? –pedi, na verdade quase implorei.


-cara, que menina! –ele falou rindo e foi para o banheiro, bem a tempo de Jasper entrar no quarto com suas coisas.


-HEY, obrigado por me deixarem ficar aqui. –ele falou.


-tudo bem, mas... Poderia se trocar no banheiro também? –pedi sorrindo e ele fez careta.


-mas é claro que eu vou me trocar no banheiro. –suspirei aliviada. Graças.


[Edward]


Entrei no quarto que dividiria com as outras meninas e joguei as coisas em um canto do quarto. Me joguei na cama e olhei o teto, soltando um suspiro pesado. Tudo o que eu realmente queria era dormir e, no entanto, uma dor chata, que não era na barriga e sim mais para baixo, estava me incomodando.


Alice entrou no quarto com tudo e fechou a porta com força na cara de Rosalie, que ainda não acreditava que Emmett tinha mesmo aceitado levar suas coisas até a porta do nosso quarto. Alice estava vermelha como um pimentão, e apertava as mãos com força.


-eu vou matar ele, eu vou matar ele! –ela repetiu em voz alta. Rose entrou no quarto nesse mesmo momento.


-ele quem Alice? –perguntei sorrindo e virando levemente a cabeça.


-MEU IRMÃO! –ela falou e Rose riu.


-só por que ele está falando com meu irmão. –e riu de novo, recebendo um olhar furioso de Alice.


-ele só quer me deixar com vergonha. –fiz careta. Nunca fiz nada de propósito para ela dizer isso.


-às vezes ele só quer ajudar.  –dei de ombros.


-ajudar? Não fala nada não Bella, que você é a segunda que morre. –arregalei os olhos.


-o que eu fiz? –ela ergueu uma sobrancelha.


-está andando com o inimigo. –arregalei os olhos e ri.


-qual é Alice? –Falei e Rose entrou no meio.


-Bella, já vamos descer para a piscina. Você vem? –pensei por um segundo.


-sim, só preciso trocar de roupa. –ela sorriram e então Rosalie puxou Alice pelo braço.


Peguei a roupa que Bella tinha deixado separada e fui para o banheiro. A dor não tinha melhorado, mas não era nada insuportável. Olhei no espelho e olheiras fundas marcavam os olhos. Fiz careta e comecei tirar a roupa, até que... Paralisei.


-IIIIIIIIIIIIIIISAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAABELLAAAAAAAAAA!


[Bella]


Estava embaixo de um guarda-sol, junto com Emmett e alguns outros meninos. Tomava um soco de laranja natural e curtia a paisagem. O lugar era mesmo bonito, apesar de que se eu pudesse escolher não estaria realmente aqui, no grupo do bolinha, mas sim junto com Alice e Rosalie, me aproximando lentamente para jogar um charme para os meninos. Apesar de Jacob não estar aqui, o que era mesmo curioso.


-Emmett, fecha a boca que está começando a cair uma baba. –ouvi Mike dizer e só então percebi que ele realmente olhava para Rosalie como se estivesse babando.


-darei um jeito nisso. –ele falou e se levantou.


-sim, vai achar um jeito de ficar com o olho roxo. –Tyler disse rindo e eu franzi a testa. Rosalie ainda era minha amiga.


-cala a boca Tyler, se você foi um idiota eu não serei também. –tenho que admitir que minha boca caíra quando Emmett disse isso.


E então algo tirou minha concentração. Era o toque de um celular tocando e demorei alguns segundos para perceber que estava vindo do bolso do calção que eu estava usando. Peguei o celular e murmurei palavras baixas como: “eu ainda vou aprender a usar isso.” E então atendi, percebendo um Edward eufórico do outro lado da linha.


-BELLA, BELLA. EU NÃO SEI O QUE EU FIZ, MAS, MAS...


-O QUE ACONTECEU. –Eu berrei já sobre-saltada.


-EU NÃO SEI, ESTAVA SÓ DOENDO... SOCORRO BELLA! –saí correndo para os elevadores deixando um bando de meninos perguntando: “o que aconteceu?”.


Voei pelos elevadores, apesar de estar desesperada não era louca nem nada de subir tudo aquilo de escada... Não sou nada esportiva, sinto informar. Nunca um minuto demorou tanto, eu só pensava no que poderia ter o deixado tão desesperado. Será que ele matou alguém? Essa era a idéia mais idiota que eu já tive, mas passou pela cabeça no momento.


Bati na porta do quarto e Edward prontamente a atendeu, com os olhos cheios de lágrimas e bem vermelho. Ele me olhou e me abraçou e por um momento eu gelei com a notícia que ele me daria.


