Ressurgente escrita por Let B, Muh


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Esse capítulo era para ter saído ontem, mas minha internet achou melhor não.
Então não briguem cmg, mas com minha internet.
Amamos os comentários no capítulo anterior, e este é totalmente dedicado a quem comentou:
*DM
*Star
*Ana Paula Souza
*Tris Pond
*Caroline Hawkins
*Lary
*Little Pink(sempre divando nos comentários)

É muito bom ver o que vcs estão achando da fic! Para o próximo sair rápido deixem muitos comentários !



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/480904/chapter/33

P.O.V Beatrice

Beatrice saiu correndo da casa de Shauna e Zeke. Ela estava com tanta raiva do que Zeke havia dito. Raiva por ele dizer aquilo sem nem ao menos conhecê-la, raiva porque apesar de tudo ela achava que ele estava certo. Ela era egoísta, ela não se importava com ninguém fora ela mesma. Ela podia até achar aquilo sobre si mesma, mas ouvir outra pessoa falando sobre isso havia a entristecido tanto. Aquilo era a confirmação que tudo o que ela pensava sobre si era verdade. Ela não era uma pessoa que chorava facilmente, mas nesse momento essa era a única coisa que queria fazer. Mas engoliu o choro, chorar era uma fraqueza e esse não era um momento em que ela poderia ser fraca.

Quando se aproximava da casa onde vivia, ouviu o som de alguém se aproximando. Já imaginava quem era, mas não parou, ela não queria conversar com ele agora. Estava muito machucada e furiosa. Já estava próxima a porta, quando sentiu seu braço sendo segurado e seu corpo sendo puxado, girando em direção a ele.

Tobias a apertou forte ao peito. Ela se sentiu confusa, havia achado que ele estaria furioso por ela ter dito que voltaria a Seattle. Ainda a abraçando, ele a carregou para dentro.

– Me desculpe pelo o que Zeke disse. – Ele começou após eles entrarem. – Eu não deveria ter concordado com esse jantar, achei que com a Shauna por perto ele não agiria assim. Mas me enganei.

– Você não precisa se desculpar pelo o que ele disse. – Ela respondeu se desprendendo do aperto que ele insistia em manter. Isso a deixava confusa, sempre que Damon ficava furioso com ela, ele ficava descontrolado, mas pelo menos ela sabia como reagir quando ele agia assim. Com Tobias, ela se sentia perdida. – Ele foi um idiota, mas tanto faz. Não me importo.

– O que você disse sobre... Sobre voltar para a Revolução, isso é sério? Você realmente pensa em fazer isso?

– Sim. Não é que eu queira voltar, eu apenas preciso. Deixei muitas coisas inacabadas por lá...

– Que coisas? Damon, por exemplo?

– Damon? Porque eu ia querer resolver alguma coisa com ele? Nós terminamos, isso não ficou claro? Acha que ao menos ele vai querer falar comigo após tudo o que aconteceu?

– Ah. Então você quer falar com ele?

– Porque você está tão fixado nesse ponto? De eu vê-lo ou não? – ela estava irritada. – Você acha que porque eu fiquei com você antes de terminar com ele, eu sou uma vadia? Agora você acha que vou fazer o mesmo com você...

– Claro que não! Não é por isso, é claro que não acho isso de você. Eu só não entendo porque você precisa voltar para lá!- Ele colocou a mão no rosto aparentando impaciência. – Você me disse que precisava de um tempo... E eu estou te dando esse tempo. Mas não sei se posso continuar assim. Sem saber o que somos um pro outro.

– Não faça isso comigo, não agora. Tenho tantos problemas para resolver, não posso me comprometer assim com você agora. O que eu disse lá na casa de Zeke... sobre primeiro resolver minhas pendencias antes de pensar o que farei depois. Se eu ficar pensando nisso já, acho que vou pirar. E tem outras coisas também...- ela olhou pro chão,sem saber como dizer o que queria. - Não acho que você me conheça ainda. O Zeke foi um idiota, mas ele tem razão de não confiar em mim. Eu entendo o medo que ele tem de que eu possa estragar a paz que vocês têm aqui. Eu não sou uma boa pessoa, já fiz coisas muito ruins, e ainda pretendo fazer mais.

– É claro que eu conheço você, nós dois já passamos por tantas coisas...

– Por favor, pare. Não, nós não passamos por tanta coisa. Você está pensando nela, e não em mim, nós não somos iguais mesmo sendo a mesma pessoa. Quantas vezes eu já disse isso para você? Sabe, as vezes eu imagino se você está comigo só para substitui-la de alguma forma. Você a amava e sente falta dela, eu entendo. Mas eu sou diferente, e preciso de alguém que goste de mim como eu sou agora. Porque por mais que eu queria nunca serei como ela era.E não seria justo comigo, ficar com alguém que não me ame pelo que eu sou, e sim pelo que queria que eu fosse.

