Burned Soul escrita por Kaline Bogard


Capítulo 9
Capítulo 09


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada gostaria de agradecer a Ian Dragneel pela linda recomendação! Divei total lendo suas palavras! Juro que quase... quase liberei um capitulo mais cedo, rsrs, mas eu já fiz isso nessa fanfic. Se eu adiantar vai acabar muito rápido! Dai nao tenho mais nada para postar. Mas obrigada pelo carinho!

Ah, quer dizer, eu até tenho um capitulo e meio de uma outra fanfic, mas estou enrolada. Não tive tempo de digitar mais e eu só vou postar depois de ter um bom número digitados. Tive que dar uma pausa nas coisas por que o meu trampo apertou.

Ufa. Acho que é isso.

Boa leitura!



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Burned Soul

Kaline Bogard

Capítulo 09

Caras, tentei localizar pelo numero do GPS, mas não deu certo – a voz hesitante de Danny atraiu os olhares de Derek, que estava andando em círculos pelo quarto e de Scott, sentado na cama com os braços apoiados no joelho – Então cruzei as referencias na prestadora e identifiquei um ponto de envio. Só que... não faz muito sentido...

– Tem uma localização? – McCall ficou em pé.

– Condado de Los Angeles. Palmdale. Isso não é, tipo, muitas milhas fora do curso? Como é possível?

A incredulidade de Danny não encontrou eco em Scott e Derek. Ambos sabiam como lobisomens podiam ser rápidos. Teoricamente um Digamma era agraciado com força e agilidade fora de escala.

– Obrigado – Scott cortou o assunto, pois não tinha como explicar para o colega toda aquela confusão.

– Obrigado nada – o goleiro resmungou – Se eu for indiciado vocês pagam o advogado.

– Com certeza – Derek prometeu com pressa de sair logo dali agora que tinham a informação preciosa. Ele torcia para que não descobrissem a invasão que Danny fizera ao sistema. Mas se o pior ocorresse, garantiria todo o amparo legal. Afinal, na sua opinião, os fins justificavam os meios. E no caso o objetivo era resgatar Stiles, o namorado que amava – Obrigado.

O agradecimento desconcertou Mahealani, que jamais esperaria um gesto assim de alguém com o jeito do “primo Miguel”.

Finalmente os lobisomens se foram. Ao sentar-se na moto, Scott discou para Allison para saber das novidades. A garota parecia animada com o que descobrira. Combinou de encontrar-se com eles na mansão Hale dentro de meia hora.

oOo

– Lydia está furiosa – Allison foi dizendo ao entrar na sala em reformas – Ela disse que somos péssimos amigos por não ter avisado sobre Stiles.

Scott fez uma careta. Na confusão nem se lembrara de avisá-la.

– Que furada – a voz de Isaac não parecia sentir de verdade.

– Não foi legal isso – McCall disse passando a mão pelo cabelo.

– Depois você resolve. Ela disse que vai se livrar da mãe e vem para cá o mais rápido que conseguir. Meu pai só não me pos de castigo por causa do Stiles, mas depois... – Allison deu de ombros.

– O que descobriu? – Derek cortou o assunto. Não tinham tempo a perder com papo furado.

Aquilo deu inicio a reunião. Allison puxou uma pasta arquivo da mochila e mostrou para todos.

– Peter disse que aqui nos Estados Unidos os Digammas praticamente desapareceram – lançou um olhar rápido para o homem, que apenas prestava atenção – Você tem razão. Minha família registrou atividades de um Digamma norte-americano até o ano de 1901. Depois disso não consta mais nenhum. Todos os outros mencionados tem a marca de... bem... terem sido eliminados.

– Então esse deve ser turista – Peter debochou. Recebeu olhares impacientes que apenas aumentaram seu sorriso – Que carma ruim...

– Nos registros de Digammas de fora do país constam: um na Ucrânia, um na Inglaterra e um na Bulgária. Três Digammas vivos até hoje.

– Ta brincando comigo? Como eu nunca fiquei sabendo disso? – Peter não escondeu a surpresa.

Allison virou as folhas do arquivo com impaciência.

– O búlgaro é prisioneiro do governo. Faz pelo menos setenta e cinco anos que ele foi capturado. A existência dessa criatura é veementemente negada, mas meu avô registrou no arquivo como uma certeza. E meu avô não se enganaria.

Todos ali presentes tinham certeza disso. O velho caçador Argent era do tipo que grudava no osso e não largava por nada.

– O que mais tem aí? – Derek indagou.

– Restam dois. O ucraniano e o inglês. Ambos possuem abrigos aqui nos Estados Unidos e já vieram para cá em mais de uma ocasião. A vigilância sobre eles é acirrada, mas não consta nada que justificasse uma ofensiva de caçadores.