-Bella...


-o que aconteceu? –perguntei receosa.


-eu acho que você vai morrer. –ah, ótima noticia para se dar assim.


-o que aconteceu? –meus olhos se encheram de lágrimas também e tudo o que eu pensava era: “quem vai morrer de verdade: eu ou ele?”.


-você está tendo uma hemorragia. –franzi a testa e o olhei de cima a baixo.


-como é? –ele suspirou.


-você está sangrando. Primeiro eu tive uma dor estranha e agora... – e então eu não agüentei mais e caí a gargalhada.


-EU TO FALANDO QUE VOCÊ VAI MORRER E VOCÊ ESTÁ RINDO? –ele berrou com as mãos na cintura.


-Ed... Ed... Edward... –e mais risadas. –você não está tendo uma hemorragia.


-como não? –ah, sério que eu teria que explicar?


-Edward, você é uma menina agora lembra? E meninas são diferentes de meninos! –ele arregalou os olhos e por um segundo achei que ia desmaiar.


-por quanto tempo eu vou sangrar até a morte? –parei e pensei.


-alguns dias. –ele arregalou os olhos novamente.


-QUER DIZER QUE EU VOU FICAR ASSIM POR DIAS? EU VOU MORRER BELLA! –ri outra vez.


-eu ainda estou viva, Edward, não se esqueça. É normal. –ele suspirou pesadamente.


-É O CAOS, É O CAOS! –ele falou imitando Aro e novamente eu ri, indo direto para a mala de Alice.


-chega de exageros, ainda está com cólica? –ele me olhou como se fosse retardada.


-o que é cólica? –revirei os olhos.


-ainda está sentindo a dor estranha? –falei mais claro o possível e ele assentiu.


Abri a mala de Alice e peguei a bolsinha azul que ela sempre trazia consigo, caso uma de nós tivesse problemas. Logo encontrei o remédio e o pacotinho que eu precisaria, na verdade Edward precisaria. Ah, e eu nem sabia que minha doce vingança pelos instrumentos musicais estava tão próxima.


 -toma. –eu falei jogando o pacotinho azul claro. Ele o pegou e segurou pela ponta, como se fosse algo de outro planeta.


-o que eu faço com isso? –ele perguntou com os olhos arregalados. Ri alto.


-o que você acha? –ri outra vez para sua expressão.


Não percebi o que aconteceu depois, mas acho que ele deve ter se acertado com a porcaria do pacotinho, por que ele sumiu e depois reapareceu fazendo careta. Fui até o frigobar e peguei um copo de água, para que ele conseguisse engolir o remédio com facilidade (e de preferência sem passar mal, por causa do gosto).


Ele tomou, e eu novamente segurava a risada por causa de suas caretas. Depois de soltar alguns palavrões baixos, ele se jogou na cama e fechou os olhos com força. Continuei ali, segurando a risada, sem dizer nada, apenas olhando para as caretas que eu nunca tinha me imaginado fazendo.


-diz que isso é apenas um pesadelo, por favor. –ele falou com a voz manhosa e eu não agüentei mais segurar a risada. E depois falam que meninas são frestas.


-que isso Edward, não é tão ruim. –ele abriu os olhos com fúria e me olhou.


-fala isso por que não com...


-dã! –eu disse antes que ele pudesse terminar e acabamos rindo um da cara do outro.


-tudo bem, nunca mais vou me irritar por você estar de TPM! –ri outra vez.


-tudo bem, podemos pensar nisso quando voltarmos para nossos corpos, agora levanta daí e vamos lá para baixo. –ele franziu a testa.


-não vou sair daqui assim. –ele falou apontando para o seu corpo.


-Edward, você está falando como uma verdadeira menina. To começando a ficar com ciúmes do meu corpo. Levanta já! –ele fez careta e mostrou a língua, mas se levantou com muita má vontade.


-como você é mandona. –ele falou cruzando os braços e fazendo careta.


-tanto faz. Agora você vai com Alice e eu... –suspirei – volto para Emmett e os outros meninos.


-por que eu tenho que volta mesmo? –revirei os olhos.


-dã, tem que fazer um social de vez em quando. –abri a porta e começamos a sair.


Como o combinado Edward foi com as meninas e eu estava voltando para os meninos, quando vi uma figura estranha próxima ao grupo. Por um momento não acreditei no que via, e depois de muito piscar e limpar os olhos, realmente acreditei que era Aro com um chapéu branco tentando cobrir o rosto, uma camiseta branca com estampas chamativas e uma calça que... Bem, melhor não comentar.


