A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 7
A sapa rosa e seus discursos intrigantes


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOI amores do meu coração! Geeeeente, eu queria mesmo, mesmo, mesmo agradecer os comentários. Vocês são os mais lindos! Amo vocês. Apesar de que eu notei que alguns que comentaram há dois caps, não comentaram no último que fiz. Mas tudo bem! Espero que comentem hoje :D Eu quero agradecer a todos os leitores que favoritaram, comentaram e recomendaram, mas especialmente a:

—--> A diva mais divosa da Mel Malfoy Salvatore. Amoooor, eu simplesmente me empolgo com os seus comentários, que eu me animei a escrever só por causa dele!

Não desvalorizando nenhum dos outros, que eu igualmente amei! Obrigada! Bom, esse é mais um diálogo entre Daniel, Draco e Lawren, mas é um diálogo importante. Beeeijos!



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Ela sorriu olhando para todos os rostos assustados. Não houve aplausos, nem mesmo da parte da Slytherin. Alguns alunos até mesmo riam de nervosismo, e algum chegavam a sorrir debochadamente, achando que era algum tipo de piada.

A ruiva ouviu ao longe somente os aplausos de Carrie na mesa de sua casa. Pulou do banquinho, com o chapéu na cabeça, tirou-o e o colocou novamente no banco. Sussurrou “um obrigado” indiferente para este, e se virou novamente. Deu uma risada animada.

– Nossa. Que falta de animação. Achei que iria ter aplausos, pelo menos da minha casa. Estou começando a me sentir arrependida de ter achado que o povo de Hogwarts era acolhedor. – riu mais um pouco, e para provocar ainda mais a confusão geral, deu um giro, fazendo logo após uma reverência delicada – Mas eu sei que devem estar meio assustados. Não é todo dia que se conhece outra Potter, não é?

Ia descendo as escadas com as mãos nas costas, até que ouviu alguém arranhando a garganta de uma forma, muito irritante, e com uma voz extremamente fina, falar.

– Com licença, mas eu gostaria de saber que brincadeirinha de mau gosto é essa! – falou a mulher parecida com um sapo, já de pé, do lado da professora McGonagall. Ela era rápida.

A ruiva se virou para a mulher, analisando-a. Era baixinha e gordinha. Usava sapatilhas cor de rosa, com uma grande flor na frente, e uma saia com um casaquinho da mesma cor. Os cabelos eram castanhos claros e enrolados, e o rosto estava maquiado com um batom mais claro que o próprio tom da pele. Ficara horrível. O rosto gordinho e os lábios finos encaravam-na severos, do mesmo jeito que fora encarada pela professora Minerva, o tempo inteiro que estivera com ela.

Lawren arqueou uma sobrancelha, e deu um sorrisinho, reprimindo a vontade de soltar uma gargalhada. Sabia que deveria ter respeito, pois ela era uma professora, mas ao olhar para ela, conseguia dificilmente prestar atenção: era muito mais fácil pensar que ela parecia um grande sapo rosa, maquiado de palhaço.

– Brincadeirinha? Desculpe. Creio não estar entendendo o que quer dizer. – falou calmamente, sem alterar a voz.

– Não existem mais Potter! Harry Potter é o último da geração dessa família. O último herdeiro! Então como você pode ser uma Potter? Exijo uma explicação! – o rosto ficara vermelho, enquanto todos encaravam quietos.

A garota suspirou, dando alguns passos, ficando uns dois metros afastados da mulher. Fechou os olhos, e respirou profundamente, fazendo um sinal com as mãos. O mesmo sinal feito ao falar com Carrie no telefone. Esse sinal já era conhecido pela McSimmons, e dele, nunca vinham coisas boas. Um sinal de concentração.

Ela sorriu, abriu os olhos novamente e novamente se afastou, andando em direção a mesa de sua casa. A uns poucos passos, parou e olhou para a mulher que já ia se manifestar novamente.

