Ressurgente escrita por Let B, Muh


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

LEIAM AS NOTAS INICIAIS!!

Oi, td bem com vocês?
O capítulo demorou um pouquinho, mas ta bem grande.
Primeiramente, quero contar que escrevi uma one shot que narra um pouco a vida de Beatrice na Revolução. Deem uma passadinha lá e comentem o que acharam http://fanfiction.com.br/historia/588518/Ressurgente_-_O_inicio/

Esse capítulo é dedicado a todas as lindas que comentaram no capítulo passado:
*Star
*DM
*Little Pink (nossa leitora diva, que sempre nos emociona com seus comentários)
*Jaqueline Ferreira

Para o próximo capítulo sair rapidinho, é só deixar a gente muito feliz, comentando, favoritando ou recomendando.




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P.O.V Jacob

Jacob seguia o Doutor, atento ao segurança particular que os seguiam.

Os três entraram em um prédio, que pelo seu ponto de vista parecia discreto e simples por fora. Entretanto, assim que entrou percebeu que estava errado, a recepção do lugar era bem arrumada, equipada e parecia cheia de coisas caras, apesar de estar vazio. Deveria ser um local bem frequentado, já que haviam diversos funcionários andando para lá e para cá.

O Doutor parecia já estar familiarizado com as pessoas e o lugar, pois agia de maneira mais casual e todos os funcionários o cumprimentavam pelo primeiro nome.

Jacob ficou calado, apenas observando como usualmente costumava fazer, afinal suas conversas com o Doutor sempre acabavam em respostas vazias e insultos desnecessários, e o homem tinha uma língua muito afiada, o que sempre deixava Jacob em desvantagem.

– Lembre-se de tudo que falei. - disse o Doutor, guiando os seus dois acompanhantes para o elevador, os declarando como meros visitantes à mulher que controlava a entrada e saída de pessoas no elevador. Sem precisar dizer aonde ia, a mulher, que se chamava Tess segundo seu crachá, apertou o botão de número cinco, com um largo sorriso em direção ao Doutor.

Jacob bufou.

– Eu sei, não se preocupe. Não sou burro para não saber fazer algo como isso.

– Espero que sim. Mas eu sei sua inteligência, Jacob, e não há nada que me impressione.

– Obrigado. - Jacob sussurrou para si mesmo, não deixando o Doutor ouvi-lo. Era sempre assim, e não podia evitar.

Continuaram andando por um corredor estreito, após o doutro se despedir da tal Tess, agradecendo. Jacob começou a se sentir cansado e confinado após alguns minutos andando, os corredores longos pareciam não ter fim e o ambiente, acima de tudo estava abafado. Enxugou o suor da testa com as costas da mão.

Havia uma porta dupla, com dois guardas em lados opostos, eles usavam ternos pretos e até óculos escuros. Isso o fez rir, afinal o seu segurança usava roupas normais, que segundo ele era para disfarce. Parou do lado do Doutor esperando algo acontecer.

Os guardas ergueram a sobrancelha para os acompanhantes do homem, que apenas fez um sinal positivo com a cabeça para Jacob.

–Este é meu novo assistente, Jacob. Irá entrar também, não se preocupem. - falou o Doutor com um surpreendente tom amigável, chegando a assustar Jacob.

Ambos os guardas abriram a porta, sem dizer nada apenas assentindo.

Jacob não sabia quem eles iriam encontrar, apenas sabia o papel que deveria cumprir. Ao julgar pelos guardas e pela localidade, era alguém tão rico e importante quanto o Doutor.

– Senador Tyn, é tão bom vê-lo novamente. - o Doutor falou com uma leve risada ao final da frase. O doutor estava na frenet, ofuscando a visão de Jacob e impedindo que eu visse a aparência do homem que respondeu.

– Mesmo com as atuais circunstâncias, você continua com o seu conhecido bom-humor.

