A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 59
A Derrota


Notas iniciais do capítulo

Ooooi, gente!

Felizes? Haha, voltei a posta regularmente agora. Mas se quiserem saber, eu estou um caco! Passei a tarde inteira fazendo uma coisa chamada relatório trimestral que ninguém nunca vai se lembrar depois que receber sua nota. Mas eu preciso postar, e escrever também. Isso me acalma, e esses últimos dias pré ENEM estão me matando. Aliás, fim de semana tem ENEM, pessoal, então, muito provavelmente, eu vou estar detonada para pensar em postar um capítulo.

* Nesse cap vocês terão uma surpresa ao ver a suposta adversária de Lawren. Vocês ficarão meio confusos, mas eu explicarei tudo no último capítulo, eu prometo.

* NÃO se desesperem com o fim desse cap. Ainda tem muito mais história.

* Obrigada pelos comentários do cap passado! Adorei!

* É isso! Tchau, beeeeijos! Xoxo s2



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Os três se olharam. Lawren ainda tremia, e a carta que era o motivo de tanto medo, se encontrava fumegante em pedaços. No chão. A primeira a se recompor foi a Potter. Endireitou a postura e deu um leve suspiro, se encaminhando lentamente até a janela. Colocou a mão nos vidros e olhou a noite lá fora. Sentiu uma leve brisa entrar pela fresta, fazendo os cabelos ruivos balançarem levanto um leve cheiro de flor de cerejeira aos narizes dos garotos.

– Esses dias, - falou calmamente sem olhar para os meninos – Eu tive uma detenção com Umbridge. Ele me mandou organizar as fichas de detenções da minha família. Havia um pergaminho separado para nós – ela sorriu – Eu fiquei orgulhosa por um momento. Não eram todos que podiam ser “usuários” particulares. No pergaminho, havia um emblema logo acima do nome Potter. Uma flor de Lis. – suspirou – Então eu entendi o motivo da chave do meu cofre de Gringotes ser essa flor. É o símbolo do meu sobrenome. Poder, soberania, honra e lealdade. É o que a flor representa. – olhou para eles – É o que eu devo representar. – olhou suplicando para os amigos – Precisamos ir.

– Você está doida! – falou Daniel – Olha, Lawren, eu sei o quanto você quer provar para o Harry testa rachada o quão forte você pode ser. Como você é superior e blábláblá. Mas temos que pensar dos dois lados. Somos somente três. Não sabemos nem metade do que deveríamos ter aprendido esse ano! Sem falar que não sabemos quantos deles haverão lá. Pode ser somente ela. Como pode ser dez. Ou mais.

– Eu entendo. Mas a gente precisa ir. Não é vontade de provar absolutamente nada. Eu só quero ir lá para acabar de uma vez com tudo isso. O Sirius morreu por causa deles! Eu... É só uma questão de respeito. Vocês não me verão pedir muitas coisas porque...

– Provavelmente estaremos mortos antes mesmo de você pedir algo! – retrucou Draco.

A ruiva suspirou e olhou para baixo. Parecia pensar. Arfava. Estava impaciente. Nervosa. E não desistiria tão facilmente. Se eles não queriam aceitar a ideia de forma fácil e rápida, iriam aceitar pela difícil e rápida também. Manipulação.

– Tudo bem. – falou calma. Os loiros a olharam, e Daniel ainda murmurou alguma coisa em francês, que poderia ser facilmente traduzido como: “ela vai aprontar algo” – Se não querem ir comigo, eu irei sozinha. – disse decidida – Se querem deixar a sua melhor amiga morrer sozinha, e ficar com o peso na consciência para sempre, tudo bem. Vocês tem o livre arbítrio para decidir o que querem. – declarou seriamente, saindo.

– Calma! Isso não vai funcionar – riu Draco – Você não tem coragem de sair sem nós.

Quem riu dessa vez foi Lawrence.

Vocês não são nada sem mim. A mais forte e corajosa aqui sempre fui eu. Eu sempre fui a melhor. – saiu calmamente, e já ia entrar no dormitório, quando ouviu a voz meio nervosa de Daniel.

