Nem pela Minha Própria Vida escrita por caroline_03


Capítulo 33
Último Capítulo...


Notas iniciais do capítulo

:´(



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/48155/chapter/33

(http://www.youtube.com/watch?v=TtGY4G7II6s já coloquei essa música em outra fic, mas acho que defini bem... Escutem, por favor! ++)

-acorda, acorda, acorda! –a voz de Alice soou longe – eu disse... ACORDA! –uma corneta fez com que eu caísse da cama.

-ALICE EU TE... –coloquei a mão na barriga fazendo careta. –droga!

-IIH! –Alie revirou os olhos. –Edward, sua namorada não quer levantar.

Franzi a testa para ela, que agora saia do quarto deixando a porta aberta. Mas que droga! Olhei para o relógio no criado mudo... JESUS! SEIS E MEIA DA MANHA! Quem vem à casa de outra pessoa seis e meia da manha em um dia de aula?!

-deixe a em paz Alice, ela ainda tem mais meia hora para dormir. –ouvi a voz de Edward dizer, já próximo da minha porta.

 -nem pensar! Hoje é o último dia de aula. Tem noção da quantidade de coisas que mudaram desde o inicio das aulas? –ela parecia indignada, ainda gritando da porta de meu quarto.

-acho que eu faço uma idéia. –Edward disse revirando os olhos, já dando um passo para perto de minha cama. –meu amorzinho lindo, coisa rica do Edward... –IIIH, lá vem! –eu tentei, juro que tentei... Mas você conhece a Alice. –ele riu um pouco esticando a mão para que eu levantasse do chão.

-hm, tudo bem. –fiz careta outra vez, ainda com a mão sobre a barriga.

-o que foi? –ele perguntou com a testa franzida.

-cólica! –fizemos careta juntos.

-acredite, eu sei como isso dói. –rimos juntos. –vou pedir para sua mãe algum remedinho, volto em um segundo.

Edward saiu correndo e eu pude ouvir os passos apressados nas escadas. Ouvi também Rosalie tentando tirar Emmett da cama e quase gritei para que ela usasse água, o que me fez lembrar do dia em que tudo aquilo começou...

Emmett estava roncando estrondosamente no quarto ao lado e eu busquei um balde de água para acordá-lo. No mesmo dia eu e Edward trocamos de corpos. Na época eu via aquilo como uma maldição, mas hoje eu enxergo como se tivesse sido a solução de todos nossos problemas.

Corri para o guarda-roupa e joguei uma calça jeans em cima da cama junto com uma blusa rosa e uma sandalinha que Alice provavelmente falaria para eu jogar no lixo. Mas que culpa eu tinha?! Eu aprendera os benefícios do “sem-salto”.

Fui para o banheiro, trombando com Jasper no meio do caminho, que a essa altura ajudava Rosalie a arrancar o edredom de meu irmão. Ri um pouco e fechei a porta, jogando o pijama para um lado e me enfiando na roupa. Edward me esperava na porta, com dois copos na mão. Um com um liquido amarelado e com um cheiro HORRIVEL, enquanto o outro continha água.

-obrigada. –falei fazendo careta terminando de beber.

-sempre que precisar. –ele me deu um selinho e piscou um olho. –se não se adiantar, Alice vai te jogar pela janela.

-tudo bem. –bufei o puxando pela mão para o andar inferior, onde meu pai já lia o jornal enquanto tomava seu café e minha mãe preparava torradas para todos nós.

-oi mãe. –dei um beijo em seu rosto. –bom dia pai. –meu pai ficou vermelho quando beijei seu rosto.

-bom dia crianças. –minha mãe sorriu, colocando em frente a Edward uma xícara com leite quente. Quando foi que ele se tornou tão intimo de casa?!

Ah, quer saber?! Deixa para lá.

Emmett, acompanhado por Rosalie, apareceu logo em seguida, com a cara amassada, mas ainda sorrindo, enquanto coçava o olho com uma das mãos. Alice e Jasper, fazendo cócegas um no outro, vieram algum tempo depois, ambos sorrindo como nunca tinha visto.

Sorri, olhando a mesa amontoada de adolescentes em plena manha de sexta-feira. Aquilo nunca acontecera antes, mas, se alguém realmente quisesse saber, por mim minhas manhas poderiam começar sempre dessa forma.

Emmett sorriu mostrando a comida na boca e eu fiz careta, Rosalie deu um beliscão em suas costelas e ele começou a tossir rindo, enquanto minha mãe sacudia a cabeça com as bochechas vermelhas. Sabe o que dizem?! Que não importa o que aconteça... Mãe é mãe, não importa a ocasião.

-vamos lá cambada. Meia hora para começar a aula. –Emmett anunciou olhando no relógio de pulso imaginário.

-estamos indo... –Alice disse empurrando o resto de leite na boca pela garganta.

-boa aula queridos. –minha mãe falou enquanto Edward me puxava para a porta.

-parecem um bando de gafanhotos. –Charlie riu, e eu ignorei o comentário, sendo jogada no banco do Volvo.