Tobias olhava para ela espantado, ele nunca deveria ter pensado nisso. Para dizer a verdade, nem ela, mas quando começou percebeu que era o que ela sentia.

– Eu...

– Você quer uma resposta sobre nosso relacionamento. Mas antes de responder isso preciso saber: Você ainda diria que me ama, você ainda me amaria, se eu não fosse a pessoa que você conheceu? Se você soubesse que eu não sou altruísta, nem bondosa? Se eu dissesse que já roubei, menti, manipulei? Que matei? E que não me torturo por isso? Se eu dissesse a você que vou matar o Doutor, e que acredite vou gostar muito de fazer isso. Você me amaria?

Ele não respondeu nada. Beatrice tinha imaginado que isso fosse acontecer, mas ver estava machucando-a muito. Claro que ele não poderia amar alguém como ela. Ele sempre esteve com ela amando um fantasma, amando alguém que não existia mais.

– Não , né? Você não quer alguém assim, nunca se apaixonaria por mim se não acreditasse que eu no fundo sou outra pessoa. – Ela suspirou alto. – Acho melhor você ir embora, Tobias. Você deveria pensar melhor sobre o que eu disse antes de responder algo. Talvez fosse melhor nós não nos vermos por um tempo.

– Beatrice...

–Não diz nada agora, por favor. Apenas pense nisso, ok?

Ele parecia infeliz, mas apenas assentiu, parecia decepcionado com ela. Como ela havia imaginado, não era com ela que ele queria estar. Ela estava tão feliz ali, o que faria quando Tobias percebesse que não a amava? Ela não poderia ficar ali depois disso, era demais para ela.

Ele saiu da casa em silêncio, deixando a porta aberta. Ela ficou olhando para o espaço vazio perto da porta, onde há alguns segundos atrás ele estava parado. Havia algo, algo que ela não tinha visto antes, Seria um papel? Era um envelope, uma carta para ela ali? Quem teria escrito?

P.O.V Meg

Meg afastou o rosto assim que o antisséptico entrou em contato com a sua pele. Aquela coisa ardia para caramba.

— Fique quieta, por favor. — disse Christina, impaciente já era a terceira vez que Meg fazia aquilo.

— Mas dói.

Christina riu.

— Eu sei. Aguente.

Meg bufou, deixou Christina passar o medicamento em seu rosto sem se mexer, apenas reclamava ás vezes. Christina trocou o curativo e se afastou para guardar tudo em suas mãos.

Meg havia machucado o rosto em um acidente durante o treinamento na polícia. Não fora uma coisa no qual tinha orgulho de contar. Alguém havia passado derrubando água perto de um aparelho que estava quebrado. Quando Meg passou naquele local, acabou escorregando com a cara no aparelho. Uma parte pontiaguda do objeto perfurou o seu rosto, rasgando um pouco a área, mas não o suficiente para dar pontos. Mas ela tentava pensar positivo, pelo menos não tinha sido um olho.

Christina, que inicialmente tinha ficado com raiva pela idiotice, palavras dela, de Meg em não ver o chão molhado, agora fazia questão de ajudá-la a cuidar do machucado. Meg nem fez questão de questionar, pois já sabia qual seria a resposta.

— Obrigada. — Meg disse assim que Christina retornou e sentou-se do seu lado. Passou o braço em sua cintura se aninhando ao seu lado.

Christina beijou o topo da cabeça de Meg.

— Você tem alguma coisa para fazer hoje?

— Bem, considerando que não tenho que trabalhar hoje, que quase não conheço ninguém da cidade e que prefiro ficar com você... Então a resposta é não.

—Hm,acho que gosto disso. — Christina riu sendo acompanhada por Meg. — Quer fazer alguma coisa?

—Gosto de ficar assim. — respondeu apertando Christina um pouco mais contra o seu corpo.

Christina afagou os cabelos ruivos de Meg, a apertando com a mesma intensidade da outra. E ficaram assim por um longo e confortável tempo.

Meg estava quase dormindo quando alguém bateu na porta.

— Deixa que eu vou. — Meg anunciou, levantando-se.

Se dirigiu a porta esfregando os olhos e bocejando, ainda estava meio distraída por causa do sono.

Assim que abriu a porta, deu de cara com uma cabeleira loira e levou apenas poucos segundos para perceber que era Beatrice. Ficou um pouco confusa inicialmente, pois não fazia ideia que ela sabia onde Christina morava. Meg ergueu a sobrancelha, esperando-a falar algo.

— Oi.

— Oi. — respondeu.

— Eu queria conversar com você. — Beatrice espiou Christina por cima do ombro de Meg — Em particular.