Ele estava irritado, e isso era claro. A voz engrossara, e estava rouca, como se estivesse forçando o próprio corpo a conter um grito de raiva. O rosto corara de tal forma, que era muito simples notar que outro insulto por parte da menina não seria tolerado.

– Tudo bem. Nós vamos. – declarou. A ruiva sorriu de costas. Funcionara.

– Se arrumem. Encontramo-nos em quinze minutos. – e sumiu para dentro do dormitório, onde todas as meninas dormiam. Era o último dia de aula, e nenhuma estava a fim de acordar tarde e perder o trem. Caminhou lentamente pelo quarto incrivelmente organizado, e chegou à sua cama.

Tirou o vestido que usava, assim como o Converse. Colocou uma calça jeans rasgada e colada, junto com o mesmo calçado que usava antes. Usava também uma blusa meio larga, branca. Botou por cima um casaquinho leve, de tricô. Olhou-se no espelho arfando. Os cabelos longos estavam lisos novamente e haviam crescido um pouco, batendo pouco abaixo da cintura. Analisou o rosto, com alguns pequenos cortes ainda pelo ministério, e sorriu. Tudo ficaria bem. Mexeu nervosamente no colar que ganhara de Daniel e Draco no natal. Sorriu com os olhos meio úmidos. Mas logo se recompôs. Ia saindo do dormitório quando algo brilhou de canto de olho.

O punhal de Carrie.

Voltou ao olhar para cima da cama, e estendeu o braço rapidamente, pegando a faca. Estava afiada. Expelliarmus funcionava somente com varinhas. Colocou dentro do Converse, e então sim, saiu do dormitório, se deparando com os garotos andando nervosos de um lado para o outro.

– Vamos? – falou séria. Os dois a olharam tão sérios quanto, e assentiram. Andaram cautelosamente para fora do dormitório, e se escondendo atrás de algumas estátuas nos corredores.

– Eu só quero ver se forem cinquenta comensais. – sussurrou Draco.

– Devemos confiar na sorte. – sibilou a ruiva, olhando de soslaio para o garoto.

– Se a nossa sorte for cinquenta bruxos do nível do Dumbledore vierem nos ajudar, então está magnífico. – falou.

– Vai ficar tudo bem. – deu um sorrisinho, abrindo a grande porta que levava para os pátios – Lawren significa “a que sempre vence”. Não vamos perder.

– É impressão minha ou ela está usando significados como argumentos hoje? – murmurou Daniel, para o melhor amigo que concordou imediatamente.

Os três desceram a escada que levava para a casa de Hagrid, que tinha uma leve fumaça saindo da chaminé. A sombra do guarda-caça pairava atrás da cortina, e as luzes ainda estavam acesas. Mas em vez de irem para a casa do meio-gigante, o trio virou, entrando na floresta proibida.

– Como saberemos onde devemos encontra-los? – perguntou Surrey.

– Eu acho que eles que vão nos encontrar. – falou Lawren, olhando tudo em volta – Por isso, fiquem atentos. Não queremos duas mortes em dois dias.

Os meninos assentiram e os Slytherins adentraram mais. Estavam ficando sem ar, e às vezes paravam para fazer um feitiço para detectar se estavam sozinhos. Seria muito mais fácil se alguém tivesse o olho de Olho-Tonto. Até que chegaram a uma clareira. Era redonda, cercada pelas árvores. Onde Lawrence treinava.

– Deveríamos voltar. Acho que era somente uma brincadeirinha. – comentou Draco. A ruiva suspirou decepcionada.

– É. Vamos voltar. – disse, dando uma última olhada em volta.

Quando tudo aconteceu. Fora muito rápido. A Potter se virou para voltar, quando ouviu o grito de Daniel, alguém a empurrando no chão e se jogando na sua frente, com um “protego”. A luz azul fez um objeto prateado ricochetear e voltar, cravando em uma árvore.

