A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 55
Técnica Sensorial


Notas iniciais do capítulo

OOOi, gente! Quem tem feriado hoje?! Eu tenho feriado hoje! Quem está feliz hoje?! Eu estou feliz hoje! Haha!

* Desculpem-me não postar ontem, eu tive alguns problemas com o meu cachorro e a minha família correu o dia inteiro em função dele. Ele tava bem mal, já que tá bem velhinho. Vocês não sabem como eu chorei achando que ele ia morrer. Mas hoje me avisaram no veterinário que já medicaram ele tudo bonitinho e que iam cuidar do meu xodó bem direitinho, e estou bem mais aliviada.

* Obrigada por todos os comentários, eu adorei todinhos! Amo vocês s2 s2 s2

* Hoje, nesse capítulo, vocês vão presenciar uma Lawrence ninja pessoal.

* Para quem não entender, já se passaram três meses desde a ida de Dumbledore, e o que ela fará no treinamento de hoje, com o Snape, é tudo que ela tem aprendido nesses três meses, ou seja, ela evoluiu bastante com as facas principalmente, e ainda mais com o seu elemento: água.

* Espero que gostem do capítulo! Beijoooooos! Xxoxo s2



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/480186/chapter/55

– Achei que não viria. Umbridge anda vigiando a todos de perto, não é? – falou Snape, girando a faca nas mãos.

Fazia três meses desde a saída de Dumbledore, e como Lawrence sabia, a escola estava um caos de tão silenciosa. Um mês antes estava bem pior com todos os alunos preocupados com os NOM’s que vieram com uma bomba: Fred e Jorge Weasley fugindo da escola e dando ordens ao Pirraça. Umbridge ficara extremamente brava por eles terem atrapalhado os testes dos alunos, jogando bombas e tudo mais, e depois fugindo da escola aos risos. Depois de irem embora, a escola virara ainda mais rígida, parecendo um cemitério. Mas Pirraça cumpria a promessa todo dia, jogando tinta para todos lados, bombas de bosta, plantando florestas em corredores e atormentando a sapa rosa.

Ela também começara a fazer sessões de interrogatórios com vários e vários alunos, inclusive Lawren, que não se deixou enganar pelo chazinho super gentil oferecido por ela. No fim, descobriu-se que a traidora fora Marieta Edgecombe, aquela que a Potter, o Malfoy e o Surrey sempre tiveram um pé atrás. Cho tentara se desculpar com Harry, mas o garoto parecia não querer vê-la na sua frente, o que deixava a ruiva muito feliz, pulando pelos corredores de Hogwarts até ser questionada pela professora por qual motivo estava feliz. Ela estava até mesmo reprimindo a felicidade da escola.

A matéria de Rita Skeeter fora publicada, mas considerada uma piada, o que deixou os irmãos Potter extremamente irritados. Voltando aos NOM’s, a ruiva achava que tinha ido muito bem, e teria tirado uma nota ruim somente em adivinhação, já que suas visões futuras não apareciam desde o ocorrido com o sangue.

Ela suspirou, olhando em volta. Não havia mais neve, pois o verão já estava no começo. O cenário era bem diferente do cenário inicial do treinamento. Snape, nos três meses que se passaram, vinha ensinando todos os tipos de treinamentos com facas e treinamentos para os olhos.

Quando Lawrence o contou sobre o corrido com seu símbolo na sala de Dumbledore, o homem parecera ter tomado uma decisão definitiva, já que ficara pensativo durante uma semana. Decidira treinar sua visão para observar todos os pequenos detalhes existentes. Naquele dia, ela já tinha reparado algo diferente, e estava agoniada por isso.

Para o começo ela reparara sete pássaros desnorteados voando no céu, com agressividade. Pássaros só ficam agressivos com ameaças. Segundo: os sonhos com Sirius voltaram com força naquela noite, e parecia que Harry estava na mesma. Terceiro: a movimentação de Umbridge com seu agente do ministério estava pior que a movimentação dos pássaros no céu.