Peraí! Bom humor? Se o Doutor que ele conheceu diariamente durante a época mais conturbada de sua vida estava com o seu "conhecido bom-humor", então Jacob não queria conhecer o mal, mesmo tendo visto o homem bravo diversas vezes. Jacob teve a imensa vontade de gargalhar, mas se conteve.

–Sim. Circunstâncias que você me explicará agora.

–Serei breve, afinal tenho outros compromissos importantes. - o senador Tyn suspirou - Espero que este rapaz seja confiável.

A resposta do Doutor pouco lhe importou, assim que deu de cara com os gélidos olhos azuis do senador seu coração parou. A essência daquele homem parecia mais fria e cruel de qualquer pessoa, com exceção do Doutor quando estava no Hospital. O Tyn não parecia ser alguém que se deva confiar.

– Você está, obviamente, ciente da mudança de presidente aqui no nosso país. A mudança ocorrerá logo, e temos um problema em relação a isso.

– Que seria..? - o Doutor, com a cabeça, faz um gesto pedindo para o senador continuar.

O homem suspirou indicando as duas cadeiras ao lado, estava sentado com as pernas cruzadas e as duas mãos unidas apoiando o queixo. Jacob e o Doutor sentaram-se, Jacob demostrou uma leve hesitação, que tratou logo de esconder ao dirigir um leve sorriso a Tyn.

Uma coisa que ele não estava entendendo era o motivo do Doutor ter o levado aquele encontro, pois se fosse apenas para não sair do seu lado, teria sido deixado do lado de fora como o seu segurança particular. O Doutor nunca fora um homem que compartilhava informações, e o fato de Tyn perguntar se Jacob era confiável e o fato de ser apresentado anteriormente como assistente novato causava-lhe suspeitas nada confortantes.

– O nosso novo presidente não está ciente de suas pesquisas como o atual está, e muitos senadores e alguns governadores acreditam que ele não aprovaria as suas pesquisas e que provavelmente cortaria todas suas verbas, que estão bem disfarçadas entre outros gastos governamentais. Portanto, é importante que você se certifique que informações não sejam dispersas. - o senador lançou um olhar discreto em direção de Jacob - E estou bem ciente que aquela sua garota ainda está sumida.

– Você está falando de Beatrice? - indagou Jacob. Por que sempre ela? Beatrice parecia estar em todo o lugar e em todas as conversas! Cerrou os punhos, esperando que ninguém visse esse ato.

– Sim. - Tyn estreitou os olhos pare ele - Enfim, ela pode ser uma ameaça se continuar solta.

– Se este é o maior problema, eu já estou rastreando a garota e acho que sei onde ela está. Não demorará muito para eu pôr as mãos nela.

– Espero que esteja certo. - o homem falou com a voz levemente cética - Bem, por causa disso há algumas pessoas que planejam retirar o seu apoio e dinheiro da jogada. Portanto recomendo que comece a fazer favores a eles, pois precisamos deles.

–Favores? Por exemplo? - o Doutor ergueu a sobrancelha.

– Um conhecido meu está com a filha no hospital e ela certamente morrerá. Ele quer a sua ajuda, para que depois do inevitável acontecer, a garota consiga voltar a vida.

– Isso parece ser complicado. E faz um tempo que não realizo a volta de ninguém. - pareceu pensar por um tempo - Ele é rico e tem poder?

– Muito, de ambos.

– Então diga para ele trazê-la ao meu hospital logo após a morte, o quanto mais rápido melhor.

– Você tem que resolver o problema com a sua garota nesse meio tempo. E talvez também devesse eliminar todas as ameaças.

O Doutor assentiu, mas antes que o senador saísse da sala, falou:

– Sobre o meu pequeno problema com a garota, preciso de um favor.

– E qual seria? – O senador perguntou curioso.