O Surrey se encontrava estirado em cima dela. A varinha na mão, e arfando. O cabelo estava bagunçado, e ainda tentava entender o que acontecera. Fora ele que se jogara na frente dela. Para protegê-la de... Uma faca?

– O que diabos...? – murmurou Draco, olhando em volta, já com a varinha em punho.

– Tem bons reflexos. – comentou uma voz atrás das árvores. Era uma mulher. Não era Bellatrix com toda certeza. Uma voz jovial, pouco mais velha que os três. Então a sombra dela apareceu.

Era alta, e tinha cabelos até os ombros. Eram cabelos ruivos, com um tom um pouco mais claro que o de Lawrence. A pele incrivelmente clara, e os olhos azuis. Ela trajava uma calça verde escura, meio larguinha, junto com uma blusa verde igualmente. Usava um cinto estranho, que continha algumas faquinhas, e na mão, uma varinha.

– Mas não sei se são bons o suficiente. – ela comentou, com falsa tristeza.

– Quem é você? – perguntou Lawren, já de pé com a varinha na mão, assim como os amigos.

– Meu nome é Ysun Carter. – ela falou calma, se escorando na árvore e recuperando a faca – E aqueles grandalhões atrás de vocês são Robert, Geoffrey, Corey, Larry e Tom. – ela apontou para trás do trio, que se virou rapidamente, se deparando com cinco pessoas.

Era assustador. Eles eram gigantes e feios. As barbas estavam por fazer, e o cheiro deles não era muito agradável. Estavam com as varinhas levantadas, e davam sorrisos psicóticos. A Potter reprimiu um grito. Tudo bem. A sorte definitivamente não estava com eles.

– O que você comentou mesmo sobre “não perder”? – sussurrou Draco para a ruiva.

– Isso é injusto. – falou ela com superioridade – Vocês são simplesmente o dobro! – reclamou a ruiva para Ysun.

A mulher riu ironicamente. Desencostou da árvore, e jogou outra faca, sendo barrada por um protego da Potter. Ela sorriu. Piscou um olho e arqueou a sobrancelha, exibindo os olhos azuis mais ainda.

– Meu amor – falou – Nós nunca dissemos que isso seria justo. Agora!

A luta começara. Os seis comensais lançavam todos os tipos de feitiços, e o protego do trio começava a não funcionar. Eles intercalavam. Tomavam conta de dois. Daniel cuidava de um homem negro e alto, junto com outro branco e gordo. Draco cuidava de dois magrelos brancos, enquanto Lawren cuidava de Ysun e o que aparentemente era Robert.

Robert era de longe o mais bonito. Era um moreno alto, com cabelos longos e negros. Os olhos eram verdes, mas com um leve brilho no meio. Os dentes eram afiados e grandes.

– Ah, você está de brincadeira! – gritou Lawren lançando um estupore – Tem até vampiros nessa coisa? Isso aqui não é Diários de um Vampiro, não! – se distraiu um pouco ao reclamar, e quase levara um Cofringo se não fosse Draco com seu reflexo, e lançando um Protego.

– Em vez de reclamar... PROTEGO! Você deveria... ESTUPORE! Tentar se concentrar na batalha... IMPEDIMENTA! – gritou.

– Tudo bem. – desviou de um feitiço que bateu em uma árvore, causando um buraco – Vou tentar.

A batalha continuava. Estavam ficando sem forças, enquanto os rivais pareciam cada vez mais convencidos de que quanto mais lutassem, mais fortes ficariam. Estava ficando difícil de defender, e uma hora Daniel chegou a cair no chão, e seria morto se Draco não aparecesse.

– Está bem? – perguntou Malfoy. Daniel assentiu.

– Cuidado! PROTEGO! – gritou se atirando na frente de Draco – Precisamos sair daqui, ou precisamos de ajuda! – falou para os dois que estavam próximos.

– Haha, que ótima ideia, Daniel! – falou Lawren desviando de mais um feitiço – Me explique como sairemos daqui, quando mal conseguimos nos mover cinco centímetros.

