Ressurgente escrita por Let B, Muh


Capítulo 48
Capítulo 48 - Bônus


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoas!!
Aqui está o bônus. O ambiente é outro, mas vocês verão como ele poderá influenciar para os capítulos futuros. Capítulo dedicado as lindas que comentaram o capítulo passado:
*Tris Pond
*lover of sagas
*EVELYN FALCONE LUCIN
*Kaah
*Star

Espero que gostem!!



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Washington D.C.

O presidente observou o céu onde nuvens pesadas encobriam o sol, aquele era um dos dias cinzentos que ele tanto amava. Dias como aqueles eram desprezados pela maior parte das pessoas, mas o presidente sempre achou que esses dias combinam como o aspecto frio e estéril da cidade.

Ele estava em um carro, junto a seu motorista e o chefe de segurança. Na frente e atrás, dois carros os cercavam, para manter aquele homem de aspecto tão comum em segurança.

Ele era um homem comum e simples, mais sabia que tinha carisma, ou pelo menos, acreditava ter. Havia tido uma infância humilde que o havia ensinado lições de vida, que até hoje carregava com ele. Era um homem de estatura média, branco, e estava na faixa dos quarenta anos. Entrou para a política porque acreditava que só através dela poderia realmente mudar alguma coisa. Foi um caminho árduo até a presidência, e tinha que confessar que se alguém dissesse para um Adam Turner mais jovem que um dia ele chegaria até ali, ele teria rido.

Mitchell, que trabalhava como chefe de segurança, não largava o rádio comunicador que o mantinha em contato com os agentes dos outros carros. Ele parecia estar odiando cada momento. Achava que as saídas do presidente para visitar a população mais pobre, que vivia a margem da sociedade, era um ato corajoso de um homem estupidamente idealista.

O presidente observou despreocupadamente o carro a frente frear bruscamente. Sentiu seu corpo sendo jogado para frente, mesmo usando o cinto de segurança.

– Que merda foi essa, Jones? - Mitchell bradou irritado no rádio para um dos agentes que estavam no carro à frente. Houve o barulho do carro que estava atrás parando bruscamente, quase batendo no carro onde eles estavam.

– Senhor, tem algo aqui...- Jones não terminou a fala, sendo interrompido pelo som ensurdecedor de tiros cortando o ar.

Rapidamente, todos os agentes começaram a agir. Mitchell gritou para ele se abaixar. Mesmo os carros sendo blindados, havia certas munições pesadas que o atravessariam.

Apesar da ordem, o presidente se arriscou a levantar a cabeça ligeiramente para poder observar seus agressores. No entanto, não houve tempo e nem percepção para isso. Mal levantando a cabeça, sentiu uma pontada de dor do lado direito da cabeça. Olhou assustado para o sangue que começou a cair manchando seu terno cinza.

Apagou.

X-X

– Presidente Turner. - A voz de Mitchell o acordou brevemente, quando, depois soube, estava em uma ambulância a caminho do hospital.

– Agente Mitchell? - o presidente sorriu, possivelmente estava drogado naquele momento. Falou enrolando as palavras: - Acho que devo dar mais crédito ao que você diz. Você sempre me avisou que eu ia acabar levando um tiro de algum sem teto.

– Humm. - O chefe de segurança parecia consternado e preocupado. - Não acho que isso seja coisa de algum sem tempo, senhor presidente.

O presidente tentou continuar ouvindo, mas novamente foi tragado pela inconsciência.

X-X

Já havia se passado alguns dias, desde o atentado. Ele já estava totalmente recuperado, por sorte, o tiro havia sido de raspão em sua orelha. Nada potencialmente mortal. Outros agentes que o acompanhavam não haviam tido a mesma sorte. Contando com ele, e seu motorista Gonzalez, eram onze pessoas. Oito estavam mortas, entre eles, seu motorista, um sujeito agradável e bondoso.

Os terroristas, como Mitchell insistia em chamá-los, não haviam tido resultados melhores que o deles. Seis foram mortos no confronto, e dois conseguiram fugir, e se encontravam ainda foragidos.

– Presidente Turner. - Mitchell se anunciou, entrando no imenso escritório do presidente.

– Alguma novidade?

– Tenho algumas sim. Mas acho que o senhor não deveria se envolver nisso, senhor presidente. É melhor deixar que eu e minha equipe cuidarmos disso. - Mitchell respondeu rigoroso.

