A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 53
Entre facas, espadas e agulhas.


Notas iniciais do capítulo

Oooi! Tudo bom?!

Awn, eu amei ver todos os comentários! Amo todos vocês, mesmo s2

* A fanfic está terminando, e eu estou pensando em como começar a segunda. Está extremamente difícil, viu? Mas por vocês, vale a pena ^^

* Ain gente, eu nem sei o que falar, essa nota vai ficar extremamente pequena, só quero agradecer a todos que voltaram e os novos que vieram mesmo depois de ter escrito uma história tão longa, com tantas pausas entre capítulos e mesmo assim não desistiram. Amo vocês do fundo do meu coração, de verdade.

* É isso gente. Espero que gostem do capítulo! Recomendem, comentem, favoritem! Amo todos vocês, xoxo



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O mês de janeiro passou extremamente rápido.

Lawren levara Gina para um encontro com Snape, e lá, descobriu-se que a Weasley e muito provavelmente Luna Lovegood, assim como Lawrence, tinham um ótimo controle da magia corporal e elementar. E que as três, juntas, se aprendessem todos os passos das mágicas curativas, seriam ótimas armas na guerra. Mas nada mudara.

As reuniões da AD estavam evoluindo cada vez mais. Agora todos conseguiam fazer um patrono, até mesmo Neville (que no fim descobrira ter o patrono igual o patrono da Potter). Gina se mostrara com um dos patronos mais fortes e reluzentes, e foi decidido que o dela, junto com os patronos de Lawren e Harry, eram os patronos mais eficientes, apesar da Potter acreditar fielmente que o patrono do Longbottom, considerando todas as dificuldades pessoais e em magia que ele enfrenta, era de longe o melhor. Mas é claro que ela não disse. Ela nunca dizia.

Nesses dias que passaram, todos perceberam que a ruiva voltara a ser tão séria quanto era no dia que chegara a escola. Ela ensinava os alunos da AD, mas raramente sorria. Os melhores amigos não se importavam com a quietude da garota, e agiam normalmente. E ela agradecia por isso.

O fato era que estava tendo sonhos estranhos nas últimas semanas. Tudo começara com os gritos de Pansy Parkinson anunciando a provável morte de Amanda Casty, e depois seu corpo sangrento aparecia no chão, onde a mensagem sobre anjos escoava em seus ouvidos. Depois, o cafuné que Daniel dera depois de vê-la morta virava o som dos saltos batendo num chão frio. Havia um longo corredor, a cobra que atacara o Sr. Weasley estava lá igualmente, rastejando. Lá, aparecia uma porta negra, entreaberta. O corredor era escuro e frio, e o barulho de seu tênis ecoava como se fosse um salto. E quando a porta se abria, em vez de ver Matthew, Alan e Tom, ela via flashes e mais flashes atacando seus olhos, e os irritando. Então, perguntas vinham. Perguntavam sobre tudo. Sobre onde vivera antes de descobrir ser bruxa. Onde estava sua cicatriz. Se era realmente uma Potter. E a última, era uma pergunta de Harry. Ele perguntava se ele sabia o que acontecia com Sirius depois que ele caía naquele véu. Os olhos dele estavam vermelhos, e ele chorara.

Então um grito avisava que Amanda Casty morrera. Então outro grito ecoava. Um grito de dor. E depois o último anúncio antes de acordar: Sirius Black morrera.

Talvez fosse porque estava assustada com a frequência dos sonhos, que não queria dormir para não sonhar. Ou talvez fosse porque estivesse ansiosa para saber o que estava acontecendo. Mas o fato é que passara a ficar acordada até às 3:00 olhando o livro de comensais. Olhava mil vezes, mas era sempre a mesma coisa. Nada que pudesse explicar. Nenhum com habilidades boas o suficiente para lançar uma maldição que a fizesse sonhar com a mesma coisa. Será que era Voldemort? Por que agia somente agora, na metade do ano?

Também olhara todas as mulheres da lista. Todas que poderiam ter usado o isolamento mental em Draco. Perguntara a ele como era a voz de sua mãe e tia, e ele falou que a voz da mãe era fina, mas firme e decidida. E a voz da tia era uma voz fina e de criança. De qualquer forma, a voz que dissera o feitiço era alta e clara, mas era muito grave para bater com as descrições que ele dera. Mas era uma mulher.