– Não seja irônica, Lawrence! – sibilou Draco, lançando um estupefaça que fez um daqueles voarem – Não se esqueça de quem foi a ideia de vir aqui!

– Ótimo Draco! Bote toda a culpa em mim! Quando não deu nem mesmo cinco minutos e vocês toparam! Querendo um desafio! – retrucou.

– Sem brigas! – gritou Daniel – Isso aqui já está suficientemente ruim.

– Levicorpus! – gritou uma voz feminina atrás dos três, fazendo a luta parar.

Hermione aparecera do nada. O alvo, que era Geoffrey, estava todo enrolado por cordas. Robert lançara um liberacorpus que o livrara disso imediatamente. Logo atrás de Hermione, apareceram Rony e Harry. Esses sorriam com os olhos brilhantes, querendo uma luta.

– Sinceramente maninha, achei que conseguisse ser mais forte que isso. – falou Harry sendo irônico pela primeira vez com a Slytherin – É óbvio que precisam na nossa ajuda. São muito fracos.

– Ora, ora, ora... Então a ruivinha é a menina-que-sobreviveu...

– Você não sabia? Espere, onde está Bellatrix? – perguntou a ruiva, confusa.

– Não lhe interessa. Reforços é? Interessante. Você queria uma luta justa, então teremos. Seis contra seis. Veremos quem é o mais forte. Estupore! – gritou Ysun para Lawren, que se defendeu.

A luta começara de novo. Parecia bem mais fácil, mas não estava. Estava tudo mais complicado ainda. A clareira não era lá muito grande, e ficar espremido ao centro dela, fazia com que a liberdade de movimentos dos estudantes fosse muito mais limitada que a dos comensais. Na primeira oportunidade que Robert tivera, desarmou Hermione, e a prendeu com cordas, arrastando-a para perto de uma árvore, onde aproximou os dentes perto de seu rosto.

– Hum... Tem um cheiro bom de hortelã...

– Largue a Hermione! – gritou Rony, parando de lutar, e assim sendo pego por Geoffrey.

Então as coisas começaram a mudar. Com Hermione presa, Ronald também, Daniel decidiu tentar livrar a morena das cordas, mas acabou por se atrapalhar e ser atingido por um estupefaça. Logo estava pego também. Draco, Lawren e Harry eram os únicos. Draco acabou por ser atingido por um Glisseo, que fizera a terra abaixo de seus pés ficarem lisa e ele resvalou e caiu. Era somente os irmãos. Mas a coisa ficara estranha.

Todos, sem exceção, pararam de lutar com a ruiva Potter. Ela arqueou as sobrancelhas confusas. As coisas pareceram ficar em câmera lenta. Ela se virou, e foi como se tudo parasse. Todos os comensais estavam indo para cima de Harry, e em poucos segundos uma faca fincava levemente seu pescoço. Ele estava rendido. Era somente ela.

– Surpresa? – falou Ysun – Era esse o plano. Agora, quem vai lutar, somos você e eu. E seus amiguinhos vão assistir. De camarote. Vamos! Qual é o seu melhor feitiço? – perguntou, atiçando a garota.

Lawren já estava fraca. Tentou lançar um estupefaça, mas recebeu somente um: “é só isso que você pode fazer?”. Suspirou. Nunca ganharia dela. E mesmo que ganhasse, teria mais cinco. Daniel estava desmaiado, Draco semiacordado, Hermione amarrada, assim como Ronald. E Harry estava com uma faca apontada para o seu pescoço. Estava em desvantagem. E ela não sabia o que fazer. Tentou mais alguns feitiços, mas todos simplesmente não afetavam a outra ruiva, que ria. Até que um Expelliarmus a atingiu, e a única coisa que pensou em fazer quando viu sua única arma voar longe, era se jogar no chão, derrotada. E foi isso que fez. Com pesar nos olhos, o mundo declarava: Lawrence Potter estava acabada.


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Notas finais do capítulo

Looks: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=139478489&.locale=pt-br

Beijos!