– Estou certa de que esse assunto seria interessante de ser comentado aqui, e eu ficaria honrada de contar a minha história de superação e todo aquele blábláblá. Tenho certeza que poderíamos conversar sobre isso, o horário que quiser, e então eu posso lhe falar sobre como sou uma Potter, como sobrevivi a um Avada Kedavra e como aprendi magia, escondida por tantos anos. Mas, não estou certa de que seria adequado comentar sobre isso aqui e agora, porque não podemos nos esquecer de que há crianças que não precisam ficar traumatizadas em seu primeiro dia de aula. Não que eu me importe. Estou pouco me importando se elas vão ter algum tipo de trauma ou não. O que realmente acontece, é que contar sobre quinze anos vivendo nos Estados Unidos, seria uma história meio longa para uma janta só. E como eu sei que o discurso do nosso querido professor Dumbledore não será dos pequenos, e eu estou com fome e cansada, eu dispenso explicações por hoje. Mas se quiser, posso falar com a senhora amanhã mesmo. Tenho certeza de que não irá opor, irá, professora... Umbridge, não é? – olhou para a mulher que a encarava com os lábios tremendo de raiva.

Seus olhos se encontraram diretamente com os delas. Ela direcionou seu olhar diretamente para a íris da mulher sapo, e sem que percebesse, suas pupilas dilataram, enquanto sorria. A face da professora Umbridge mudou de uma hora para outra, como se estivesse conformada com a resposta nada agradável da garota. Como se tivesse sido manipulada com aquele olhar.

– Sim... Claro Srta. Potter. Seria um prazer recebe-la em minha sala amanhã, pelo período da tarde, após a minha aula. – falou, em uma espécie de transe sem transe. Algo estranho, que fez alguns alunos se arrepiarem. A ruiva sorriu animada, e deu uma risada.

– Sabia que entenderia meu ponto de vista, professora. – parou de olhar para a mulher, que mudara a expressão para confusão assim que perdera os olhos da outra. Lawren olhou por todo o salão, parando o olhar por um momento em Harry, que a encarava com uma diversidade de sentimentos: raiva, confusão, susto, surpresa... E talvez, bem no fundo do olhar, um pouco de alegria? A garota sorriu para ele, piscou com um olho só e direcionou o olhar para a mesa a sua frente.

Era uma mesa extensa, cheia de rostos que não paravam de olha-la. Ela revirou os olhos, procurando Carrie, achando outra pessoa. Na verdade, outras pessoas. Dois rostos parcialmente conhecidos. Ambos eram loiros de pele pálida, mas somente um sorria. Draco Malfoy encarava a garota surpreso pelo que acontecera. Uma Potter? Uma Potter? Ele nunca imaginaria isso, nem mesmo em mil anos. O outro rosto lembrava nitidamente.

Daniel Surrey encarava a garota sorrindo, animado. Uma sobrancelha se encontrava arqueada, e ele balbuciava as palavras: “Potter? Sério?” e ria. Lawren se animou com isso. No meio de tanta gente a encarando de forma tão estranha, ver alguém levando isso numa boa, era no mínimo, animador. Foi por isso que ela se encaminhou animadamente para onde o garoto se sentara, e pedira “educadamente” um espaço entre ele e a garota morena do lado dele.

– Olá, Daniel Surrey. – falou ela com um sorrisinho – Draco Malfoy. – deu um breve aceno com a cabeça para o outro loiro que estava sem ação.

– Olá, Lawren Potter. Então era esse o motivo pela qual você não queria falar seu sobrenome? Causar todo esse impacto? Parabéns você conseguiu. Parece de sangue o que os Potter fazem para aparecer.

– É, deve ser de sangue mesmo, Surrey. Mas no caso, eu somente queria aparecer para o meu irmão, pra ele finalmente notar que não é o único Potter do mundo. Não duvido que amanhã isso esteja cheio de jornalistas do Profeta Diário, contando banalidades sobre eu. Isso é muito instigante, não? – perguntou, tendo completa noção de estar sendo observada por somente toda Hogwarts.