Naquela noite no salão comunal, estava muito frio. E fora por isso que o pessoal da Slytherin decidira dormir mais cedo. Lawren não se importara de verdade com aquilo. Pegara uma coberta, se sentara na poltrona na frente da lareira, e abriu um dos livros que pegara na sessão reservada para procurar mais alguma coisa sobre isolamento mental, e achar uma possível cura.

As pesquisas entre ela e Snape haviam avançado consideravelmente. Já haviam descoberto que esse feitiço fazia o corpo achar que cafeína para um paciente em coma era perfeito, enquanto bezoar ou asfódelo eram inúteis e podiam causar algo realmente sério.

Outro livro que pegara vinha com um papel de jornal dentro, com um documentário que falava claramente que as memórias variam de pessoa para pessoa. E que geralmente não são felizes, mas são colocadas de um jeito que faz a pessoa realmente acreditar que são. E ela descobrira também, na mesma folha, que todo feitiço sempre tinha um ou mais guardiões, para eliminar qualquer tipo de ameaça que possa interromper o “sonho”, fazendo esta ameaça reviver os momentos mais felizes de sua vida, e depois os tornando dolorosos.

Isso fazia Lawrence se questionar. Quando estivera na mente de Draco, havia homens de preto por todos os lugares, mas um deles em questão chamou sua atenção: Matthew. Ele parecia ser o líder. Mas se ele realmente quisesse que o loiro morresse, ele teria agido diretamente nas memórias de Lawrence, torturando-a até não conseguir se mover. Mas ele fizera isso somente uma vez, e nada mais.

Ela achava que a intenção dos comensais com aquilo era causar um susto neles, e que eles sabiam que Draco não morreria. Somente para mostrar suas capacidades. A intenção nunca fora matar. E isso deixaria a ruiva com muita raiva.

Compartilhara com Snape seu ponto de vista, e ele concordara que a possibilidade de isso ter acontecido era quase de 100%. Ele, assim como a Potter, concordava que aquilo fora somente uma amostra para exibir tudo o que eles poderiam fazer em uma eventual guerra, que os dois já chegaram à conclusão que aconteceria em breve.

E mesmo com tantos avanços, e estando a um fio de achar a solução da questão, Lawren não tirava da sua cabeça o sonho. E sabia que para estar tranquila, ela precisava fazer somente uma coisa. Uma coisa que estava tentando ignorar a todos os custos. Ela sabia como Harry ficaria abalado se o padrinho morresse, e isso era algo que não queria. Ela precisava de todas as formas falar com Sirius.

– Eu lhe ajudo. – falou uma voz do nada, se sentando ao seu lado. Daniel.

– Está maluco? Eu nem disse nada. – falou Lawren, séria, com uma sobrancelha arqueada.

– E isso têm sido nossa maior preocupação. – de repente, Draco apareceu ao seu lado - Você não tem dito nada, está sempre quieta, e nem venha dizer que você é quieta!

– Como a minha avó dizia: quando uma pessoa tem uma voz silenciosa, significa que tem uma mente barulhenta. Por isso, eu e Draco, como somos amigos muito bons, pedimos ajuda ao Snape com algo muito simples que aprendemos rapidinho. – falou Daniel, animado.

– Vocês não... Legilimência? – perguntou, sentindo o sangue subir a sua cabeça – Vocês não têm o direito de entrar na minha mente e ler o que querem ler! Não importa quão preocupados estejam, venham e falem comigo, e não leiam o que eu penso! Voldemort faz isso. Se vocês fizerem, estarão se rebaixando ao nível dele. – disse irritada, fechando o livro com um estrondo.

– Nossa. Magoou, de verdade. Acho que vou ali ficar em posição fetal e chorar num cantinho. – respondeu Daniel, irônico, o que arrancou um simples sorriso da amiga – Agora que já fizemos, não adianta ficar irritada. Sabemos que quer falar com Sirius, e podemos ajudar. Temos a rede de flu, sabe? – falou simples, e a ruiva se rendeu, percebendo que ficar sem compartilhar nada com os amigos a mataria.

– Umbridge está controlando a rede de flu. É impossível conversar com ele. – argumentou, desanimada – A única maneira seria pedir para Fred e Jorge para distrair ela enquanto eu entro lá e converso com.... Sirius. – sua boca se abriu em formato de “o” quando viu os sorrisos sacanas dos amigos – Vocês não estão pensando em pedir a ajuda deles, estão?

