Nem pela Minha Própria Vida escrita por caroline_03


Capítulo 26
2.14-Alice surta... Novamente.


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpa a demora! mas fiquei meio sem tempo nos ultimos dias e acabei não conseguindo digitar! :S
espero que gostam! ++



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[Bella]

Nada bom. Nada, nada, nada bom!

Bem, depois de Aro ter me dado a linda noticia que eu poderia ter matado meu professor de biologia eu arrastei ele até o hospital para que eu pudesse ver com meus próprios olhos o estrago que eu tinha feito... Qual é? Sabe quantos alunos gostaria de matar o professor de biologia? Muitos, e eu estava realizando esse sonho (apesar de não ser o meu)

-DIVA, VOCÊ VAI SER PRESA! –Aro falou andando rápido pelos corredores do hospital.

-muito obrigada por me lembrar Aro. –falei já tremendo nas bases. EU SOU NOVA DE MAIS PARA SER PRESA.

-DIVA NA CADEIDA NÃO TEM PRADA, NEM DIOR, MUITO MENOS...

-aaah, sééério? –falei fazendo bico.

-VOCÊ SÓ VAI TER SABONETE NEUTRO! SEM PERFUME, ROUPAS COLORIDAS E SEM MIM! –ele jogou os braços para o ar. –COMO VOCÊ VAI SOBREVIVER SEM MIM?

-ARO...

-com licença, vocês vieram visitar o Sr. Miller? –uma enfermeira perguntou sorrindo para nós.

Pela cara dela não tinha boas noticias. Com o sorriso fraco caridoso e nos olhando de cima a baixo, como se estivesse pensando se era melhor já ligar para os médicos, ou poderia fazer isso depois de dar a noticia.

-SIM! –respondi pulando em cima dela.

-bem...

-AH MEU DEUS, ELE MORREU! –Aro falou colocando as mãos na cabeça. –NÃO QUE O MUNDO VÁ SENTIR FALTA DE ALGUEM TÃO FORA DE MODA COMO ELE, MAS COMO MINHA PEQUENA LANTEJOULA...

-CALA A BOCA ARO! –o fuzilei com os olhos.

-desculpa. –ele colocou as mãos sobre a boca.

-na verdade o Sr. Miller está bem. –a enfermeira falou em tom categórico e eu suspirei aliviada. –mas nós, hm...

-vai deixar seqüelas. –Aro chutou piscando os olhos.

-na verdade, tenho outra coisa em mente. –ela nos levou até a porta. –é melhor vocês olharem com seus próprios olhos.

Ela abriu a porta com uma das mãos e nós entramos devagar. Para dizer a verdade estava com mais medo do que poderia acontecer comigo do que com qualquer outra coisa... Veja só... Estamos falando de minha nota final, da minha faculdade indo por água a baixo e do meu professor que provavelmente iria me processar por tentativa de assassinado... É, acho que eu tinha algumas coisas para me preocupar.

-BELLA! –a voz dura dele fez eu tremer.

-hm, oi. –falei sem graça, vendo Aro se esconder atrás de mim.

-feche a porta, querida. –ele falou com os olhos direcionados para mim.

Fiz o que ele me pediu e fui para mais perto, calculando qual era a distancia que seu braço poderia chegar para que eu pudesse ficar bem longe disso. Para dizer a verdade assim que dei uma olhada melhor para ele quase caí de costas. Ele não estava verde como eu tinha pensado, muito menos com bolinhas azuis ou atirando teia para todos os lados. Ele continuava bem normal, fazendo carinho com o dedo indicador na aranha estranha que eu tinha dado a ele.

-o que você está fazendo com isso? –perguntei indignada. Qual é? Era o bicho que tinha o mandado para aquele hospital.

-o que? A fofinha? Ela veio comigo é claro, para os médicos saberem de qual veneno estavam lidando. –ele disse revirando os olhos.

-mas por que não a mataram ou a tiraram de você? –Aro perguntou saindo das minhas costas.

-por que eu não deixei. –ele falou bufando.

-mas...

-estou muito decepcionado com você Isabella. –o professor falou me fuzilando com os olhos. –achei que tinha sido bem claro naquela aula sobre aranhas, mas acho que você não entendeu como identificá-las.

-desculpa. –falei em tom baixo.

-tudo bem. –ele sorriu para a aranha. –eu e a fofinha já estamos nos dando bem, sabe? Agora já nos conhecemos melhor. –ele sorriu abertamente.

