Ressurgente escrita por Let B, Muh


Capítulo 44
Capítulo 44


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!
Quando dissemos que iríamos postar essa semana não era brincadeira. ;)
Bem, queria só explicar que demoramos para postar esses porque a pouco tempo atrás uma pessoa muito próxima minhas se foi... Então eu não tava conseguindo escrever nada direito. Portanto vamos compensá-los ;)
Agradeço a:
*Diih Vasconcelos
*Star
*lover of sagas
*Tris Pond
*FourSeis I LOVE
*Cahfeher ( bem-vinda!)
Por terem comentado no capítulo passado e agradeço a tds que estão acompanhando! Bjs, aproveitem.



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P.O.V Caleb

Escolher uma pessoa loira para treinar com certeza havia sido uma má ideia. Na pressão, Caleb acabou escolhendo uma mulher loira porque achou que seria mais fácil operar Beatrice assim, mas na verdade isso tornou o treino mais difícil.

Charles questionou a decisão de Caleb e ele disse que achou a mulher bonita, isso fez um sorriso surgir no rosto de seu chefe. Ambos levaram o corpo em uma maca para a sala que Charles indicou ser a mais adequada, felizmente não tiveram que andar muito.

Caleb passava freneticamente as mãos no cabelo e mexia os dedos de forma nervosa.

— Está tudo bem, Caleb? — questionou Charles.

— Está sim. — mentiu — Estou apenas ansioso.

— Que bom, então.

Caleb sorriu em sua direção e continuou olhando para frente.

...

Fazia meia hora que Caleb escutava as explicações de Charles sobre tudo o que precisava saber antes da cirurgia. Mostrou a ele o dispositivo que deveria ficar no cérebro sem explicar para que ele servia, mas Caleb sabia.

Ele deveria estar planejando avançar com as pesquisas de forma bem intensa, pensou Caleb. Será que um dia ele planeja controlá-los com aquele dispositivo? Caleb engoliu a seco.

— Então, vamos começar? — Charles disse animado colocando sua máscara cirúrgica, Caleb fez o mesmo.

— Claro. Vamos logo. — falou Caleb com a voz abafada.

Sem falar mais Caleb pegou os equipamentos necessários e esperou Charles cortar o crânio da mulher com uma serra cirúrgica. Concentrou-se naquele barulho e respirou fundo. Algum tempo depois o cérebro sem vida dela estava exposto. Caleb, com o auxílio de Charles obviamente, trabalhou cuidadosamente no tecido neural, com seu chefe explicando como chegar ao local certo sem prejudicar qualquer função importante. Isso era muito difícil, Caleb admitia. Bem, o cérebro é uma parte bem complicada do corpo humano.

— Muito bem. — parabenizou Charles — Agora o dispositivo fica aqui... — falou demonstrando com os dedos onde era e esperando Caleb colocá-lo.

Com o maior cuidado possível e a testa pingando a suor, mesmo com o ar-condicionado da sala estando ligado, colocou o dispositivo. Tirou as mãos de dentro do paciente e sorriu satisfeito.

— Não temos que ativá-lo? — Caleb indagou, só então lembrando esse detalhe.

— Ele tem autoativação. É como se ele sentisse que está no lugar certo e liga. — Charles espreguiçou-se cansado pelas horas de trabalho — Você até foi bem para uma primeira vez em uma cirurgia tão delicada. Claro que sua paciente morreria se estivesse viva ou ao menos não andaria de novo.

— Ótimo. — respondeu com um leve tom de sarcasmo. Imaginava os horrores que poderiam acontecer com sua irmã se ele cometesse um erro. Engoliu a seco.

— Não se preocupe, voltaremos aqui amanhã com outro lindo cadáver. — anunciou antes de sair da sala, ele provavelmente ainda tinha muitos afazeres.

Caleb tirou a máscara e esfregou os olhos, cansado. Sabia que ele iria ter que levar o cadáver para o necrotério e se preparou para fazê-lo, mas antes chamou um enfermeiro para limpar a sala, este o olhou de forma debochada, mas mesmo assim assentiu e começou a limpeza.

Saiu da sala empurrando a maca com um corpo coberto em cima.

...

Caleb estava cansado, mas feliz. Tinha feito inúmeras anotações em um caderno, pois na próxima vez queria fazer tudo perfeito. Ele conseguiria, só precisaria de um pouco mais de treino. Precisava dormir para melhorar as habilidades mentais, senão no outro dia não conseguiria nem manter-se em pé.

Já era noite no hospital e ninguém circulava mais pelos corredores, pois o toque de recolher dos pacientes tinha passado. Lembrou-se instantaneamente de Eleonor e da conversa que tivera com ela mais cedo sobre visitá-la em seu quarto para conversar. Caleb estava morrendo de sono, pensou assim em deixar esse assunto para o outro dia, porém sua curiosidade era maior do que tudo. Suspirou, vendo que a decisão já estava tomada.

Mudou de caminho para a direção aos quartos dos pacientes. O silêncio chegava a ser assustador, pois normalmente, mesmo a noite, sempre havia algo acontecendo no hospital. Isso é estranho, pensou.

Ao chegar perto um dos seguranças do hospital o parou.

— Aonde vai?

— Eu quero, hm, ver uma paciente. — Caleb sorriu — Eleonor é o nome dela. Tem olhos verdes esmeraldas bem bonitos, sabe?

Um sorriso malicioso surgiu nos lábios do guarda.

— Ah, entendi. — riu — Vocês sempre vem fazer as mesmas coisas aqui essa hora. Só queria confirmar porque você é novato.