-Ei... –olhei em volta procurando pelo meu carro.

-Olá Bellinha. –Alice falou aparecendo no banco de trás junto com Jasper.

-vamos todos no mesmo carro?! –Perguntei animada.

-se coubesse sim, mas Rosalie e Emmett vão no outro. –Edward sorriu colocando o carro em movimento.

-calma aí, alguém me explica por que toda essa animação matinal?! –perguntei sorrindo torto, colocando os pés sobre o banco do carro e recebendo um olhar de canto de Edward.

NÃO VOU TIRAR!

-bem, hoje é o ultimo dia de aula. –Jasper falou sorridente.

-disso eu já sabia. –revirei os olhos sorrindo.

-e você quer mais do que isso?! –Alice pulou animada. –o que poderia ser melhor do que férias de verão, um novo ano começando, a turma reunida e milhares de confusões já prometidas?! CARAMBA! ESTAMOS DE FÉRIAS!

Rimos juntos da animação da baixinha. Olhei em volta e percebi que já estávamos entrando pelos portões da escola e milhares de estudantes sorriam para seus amigos, alguns tão animados quanto Alice e outros mais reservados, porem ninguém conseguia conter a animação de fim de aulas.

  -planos para as férias é?! –ergui uma sobrancelha.

-arriba muchacha, eu quero tequila! –Alice riu alto de nossa careta.

-nem pensar! –Jasper sacudiu a cabeça.

-não mesmo! –concordei bufando.

-vocês são TÃO chatos! –Alie revirou os olhos. –agora vamos!

(...)

No intervalo nos reunimos nas mesas externas do refeitório. Alice ainda não conseguia conter a animação e eu nem me importava mais. O professor de biologia milagrosamente me passou na matéria e eu quase surtei de felicidade.

Quando estávamos conversando sobre o tapa que Emmett levara da professora na aula de gramática, Aro e Julian se sentaram na ponta da mesa, ambos vestindo camisetas pretas com escritas: “Team Arulian*”

*Aro + Julian=Arulian. (desculpem, foi o melhor que eu consegui! HAHA)

-BOM DIA MEUS PIMPOLHOS! –Aro bateu palminhas, animado.

-quanta animação. –arregalei os olhos. –onde está o...

-É UMA LASTIMA, É UMA LASTIMA! UMA PESSOA NÃO PODE NEM FICAR DE LUTO MAIS QUE JÁ PERGUNTAM SE EU VOU MORRER! É O CAOS! –Caius apareceu jogando o veuzinho preto horroroso em uma lixeira por perto.

-EI! EU VOU TE PROCESSAR POR PLÁGIO! –Aro gritou erguendo um dedo para o irmão.

-ah não! De novo não. –Julian revirou os olhos. –amorzinho lindo, releve. Ele é seu irmão... –ele piscou os olhos para Aro, que logo derreteu. EU HEIN!

-tudo bem. –Aro deu de ombros. –eu te processo na segunda-feira. –sorriu vitorioso e Caius bufou.

-ninguém merece. –a loira do banheiro, Caius (segundo Alice apelidou), bufou.

-e então, qual o plano? –perguntei para Aro, sorrindo ao sentir os braços de Edward envolver minha cintura.

-acabamos de nos despedir dessa espelunca. –Aro falou jogando as mãos para o alto.

-COMO É?! –Gritamos juntos.

-é isso aí gente. –Julian sorriu abertamente.

-agora, o psicólogo da escola é o Caius. –Aro sorriu timidamente.

-e o que vocês fazer? –Emmett perguntou embasbacado.

-bem, o plano é viajar pela América Central ajudando com nossos dotes psicológicos quem mais precisa. –Aro explicou ainda sorrindo. –não é lindo?

-é... –concordei meio incerta.

Continuamos conversando sobre o assunto por mais algum tempo. Edward fez milhares de perguntar e parecia meio inconformado, mas para ser sincera eu achava bom eles fazerem alguma coisa juntos. Sabe como é, com o passado dos dois eu descobri que é melhor mantê-los ocupados.

Olhei para o lado para comentar com Alice sobre a nova companhia de Tânia, mas antes outra coisa chamou minha atenção. Uma limousine branca parou perto da entrada do colégio e um homem todo vestido de preto saiu da porta do motorista, vindo para trás para abrir a porta para alguém sair.

Ela tinha os cabelos claros e olhos azuis, a bochecha estava rosada, mas imaginei que fosse por que toda a atenção de nossa mesa estava voltada para ela. Ela mordeu o lábio inferior e colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha, colocando um pedaço de papel no bolso de trás da calça jeans.

-hm, poderiam me dizer aonde fica a secretária? –ela falou quase roxa de vergonha.

Não conseguimos dizer uma palavra no instante, todos nós apontamos para o lado com o dedo e ela sorriu assentindo e de cabeça baixa. Quando ela saiu, nós nos olhamos por um segundo com os olhos arregalados. CÉUS! Aluna nova?!

