Pov. Lily

Estava na frente das muralhas da escola do meu tio pensando na merda que eu fiz. Essa porra parece uma prisão. Eu não quero nem saber o tipo de pessoa tem aí. Eu já estava dando meia-volta para voltar para Londres, quando escuto os enormes portões se abrindo e me viro. Adentrei um passo e me virei para a direita.

Merda. Paintball.

Um campo de Paintball. Eu não sei atirar! Fudeu! Eu vou ser trucidada naquela porra. Decidi me virar para a esquerda antes de enlouquecer vendo aquele campo.

Merda de novo. Manhattam.

Eu devo ter vindo para o lugar errado, isso não é uma escola, é uma cidade! Têm lojas, restaurantes, pubs... Oba, pubs! Esquece, esquece, eu vim para Manhattam e não to sabendo. Me virei para ir embora e topei com o meu tio me esperando.

– Fala sobrinha! O que é que tá pegando? – sabe aquele adulto que acha que é adolescente e então, age como um? É o meu tio.

– Tio, é sério, para com isso e me mostra logo o meu quarto.

– Mas e o tour? – perguntou ele perdendo a animação. Droga! Esqueci que ele não gosta de se achar inútil.

– Não se preocupe tio, tenho certeza de que você me colocou em um quarto com garotas bem legais que podem me mostrar o lugar. – me admirei por ter conseguido inventar uma desculpa rápida e vi meu tio se sentindo mais animado.

– É verdade! Cada dormitório tem capacidade para quatro pessoas, ou seja, você e mais três garotas. Escolhi umas que pareciam ser bem legais. Bem, vou te levar para o seu dormitório. Os dormitórios femininos e masculinos são separados por alas e... – depois daquela frase me desliguei completamente do mundo real. Andava atrás do meu tio olhando para aquela grande... cidade? É definitivamente construíram isso aqui pensando “Vamos foder todo mundo e não deixar ninguém sair!”. Se essa era a ideia eles fizeram um bom trabalho. Vi que as pessoas a nossa volta ficaram cochichando algo do tipo “olha só a sobrinha do Sr.Evans” e “olha só a queridinha do professor, aposto que só estalou os dedos e estrou aqui”. Bem, eu não estalei os dedos exatamente. Eu fiz uma ligação.

– Chegamos! – anunciou meu tio. Nem percebi que havíamos chegado. Estávamos no final de um corredor cheio de portas. O meu quarto era a última porta a esquerda.

– Obrigada tio, eu me viro daqui. – ele assentiu e foi embora. Respirei fundo e entrei no quarto. Tinha quatro camas, duas de cada lado. Na primeira cama do lado esquerdo tinha uma garota loira de rabo de cavalo e óculos de leitura. Eu sabia por que minha mãe tinha um. Ela estava deitada lendo A Esperança. OMG! Será que ela é uma tributo? Depois eu pergunto.

– Oi. – chamei. Ela se virou para mim e estreitou os olhos como se estivesse tentando me ver direito então revirou os olhos e tirou os óculos e deixou o livro em cima da cama e se levantou para me cumprimentar.

– Olá! Meu nome é Alice Snow! Mas pode me chamar de Lice. – Ela esticou a mão para mim.

– O meu é Lily Evans. – apertei a mão dela.

– Filha do Sr.Evans?

– Sobrinha. – ela sorriu para mim mostrando uma fileira de dentes brancos. Apontei com o livro com a cabeça. – Gosta de Jogos Vorazes?

– Tá brincando? É a quinta vez que estou lendo A Esperança! Sou uma leitora estritamente compulsiva! – ela falou animada.

– Ah! Então deixa eu me apresentar direito. – estiquei a mão. – Prazer, Lily Evans Schreave. Audácia, Narniana, Elfa, Shadow Hunter, Tributo do Distrito 5, Casta 5 e da Casa Stark. Semideusa filha de Hermes abençoada de Atena, Afrodite, Ares Apolo e Zeusa Fabulosa. – ela apertou a minha mão com um sorriso maroto.

– Prazer Schreave. Alice Snow Valdez. Divergente, Narniana, Hobbit, Shadow Hunter, Tributo do Distrito 4, Casta 1 e da Casa Targaryen. Semideusa filha de Ares, abençoada de todos os deuses do Olimpo menos daquela vaca da Hera. – ela falou com nojo só para depois se matar de rir. A acompanhei até que uma garota morena – que parecia punk – e uma garota de roupas escuras( cinza, roxo, azul) e cabelos coloridos apareceram na porta.

– Credo Lice, que risada escandalosa. – reclamou a morena se sentando na frente da cama que ficava ao lado da de Lice( acho que a minha cama).

– Cale a boca Lene! – resmungou Lice. – Essa é a nossa nova colega de quarto Lily Evans. Ela é sobrinha do Sr. Evans. - A morena acenou para mim da cama dela.

– Meu nome é Marlene Mckinnon. Mas pode me chamar de Lene.