— Tudo bem. Eu entendo. — Caleb também riu seguindo a onda do cara, entretanto não sabia direito o que ele estava falando.

O segurança o deixou passar com um tapinha nas costas e o desejou boa sorte. Caleb agradeceu e procurou o quarto de Eleonor, esse seria um trabalho complicado, pois não sabia o número dela e era com eles que se identificava de quem era cada quarto.

Mas no fim, isso não se tornou um problema, pois Eleonor colocou a cabeça para fora da porta e chamou Caleb com o dedo para seu quarto.

— Como você sabia que eu estava aqui? — questionou.

— Ouvi sua voz. — respondeu — Achei que nem viria mais.

— É, eu estava ocupado e me atrasei. — Caleb falou entrando no quarto deixando a porta aberta como deveria estar, não sabia por que Eleonor tinha fechado se aquilo não era permitido.

— Sobre o que você queria falar...

—Ah, sim. — balançou a cabeça — Vou ser direta: sua irmã não estar morta.

Caleb decidiu fazer sua melhor cara de dúvida e a olhou como se fosse doida.

— Como?! — exclamou.

Eleonor sorriu.

— Tinha uma paciente aqui que se chamava Beatrice e você parece com ela.

— Só por isso? — olhou-a cético. — Claro que não. Depois que ela fugiu com um garoto chamado Jacob, e após disso teve o Ted... Enfim, eu, que sou uma pessoa curiosa, decidi explorar mais essa minha casa insana, portanto acabei descobrindo que todos nós estávamos mortos até o nosso querido Doutor e seu filho, algumas vezes, nos trazerem de volta a vida.

Caleb mordeu o lábio pensando se confiaria nela ou não. Eleonor tinha confiado sua, provável, maior descoberta e o mínimo que ele poderia fazer era confiar nela da mesma forma. Suspirou pesadamente.

— Eu meio que já sabia disso. — confessou.

O olhar perplexo de Eleonor chegava a ser hilário, mas ele manteve a expressão séria. Continuou:

— Sei que Beatrice está fora daqui e foi ela que me contou sobre tudo. Eu quero ajudá-la, por isso estou aqui.

— Ela te contou... — murmurou — Ela sabia...

— Sim, e agora quero ajudá-la a recuperar a memória.

Eleonor abriu a boca para responder, entretanto de repente seus olhos arregalaram e ela olhou para os lados assustada. As mãos dela puxaram a roupa de Caleb o aproximando e assim Eleonor colou os lábios dos dois. Caleb, depois do choque, retribuiu.

— Ah, então é isso que vocês estão fazendo. — disse um médico alto na hierarquia, portanto ele deveria saber sobre toda essa confusão de trazer de volta a vida.

— Bem, ééé... — Caleb gaguejou sem saber direito o que falar, olhou para Eleonor e ela tinha as bochechas coradas, como as deles deveriam estar.

— Tudo bem, então. — o médico se retirou sem mais nem menos.

Caleb riu e bufou satisfeito. Estava feliz por ter sido beijado e até entendia os motivos que ela tinha feito isso, apenas tinha ficado extremamente surpreso.

— Eu posso ajudar. — disse Eleonor de repente — Você e Beatrice. Posso ajudar. Sou boa nesse tipo de coisa.

— Certo, — sorriu — seria muito bom ter ajuda aqui. Olha, estava sendo difícil poder confiar apenas em mim mesmo.

Ambos riram e continuaram conversando por boa parte da noite.

...

Era apenas mais uma noite no hospital, fazia muito tempo que Caleb ficava com Eleonor durante algumas noites e aquela não seria uma noite diferente. Ele estava histérico de felicidade, pois hoje tinha sido a segunda vez que ele realizou uma cirurgia cerebral com sucesso em um paciente vivo.

Andou pelos tão conhecidos corredores do hospital louco para contar a novidade para Eleonor, ela adoraria saber o quanto Caleb havia evoluído desde o dia que os dois conversaram pela primeira vez.

Cada vez que ambos conversavam, Caleb conseguia odiar cada vez mais aquele maldito hospital. O que eles fizeram com Eleonor e com sua irmã... Era imperdoável!

Quando chegou no quarto dela a mesma veio o saudar com um sorriso no rosto. Seus olhos verdes esmeralda brilhavam e seu cabelo parecia tão macio quanto sempre aparentava estar. Caleb sorriu em sua direção.

Um alarme começou a soar alto pelos corredores. Logo viu uma movimentação estranha dos pacientes e dos seus colegas de trabalho, rapidamente percebeu que tinha algo de errado. Eleonor também parecia ter percebido isso, mas não demonstrava medo, apenas cofiança.

— Ei! — gritou Caleb para um enfermeiro — O que está acontecendo?

— Rebeldes! — respondeu exaltado — Estão nos atacando!

— O quê? — indagou Eleonor — Por quê?

— Não sei. — o enfermeiro falou — Só vão para o abrigo no subsolo e ajudem o máximo de pacientes.

Caleb e Eleonor balançaram a cabeça positivamente e andaram em direções diferente. Ela poderia ainda não saber com quem Beatrice tinha se envolvido quando saiu do hospital, mas Caleb sabia e esperava estar quanto aquele ataque.

Sorriu.


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Notas finais do capítulo

Será que agora rola uma briga feia daquelas? O que acharam da Eleonor?
Espero que tenham gostado desse capítulo só do Caleb, rsrs, eu gosto muito dele.
Até o próximo capítulo! ;)



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