– Até agora... – Peter suspirou.

– Só que com tudo o que aconteceu nos últimos meses nossos caçadores estiveram ocupados... não tem informações atualizadas sobre eles – Allison olhou para Scott, como se pedisse desculpas.

O jovem Alpha se aproximou da ex-namorada e pegou a pasta arquivo.

– Tem o endereço dos abrigos deles aqui nos Estados Unidos?

– Claro – a menina virou algumas folhas até localizar a informação que queria, um mapa dos estados, e bateu a ponta do dedo para que Scott visse as marcas vermelhas – Propriedades em Michigan, Pensilvânia, Connecticut e Palmdale.

– Palmdale?! – Scott e Derek disseram ao mesmo tempo.

– Sim – Allison recuperou a pasta e leu as informações que alguém marcara a tinta vermelha – Pertence ao Digamma inglês. Francis Aberline.

– É esse – Derek afirmou com certeza – Aquele garoto descobriu que o SMS de Stiles veio de algum ponto de Palmdale.

Ele agitou-se diante da perspectiva real de recuperar seu namorado.

– Se partirmos agora chegaremos lá à noite – Peter destacou um ponto importante ao mesmo tempo em que deixava clara a intenção de fazer parte do grupo de resgate – Sugiro que chame os siameses para ajudar.

– Farei isso – Scott não ia cometer nem um erro tendo algo tão importante quanto a segurança de seu melhor amigo em jogo.

– Vou com vocês – Allison afirmou em um tom de voz que não admitia recusa.

– O que mais sabemos que pode ser útil? – Derek aproximou-se tentando ver a pasta nas mãos da menina.

– Temos fotos da propriedade de Aberline. Meu pai disse que um Digamma sempre mantém um servo, alguém que funciona tipo boi de piranha e fica a frente de seus negócios, para distrair a atenção. Em troca esse servo pode usufruir a fortuna e os bens do Digamma enquanto durar o acordo. Coisa de trinta, quarenta anos. Hoje é noite de lua cheia, o costume é o servo trancar o Digamma e afastar-se do abrigo, por que qualquer presença deixa o lobisomem hostil. Ele volta pela manhã para libertar seu “senhor” – terminou a longa explicação olhando para todos os presentes.

– Mas tirando o lance de maior força e tal, esses caras são como a gente? – Isaac perguntou em dúvida.

– Basicamente – Peter respondeu – Em teoria são mais fortes, rápidos e selvagens. Acredito que nos batam em massa corporal também. As fraquezas são as mesmas: prata, wolfsbane, mistletoe, cinzas das montanhas... fogo. As histórias dizem que Digammas não manipulam a transformação como nós. Como não existem “Alphas”, “Betas” e “Ômegas”, quando se transformam é direto na forma completa. E o lobo assume totalmente o controle. Não há meio termo.

– Meu pai explicou que foi dai que surgiram as lendas antigas – Allison mordeu os lábios enquanto pensava no que dizia – Por que Digammas se transformavam e atacavam sem distinção. Com o tempo foram sumindo e as histórias viraram apenas mito.

– Teremos números ao nosso favor – Isaac ponderou – Sem contar que os gêmeos adquiriram muita experiência em lutas. Mesmo se ele assumir a forma completa e for tão poderoso assim.

– É difícil até montar uma estratégia de ação. Ele vai nos sentir chegando – Scott passou a mão pelo queixo – O jeito é nos dividirmos em dois times. Derek, Peter, os gêmeos e eu atacamos de frente e chamamos a atenção do Digamma. Isaac, Allison e Lydia encontram o Stiles.

– Não acha melhor escalar o Isaac para o nosso time? – Peter perguntou fazendo uma careta – Por precaução...

– Não posso deixar Allison e Lydia sem cobertura – Scott meneou a cabeça.

– Sem cobertura?! Elas terão prata. E wolfsfbane. E flechas pontiagudas... de prata com wolfsbane.

– Peter...

– Okay, ignore a minha sugestão sensata, Alpha Scott – o tom de voz de Peter saiu um tanto mais irritado do que ele pretendia, mas foi exatamente o que Scott fez.

– Allison, você busca Lydia. Isso se ela conseguir despistar a mãe. Isaac, encontre os gêmeos. Derek, você deixa o senhor Stilinski a par do que a gente conversou e o convença de que ele não deve ir e continuar sem tentar ligar para Stiles. Sei que será difícil, mas não quero arriscá-lo. Kira terá que ficar, ela tem pouca experiência e muita vontade de agradar, isso é arriscado. Vou falar com minha mãe e explicar tudo. Partimos em meia hora.