– Tem um lugar em Chicago que foi utilizado para os experimentos referente aos genes, imagino que você já tenha ouvido falar- o homem assentiu. – Minha garota-problema morava naquele lugar antes de morrer. Segundo informações que recebi é lá que ela está se escondendo. Acho que você pode perceber o problema que isto nos causa, não e? Já que todos a conheciam e sabiam que ela havia morrido, e então puf ela simplesmente volta.

– Entendo. Eles sabem sobre o que aconteceu com ela, sabem do projeto ressuscitação.

– Sim, e temo que neste caso, apenas tirá-la da jogada não resolveria o problema.

– Sim, e o que você pretende fazer quanto a isso?

– Ora, meu velho amigo, só há uma opção neste caso. Preciso que você me disponibilize alguns homens, um número significante de soldados. O resto pode deixar que eu resolvo.

Após isso, o senador deu o pequeno encontro como encerrado, saindo da sala e sendo seguido pelos dois homens que estavam na porta anteriormente. O segurança pessoal de Jacob olhou para dentro da sala, como se estivesse se certificando que ambos ainda estavam vivos.

– E quando vamos recuperar a minha memória? - questionou Jacob, nervoso ao constatar que a agenda do homem estava bem cheia.

O Doutor suspirou pesadamente e se aproximou de Jacob.

– Ouça, se você não percebeu eu tenho assuntos bem mais importantes do que você. Então espere, pacientemente até eu ter tempo. Afinal você deveria estar agradecido, eu sou um homem que não cede favores para ninguém como você, apenas pessoas importantes. - Doutor o encarou com um sorriso de canto que deixou Jacob tenso e assustado, não tinha vontade de dizer mais nada - Logo resolveremos um problema: você. E será do meu jeito.

POV Beatrice

Beatrice sempre havia gostado de situações constrangedoras, costumavam ser sempre muito divertidas para ela. Entretanto, ela tinha que admitir que já havia chegado ao seu limite no quesito constrangimento desde conheceu aquele lugar e aquelas pessoas. Mas o universo parecia não concordar com ela, sendo assim, neste momento ela estava dirigindo o mesmo carro com que havia chegado à cidade, mas dessa vez partindo, junto a Meg e Christina. Meg tentou manter um dialogo entre elas, o que até foi bom no começo da viagem. Mas agora Meg estava dormindo no banco ao lado, e apenas ela e Christina se mantinham acordadas, em um absoluto silêncio. Beatrice se xingou mentalmente. Por que mesmo ela tinha sugerido levar Christina?

Ligou o rádio e tentou captar alguma estação, primeira surgiu uma com anúncios do Governo, trocou para outra que tocava musica country, continuou tentando achar algo que prestasse naquele maldito rádio, mas olha só, parecia que novamente o Universo não estava cooperando.

– Humm. – Pigarreou Christina no banco de trás, ela parecia tão incomodada quanto ela. – Eu estava pensando, aquele dia que você disse que gostaria de tentar ser minha amiga de novo, era sério?

– Bom, sim. Ou melhor, não. – Viu pelo retrovisor a cara de choque da outra. – Quer dizer, acho que podemos tentar ser amigas, mas eu não vejo isso dessa forma. De novo, quero dizer. Para mim seria a primeira vez, sabe? Não gosto muito quando me confundem com a “outra”, quem eu era antes de morrer. Me vejo como outra pessoa, e não essa garota que vocês conheceram. Estou divagando demais?

– Não. Acho que eu entendo que você se sinta assim. Deve ser chato ter as pessoas falando como você era e as coisas que você fazia, como se esperassem que você devesse simplesmente se ajustar as expectativas. E agora você tem outra vida, conheceu outras pessoas e lugares, então é claro que você não é a mesma pessoa que antes.

– É bem chato mesmo. – Beatrice surpreendeu-se, era isso que ela estava tentando explicar a Tobias. E Christina conseguiu entender, mesmo tendo convivido pouco com ela esses dias. – Fico tentando explicar isso a... Humm.

