A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 56
O Ministério da Magia


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal bonito! Tudo bom com vocês?

* Eu estava em dúvida se postaria ou não, porque eu estou meio triste porque o meu cachorro, aquele que foi para a veterinária, morreu ontem :/ Eu estou realmente bem mal.

* Obrigada por todos os comentários. Adorei a todos. Se eu demorar um pouco para responder, nãos e preocupem, eu irei, talvez amanhã, mas irei.

* Capítulo que vem será o desfecho das atividades da Potter no ministério, e posso dar o nome do capítulo: Aquele que nunca temeu a morte.

* A fic está acabando, e reforço o que disse caps atrás: quero a presença de vocês na segunda parte, que, modéstia a parte, ficou magnífica. Já escrevi o primeiro capítulo, e vou postar junto com o último cap de AOP1.

* Gente, a semana está bem turbulenta, cheia de provas e tudo mais, então não sei se postarei regularmente essa semana. Perdão. Sem falar que o Enem está chegando, e a Ally aqui, precisa estudar se quiser passar em medicina.

* É isso, gente bonita, até cap que vem! Beijos, xoxo s2 s2 s2.



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– Vocês realmente acreditaram que eu, Dolores Umbridge, iria acreditar que a pirralha da Gryffindor que estava envolvida na AD iria entregar os próprios amigos a mim? Ah, vocês só podem ser muito inocentes para acreditar que eu iria cair em uma dessas.

Lawren estava boquiaberta, e seus olhos estavam úmidos. A chance de ir salvar Sirius estava indo por água abaixo. A Potter olhou para Gina, e apesar de se segurar para não chorar, a Weasley deixara uma lágrima escapar, olhando com culpa para Harry.

– Perdoe-me, Harry, Lawrence. Eu sou muito atrapalhada para esse tipo de coisa... – falou baixinho, com os olhos baixos.

Em minutos a Brigada Inquisitorial entrou na sala, e pegou cada uma das pessoas que estavam tentando falar com Sirius. A sapa rosa sorriu, e pegou Harry para si, o jogando contra uma mesa, com um sorriso perverso.

– Quem irá falar o que queriam agora mesmo?! – perguntou, olhando para todos.

O silêncio permaneceu na sala. Apesar do plano ter dado errado, eles eram leais demais para conseguir entregar um ao outro. Dolores pegou um frasco, e praguejou ao ver que o líquido estava seco. Não havia absolutamente nada dentro, mas a testa de Lawrence franziu ao ver o liquido que deveria estar dentro do vidro.

– Veritasserum?! Mas... – ela arregalou os olhos ao ver o professor Snape chegando na hora, com uma cara confusa. Olhou para Lawrence, que tinha um olhar decepcionado no rosto ao vê-lo.

Baixou os olhos assim que seus orbes se chocaram. Lembrou-se claramente das palavras do professor quando pediu Veritasserum para usar em Draco. “Desculpe-me, Lawrence. Os professorem têm usado demais essa poção, e o meu estoque está pequeno”. Era ele que abastecia Umbridge para ela colocar poção da verdade nos chazinhos nada inofensivos que ela servia? Tudo que podia pensar era que estava desapontada. Se sentia traída pelo próprio mestre.

– Ah, Severo! Que bom que chegou! Necessito de mais Veritasserum agora. – falou Umbridge, e Lawrence não aguentou ficar quieta, mesmo apertando a mão de Daniel o mais forte que podia.

– É, Severo! Pegue um pouco mais de Veritasserum para ela colocar nos chazinhos que ela servirá na maior boa vontade para nós! – disse irônica, cuspindo as palavras na sua face, sentindo o ódio transbordar em seu olhar – Por que não traz um pouco de Felix Felicis também, Severo? Quem sabe assim você tem a sorte de não levar um soco na cara assim que eu sair daqui.

