Ressurgente escrita por Let B, Muh


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Oii! Como vocês estão?
Bem, quase um mês sem postar, mas aqui está mais um novo capítulo.
O motivo da demora é simples: Pedimos 10 comentário para postar o próximo capítulo. E o aconteceu? Tivemos 8 comentário!!!!!
Poxa, gente, não ia matar dar um comentário.
Enfim, espero que gostem.
Agradecemos imensamente a essas perfeições por comentarem:
—Star;
—jhejhe;
—Tris Pond;
—Luiza Blasi;
—Lizzy Jackson;
—Juliane;
—LittleDarkAngel;
—Danielasrj.
Obrigada mesmo!! :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/480904/chapter/25

P.O.V ZEKE
Zeke viu a moto de Damon se aproximando ainda longe da cidade. Era madrugada, o sol ainda não havia nascido, ficando fácil perceber os faróis da moto do outro.
Aquilo não era nada bom. Tobias havia sumido desde o princípio do entardecer, e Zeke não era tolo. Ele sabia que Tobias havia ido atrás de Beatrice. O fato dele ainda não ter voltado, significava claramente para Zeke que eles ainda estavam juntos. Zeke havia decidido manter sobre vigilância a situação, uma vez que Beatrice agia como se estivesse alheia aos conflitos que havia causado. Mas Zeke havia percebido desde o principio o perigo, desde o dia do treinamento que teve com Damon percebeu como este era perigoso. Fora seu gênio aparentemente instável. Ele era como uma dinamite, só aguardando a fagulha que o faria explodir.
Cobriu sua cabeça com o capuz do casaco preto que usava, e acelerou o passo seguindo em direção à casa que agora Beatrice habitava. Ele precisava chegar lá antes de Damon, e evitar que ocorresse uma tragédia. Chegou à casa de Beatrice e seguiu em direção as fundos. Damon ainda estava distante, mas era melhor não arriscar ser visto por ele. Pensou em bater na porta, mas a situação era muita crítica para pequenos gestos educados. E também, na pequena comunidade deles, ninguém se preocupava tanto com segurança. Quebrou o vidro da porta e enfiou a mão por dentro alcançando a chave que estava em seu lugar. Abriu rapidamente, e seguiu sem acender nenhuma luz. Chegou à sala, e ouviu passos. Esperou. Na certa, o barulho que ele havia feito quebrando o vidro havia denunciado sua presença ali. Viu Tobias se aproximando cuidadosamente de onde ele estava. Zeke observou que ele estava apenas com a calça e tinha os cabelos bagunçados, como se houvesse acabado de acordar. Tobias percebeu que era Zeke ali e abriu um semblante confuso.
—Zeke , o que você está fazendo aqui? — por trás de Tobias, se esgueirava Beatrice. Ela vestia apenas uma blusa comprida, que Zeke supôs ser de Tobias. Ao contrário de Tobias, ela sim parecia alarmada.
— Bem, eu poderia te fazer essa mesma pergunta. Mas acho que já sei a resposta. Só queria te avisar que o namorado dela esta chegando, neste momento. — Tobias ficou rígido, Beatrice respirou fundo. — É melhor irmos agora, Tobias, antes que ele chegue.
— Você quer que eu fuja? Você ao menos me conhece, Zeke? Você acha... acha que eu tenho medo dele? Você não lembra que eu sou o Quatro, quatros medos. E ele com certeza não esta entre eles.
– Tobias, não seja estúpido. Sei quem é você, mas aqui não é o momento para isso. — Zeke estava impaciente, Damon já devia estar chegando. — Conheço você, mas não o conheço, e sinceramente não sei se a conheço. Mas sei que ela namora com o tal de Damon, e se ela está afim de ficar com você, é ela quem tem que resolver isso com ele.
— Você quer que eu vá embora, e a largue aqui sozinha com ele?
— Tobias, ele tem razão. O que eu fiz foi escolha minha e fui eu que traí Damon, eu que tenho que lidar com ele. – Tobias pareceu relutante. Ela aproximou o corpo dele, ignorando Zeke. – Apenas vá, preciso de um momento com ele. Sozinha. – E então o beijou ali.
Nesse momento, Damon entrou.