– Sim, está. – falou, parecendo cansada – Onde estão os alvos? – perguntou, com uma das sobrancelhas arqueadas, girando o punhal de Carrie, que decidira usar como sua arma oficial.

O novo treinamento de Snape consistia em armadilhas e alvos. Ele dera a ela uma bolsa que passara a carregar toda hora consigo. A bolsa estava cheia de facas menores que facas normais. As lâminas eram para ser lançadas e não empunhadas. Sua missão nos treinamentos era jogar as facas nos alvos e acertar o centro. Começara fácil: uma faca em cada alvo. Depois, duas facas ao mesmo tempo, em cada alvo. Depois, três facas seguidas, uma em cada alvo, sendo dez alvos. O último que treinava agora era correndo e evitando armadilhas.

– Hoje, o nosso treinamento será diferente. Estamos em uma clareira. Nessa clareira, estamos cercados de árvores grandes e com muitos galhos. Seja esperta, use a natureza a seu favor. O território é seu. Use isso como uma arma mais forte do que a própria faca. Treinaremos sua audição. Eu vendarei seu rosto, e você irá tentar me acertar com suas faquinhas cheias de magia.

– Como eu vou saber onde você está? – perguntou confusa, colocando uma das sobrancelhas para cima. O homem suspirou.

– Pela audição. Você já estudou como se esquivar e atacar no próprio lugar, sem se mover, com a varinha e com uma faca. Você tem que se lembrar, que quando tem isso em punho, sempre terá a possibilidade de se machucar com a própria arma se não atacar ou defende-se direito. Então, se você é destra, pé esquerdo a frente. Quando você atacar a faca, mude o pé. Você tem que combinar força com rapidez, para não errar o ataque. Mas como você não tem visão, você deve se concentrar o máximo possível. O que parece um esquilo quebrando uma folha de outono, pode ser um inimigo se aproximando. Quando não se tem visibilidade, tudo fica mais difícil. É por isso que eu quero lhe treinar.

A ruiva assentiu, concordando, e jogando a bolsa de facas no chão. A venda foi colocada em seus olhos, e ela se sentiu indefesa. Ouviu os passos de Snape se afastarem, e se abaixou, suspirando, e pegando dez faquinhas, uma entre cada dedo, como Snape fazia com as agulhas. Cada faca tinha em seu cabo uma espécie de furo na ponta, por onde podia passar seu dedo. Se afastou da bolsa, contando os passos que se afastou do centro da clareira. Sete passos ao norte. A medida do círculo formado pela clareira era de 30m³. Estando a sete passos ao norte, atrás de si deveria ter cerca de 26m³. Respirou fundo, apertando com certa dificuldade o laço da venda atrás da cabeça, sentindo seus cabelos que já batiam abaixo da cintura voarem com o súbito vento. Apurou os ouvidos, e tentou fingir que agora, eles eram os seus olhos.

– Você tem dez chances de me acertar. – falou Snape – Use tudo ao seu favor. Vou tentar fazer o mínimo barulho possível, e irei te atacar assim que achar que está indefesa, então venha como se quisesse me matar, senão nunca conseguirá. Seja esperta. Use minha voz como a primeira referência. Boa sorte.

A ruiva se virou, arrastando as botas que Snape lhe dera na terra. Fechou os olhos, mesmo sem ver nada, e se colocou em posição de combate, prestando atenção somente nos sons. A voz dele viera do sul, atrás de si, por isso se virara. Mas ele já não estava mais lá, ela sabia. Deu um passo, anotando na mente que em seis passos tropeçaria na própria bolsa.