Snape suspirou, olhando para a sapa rosa, que tinha um sorrisinho animado no rosto, enquanto a Brigada Inquisitorial ria. O homem de preto juntou as mãos, e quando ia começar a falar, Harry gritou.

– Ele pegou Almofadinhas! Eu e Lawrence vimos, Snape! Ele pegou Almofadinhas! Ajude-o! – gritou, com os olhos aguados, enquanto Lawrence já deixava uma lágrima escapar, enquanto a raiva transparecia em seu rosto.

– O que é isso? Sabe do que falam, Severo?! – perguntou Umbridge, e o homem suspirou.

– Não tenho ideia, Dolores. – falou, com o olhar intrigado ao ver Lawren e Harry parecendo falar a verdade – Infelizmente o estoque de poção acabou, Dolores. Não poderá arrancar nada deles. – falou, e a mulher praguejou.

– Bem... – começou – Então iremos usar outros métodos um pouco mais... Dolorosos, com o Sr. Potter. – disse, com um sorriso perverso.

– O que?! – gritou Draco – Isso não é o que você e o ministério tanto lutam contra?! Como farão isso?! – indagou indignado, e Dolores riu, baixando lentamente o quadro do ministro, olhando para o loiro.

– O que Cornélio não vê... Cornélio não sente. – disse, se virando para Harry e apontando a varinha para ele, sem ser impedida por Snape.

– Conte, Harry! Conte! – gritou Hermione, e Lawrence não tentou contestar desta vez. Harry não fez nada – Se você não contar, quem vai contar sou eu! – ela gritou, e Harry negou apressado.

– Contar o que, exatamente? – perguntou Dolores, apontando a varinha para Hermione, que tinha os olhos úmidos, enquanto Ronald se contorcia para tentar salvá-la.

– Desculpe, Harry. Mas eu não posso ver isso. Dumbledore deixou uma coisa para a gente, e estávamos nos comunicando com ele pela lareira para achar essa coisa. Para saber a localização e tudo mais, sabe? – disse Hermione, e Daniel sentiu como se pudesse pular com a genialidade da garota.

– Hum... E você sabe que coisa era essa? – perguntou a mulher interessada.

– Ah, não. Sei somente onde está. Eu e Harry podemos lhe levar para lá. – ela falou, nervosa.

– Eu adoraria. – disse Umbridge – Brigada Inquisitorial, fiquem aqui e tomem conta do resto até que eu volte. Granger, Potter, vocês vão comigo.

Os três saíram da porta apressados, e a Potter que sobrou não encarou Snape enquanto isso. O homem continuava dentro da sala, e quando finalmente tomou coragem, o olhou.

– Você não vai avisar a Ordem? – perguntou. O homem suspirou, respondendo.

– Eu estava esperando quanto tempo ia durar até você notar que todos vocês lutam bem melhor que a Brigada Inquisitorial, sabe? Mas parece que a minha aprendiz não aprendeu tanta coisa assim. – ele falou como quem não se importasse com nada, coçando a nuca, enquanto a ruiva reprimia um sorriso e olhava de soslaio para Daniel, torcendo para que ele lesse sua mente. Depois de dez segundos, ele assentiu e olhou para Draco, que assentiu cinco segundos depois. O Malfoy olhou para Gina, e de alguma forma, conseguiu fazer com que a ruiva entendesse tudo. A ruiva falou silenciosamente com Luna, que falou com Neville.

Dez segundos depois, todos os alunos da Brigada Inquisitorial estavam caindo no chão, gemendo de dor. A Potter deu um último soco colocando toda sua força em Blaise, e depois se virou para o professor, que já se encontrava de pé, com a postura ereta.

– Tudo bem. Vou avisar imediatamente McGonagall sobre Sirius. – ele disse, e olhou para Lawrence de soslaio – Me prometa que não farão nada precipitado como sair daqui para salvar ele. – ele falou, e a ruiva o olhou com a cabeça empinada e um sorrisinho nervoso no rosto, enquanto cruzava os dedos atrás das costas.