—Olá? — ele chamou— Beatrice? Está aqui?
Por um momento os três ficaram sem reação. Damon, provavelmente ainda não havia percebido a presença dele e de Tobias, porém Zeke estava com medo dele ter ouvido a conversa deles há poucos segundos.
— Se escondam. — Beatrice sussurrou e apontou para a porta.
Zeke se apressou e saiu pela porta dos fundos, porém percebeu depois que Tobias não tinha o seguido. Ficou furioso pelo amigo ser tão idiota. Decidiu que ficaria por lá escondido, porque se Tobias precisasse ele estaria lá.
P.O.V DAMON
Damon andava tentando não fazer muito barulho, o sol ainda não tinha nascido então era muito provável que Beatrice ainda estivesse dormindo. Caminhou pela entrada esfregando os olhos de cansaço, ele espera ter dormido naquela cidade e voltado para casa pela manhã, porém como os problemas na Revolução eram maiores do que pensava decidiu que teria que voltar logo para contar aos outros.
Estava prestes a abrir segurando a chave quando ouviu. Damon trincou os dentes e cerrou os punhos. Aquela não era a voz de Beatrice.
— Provavelmente eles ouviram o barulho da moto. — murmurou após alguns segundos em choque. Pensou que talvez não deveria estar tão surpreso, ele primeiramente queria ver tudo e depois pensar na raiva que sentia.
Balançou a cabeça e suspirou profundamente recuperando sua postura. Girou a maçaneta e abriu a porta encontrando a sala vazia. Fechou a cara.
—Olá? — chamou querendo impor sua presença — Beatrice? Está aqui?
Nenhuma resposta.
— Eu sei que você está em algum lugar. — continuou — Não me faça procurá-la.
Com esse pronunciamento Beatrice apareceu na porta da cozinha usando apenas uma blusa comprida, com os cabelos bagunçados e bocejando. Damon a olhou dos pés a cabeça desconfiado, ela não tinha nenhuma camisa como aquela e nem ele. Ela ainda tem a ousadia de usar a camisa dele?
— Você voltou mais cedo. — ela cruzou os braços.
— Preciso falar com você. — Damon disse — Por que não vamos conversar na cozinha?
Beatrice vacilou por um momento, seus olhos se arregalaram e ela engoliu a seco. Damon conhecia sua linguagem corporal o suficiente para saber que tinha acertado e que realmente havia alguém ali além dos dois.
— Por que você não vem para o nosso quarto? — ela deu ombros.
— Estou com fome. — suspirou — Sabe, longa viagem.
— Podemos sair para comer em algum lugar.
— Melhor não. Tem que ser agora.
— Mas...
— Tem algum motivo para eu não ir à cozinha agora, Beatrice? — Damon ergueu a sobrancelha.
Ela deu ombros andando até a cozinha. Era claro para Damon que ela tentava parecer indiferente, apenas tentava. Ele apertou o passo pensando na possibilidade dela chegar à cozinha antes e resolver seu "problema", Damon tentava ao máximo não demonstrar sua irritação e agradecia a si mesmo por ser tão bom ator.
Chegou à porta junto a ela, sorrindo.
— Então... O que aconteceu?
Damon olhou com o canto do olho a área onde guardavam a comida e por um breve momento conseguiu ver um parte do pé de alguém que ali estava. Desviou olhar rapidamente para que Beatrice não pudesse perceber, sabia exatamente quem estava lá afinal só tinha uma opção: Tobias.
—De quem é essa roupa? — indagou distraidamente, ignorando a pergunta feita.
— Minha. — respondeu automaticamente.
— Tem certeza?
— Ss-Sim.
— Hm. Interessante. Por que será que nunca a vi antes?
—Talvez seja a sua distração. — seu tom parecia levemente irritado. — O que aconteceu?
Damon sorriu com a desculpa esfarrapada dela, pois ele não se distraia facilmente. Pegou um pacote de biscoito comendo alguns em seguida, assim conseguiu deixar Beatrice irritada o suficiente para responder:
— Uma coisa grave. Vamos ter que sair da cidade hoje.

Por breves minutos nenhum dos dois disse uma palavra, Damon ouviu um barulho que presumiu ser Tobias. Sorriu a ter a reação esperada. Nenhuns dos dois amantes queriam se separar.