Continuei em estado de choque olhando para aquele estranho homem que continuava fazendo carinho na aranha, que agora tinha as duas patas da frente levantadas com o que eu pensei que fosse em “modo defensivo”. Aro engoliu em seco ao meu lado.

-diva, a coisa vai ficar feia, vamos logo sair daqui! –ele falou me puxando pelo braço.

-bem, senhor Miller, acho que era só isso. Que bom que está bem e me desculpe pelo meu errinho. –sorri sem graça e dei um passo atrás.

-está tudo bem Bella, vejo você na semana que vem. –sorri em resposta e corri para a porta, a tempo de ouvir um grito de “FOFINHA FEIA, FOFINHA FEIA”.

 

Aro me olhou com o canto dos olhos e depois suspirou, começando a correr (me puxando é claro) para a saída mais perto. Não queria estar presente para saber o que a “fofinha” tinha feito dessa vez.

-esse cara tem problemas, é sério. –Aro falou suspirando e indo para meu carro.

- você acha mesmo? –perguntei sacudindo a cabeça.

-sabe o que mais me irrita? –Aro falou fazendo uma cara sombria.

-o que? –perguntei virando a chave na ignição.

-é saber que assim que entrar naquele colégio vou ter que olhar para a cara daquele filho de uma mãe! –Aro bufou e eu segurei a risada.

-se está falando do Julian eu realmente não ia me importar de ter que olhar para a cara dele outra vez. –falei sorrindo.

-O QUE? VOCÊ TAMBÉM? –Ele gritou me fuzilando com o olhar. –aquele desnaturado do Caius já está correndo atrás daquela toupeira.

-digamos que eu possa entender. –sussurrei rindo.

Aro continuava reclamando enquanto voltávamos para o colégio. Pelo horário muito provavelmente agora todos estavam indo para suas ultimas aulas, e eu não tinha vontade nenhuma de chegar para a minha.

[Emmett]

-cara, é muito simples. –repeti para o cabeçudo ao meu lado.

-Emmett, isso não vai dar certo. –Jasper reclamou novamente.

-é claro que vai, é só você esperar meia hora depois de entrar na aula e pedir para ir ao banheiro. Eu deixei o celular da minha mãe e o meu livro dentro da lixeira do banheiro. E daí, você só me manda as respostas da prova, entendeu? –repeti para o caso de ele ser lerdo.

-Emmett, já pensou na possibilidade de o professor não me deixar sair? –ele perguntou revirando os olhos.

-é claro que sim, e é por isso que eu estou chamando você e não o Edward. Você é certinho de mais para passar cola, ninguém desconfiaria. –falei sorrindo. EU DEVERIA SER CONTRATADO PELO FBI DE TÃO ESPERTO QUE SOU.

-tudo bem, mas não diga que eu não avisei. –com isso nós fomos para a sala de aula, onde começaria meu momento de soninho.

*Trinta minutos depois...*

-professor, eu não estou muito bem, posso ir ao banheiro? –Jasper falou fazendo cara de enjoado.

-venha aqui. –ele chamou e deu uma olhada no cabeçudo loiro número um. –tudo bem, está limpo.

Jasper me lançou um último olhar duro (que eu nunca entendia o que ele queria dizer com aquilo, mas tudo bem) e então saiu da sala. Olhei mais uma vez para a minha prova vazia e torci para que ele fosse rápido. Se alguém estava imaginando que eu ia conseguir distinguir o que era aqueles risquinhos que tinha o desenho, estava muito enganado.

Esperei mais um pouco e quando olhei para a parede percebi que fazia mais de dez minutos que Jasper tinha deixado a sala. Será que ele estava mesmo passando mal? O que tinha de tão difícil olhar em baixo do pacote do lixo do banheiro? Foi pensando nisso que meu celular vibrou. FINALMENTE!

“suas coisas sumiram.

Jazz. ”

Ué... O que ele quis dizer com... AH NÃO.

-Emmett sente agora mesmo. –o professor falou me vendo correr para a porta.

-desculpa tigrão, mas não vai dar! –e então eu corri pelo corredor, indo direto para o banheiro.

Quando cheguei ao banheiro Jasper estava revirando a ultima lixeira que tinha ali dentro. Olhei em volta e não vi nenhum sinal do celular de minha mãe ou do meu livro (não que eu fosse sentir falta dele).

-cadê? –gritei desesperado.

-eu não sei. –ele falou olhando em volta.

Ouvi novamente a porta do banheiro bater e quando olhei para trás a zeladora tirava o lixo da lixeira do corredor e colocava dentro do seu carrinho. Eu e Jasper nos olhamos por um segundo e corremos atrás dela.