– Prometo. É claro que prometo.

***

Deu a terceira volta do elástico em seu cabelo, e colocou a franja para o lado. Pegou um casaco cor de creme que ia até a metade das suas coxas de cima da cama, e o colocou sem fechar, deixando à mostra a regata branca. Calçou seus tênis calmamente, e pegou sua varinha. Olhou para a bolsa de facas que usara no treinamento mais cedo. Suspirou, pensando se deveria levar uma bolsa que somente atrapalharia. Por fim, se direcionou até a cama, abriu o acessório, e de lá tirou dez faquinhas, que guardou no bolso do casaco, que fechou para não deixar as facas caírem. Se não tivesse varinha, teria suas facas.

Saiu do dormitório apressada, se deparando com seus dois melhores amigos andando de um lado para outro, visivelmente apreensivos. Draco estava pensativo, e seu rosto estava pálido. A ruiva pegou na mão dele quando viu Daniel sair do salão comunal assim que ela chegara à sala. Haviam combinado de se encontrar com os outros da AD na ponte, quando Harry e Hermione chegassem.

– Eu sei o que está pensando. – ela disse, e sorriu – E eu nem preciso ler mentes para isso. O seu pai estará lá, não é? – perguntou no que Draco suspirou – Você não precisa ir se não estiver seguro disso. – ela disse compreensiva, mas o Malfoy apertou mais sua mão.

– Nunca diga isso de novo. Eu nunca irei me perdoar se você e Daniel irem sem mim e nunca voltarem. Estamos juntos nessa, e não é o meu pai que irá me parar. Sabe disso, não sabe? – a Potter assentiu, e deu um sorriso nervoso.

– Certo, então. Próxima parada, ministério da magia! Snape vai me matar se eu terminar num hospital é sério. – falou fazendo piada, saindo do salão comunal com Draco e logo alcançando Daniel.

O trio andou entre os alunos como se nada estivesse acontecendo. Lawrence apertava suas mãos uma contra a outra, e suspirou aliviada ao ver que ninguém os parara até o caminho da ponte. Lá, Luna, Gina, Neville e Ronald conversavam baixinho. Harry e Hermione não haviam chegado aparentemente, e a Potter pensava em como conseguiria convencer ao irmão de que iriam todos juntos.

O silêncio perpetuou entre eles até que o Potter e a Granger chegassem sujos. Eles arfavam, e Harry parecia determinado a fazer alguma coisa. Ao ver o grupo da AD esperando na ponte, ele suspirou e andou um pouco mais calmo até lá, onde os olhou, abrindo a boca para começar a falar, mas sendo interrompido por Lawrence, que fora curta e grossa.

– Se vai abrir a boca para falar que somos muito maneiros, mas que não quer nossa ajuda pode desistir. Já decidimos ir com você, e não vai ser você e nem Merlin que vai nos fazer muda de ideia. Ouvistes? – o garoto ia argumentar, mas a irmã interrompeu de novo – Que ótimo, ele adorou a ideia! Então, Luna, qual era a sua ideia mesmo? – perguntou para a loira, que deu um sorriso.

– Pela sala da Umbridge não dá, então pensei que poderíamos ir com.... Testrálios. – ela disse animada, e Hermione abriu a boca.

– O que?! Que maluca! Nem metade de nós vê Testrálios, não podemos montar em algo que...

– Eu simplesmente a-do-rei sua ideia, Luna. É por isso que ela é Ravenclaw. É um prodígio! Iremos para o ministério da magia! – cantarolou, andando apressada para a floresta negra, onde Snape vira Testrálios pela última vez.

***

O ministério da magia era gigante e incrivelmente silencioso à noite. Se Lawrence pudesse defini-lo em apenas uma palavra, ela diria, com absoluta certeza a palavra “macabro”. Não por estar escuro ou pelo silêncio reinar, mas sim pela grandeza, várias portas e o eco que suas respirações faziam em qualquer lugar. O grupo seguia juntos, todos com as varinhas já empunhadas. Ao entrarem no elevador para irem ao departamento de mistérios, a respiração descompassada de cada um era a única coisa que podia ser ouvida naquele cubículo.