-Aro, o que diabos está fazendo aqui? –perguntei pegando em seu braço e o assustando.


-ui diva, que susto. –ele falou colocando uma mão no peito. –por que você nunca me disse que seu irmão e os amigos deles eram tão gatos? –revirei os olhos.


-desculpe, mas é que eu não acho. –ele sorriu.


-mas aposto que está gostando de estar no corpo do super gato. –ele falou rindo e me dando um tapa no braço.


-ARONILDO! –ele arregalou os olhos.


-fala baixo. –ele falou sussurrando e colocando a mão em minha boca. –tá querendo que todo mundo veja que estou aqui?


-o que você está fazendo aqui? –perguntei novamente, sussurrando dessa vez.


-acha que eu ia ficar de fora de uma farra? –ele riu colocando a mão na frente da boca. O fuzilei com os olhos. Só poderia ser brincadeira. –não faz assim, sabe que eu tenho medo de você com todos esses músculos e... Ui, os músculos. –me irritei.


-ARO!


-tudo bem, não podia deixar minhas criações assim, andando por aí, desprotegidas. –ele balançou uma mão e suspirou pesadamente.


-que criações? –perguntei assustada.


-ora... Um gato diva e uma diva musculosa. Dã! –ele falou rindo.


-primeiro: você fez isso o tempo todo, sua marmota e segundo... O que diabos está fazendo aqui? Sabemos nos cuidar muito bem. –ele suspirou pesadamente outra vez.


-BI, BI, BI... Diva macho chegando. –e então Edward se materializou para o meu lado.


-o que o macumbeiro de meia tigela está fazendo aqui? –Aro cruzou os braços sobre o peito ofendido.


-meia tigela não, olha o respeito. –ah, macumbeiro podia então?


-Felix sabe que está aqui? –ele sacudiu a cabeça. –então o que espera... Aro...


-deixa eu ficar em seu quarto, deixa? –ele pediu pulando e com os olhinhos brilhando.


-para você agarrar meu irmão? Nem pensar. –ele franziu a testa e fez bico.


-injustiça. Super gato versão feminina? –ele piscou os olhos para o lado de Edward, que apenas levantou uma sobrancelha.


-volta para a casa... Gato. –Edward falou com desdém.


-É O CAOS, É O CAOS... O QUE SEU IRMÃO ESTÁ FAZENDO COM A LAMBISGOIA LOIRA? –Aro falou apontando para Emmett, que estranhamente conversava civilizadamente com Rosalie.


[Rosalie]


Depois de um quase afogamento múltiplo na piscina, logo após Bella ter me deixado falando sozinha e voado para o lado de Edward, que conversava com o homem estranho, Emmett novamente tentou falar comigo. Será que ele não conseguia entender que eu não queria ficar perto dele porque ele era mesmo bonito e... Bem, eu sou apenas humana, nada a mais.


-Rosalie, não podemos conversar como pessoas? –ele falou com os olhos abertos de mais e o corpo inteiro encharcado.


-não. –falei seca, pegando minha toalha.


-por favor, Rose. –ele falou pegando meu braço com força. Como eu poderia negar alguma coisa, qualquer coisa para aqueles olhinhos castanhos?


-tudo bem, você tem cinco minutos. –ele suspirou e sorriu.


-Rose, olha... Eu não sou como o Tyler e os outros meninos. Eu não gosto de você só por que você é você, e nem pelo o que vão falar... Eu gosto de você pelo que você é, e por que eu te conheço pouco, mas ainda assim é o suficiente para saber que você é especial e dócil da sua maneira é claro. Rose, me desculpe se eu fui um idiota aquele dia, me desculpa se eu não matei o Tyler como prometi ou que não tenha feito nada antes... Mas, me de uma chance... Uma chancezinha. –ele sorriu e eu tive que engoli seco tudo o que ele disse. Não que eu tenha entendido cada palavra, até mesmo porque não dava, já que ele falava como uma matraca.


-eu não sei...


-olha, não estou pedindo você em casamento e nem a sua alma de presente. Não é um pedido de namoro, é só o pedido de uma chance... –assenti, indicando que tinha entendido.


-e como pretende fazer isso? –perguntei tentando achar uma maneira de fugir.


-te levando ao baile. –ele sorriu enquanto eu engasgava. –acho que você não tem mais um par, tem?


-não. –falei baixo, fitando o chão e tentando não pensar no meu ex-par.