– Pode falar, é Tobias, não é? Não precisa ficar preocupada comigo por causa dele. Na verdade, acho que seria interessante se nós pudéssemos falar sobre ele. – Christina riu com o susto que Beatrice levou. – Eu estava falando a verdade quando disse que o superei, para ser sincera, nem sei se havia algo para ser superado. Quer dizer, eu gostava dele e acho que ele também gostava de mim, mas eu sabia que não era amor, acho que foi mais carência e solidão.

– Então, você não o amava?- ela perguntou, mantendo os olhos na estrada à frente.

– Sim e não. Amava ele mais pelo companheirismo e cumplicidade que tínhamos, mas não posso dizer que estava apaixonada por ele. Eu já estive apaixonada, sei a diferença entre isso e o que eu sentia por Tobias. Há alguns anos atrás, eu conheci uma pessoa e me apaixonei, o nome dele era Will. Infelizmente ele morreu...

– Como isso aconteceu?

– Você quer mesmo saber? – Beatrice assentiu. – Tris o matou. No começou fiquei com muita raiva dela, mas depois a perdoei, eu entendi que ela não teve escolha.

– Uau. Ninguém me contou sobre isso. Imagino que você tenha me odiado quando voltei. Primeiro, Tris te tira Will, depois, eu te tiro Tobias.

– Você não me tirou Tobias, ele nunca foi meu, sempre foi de outra pessoa- Tris levantou os olhos para o retrovisor e viu que Christina a olhava. – Não fiquei com ódio, acho que foi mais ciúmes. Mas, eu fui me aproximando de Meg e percebi o quanto esse ciúme era bobo.

– Você a ama então?

– Ainda não sei. Acho que estou um pouco apaixonada, mas é tudo muito confuso ainda para mim, eu nunca havia me sentindo atraída por outra garota, não sei se consigo. Agora é minha vez: Você ama o Tobias? E você amava Damon?

– Amar? Acho que ainda é muito cedo para isso. Eu gosto bastante dele e acho que talvez esteja me apaixonando, mas não acho que esse negócio que está rolando entre nós dois vai dar certo. É bem como você disse antes, sabe? Ele tem muitas expectativas sobre mim, e eu não sou capaz de atendê-las. E nem quero. Quero alguém que goste de mim do jeito que sou. E Damon, é complicado. Eu o amava, mas não sei se era da forma certa. Nosso relacionamento sempre foi muito turbulento, e isso é ótimo às vezes, mas tem momentos que eu queria algo mais tranquilo. Eu sinto saudades dele, e acho que ainda tenho sentimentos por ele, mas não sei defini-los. Sempre fico pensando que ele me aceitava como eu era, e eu sinto muita falta disso. E também me sinto mal pelo o que fiz a ele, não deveria ter sido assim. Eu deveria ter conversado com ele antes, explicado que eu estava confusa e ter terminado. Tentei explicar a ele que eu precisava de um tempo, mas ele me ignorou, e eu simplesmente deixei. Eu nunca fui de negar nada a mim mesma, sempre que quero algo, eu faço. Eu sabia que ia acabar traindo Damon, sabia que não ia conseguir ignorar essa atração que sentia por Tobias, e eu simplesmente deixei isso acontecer. Pode dizer agora, sou uma vadia egoísta, não é?

– Quem sou eu para julgar? Namorei o ex da minha melhor amiga morta, não sou exatamente um exemplo.

– Eu tinha me esquecido disso- beatrice riu, - Eu acho que fiquei também com um pouco de ciúmes por causa disso. Mas já superei isso.

– Viu, não foi tão ruim assim conversamos sobre Tobias. Então, não precisamos ficar mais constrangidas e mudas. – As duas riram.