Ouviu um farfalhar mínimo de folhas vindo do canto de seu olho, e logo o barulho de pássaros voando assustados. Algo os assustara. Memorizou a clareira na sua mente, sabendo que reto a sua esquerda tinha uma árvore onde um dos alvos ficava pendurado. Colocou o pé esquerdo para trás, e com o maior silêncio possível, e sempre memorizando o local do alvo e da árvore, pegou a faca do mindinho esquerdo, girando em volta da unha, e jogando habilmente em direção a árvore. Ouviu o barulho da lâmina cravando fundo na árvore, mas sem perfura-la tão fundo ao ponto do cabo ficar invisível, isso devido ao seu controle excepcional de magia. Atirou outra faca 30cm acima de primeira, só que em sua diagonal, e logo depois atirou uma terceira faca a 30cm da segunda. Depois, correu em direção ao tronco, pulando habilmente com o pé esquerdo no cabo da primeira faca, com o direito na segunda e esquerdo novamente na terceira. Ao encostar o pé na terceira, pulou para o galho que se encontrava ao lado dela, e se agachou ali, fazendo silêncio mais uma vez, enquanto resgatava as três facas usadas, levitando-as somente com o indicador.

Agora estava longe de sua bolsa. Colocou as mãos para trás, e se levantou, se equilibrando. Respirou fundo, sentindo o vento em seus cabelos, e colocando uma das mãos no tronco da árvore, em uma técnica que Remo a ensinara assim que falara que sua magia era tipo água, em uma carta. Era uma técnica sensorial, que até Snape desconhecia. Apertou os olhos, e acalmou em uma ordem, os batimentos cardíacos, reduzindo-os a 5bpm. A falta de oxigênio era facilmente notada ao fazer isso, mas seu corpo entrava em estado de coma apenas por alguns segundos para conseguir realizar a técnica. Com os batimentos silenciosos e lentos e os dedos pressionando a árvore, ela conseguiu sentir o fluído de água abaixo do tronco, e consequentemente abaixo da terra. Com isso, ela conseguia sentir qualquer diferença não habitual no nível de água abaixo da terra, como quando alguém caminhava sob o fluxo de água. Ela conseguiria saber a localização certa de Snape desse jeito, mesmo se ele estivesse em cima de uma árvore como ela. A diferença é que ela estava em cima de uma árvore com os batimentos quase reduzidos a zero, o que não alterava em absolutamente nada o fluxo, diferente do que alteraria com os batimentos normais do professor.

Em três segundos, ela achou o que procurava. Fora da clareira, espreitando atrás de si a mais ou menos cinco metros, Snape se encontrava atrás do tronco de uma árvore, fazendo o mínimo barulho possível. Sorriu, normalizando os batimentos na hora. Pegou as facas, e em um ato de coragem, pulou de costas do galho da árvore, girando no ar e caindo acocada no chão e as duas mãos atrás do corpo. Girou ainda acocada, lançando uma faca no tronco da árvore onde Snape estava. Depois jogou mais cinco, uma acima da outra, e o ouviu tentar correr silenciosamente para outra árvore, mas ela foi mais rápida, jogando habilmente outra faca no chão, bem no local onde os pés do professor pisariam. Logo depois dessa faca, outra faca foi jogada em direção a cabeça dele, onde ela achava que sua estatura mediria mais ou menos, e ouviu o professor pegando a faca no ar, se rendendo.

A ruiva tirou a venda, e viu o olhar assustado do professor. Sorriu, com as faquinhas entre os dedos, soltando uma risada debochada.

– Onde aprendeu isso?! – perguntou incrédulo – E do que está rindo?! – dessa vez, ele estava meio irritado. Ela sorriu, olhando as faquinhas na mão.

– Eu consegui vencer você. E ainda sobraram duas facas.

***

– Solte o Sirius. Eu lhe darei o que quer. Somente solte Sirius... Sirius! Sirius! Não! Sirius...

– Sirius! – gritou a ruiva, se levantando suada do colo de Daniel, com o peito arfando.

Sua regata branca estava mais colada que o normal, e sua calça jeans clarinha estava parecendo bem mais apertada. O sábado na frente do lago fora por água abaixo assim que sonhara com aquilo. Olhou os loiros, sabendo que eles já sabiam o que tinha sonhado. Draco estava parecendo um fantasma devido a palidez extrema.