– É, deve ser realmente muito instigante. O mais engraçado é ler, depois de tudo isso. Cada coisa que eles contam que às vezes eu não sei se eu me atiro na cama para rir, ou se eu me atiro no chão mesmo.

– É, acho que o chão é uma boa opção. – sussurrou – Vem cá, qual é a da sapa rosa?

– A Umbridge? Secretária sênior do ministro. Depois de todo aquele escândalo sobre Voldemort, o ministro conseguiu convencer a todos que ele não voltara, e essa aí teve uma grande participação. Dumbledore está apoiando o testa rachada, mas o ministro não concorda com isso, por esse motivo, ele mandou a “sapa rosa” para cá.

– Vigilância? Em cima de Dumbledore? – o loiro assentiu, observando o velhote se levantar para o discurso – Nossa, a situação realmente está mais catastrófica do que eu pensei. Não tive muito tempo para me atualizar, mas sei o básico. Não sabia que a imagem de Dumbledore estava tão ruim. – sussurrou de volta.

– Ele está simplesmente acabado. Não tem mais defesas. Antes, todos achavam que ele era o maioral, o sábio. Agora? Poucos ainda acham que ele está são. Vamos ouvi-lo. É sempre a mesma ladainha de sempre, mas é necessário sempre. – o garoto revirou os olhos, e a ruiva assentiu prestando atenção no homem de pé, com os óculos meia-lua.

– Então, mais um ano começa em Hogwarts! E já começa cheio de surpresas, não é? Antes que digam algo, como a professora Umbridge já fez questão de se antecipar, essa história será entendida com o tempo. Mas quero que todos entendam: não é um truque. Quero desejar a todos os novos alunos, que sejam bem-vindos. Hogwarts, agora, é sua casa! Mas há algumas exceções: a floresta negra é estritamente proibida. Nada de estar fora da cama depois das nove horas, entre outras regras que serão conhecidas ao longo do ano. Esse ano, teremos como professor de poções, o professor Severo Snape, transfigurações, Minerva McGonagall, feitiços, professor Flitwick, como professora de defesa contra a arte das trevas, a professora Dolores Umbridge...

– Run-run – arranha garganta – É realmente bom saber que Hogwarts pode contar com você, professor Dumbledore. Vale a pena ressaltar, que o ministério da magia está regulamentando cada passo dado, em busca de melhor conhecimento e desempenho. – deu uma risadinha irritante e continuou falando por mais incontáveis minutos, enquanto Hogwarts a encarava estático. Nunca haviam interrompido Dumbledore. Nunca. E com uma risadinha, depois de falar mais e mais, e mulher terminou e se sentou.

– Resumindo tudo em uma frase: se a gente fizer algo errado, estúpido ou qualquer coisa fora do que o ministério regulamenta... A gente se ferra. – falou Lawrence, revirando os olhos – Tanta enrolação, para falar algo tão simples, que a maioria não entende.

– Acho que era esse o objetivo. – se manifestou de repente, Draco – Fazer com que ninguém entendesse para assim, a cada ato errado, o ministério possa se expandir mais e mais em direitos sobre Hogwarts. Por enquanto, ele tem somente o poder de regulamentar o que precisa ser mudado, mas se a situação for catastrófica será muito fácil ocorrer uma mudança de normas, e até expulsões indesejadas. É isso que eles querem: o desconhecimento geral, para chegarem onde querem chegar. No poder maior. O cargo do Dumbledore.