A postura de um verdadeiro líder impressionou a todos, humanos e lobisomens. Ninguém ousou questionar as ordens, nem mesmo Peter.

oOo

O dia passou com uma lentidão desesperadora. Stiles já estava cansado de testar a porta inúmeras vezes. Além disso, procurava passagens secretas apenas por distração, por que mesmo que abrisse a porta, o que faria? Tentar correr? Não iria longe... mas não conseguia simplesmente ficar sentado esperando.

Já trocara de blusa e acabara com os petiscos. Apesar de todo cansaço físico e emocional e de estar acordado cerca de vinte e quatro horas, não conseguira relaxar e desligar a mente nem para um simples cochilo. Mil coisas passavam por sua cabeça e a proximidade da noite apenas piorava tudo.

Quando Aberline abriu a porta de sua prisão e sentou-se no chão, do lado de fora, Stiles sentiu o sangue gelar nas veias.

– Está na hora...? – o menino perguntou. Francis apenas balançou a cabeça, concordando – Eu... tem certeza que é seguro?

Stiles perguntou olhando ao redor. O lobo de Aberline era grande. Enorme, na verdade. Quebrar as paredes não seria uma tarefa impossível, pelo contrário. As quebraria como se feitas de isopor.

O inglês compreendeu a preocupação de seu hóspede. Tratou de tranqüilizá-lo.

– Não tema. Essa sala é construída com uma camada dupla de tijolos e entre elas há uma placa de prata pura de um centímetro de espessura. A porta também é feita de prata. Nem meu lobo a quebraria. E... – ele agitou-se um pouco, pareceu sentir dor – meu lobo o reconheceu como parceiro. Ele jamais o machucaria.

– Você é um beta? Os olhos do seu lobo são dourados, mas sua forma era completa.

– “Beta”? Não. Tais rótulos são a herança da pós modernidade. Parece a última moda se intitular “isso” ou “aquilo”. Mas eu sou unicamente aquilo que sou: um lobisomem – um gemido finalizou a oratória.

– Você está...?

A resposta a para a pergunta incompleta não precisou ser expressa em palavras. A transformação começara. Garras surgiram primeiro, destruindo as roupas elegantes em pedaços que voavam arremessados longe. Garras tão afiadas que também rasgavam a carne de Aberline, fazendo sangue e pele se espalhar. Enquanto pêlos negros cresciam, a pior parte começou. Um grito rouco de dor ecoou arrepiando Stiles, em igual proporção ao som de ossos quebrando e remodelando, como se o corpo de Francis fosse manipulado por mãos invisíveis e cruéis. Mãos de um artista dando vida a criatura digna do pior de todos os pesadelos. O processo era doloroso como Stiles jamais imaginaria. Nunca fora assim como seus amigos! O que aquele monstro tinha de diferente?!

A fera vinha a superfície, crescendo e tomando corpo, ganhando proporções. As presas afiadas sequer lhe cabiam na boca, permanecendo ameaçadoras a mostra, pingando baba pegajosa. As garras gotejavam o próprio sangue no chão, de feridas já cicatrizadas instantaneamente.

O lobisomem ofegou. Rosnou agitado, recuperando-se e sentindo tudo ao seu redor.

Stiles, colado na parede o máximo que as leis da física permitiam, sentia o corpo dolorido de tanta tensão. Gotas de suor frio juntaram-lhe na fronte e nas costas, deslizando pela tez como dedos frios brincando com seus sentidos. Mal respirava, tamanho o medo que a criatura lhe impunha.

Então a forma completa fixou os olhos dourados sobre Stiles. Por alguns segundos apenas observou o garoto trêmulo e assustado, para em seguida erguer o focinho e soltar o uivo mais aterrador que alguém jamais ouvira.

Stiles sentiu o coração bater descompassado e a boca ficar seca. Ele teve apenas uma certeza diante da visão aterradora: se a morte assumisse uma forma física, seria exatamente como aquele lobisomem.

Continua...


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Notas finais do capítulo

É... faz sentido a forma como eu desenvolvi as coisas? Não queria que fosse um absurdo, e sim o Pack juntando as peças de um quebra-cabeças com o material que eles foram capazes de juntar.

Agora eles vão ao resgate só com a esperança de encontrar o Stiles por lá, sem ter certeza que o garoto realmente está lá. Mas... ele fez a sua parte tambem: conseguiu atrasar a partida em um dia. E era só o que precisava.

Ficou bem enciaxadinho? As vezes eu acho que se fica muito explicado não fica plausível. Essa foi a solução para deixar mais ou menos realista xD

Enfim...

Ah, propagandinha básica:

Postei um especial de Páscoa. Quando não tiver fazendo nada importante ou não tiver nada melhor para ler, passa por lá? Obrigada!!

http://fanfiction.com.br/historia/496683/Doce_Engano/

Até segunda!