– Temos que falar com.... – ela começou, mas um grito a interrompeu.

– Lawrence! É Sirius! Ele... – gritou Harry, e ela se levantou, com os olhos arregalados.

– Eu tive a mesma visão. – ela disse.

– Precisamos falar com ele o mais rápido o possível, mas pela sala da Umbridge é a única maneira, e não temos mais Fred e Jorge. – completou Harry atordoado, acompanhado de Rony e Hermione, que o seguiam ofegantes. A Potter olhou ao longe uma garota conversando calmamente com Luna.

– Temos a cópia perfeita deles por aqui. – Lawren disse, olhando calmamente para Gina, que soltara uma risada singela enquanto não tinha ideia do que acontecia – Vamos falar com ela agora.

Se levantou, sendo acompanhada pelos amigos, e quase correndo para a ruiva. Quando a Weasley percebeu a movimentação, cutucou Luna e Neville, que o sexteto não vira que estava presente. Os três se levantaram apressados, e olharam para a ruiva aflita.

– Precisamos da sua ajuda. – ela disse ofegante – Almofadinhas. Achamos que ele foi sequestrado por Voldemort, e precisamos confirmar. Precisamos da sala da Umbridge por cinco minutos, você consegue mantê-la fora por esse tempo? – a outra ruiva assentiu rapidamente, saindo dali o mais rápido o possível, fazendo um sinal para ser seguida.

Os sete subiram as escadarias e viraram os corredores correndo como nunca haviam corrido. Assim que pararam na curva do corredor da sala da professora, Gina mandou-os esperar ali, e foi andando apressadamente para a porta, batendo suavemente. Umbridge abriu com cara de pouco amigos.

– Desculpe-me interromper seu fim de tarde, diretora Umbridge. Mas é que eu vi Luna Lovegood e Neville Longbottom aos beijos no corredor do sétimo andar, e achei que a senhora gostaria de saber. – ela disse – Se quiser, posso lhe levar até lá.

– Ah. Claro, querida. Será um prazer. – disse com sua voz irritante, seguindo a pulinhos aquela Gina apressada, que olhou para trás antes de virar o outro lado do corredor, e orar baixinho por sorte.

Os seis entraram rapidamente dentro da sala, se deparando com as paredes rosas e os gatos felpudos que miavam constantemente. Harry correu afobado para a lareira junto com a irmã, e pegando uma grande quantidade de pó, jogou dentro e gritou o nome do local.

A sala de lá aparecera, mas ninguém estava lá. Os dois tentaram. Uma, duas, dez vezes chamar o Black, e nada. Lawren já arfava, e se incomodava com a inquietação de Harry. Depois de dois minutos, Monstro apareceu aos passinhos no local, tentando passar despercebido.

– Monstro! – falou Lawrence – Onde está o Sirius?! – perguntou, e o elfo praguejou algo baixinho.

– Eu não lhe devo explicações. – falou irritadiço, e a ruiva grunhiu.

– Mas deve a mim! Onde está o Sirius?! – perguntou, e o elfo cerrou os dentes, bravo.

– Não está em casa. Ele foi levado mais cedo pela prima, Bella. A Bella, tão bela... – ele disse, de repente sereno.

Harry praguejou e saiu da lareira junto com a irmã, que começou a andar de um lado para outro, quase entrando em um colapso. Nesses três meses, ainda não havia aprendido como controlar seu símbolo, então estava morrendo de medo que alguém dos que estavam ali vissem ela com ele. Então, tentou controlar ao máximo.

– Temos que sair daqui, porque a Umbridge... – começou Hermione assim que a porta foi aberta e dela entrou quatro pessoas: Gina, Neville, Luna, e por fim, com um sorriso vitorioso e aberto no rosto, Umbridge.

– Porque a Umbridge pode chegar a qualquer momento. E então? Quem é que vai me explicar o que está acontecendo aqui?!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beijos!