– Ok Lene.

– E eu sou Ninfadora Tonks. – falou a garota de cabelos coloridos se jogando na cama em frente a de Lice (agora tenho certeza que a cama ao lado da de Lice e na frente da de Lene era minha). – Mas não me chame de Ninfadora. Me chame de Tonks.

– Sabe Lily... – começou Lene - ... você parece ser bem legal. Acho que vamos nos dar bem.

– Também acho Lene. Também acho.

8meses depois.

Era feriado e por causa disso não tínhamos aula. Eu e as garotas fomos a um pub na esquina do dormitório. Estávamos conversando sobre o último jogo de paintball( e que nós ganhamos porque somos as melhores da escola, modéstia a parte) e nos embebedando com vodca.

– E daí... BUM! Bem na cara dele! Quem mandou me trair? – Tonks estava contando como eliminara o ex dela.

– E é por isso que eu só dou amassos. – comentou Lene. Ela é a maior pegadora da escola.

– Não deu conta do ex na cama não Tonks? – zoei ela.

– Ok.Ok. Vamos mudar de assunto. – Lice se intrometeu. Entre nós quatro ela é a mais “inocente”. Inocente entre aspas porque ela pode ser muito maliciosa e tarada quando ela quer. – Lil´s e a busca pela casa? – Ah é! Depois que nós descobrimos que a minha mãe, a mãe da Lene e o pai da Tonks eram amigos, eles deixaram a gente morar juntas quando voltarmos para Londres. Vamos levar Lice também porque ela é órfã de pai e mãe e não tem parentes vivos. (mas ela vai ganhar uma herança enorme quando fizer 18 anos ano que vem. Parece que os pais dela eram atores famosos e MILIONÁRIOS!) Então meu tio está procurando casas para nós em Londres.

– Nada ainda. Tá meio difícil, mas vamos... – fui interrompida por um grito estridente e... feminina?

– Minha divesa ruiva! - a pessoa gritou e me virei para xingar quem estava gritando e logo o reconheci.

– Sevie! Ai minha Zeusa fabulosa! Quanto tempo! – o abracei.

– Nossa Lil’s, você nunca nos contou que tinha um amigo super gato! – comentou Lene já se jogando para cima do Sevie.

– Lene, ele é do lado colorido da força. – ela se desanimou toda e bebeu mais um copo de vodca.

– Mas não se preocupe querida, eu divido uns bofes com você. – falou o Sevie. – Agora, Lily Divesa Ruiva Evans! Me apresente!

– Ah é! Meninas, esse é o Severo Snape, ele é meu primo.

– Mas podem me chamar de Sevie!

– Cala a boca e me deixa terminar! – ele se calou. – Obrigada. Ele é filho da irmã da minha mãe. Nós sempre brincávamos quando erámos criança até que ele veio para cá. Nunca mais tive notícias. – falei essa frase mais para ele do que do que para as outras. Ele apenas deu de ombros. – Bem, Sevie, essas são Lice, Lene e Tonks. – terminei apontando para cada uma enquanto falava.

– Então Sevie... – começou Lice -... o que te fez vir estudar aqui?

– Bem, quando eu contei para os meus pais que eu era gay, eles me mandaram para cá para ver se eu virava macho. Eu fiz uma visita ano passado para eles. Acho que eles perceberam que não deu certo porque eles me expulsaram de casa e me deserdaram. Então eu estava pensando em ficar na casa do meu bofe...

– Bofe? Que bofe? – perguntei o interrompendo.

– Lúcio Malfoy. – ele falou com os olhinhos brilhando. – Nós nos comunicamos por cartas. Bem, continuando, eu perguntei para ele se eu podia morar com ele, mas ele disse que não dava. Então o meu titio amado está procurando um cafofo para mim em Londres. Fim!

– Você pode morar com a gente. – convidou Lice.

– Ele pode? – perguntou Tonks.

– Ele pode.

– Então tá.

– Ai muito obrigado suas divas. –disse Sevie abraçando as três e quase gritando.

– Menos, bem menos Sevie. – falei. – Até porque o nosso tio ainda ta procurando uma casa.

– Então tá.

– Mas só uma coisa! É proibido... – começou Lene, mas ela logo parou para escutar a música que estava tocando. Ela começou a chorar descontroladamente. – Não! Porque você tinha que morrer?

– Que música é essa? De quem ela tá falando?- perguntou Sevie, que claramente não estava entendendo nada.

– O nome da música e So Far Away do Avenged Sevenfold. – explicou Tonks. – É que o baterista favorito dela, The Rev, tocava nessa banda. Ele morreu e faz aniversário de morte hoje.

– Oh meu lindo Rev! – gritou Lene se jogando no chão.

– E o que nós fazemos? – perguntou Sevie.

– Só há uma coisa que se pode fazer... – começou Lice.

– Nos embebedar. – falamos eu, Lice e Tonks. Sevie deu de ombros.

– Então tá.