-ah céus, ela deixou cair o cartão de crédito. –Caius falou se levantando do banquinho. Quando ficou em pé, estacou, olhando para o cartão dourado luminoso que mais parecia berrar: “Sem Limite”. –AH! AH! AH! AH! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

-o que aconteceu animal? –Aro berrou erguendo uma sobrancelha.

-estou tendo uma revelação. –Caius colocou uma mão sobre a testa.

-sobre... –Alice incentivou.

-VIREI HETERO! –e com isso ele saiu correndo atrás da menina, levando com ele o cartão de crédito.

Ficamos em silêncio por longos segundos, até que finalmente caímos na gargalhada, lembrando desde a cara de Caius até quando ele começou a correr tentando segurar as mãos para baixo e não soltas parecendo um boneco de posto.

-como isso é possível? –Alice perguntou entre gargalhadas.

-sei lá... –dei de ombros ainda rindo.

Edward riu em meu ouvido e depois deu um beijo em minha bochecha, pegando minha mão e me levando para sei lá onde. Olhei em volta e percebi que ninguém estava particularmente interessado sobre para onde iríamos ou o que iríamos fazer.

-as últimas aulas não são importantes. –Edward deu de ombros envolvendo minha cintura com um dos braços.

-não é importante para quem? –ergui uma sobrancelha marota.

-bem, se quiser nós podemos voltar... –ele fez menção de começar a andar de volta, mas eu o segurei.

-não, tudo bem. –dei de ombros. –ninguém se importa mesmo.

Caminhamos tranquilamente sem direção, apenas de mãos dadas e olhando em volta. Não era como se eu quisesse olhar para trás. Algumas vezes a melhor coisa que fazemos é deixar no passado aquilo que pertence ao passado.

Abrir novas janelas e portas e vislumbrar o que pode vir a ser. Arrepender-se daquilo que fez ou não, não vai mudar os fatos, apenas magoar. Deixei um sorriso escapar ao me lembrar do que minha mãe me disse um dia... Às vezes, um passo para frente começa com um pedido de desculpas. Ninguém nega quando é sincero.

Paramos de andar quando estávamos no píer de Jacksonville. Aquele lugar fora palco de algumas de nossas trapalhadas. Edward sorriu e se abaixou para me beijar, com calma e sutileza.

E... Quer saber de uma coisa?!

E então, vivemos felizes para sempre.

Por enquanto...

 

 

 

Ah, qual é?! Eu só tenho dezoito anos!

                                                            #Fim...    Ou não...#

 

Epílogo da Autora:

Terminei de ler o capítulo pela terceira vez e deixei um riso baixo escapar. Tamborilei os dedos pela mesa, soltei um suspiro misturado com um sorriso e comecei a reler todos os reviews que já foram me deixado naqueles oito meses, que, parando para pensar agora, passaram tão depressa.

Não tinha nada planejado para se dizer. O que eu poderia falar?! “Obrigada” ou então, “Valeu galera, nos vemos na próxima”?! Parecia frio e vago de mais até para alguém que sempre se julgou dizer nada mais do que apenas o “necessário”. Mas às vezes o necessário não é tudo.

Fechei os olhos e toquei o rosto com a ponta dos dedos, tentando mandar para o inferno o maldito frio paranaense. Caramba! Quantos graus está fazendo?! Cinco?! Seis?!

Ouvi passos rápidos vindo em direção ao meu quarto e instantaneamente olhei para a porta, certa de que a única pessoa que iria ali naquela hora seria minha mãe.

-Ei, vamos ao sho...

-*FEEL THE RAIN ON YOUR SKIN, NO ONE ELSE CAN FEEL IT FOR YOU... –ri um pouco vendo a perplexidade no rosto dela.

-ahn... deixe para lá. –ela riu um pouco e voltou pelo mesmo corredor que tinha vindo. Ri baixinho ouvindo os comentários de “Surtou” ou “Por que será que eu me impressiono?!”

Parei onde estava, dando mais atenção as minhas palavras. Voltei a música e a ouvi desde o inicio outra vez.

*Sinta a chuva em sua pele, ninguém mais pode sentir isso por você...

Ri baixinho e rodei a cadeira, me sentindo mais retardada do que nunca. E o que mais eu poderia dizer?!

 

“Hoje é onde seu livro começa... E o resto ainda não foi escrito.”

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, só agradecer não seria o suficiente por tudo o que vocês já fizeram por mim ao longo desses oito meses em que a Fic ficou “no ar”. Se eu pudesse, tudo o que eu queria agora era dar um abraço e um beijo em cada uma de vocês e ainda assim faria um bico enorme e começaria a resmungar.
Algumas devem estar se perguntando... “Ela não vai colocar o ‘e depois?!’”, mas, sabe como é... Nunca se sabe quando vai me dar a louca e pensar em fazer uma terceira temporada, ou talvez um bônus da Fic...
Bem, galera, acho que é isso... Espero que tenham gostado do último capítulo, que, apesar de ter sido curtinho, eu achei que ficou relativamente bom...
Beeeeijos a todas, e, não me abandonem, fiquem comigo em For You também:
http://fanfiction.nyah.com.br/historia/67870/For_You
(L)