Meg trocou um rápido olhar com Christina, como se dissesse para ela que estava tudo bem. Olhou para Beatrice indicando com a mão para elas conversarem do lado de fora do apartamento. Encostou a porta atrás de si.

Beatrice estava com a expressão um pouco abatida, mesmo tentando não demonstrar isso, segurava um pedaço de papel que já deveria estar amassado pela força que Beatrice segurava o objeto. Uma mochila estava em suas costas e não parecia muito cheia. Meg já imaginava diversas coisas que poderia ter acontecido.

— Então... — incentivou Beatrice a falar.

— Ontem eu recebi um convite importante e decidi conversar com você. — fez uma pausa — É do Daniel.

Meg cruzou os braços encostando-se na parede mais próxima, tinha uma ideia de onde essa conversa poderia acabar.

— É aquela nossa festa anual... Digo, festa da Revolução. — Beatrice continuou — É muito interessante e você sabe disso.

— Você brigou com o Tobias? — indagou Meg.

Beatrice apresentou um semblante surpreso.

— O que? Isso não tem nada haver com o assunto!

— Não estaria me chamando para ir se vocês dois estivessem bem, afinal acredito que Tobias não gostaria nem um pouco do fato de você ir para a Revolução.

— É, talvez. — Beatrice deu o assunto como encerrado — Ouça, tenho assuntos para resolver na Revolução e acredito que você também tenha.

— Na verdade sim, eu tenho.

— Então, vem ou não comigo?

Meg suspirou pensando no assunto por um momento. Seria muito bom resolver as coisas na Revolução, afinal ela pertenceu a eles por um tempo, tinha amigos lá, além que todos os seus pertences pessoais ainda estavam lá. A festa era uma boa desculpa. Mas tinha Christina...

— Eu teria que conversar com Christina antes...

— Entendo, ela não é muito fã da Revolução também.

— Não é isso. — Meg suspirou — Nós ainda não conversamos sobre esse assunto ainda. E talvez isso não seja uma coisa muito, hm, rápida.

Beatrice esfregou os olhos e bufou como se estivesse exausta.

— Olha, se não tiver jeito, peça para ela vir também, sei lá. Eu não me importo, apenas não quero ir sozinha para lá. Entende?

— Ok. Vou conversar com ela. Quando iremos?

— Assim que você conversar com ela. — sorriu. — Eu espero aqui fora mesmo, tudo bem?

...

— Voltar para a Revolução? — Christina exclamou, ambas estavam sentadas no sofá, mas naquele momento ela subitamente se levantou.

— Calma. — Meg segurou as mãos de Christina a fazendo sentar novamente, mesmo que ela resistisse — Não é o que você está pensando. Deixe-me terminar. Eu não vou voltar para sempre.

— Então, você vai voltar?

— Claro. Achou que eu te deixaria assim? — Meg riu.

Christina não respondeu, apenas abraçou Meg. E ela riu. Christina tinha se manifestado antes de ouvir tudo, assim tinha pensado que Meg apenas iria embora,o que deixou Meg um pouco magoada, ela jamais seria capaz de fazer algo daquele tipo. Entretanto Meg admitia que não tinha explicado as coisas da maneira correta, deixando espaço para conclusões precipitadas.

— Eu só te expliquei isso tudo porque queria saber se você por acaso não gostaria de ir comigo e, claro, Beatrice. Talvez vocês duas possam até se conectar, certo? — Meg continuou — Eu sei que você tem o seu trabalho, mas talvez consiga uma folga.

Sem hesitar Christina concordou e afirmou que falaria com seu chefe, sugerindo a Meg fazer o mesmo. Suspirou assim que Christina relaxou e pareceu mais feliz, sabia das dúvidas que pairavam em sua cabeça sobre a relação das duas e Meg tentava fazer tudo certo sobre isso.

Antes de ligar para alguém, Meg abriu a porta deixando Beatrice entrar e explicou tudo para ela. Beatrice não demonstrou nenhuma reação diante da notícia.

O celular de Christina tocou, ela franziu o cenho e encarou Beatrice.

— É o Tobias.

— Por favor, não fale nada sobre mim. — ela pediu — E se você não atender ele vai desconfiar.

Christina assentiu e foi para um canto isolado para atender a ligação.

— Sabe, eu falei com Zeke e ele me contou do maravilhoso jantar que vocês tiveram. — Meg quebrou o clima.

— Oh, foi ótimo. — respondeu sarcasticamente.

Meg decidiu que ligaria para a polícia, para avisar a eles sua ida repentina a Seattle, não poderia dizer que iria para a Revolução. Enquanto falava com Amah inventou uma mentira que ele pareceu acreditar e até desejou-lhe boa sorte.

— Parece que está tudo resolvido. — falou Meg a Beatrice.

— É. — respondeu — Hora de encontrar alguns velhos amigos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que vcs acham que vai acontecer na volta da Beatrice e Meg para revolução?