O corredor do departamento de mistérios era o corredor que Lawrence andava vendo em seus sonhos com Sirius, e um aperto no coração lhe atingiu assim que se aproximavam cada vez mais da porta ao fundo. Por um momento ela podia jurar que ela acordaria de mais um pesadelo quando colocaram a mão na maçaneta, mas não foi isso que aconteceu. A porta se abriu, revelando um cômodo totalmente escuro, com doze portas, e alguns candelabros de chama azul.

– No meu sonho, a porta correta e a porta da direção oposta à que entramos. – falou Harry, e assim que Lawrence começou a se mover, as paredes passaram a girar, ficando apenas algumas luzes dos candelabros. Assim que parou, Hermione resfolegou.

– O que foi isso? – perguntou a Gryffindor, e Gina suspirou.

– Provavelmente para nos impedir de saber qual é a porta correta. – falou a ruiva, e Lawrence bufou.

– Temos que tentar algumas. – disse Daniel, se movendo até uma e abrindo.

A sala estava vazia, exceto pela presença de um grande tanque com um líquido verde aparentemente pegajoso, junto com algumas coisas estranhas dentro.

– O que é isso? – sussurrou Draco, e a Potter arfou, sentindo-se estremecer ao ver que entre as coisas que estavam dentro do tanque, circulava um líquido vermelho: sangue.

– São cérebros. – murmurou Hermione, e Harry se aborreceu, se inclinando para fechar a porta, já que estava óbvio que não era ela – Espere! Flagrate! – gritou, e um grande x apareceu na porta, antes de começar a girar mais uma vez.

– Esperto, Hermione! – falou Lawren, assim que parou e o x continuava lá, flamejante.

Eles tentaram, inutilmente, abrir mais algumas portas, mas nada que pudesse interessar havia lá dentro. Somente uma porta com um interessante véu esvoaçante dentro de um arco fora o que deixara eles interessados, mas isso não durou cinco minutos. Logo que a sala girou pela última vez, quem abriu a porta correta fora Ronald Weasley.

Lá dentro havia prateleiras com vários objetos, prateleiras que se erguiam entre esguios corredores sem fim, sem luz e sempre muito frio. Todos arfaram ao ver o que estavam procurando, e os irmãos Potter se olharam assim que conseguiram se olhar.

– No sonho, ele estava no corredor 97. – falou a ruiva, e o irmão disparou a corrida entre os corredores, arfando e quase chorando, sem ouvir os gritos do padrinho.

Estaria ele morto?

Os corredores passavam, e os números aumentavam. No início do corredor 90, Harry parou, e se sentiu inseguro de continuar. Portanto, olhou para trás, e todos já tinham suas varinhas empunhadas, dispostos a ir com ele. O garoto suspirou, e recomeçou seu caminho apressado, mas dessa vez, somente andando.

Mas não havia nada no corredor 97. Na verdade, não havia corredor 97. Somente um pequeno globo, que sussurrava palavras desconexas na ponta da prateleira. Palavras, que somente Harry e Lawrence ouviam. Os dois se olharam, e a ruiva esticou a mão para pegar a esfera, e logo depois, arfou ao perceber que não estavam sozinhos.

– Tem mais gente aqui. Estão vindo. – ela sussurrou, e todos franziram as sobrancelhas, confusos – Eu consegui ouvir seus passos silenciosos. Eles estão vindo, devemos sair daqui o mais rápido o possível.

Uma risada foi ouvida antes de uma cabeleira loira aparecer e Draco entreabrir os lábios, com suas pupilas trêmulas.

– Bons sentidos, Srta. Potter. Pena que foram tarde demais.


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Notas finais do capítulo

Look: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=137806228&.locale=pt-br