-SENHORA! –berrei e ela olhou para trás. –onde está o lixo do banheiro?

-no lixo... Ué. –ela falou dando de ombros.

-disso eu sei! Mas em qual? –perguntei desesperado. MEU PAI IA ME MATAR POR PERDER O CELULAR DA MAMÃE!

-no lixão, lá atrás. -ela falou dando de ombros.

-VAMOS. –gritei puxando Jasper comigo.

[Bella]

Aro desceu do carro e correu para seu consultório para poder salvar as ultimas “coisas cheias de brilho antes que aquele cafajeste sem classe as escondesse” como ele mesmo disse. Desci da carro calmamente e fui para a minha aula de história moderna que já tinha começado há algum tempo.

O professor me fuzilou com o olhar, Alice nem sequer pareceu me notar e Rosalie revirou os olhos apontando para Alice. Sabia o que ela quis dizer, podia ver a fumaça saindo das orelhas da baixinha e sabia que isso tinha a ver com seu excelentíssimo namorado.

-agora que a Senhorita Swan resolveu nos dar a honra de sua presença, poderíamos começar a ler o capítulo cinco. –o professor disse ainda me olhando.

Alice continuou sem notar minha presença enquanto a aula ia se arrastando. Soltei um suspiro pesado enquanto via que estávamos estudando sobre a guerra do golfo apesar de eu não saber por que dez anos ainda era considerada história moderna... Qual é? Moderno mesmo é o Ricky Martin ter saído do armário.

-O CAOS TOTAL! –ouvi alguém gritar do lado de fora da sala.

-ARO, VEJA PELO LADO POSITIVO...  –alguém respondeu com a voz alterada também.

-LADO POSITIVO? LADO POSITIVO? PRIMEIRO ESSE ANGU ESTRAGADO VEM E MUDA TODO O MEU CONSULTÓRIO E AGORA ELE PINTA MINHAS PAREDES? EU VOU JOGAR ELE NA FOGUERA COISA RUIM! –Aro gritou novamente enquanto eu escondia o rosto com as mãos.

-diz que eu to sonhando. –sussurrei para Rosalie.

-você não está sonhando. –ela respondeu rindo.

-saco!

A essa altura todos os alunos já estavam dispersos da aula e até mesmo o professor assistia ao que estava acontecendo pela janelinha da porta. Eu até temia o que poderia estar acontecendo para dizer bem a verdade.

-mas eu só estava tentando ajudar. –alguém respondeu com a voz indignada.

-AJUDAR? VOCÊ ESTÁ TENTANTADO ACABAR COM A MINHA VIDA! –Aro respondeu.

-É UMA LASTIMA, É UMA LASTIMA. SERÁ QUE VOCÊS NÃO PODEM BRIGAR EM SILÊNCIO? ESTÃO QUEBRANDO MINHA CONCENTRAÇÃO! –dou uma balinha de hortelã para quem adivinhar quem disse isso.

-CALA A BOCA! –ouvi duas pessoas falarem.

-BRIGA, BRIGA, BRIGA! –os alunos gritavam.

Levantei do meu lugar e fui até a porta ver o que estava acontecendo. Aro estava roxo, fuzilando Julian com o olhar enquanto Caius parecia estar jogando pragas baixas para todos os lados. Felix estava bem ao lado, olhando para ambos com cara de quem só agora percebia a porcaria que tinha feito.

-SE MINHAS PAREDES NÃO VOLTAREM PARA A COR ORIGINAL VOCÊ PODE DAR ADEUS A ESSE CABELINHO HORROROSO! –Aro rosnou colocando as mãos na cintura.

-VOCÊ EXPERIMENTE ENCONSTAR EM MEU CABELO! –Julian devolveu começando a ficar vermelho também.

Vi que Edward estava do outro lado do corredor assistindo a tudo com muito entusiasmo, quase como se esperasse que alguma coisa a mais acontecesse ali. Pesei se era melhor eu entrar no meio, mas Aro já estava ficando nas pontas dos pés e rodando as mãos na frente do corpo.

-AGORA VOCÊ VAI CONHECER MINHA FÚRIA! –ele berrou distribuindo tapinhas barulhentos pelo corpo de Julian.

Sentei no chão e esperei que eles enjoassem, ninguém poderia sair muito machucado dali de qualquer forma. Julian tentava desviar, hora segurando um braço ora os dois, mas então Aro começava a pular e bater a cabeça em seu queixo. Talvez eu estivesse errada também com aquela coisa de que ninguém sairia machucado.