-perfeito... Por favor Rose, só te peço isso. Eu vou provar que eu sou diferente, por favor. –seus olhos brilhavam de uma maneira diferente. Não me permiti cair na ilusão que ele gostava mesmo de mim. Já tinha creditado nisso muitas outras vezes, e não cairia nessa de novo.


-tudo bem Emmett, mas só UMA chance. –ele assentiu sorrindo e deu um beijo em meu rosto


-obrigada Rosalie, obrigada. –ele saiu pulando de costas, sem ver o lixeiro logo atrás.


-Emmett, cuida... Tarde de mais. –ele bateu no lixeiro com tudo, caindo dentro dele. –você está bem? –gritei, tentando ver se ele se mexia.


-estou. –e ele pulou de lá, saindo correndo outra vez e pulando em Edward, que desmontou com o peso dele.


Ele não é lindo?


[Edward]


Entrei no quarto, completamente cansado e sem sentir cada pedacinho do meu corpo. Essa coisa de ser menina não é para mim, definitivamente. Tomei um banho demorado tentando tirar todas as dores que voltavam. Rosalie ainda estava feliz por Emmett ter falado que gostaria de levá-la ao baile e Alice estava com esperançar que Jasper fizesse alguma coisa, e elas simplesmente não paravam de falar sobre isso.


Voltei para o quarto e novamente me joguei na cama, escutando um barulho estranho vindo de baixo dela. No mesmo momento em que eu ia levantar da cama, disfarçadamente é claro, não sou idiota nem nada, Bella entra no quarto com o maior barulho.


-Edward, como está se sentindo? Está melhor? Por que eu posso conseguir mais remédios lá em baixo... –fiz sinal para que ela ficasse quieta e logo ela correu, se jogando em cima de mim.


Levantei o edredom com cuidado, com a cabeça de Bella em minha nuca. Eu podia sentir sua respiração pesada batendo em mim e, por mais que eu nunca fosse admitir, automaticamente comecei a lembrar do beijo...


Tinha sido uma sensação diferente. Nunca tinha sentido aquilo ao beijar outra menina, e olha que eu já tinha beijado algumas. De alguma forma, Bella mexeu com sentidos que eu nunca achei que poderiam ser despertados. Minha coluna se incendiou no mesmo instante que seus lábios encostaram o meu, minha orelhas provavelmente pegavam fogo e deveriam estar vermelhas como um tomate. Aquela sensação de “borboletas no estomago” que eu nunca sentira e que sempre achei ridículo, repentinamente me invadiu, de maneira que fora difícil me controlar.


Era difícil e ao mesmo tempo fácil de mais acreditar que era Bella ali e não qualquer outra menina. Apesar de ser uma sensação completamente nova, por eu ser a menina dessa vez e ela o menino, não mudara demais. Uma parte de mim gritava “o que está fazendo? É a ISABELLA, a menina que sempre te odiou” enquanto outro berrava “É CLARO QUE É ELA, E QUEM MAIS PODERIA SER?”. Eu não entendia a briga em minha cabeça, mas de qualquer forma não foi fácil olhar para ela depois de tudo. Era sempre a mesma coisa, minhas bochechas começavam a esquentar de forma que era mais fácil ficar afastado, o que não deu muito certo.


Nada poderia ter feito eu soltá-la e me afastar naquele momento. Eu queria mais dela, eu queria beijá-la por horas se eu pudesse, mas minha pequena loucura foi interrompida pelo amável Felix, diretor do colégio que nos colocou nessa confusão...


Terminado meu momento de “remember” voltei a realidade, onde Bella estava em cima de mim, tentando ver o que tinha em baixo da cama, até que alguém pula de lá...


-AI, TUDO BEM, DETESTO SER PRESSIONADO! –Aro aparece com um pijama branco de bolinha cor de rosa.


-ARO! –nós dois falamos juntos, sem nos mexer.


-O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? –MERDA! Era a voz de Alice, que vinha da... Porta.


-oh-ou! –Bella falou me olhando rapidamente e depois soltou um suspiro. –é bom nós acharmos uma desculpa bem convincente... E rápido.


-olha que bonitinha. Ela é uns dos anões da branca de neve? –Aro perguntou com um sorriso nos lábios... E por incrível que pareça não era irônico.


-Alguém pode nos explicar o que está acontecendo? –Rosalie perguntou com a testa franzida e os braços cruzados.


-pensou em alguma coisa? –sussurrei para Bella, que apenas negou com a cabeça. –é... Acho que estamos perdidos dessa vez.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado do cap, por que eu ADOREI! HAHAHAHAHAHA aaah, amei o Emmett nesse cap! ++ HAHAHAH
beeeijos e comentem! ++