Lawrence olhou para Draco, com a expressão pensativa. Olhou nos olhos de Draco, e falou baixinho:

– Um raciocínio que não passara pela minha cabeça. Se ninguém tiver o controle da situação, o ministério poderá então colocar seu plano em prática, que é expulsar o Dumbledore de qualquer cargo de poder. Então no fim, o objetivo não é o bem de Hogwarts, e sim, a vingança de Fudge. Isso realmente não passara pela minha cabeça... E aqui vai o primeiro erro geral. O primeiro passo: se ninguém entender, ninguém poderá revidar. Umbridge vai causar a revolta desse colégio, e isso acarretará em mais e mais erros. Se não ficassem parados admirados, como tontos, talvez a gente ainda pudesse fazer algum coisa. – Draco e Daniel concordaram, voltando o olhar para Dumbledore, que esperava Umbridge se acomodar.

– Obrigada pelas belas palavras, professora Dolores. Tenho certeza que os alunos de Hogwarts, assim como professores, ficaram lisonjeados de ouvir – uma risadinha irritante – Então, acho que não será necessário falar mais nada. Vamos comer! – deu duas palminhas, e as mesas se encheram de bandejas com pilhas e mais pilhas de comidas.

Os alunos de Hogwarts atacaram como animais. A algazarra começou, para ver quem conseguia pegar aquele pedaço de carne primeiro. A Potter somente apoiou a cabeça na mão, esperando as pessoas se servirem. Daniel fizera isso também, mas não para copiar, e sim, porque não tinha fome.

– O que você acha que pode acontecer se Dumbledore perder o cargo? – perguntou Daniel, sendo ouvido por Draco, que cortava uma fatia de bife. Lawrence suspirou, e se serviu de um pedaço de bife também. Cortou um pedaço, calmamente, e botou na boca, dando 32 mastigadas, bem contadas. Enquanto contava, largou o garfo e a faca e fez o sinal de mão feito para responder a mulher de rosa. Durante o professo, Daniel esperava silenciosamente, entendendo que ela pensava. Draco também entendera, e somente observava.

Na mastigada número 31, ela desfez o sinal, pegou o garfo e a faca novamente, mastigou mais uma vez, e cortou outro pedaço, mas este, sem direcionar a boca. E cortou mais um, e mais um, e mais um, picando em vários pedacinhos. E então, falou, ainda cortando.

– Não é a pergunta mais simples de se responder. – falou sem emoção – Mas também não é a mais difícil. Para falar a verdade, acho que é tudo muito previsível. Obviamente, ele perderá o cargo. Se Umbridge não tivesse provas para incriminá-lo, faria algo, que somente empurraria um aluno para um erro. Com o profeta diário do lado do ministério, tudo fica mais fácil. Embora eu duvide que isso seja necessário. A grande culpa do que acontecerá se Dumbledore se for, será daquele trio. – olhou para o irmão, que a olhava, assim como Hermione e Rony – Obviamente, a Granger é inteligente. Ela entendeu tão bem quanto eu o que a Umbridge disse. Mas ela tem uma dificuldade de interpretar o que há por trás dessas palavras, e isso será um erro fatal. Instigará Harry a fazer algo errado. Quebrar regras. Você sabe que para ele é fácil fazer isso. Não sabe, Daniel? Eu não sei exatamente o que eles farão, mas eu sei que Harry está com raiva. Muita raiva. Ele fará algo impulsivo, e então, cairá na armadilha dela. Dumbledore terá de fazer algo de última hora, ou seja, fugir. E então, com Dumbledore fora da área, começará o real perigo. – ela sorriu, e olhou para Daniel – Umbridge se tornará diretora. Fudge se encarregará disso. Ela começará com coisas pequenas, punições, detenções. Depois, alterações em horários, times. Os alunos ficarão mais revoltados, dando a ela mais direitos. Mais e mais e mais. Hogwarts virará uma catástrofe antes mesmo de dizer “feliz natal”.


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Notas finais do capítulo

E entãããão? Favorito o comentário de quem chegar mais próximo do que pode ser o dom da Lawren! Já aparece nesse cap, mas não é nada muito graaaande. Bom, beeeeijos! Comentem, favoritem, recomendem! Xoxo