"Que fofo!" pensou em tom irônico.
— Hoje?? — ela finalmente disse.
—Sim.
—Mas temos um problema.
—Um problema? O que você está falando? — enrolou o cabelo no dedo indicador.
— Sim, um. Eu sei contar muito bem, Beatrice. Ou existe algum outro problema que eu deveria saber?
— Não foi isso que eu quis dizer — revirou os olhos — Qual é o problema?
— Bem, eu deveria te contar.
— Qual é? — ela insistiu.
— Você que perguntou. Lembre-se disso.
Subitamente Damon se levantou, passou por Beatrice a empurrado de leve para o lado. Andou reto e esticou a mão segurando a primeira parte do corpo de Tobias a sua frente. Com força agarrou seu pulso se certificando de que este não tentasse correr.
— Isso. — disse por fim — É o nosso problema.
Olhou-o dos pés a cabeça e surpreendeu-se ao ver que estava apenas com uma calça. Apertou seu pulso com mais força. Sim, Damon espera que Tobias e Beatrice estivessem em uma "conversa amigável", entretanto não esperava que eles já estivessem tão íntimos assim. Ele não iria admitir que algo tinha saído fora do planejado portanto apenas sorriu enquanto segura sua raiva. Só mais uns minutos, pensou para se acalmar.
— Como você soube? — perguntou Beatrice. Ela parecia estar um pouco em choque por não esperar que Damon encontrasse Tobias tão rapidamente.
— Não sou cego ou surdo, Beatrice. — fechou a cara — Talvez você devesse ter o mandado embora mais cedo. Sério mesmo? O que mais vocês fizeram? Promessas eternas de amor? Ele disse que esta noite foi mágica para ele?
— Cale a boca! — Tobias se pronunciou — Olha, me desculpa por ser um cara romântico e você não ser. Me desculpe, Damon, por eu dar a Beatrice o que você não pode dar.
— O que não dei para ela? — ele sentia vontade de rir — Eu estive com ela por muito mais tempo do que você!
— Eu posso... — Damon não o deixou terminar de falar e desferiu um soco no nariz de Tobias o fazendo sangrar. Não aguentava mais ele falando, sua voz fazia com que todo o seu corpo tremer de raiva.
Os olhos azuis não demonstravam surpresa, pelo contrário, Tobias parecia estar esperando por isso. Agora ele queria lutar. Ele sentia que desta vez tinha vantagem e estava ganhando. Damon sentiu vontade de gargalhar da coragem daquele cara.
"Sério mesmo que ele esperava conseguir me bater depois de dormir com a minha namorada?" pensou " Ou seria ex-namorada?"
Tobias soltou seu pulso dando dois passos para trás e tentou dar um soco na barriga de Damon, porém este desviou facilmente e chutou os joelhos do outro o fazendo cair no chão. Damon não era como as pessoas que quando estão com raiva lutam de forma irracional, a raiva só o deixa mais concentrado no seu objetivo.
— Não pense que vai ser fácil como daquela vez, Tobias. Você não me conhece.
Beatrice que até aquele momento permaneceu-se neutra decidiu falar:
— Damon, por favor, pare.
—Tris, eu sei me virar. — disse Tobias logo antes de receber uma gravata bem apertada do seu rival.
Damon afrouxou um pouco o aperto. Tris? Um apelido? Fazia sentido. Ele rangeu os dentes, tentando imaginar quando aquele apelidozinho tinha surgido entre os dois. Ergueu Tobias sob o ombro o deixando cair "sem querer" de cabeça no chão.
—Tobias!
— Tris..? É um apelido interessante. Ele criou isso para você quando estavam se divertindo na minha cama?
Beatrice ainda olhava preocupada para Tobias que estava no chão passando a mão no novo machucado em sua cabeça, sabia que não podia entrar no meio da briga. Por fim Damon chutou bem no meio das pernas no outro recebendo um claro grito de dor.
— Sabe, eu poderia te matar aqui. — encostou suas mãos no pescoço dele como se fosse enforcá-lo — Mas eu não vou. Considere-se sortudo.