Depois disso, ela e Christina continuaram conversando, mais sobre coisas mais banais. Ela perguntou como era Seattle, como era viver na Revolução, perguntou tudo sobre ela. Beatrice também se empenhou em manter a conversa num clima agradável e tentou também conhecê-la melhor. Beatrice não tinha amigas, tirando Meg, geralmente as outras mulheres não gostavam muito dela, e pensou que seria interessante se ela e Christina pudessem ser.

Era uma longa viagem entre Chicago e Seattle, demorava geralmente um dia e meio. Não pararam muito, apenas para usar o banheiro e comer algo. Ela e Meg se revezaram na direção, para que pudessem descansar. Apesar do começo ruim, a viagem se tornou bem divertida. Tão divertida, que Beatrice ficou um pouco decepcionada quando elas finalmente chegaram a Seattle. Elas seguiram rumo a um pequeno motel, o mesmo onde ela e Jacob tinham permanecido quando chegaram à cidade. A festa seria só no dia seguinte, então elas teriam tempo para descansar da viagem.

Ela sentia-se um pouco nervosa em estar ali de novo, em Seattle. Não sabia como deveria agir. Será que ela deveria ser discreta? Será que deveria tentar evitar um encontro com Damon? Será que deveria procurar pelo doutor? Será que deveria tentar passar despercebida na festa, ou entrar como se nada tivesse acontecido? Eram muitas perguntas, mas pelo menos ela ainda teria um tempo para pensar.

–x-

No outro dia, Beatrice acordou se sentindo renovada. Descansada, ela começou a pensar em como agiria na festa. Não era de seu feitio tentar passar despercebida, e não agradava a ela a ideia de ter que ser obrigada a fazer isso. Entretanto, ela tinha que considerar o fator Damon, ele com certeza não ficaria nada feliz com a presença dela, e antes de partir de Chicago ele tinha deixado claro que ela não seria mais bem vinda a Revolução. Fora isso, ela também se preocupava que aparecer dessa forma pudesse magoá-lo mais, e ela não queria isso. Mas, tentar ser discreta poderia chamar mais atenção sobre si, ninguém ali costumava ser discreto. E se fosse pega tentando entrar escondida, isso poderia fazer gerar dúvidas. Por que ela tentaria se disfarçar para entrar, sendo que ela pertencia a este lugar? Isso é, pertenceu. Ela ainda imaginava o que Damon teria dito sobre o fato dela não ter voltado com ele. Eram muitas variáveis, e a festa poderia terminar de forma terrível para ela. Por fim, ela decidiu se arriscar e não tentar se esconder, fazer uma entrada triunfal, agindo que tudo estava como era antes, e rezar para que isso desse certo.

Levantou-se, e foi fazer sua higiene matinal. Ela havia ficado sozinha em um quarto, enquanto Meg e Christina dividiam outro. O quarto onde estava, que na verdade era um suíte, era pequeno e possuía poucos móveis: uma cama, que rangeu durante toda a noite e não era o que ela chamaria de confortável; um criado-mudo com uma pequena edição da Bíblia em cima, algo que não era muito comum de se ver, já que o governo não costumava incentivar a religião, apesar de também não proibir; e uma cômoda, que parecia ter acabado de sair de outro século de tão antiga. Não era um lugar muito bom, mas pelo menos era limpo. E era o que o pouco dinheiro que tinha podia pagar.

Após se vestir, saiu do quarto para encontrar as outras duas. Imaginou que elas estariam no quarto, e quando foi até lá, viu que seu palpite estava certo. As duas também já haviam levantado há alguns minutos e pareciam prontas para desbravar a cidade. O que era bom, já que ela queria andar um pouco, e não se sentia segura em fazê-lo sozinha, lembrando que o doutor já havia dado as caras por ali. Não seria seguro supor que ele já tivesse partido, existia a possibilidade que ele ainda pudesse estar ali, e mesmo Seattle sendo uma cidade grande, ela não subestimaria o azar. Além disso, essa noite ela teria uma festa para ir e teria que conseguir alguma roupa decente.