-PARA, PARA JÁ! –Caius berrava tentando separar seu irmão e amado.

-MINHA UNHA! –Aro berrou indignado.

-VOCÊ TEM PROBLEMA? –Julian gritou também arrumando o cabelo.

-PROBLEMA? VOCÊ ESTÁ ME CHAMANDO DE ANORMAL? –Aro gritou enfurecido. NINGUÉM MERECE! – pois saiba seu Julian sei lá o que, que agora É GUERRA!

E dito isso Aro marchou para outro lado enquanto eu apenas pensava: “que ótimo terapeuta que eu fui achar...”

[Emmett]

-no três... Um, dois, três... –e quando Jasper terminou de contar me joguei no contêiner de lixo. –vai Emmett, deve estar aí... Junto com os papeis higiênicos.

-tudo bem. –falei jogando sacolas e papeis para todos os lados.

Não podia acreditar que aquilo estava acontecendo comigo. Era o celular da minha mãe, da minha mãezinha.

-Emmett, por que você trouxe o celular de sua mãe? –Jasper perguntou olhando em volta.

Para você usar para passar cola. –respondi como se fosse obvio.

-mas eu tenho celular. –ele disse revirando os olhos.

-achei que você não tinha crédito. –falei tirando um pacote de pão da minha cabeça.

-meu celular é de conta.

-eu não lembrei disso. –falei jogando uma grande quantidade de comida para o lado.

-tive uma idéia. –Jasper falou jogando alguma coisa em minha cabeça. –vou ligar para o celular dela, assim fica mais fácil. –ele disse tirando o celular do bolso e já discando.

-podia ter pensado nisso antes. –Bufei esperando pelo toque.

Ele colocou o telefone no ouvido e trocou o peso para a outra perna.

-DALE A TU CUERPO ALEGRIA MACARENA, QUE TU CUERPO ES PA’ DARLE ALEGRIA Y COSA BUENA...

-de onde está vindo? –perguntei vendo que estava próximo de mais.

-Emmett. –Jasper Chamou fechando os olhos.

-o que?

-ESTÁ NO SEU BOLSO ANIMAL! –ele gritou e só então percebi que meu bolso estava mesmo vibrando.

-EPA...

[Bella]

-acho que nossa ultima aula foi minada. –Edward falou me abraçando. –estou realmente muito chateado.

-concordo. –ri um pouco beijando seu rosto.

-por um acaso, você sabe de seu irmão? Ele saiu correndo na ultima aula e o professor zerou a prova dele. –Edward disse dando de ombros, pegando minha mão e me levando para o estacionamento.

-não tenho idéia, para ser sincera. Mas sabe o que aconteceu com sua irmã? –ele franziu a testa.

-não...

Foi o tempo de vermos Emmett, com papeis higiênicos grudados no pé, e Jasper ao seu lado trancando o nariz para não respirar perto dele. Queria saber o que estava acontecendo, mas no mesmo tempo Alice vinha pelo corredor marchando.

-Ali... –Jasper disse, mas minha amiga continuou o encarando séria.

-QUE CHEIRO É ESSE? –ele gritou trancando o nariz com a mão também.

-Emmett...

-e porque você está tão nervoso? –ela indagou o olhando com os olhos semicerrados.

-por que você está me enchendo de perguntas? –Jasper perguntou franzindo a testa.

-NÃO MUDA DE ASSUNTO!

-NÃO SEJA NEURÓTICA! –ele falou colocando as mãos na cintura.

-iiiii! –Edward falou em meu ouvido.

-ÓTIMO! VOCÊ NÃO PRECISA DE ALGUÉM NEURÓTICA COMO EU AO SEU LADO! –Alice virou as costas e saiu marchando pelo corredor novamente.

-isso pega? –Edward perguntou e eu dei de ombros.

-é só a TPM! –falei sorrindo.

-acho que entendo. –Edward riu.

-ALICE MEU BEM, VOLTA AQUI! –Jasper berrou atrás dela.

Eu também teria corrido atrás dela se não tivesse visto uma coisa muito mais interessante. Digo, e não era apenas Aro jogando coisas pela porta de seu consultório e Julian correndo para catar tudo. Era simplesmente Edward, que parou em minha frente e sorriu, pegando minha mão e me puxando para fora do prédio.

-vem, precisamos de um tempo! –ele riu ainda segurando minha mão. Sorri para ele também, sem pensar duas vezes.

 


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Notas finais do capítulo

comentem, comentem, comentem! ++
beeeeeeeeeijos