– Diabos. Já estou envolvido até o pescoço. Eles estavam tentando me matar. Preciso saber quem está por trás disso. Sei que tenho inimigos, inúmeros. Principalmente na política. Mas isso foi demais. Extremo, radical, quem organizou isso estava disposto a se arriscar. Quero saber quem está desesperado tanto assim.

– Vou dizer ao senhor o que eu já sei até o momento. - Mitchell começou, sentando numa das cadeiras acolchoadas que havia no escritório. - Sei que o ataque foi muito bem planejado, e que quem o organizou tinha conhecimento da agenda presidencial. O que sugere que foi trabalho interno, ou de alguma pessoa com influência o bastante para conseguir isso. Sei que os terroristas estavam muito bem preparados, com equipamento de última geração e não rastreáveis o que quer dizer que há muito dinheiro e poder envolvido. Sei que terroristas mortos que identificamos são soldados dispensados do exército e que se tornaram mercenários. Como vê tudo o que sei nos arremete ao fato de que tem dinheiro e poder envolvido nisso. Sei também que o senhor andou irritando muitas pessoas por aí, e uma delas me chama muito a atenção por ser um sujeito que tenho o conhecimento de estar envolvido e de conluio com pessoas de moral, digamos, duvidosa, o Senador Tyn.

– Você está querendo dizer que o senador Tyn está envolvido nisso?

– Não, senhor presidente. Isso não posso afirmar, ainda. Mas ouvir diversas fontes citando que o senador estava “extremamente insatisfeito" com alguns inquéritos que o senhor insistia em abrir e coisas que o senhor xeretando.

– Como presidente, tenho o direito. - O presidente começou a se defender.

– Presidente Turner, eu não estou o criticando. Estou apenas dizendo o que eu ouvi.

– E como eu dizia, tenho o direito e a obrigação de saber, de buscar esclarecimentos, Preciso entender porque um pequeno hospício localizado num fim de mundo recebe uma verba anual de aproximadamente dez milhões de dólares. Isso é um assalto ao cofre público. Preciso saber por que o exército disponibilizou um número tão grande de soldados para o diretor desse hospício. Isso foi você mesmo que me informou, não é Mitchell? E quero saber por que Chicago cortou a comunicação conosco. Segundo alguns assessores, a prefeita da cidade estava muito empenhada em trazer Chicago de novo para o mapa do nosso país depois do término do lamentável experimento que foi imposto a eles. Não só a Chicago, como a outras cidades. Achei que finalmente o país estava superando este preconceito e tratamento desumano que foi imposto a algumas pessoas, os chamados "GDs".

– Sim, senhor presidente, entendo suas motivações e garanto que esta absurda história de GDs esta praticamente acabada. É claro, que ainda existem pessoas que tem preconceito. Isso leva tempo para acabar. Como bem sabe um dia pessoas como eu - Disse apontando para sua pele. - foram escravas, e mesmo após essa escravidão ser extinta, ainda sofreram décadas de agressões verbais e físicas. Foi um processo longo e tortuoso, mas isso foi superado. Acredito que a questão do GDs também será. E sabe por que eu acho isso? Por um dia todo mundo acaba percebendo que a única forma de sobrevivência da raça humana é pela união, e não pelo ódio que separa grupos que mal entendem porque devem odiar o outro. Se continuarmos a atacar uns aos outros, o que no fim irá sobrar?

– Fico feliz de ouvir você dizer isso, Mitchell. Em tempos como o que vivemos a única coisa que pode nos manter de pé, é a esperança. Confesso que fico um pouco surpreso, não é você que sempre me critica, dizendo que sou idealista tolo?

– Senhor presidente, tenho certeza que nunca o chamei de tolo, apesar de já ter pensado isso. O senhor é um homem justo, e o respeito por isso. Mas ainda considero loucura o senhor visitar esses lugares, e enquanto insistir nisso, vou continuar insistindo que o senhor não deve ir. - levantou-se aprumado. - Agora vou deixar o senhor é...humm...fazer coisas que os presidentes fazem, em paz.

– Mitchell. - Chamou-o antes que ele saísse. - O que vai fazer?

– Ora, senhor presidente. O senhor não quer saber o que está acontecendo em Chicago? Isso, pelo menos, eu acho que posso descobrir.


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Notas finais do capítulo

E, agora? O que vocês acham que vai acontecer?? Comentem gnt. O que vocês esperam da luta??