Disse a Meg e Christina que precisava sair as compras, e nenhuma delas pareceu particularmente animada ante a este passeio. Mas Christina acabou concordando que era necessário. Beatrice bufou, ela não imaginou que Christina pretendesse ir à festa, seria melhor e mais seguro se ela ficasse quietinha no motel, aguardando ela e Meg voltarem.

– Só não entendi algo. – Perguntou Christina quando elas já estavam caminhando pela avenida movimentada. – Como vamos comprar as roupas? Eu não tenho muito dinheiro aqui, vocês têm? – Meg negou.

– Eu também não tenho muito dinheiro. – Confessou Beatrice. – Mas tenho uma ideia. Tem uma loja não muito longe, onde eu costumava comprar algumas roupas e sapatos.

– Isso não resolve o problema. Ainda não temos dinheiro. – Insistiu Christina.

– Eles me conhecem lá. Olha, eu sei que isso que vou sugerir não é muito legal. Mas acho que eu conseguiria pegar algumas peças lá, e deixar para Damon pagar depois. – Meg olhou de cara feia para ela. – Eu disse que não era legal, mas é melhor que roubar, não é? E não é como se dinheiro fosse um grande problema para ele.

Quando chegaram à loja, Beatrice explicou a situação para a vendedora. Ela concordou, afinal, estava acostumada em ter Beatrice pela loja. E não seria a primeira vez que ela compraria algo lá, para pagar depois.

A loja era uma dessas boutiques onde qualquer peça tinha um preço exorbitante. Ninguém poderia dizer que Beatrice vivera na Revolução humildemente, ela sempre esbanjou um pouco mais do que devia.

Meg e Christina começaram a olhar para as araras cheias de roupas, e rapidamente escolheram o que iriam vestir. Compraram também sapatos, Christina havia escolhido uma bota que parecia muito confortável, apesar do salto, e Meg escolheu um par de sandálias delicadas. Já Beatrice, praticamente experimentou a loja inteira, procurando algo perfeito. Acabou optando por um vestido preto. Era um vestido simples e curto. Escolheu também um par de botas de cano alto pretas e uma meia calça arrastão, juntos elas combinavam perfeitamente com o vestido. Comprou algumas pulseiras e um colar com várias voltas na cor prata, e por fim decidiu também levar maquiagem.

Depois de saírem da loja, elas ainda passaram em uma lanchonete para almoçar. Já fazia muitas horas que elas não comiam nada, e Beatrice quase chorou de emoção quando seu hambúrguer com fritas e milk shake finalmente ficou pronto. Já alimentadas, resolveram voltar para o motel, apesar da insistência de Christina de querer conhecer a cidade.

Já era umas duas horas quando chegaram ao motel. Beatrice foi para o quarto e tentou dormir mais um pouco, mas estava se sentindo muito ansiosa, então passou a maior parte do tempo olhando para o teto, tentando não pensar em nada. As horas pareciam passar de forma mais lenta que o habitual.

No convite, o horário marcado era às oito horas da noite, porém ela sabia que a maioria dos convidados sempre chegava por volta de nove horas. Então, as sete e meia ela começou a se arrumar, tomou banho, pintou os olhos com uma maquiagem preta carregada, que era sua marca, vestiu a meia calça, a bota e o vestido que havia comprado, colocou as pulseiras e o colar, e por fim optou por deixar os longos cabelos soltos. Estava pronta. Meg e Christina também já estavam arrumadas, Meg com um simples vestido verde, e Christina com um vestido justo e curto roxo.

Agora tudo que elas precisavam fazer era irem à festa, e se possível permanecerem vivas.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de dar uma passadinha na fic com o inicio da história: http://fanfiction.com.br/historia/588518/Ressurgente_-_O_inicio/

E não esqueçam de comentar, né? Não custa nada e não demora nem um minutinhos.
Bjs



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