Virou as costas deixando-o sozinho com sua própria dor. Agora Damon estava feliz e calmo, como se toda a raiva já tivesse se dissipado. Claro que se Beatrice não estivesse lá ele provavelmente teria batido muito mesmo em Tobias, até ele desmaiar o ficar na linha tênue entre a morte e a vida.
Naquele momento Zeke entrou na cozinha alternando seu olhar assustado entre Damon e Tobias. Logo se apressou para socorrer o amigo, Damon o olhou se perguntando desde quando ele estava lá.
— Quer saber? Eu não vou nem perguntar o que esse cara está fazendo aqui.
Beatrice andou na direção de Tobias para alcançá-lo, mas Damon segurou seu braço esquerdo a parando.
Zeke puxou Tobias pelo braço o tirando daquela casa e desta vez não houve protestos. Tobias ainda parecia um pouco atordoado com tudo, entretanto isso não impediu de gritar para Damon não machucar Beatrice.
— Eu não sou um covarde!
Antes de sair com o amigo, agora apoiado no ombro, Zeke levantou o olhar para Beatrice e disse calmamente:
— Agora você tem seu tempo sozinha com ele.
Agora Beatrice e Damon estavam sozinhos, se encarando intensamente. Ainda não havia dito nada desde Tobias e Zeke partiram.
— Como você pode? – ele enfim perguntou.
— Damon, eu não sei. Eu apenas fiz, eu queria tanto.
— Porque você o quer?
— Eu não sei.
Damon se exasperou:
— Você sabe alguma coisa? Oh, eu não sei, Damon. Sua vadia estúpida. Você espera eu sair para correr para dar para ele? E ainda vem com esse papo de eu não sei. Deixe em adivinhar: Oh Damon, estou tão confusa!
— Cala a boca! Sim, eu estou muito confusa. Eu te disse, eu te avisei que eu precisava de um tempo.
— Um tempo para o que? Transar com ele? Era isso o que você queria? Um tempo para me fazer de otário?
Os dois conversavam entre berros. Provavelmente tinham acordado a cidade toda.
— Sabe quem eu encontrei? Connie. — ele não sabia o porquê havia começado a dizer isso. Talvez ele apenas quisesse que ela sofresse tanto quanto ele estava sofrendo. Ele sentia tanto ódio dela neste momento. – Engraçado, sabe? Encontrá-la assim? Eu não ia te contar, sabe? Mas nós trepamos, não que você vá se importar com isso. Não sei como posso ter achado que você poderia substituí-la.— Ele percebeu como aquilo a havia atingido. E não era isso que ele queria, afinal?
— Quer saber, Damon? Eu fico feliz que você tenha percebido, não sirvo para substituir ninguém. E sabe o que mais, você poderia ter percebido isso antes e ter me privado de todo esse drama. — ela havia ficado furiosa e agora o atacara. — Eu fui embora, eu abandonei você. Foi você que veio atrás de mim. Por que veio?
— Eu não sei.
— Agora é você que não sabe? Nada é totalmente preto ou branco, achei que você melhor que ninguém saberia disso.
— Ah, eu sei. Eu ... não tenho mais nada para fazer aqui. — disse seguindo em direção à porta. Parou : - Vim te contar sobre os problemas que houveram na Revolução mas acho que isso não te interessa mais, não é? Não sei se você entendeu, mas você não é mais bem vinda a Revolução. Eu sinceramente espero nunca mais ver você. Tobias, se eu o ver de novo... Eu juro a você, que vou matá-lo. — deu um pausa – E acho que você gostaria de saber que há um tal de Doutor Zank atrás de você.
Girou, olhando nos olhos delas e proferiu:
– É o fim. Adeus, Beatrice.
E então partiu. Sem querer saber o que deixara atrás, uma Beatrice chorando desesperada. Sem saber o quanto, no fundo, ela se importara.
E sem saber que em breve eles se reencontrariam.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que não estejam com raiva do Damon ou algo assim. ;)
Olha, eu não vou pedir um número mínimo de comentários para o próximo capítulo sair, porque claramente não deu muito certo.
Mas, por favor, comentem. Sabe, quando mais comentários mais rápido saem os capítulos. Mesmo assim obrigada a todos que estão acompanhando! Vcs são anjos!