***

Ao encostar a porta atrás de si, conseguiu imaginar o cheiro das bombas de bosta lá em cima. Teria sorrido, mas aquela sala rosa com tantos frufrus e gatinhos a deixavam enojada. Viu os vestígios da última vítima da professora quando as frases “não devo chamar a professora de idiota” estavam escritas na folha. Podia jurar que isso era algo que Daniel faria com muita facilidade, e que a letra era igual a dele, mas não era hora de se reprimir por não estar reparando em nenhum dos amigos ultimamente.

– Certo, vamos lá. – suspirou, e ao ir para a lareira, baixou o quadro com a foto do ministro, e pegando logo depois uma boa quantidade de flu, torcendo para Fred e Jorge terem conseguido distraí-la por um tempo – Grimmauld Place, nº 12. – logo, a local apareceu a sua frente, e para sua sorte, somente Sirius estava na sala – Sirius! – sussurrou, mas ele não ouviu, distraído e com uma cara rabugenta – Sirius! – falou mais alto, chamando a atenção dele, que soltou uma risada de satisfação ao vê-la.

– Que bom te ver, marrentinha! – falou ele, com o humor mudando subitamente, mas ainda assim com uma voz meio entristecida – O que lhe traz aqui? Remo? Ele não está. Você sabe que isso que está fazendo é perigoso, não sabe?

– Sei. Voldemort me traz aqui. – o olhar dele mudou – Olha, não estamos em perigo já que estou na lareira da Umbridge, mas não temos muito tempo. O que eu tenho para dizer, é que eu sei que ficar preso dentro da mesma casa que você deve odiar é irritante. Eu entendo. Mas, por favor, se você ama o Harry como amava o meu pai, não saia dali por nada nesse mundo. Me prometa que não vai sair, Sirius. Me prometa que não vai sair dali se eu estiver correndo perigo, ou se Harry estiver em perigo. Me prometa que vai ficar. – ela disse, e parecia verdadeira com as palavras.

– Aconteceu alguma coisa para me pedir isso? – perguntou Sirius, confuso.

– Não. Nada. – ela disse, mentindo – Eu só sei que o seu temperamento é meio impulsivo. Somente me prometa que não fará nada. Por Harry.

– Eu não posso prometer algo assim, me desculpe, Lawren. Se vocês dois estiverem em perigo, não há comensal ou Azkaban que conseguirá me parar. – a ruiva ouviu um barulho, e arfou.

– Eu tenho que ir, Sirius. Por favor... Se for sair... Não faça nada precipitado. Eu quero que você viva até o fim desse ano letivo. Eu quero lhe ver no fim desse ano. Vivo. – e a cara triste de Sirius foi a última coisa que viu antes de sair da lareira e da sala correndo, e se parando na curva do corredor, conseguindo ver Umbridge entrando a resmungar.

Pensara que falando com Sirius, conseguiria ficar mais aliviada. Mas depois disso... Ela realmente ficara mais agoniada e aflita.

***

O Sol abrira parcialmente naquela manhã de começo de fevereiro. O sábado começara com todos os alunos fazendo bolas e bonecos de neve. Os olhares paravam em duas pessoas totalmente diferentes andando juntas. Snape, que usava seu traje preto de sempre, andava apressado com Lawrence ao seu encalço. Ela estava sendo ousada.

Estava frio, apesar do sol. Mas a ruiva decidira usar uma calça jeans skinny com um cinto dourado, e uma blusa de manga comprida que ficava acima do umbigo. A blusa era bege, e toda elaborada com crochê e linho, ficando com alguns furos nas mangas, que eram de estilo canoa, caída ao ombro. Seus tênis brancos estavam molhados pela neve, e seu cabelo caía caprichosamente em uma trança transversa.

– Você não acha que está chamando muita atenção? O intuito era chamar menos atenção o possível. E mostrar a barriga não é o jeito mais certo de se fazer isso. – falou ele irritadiço, se virando e tentando baixar a blusa da garota ao máximo, mas sem chegar a mostrar o sutiã. Não dera certo.

– Pare com isso! – murmurou a ruiva, vendo os olhares dos outros – Se você ficar aumentado o decote da minha blusa vai chamar mais atenção ainda. Aliás, não estamos fazendo anda de errado. Somente iremos ali perto do lago fazer sei lá o que. Logo, nada demais. Não precisa agir como se fosse meu pai.

O homem bufou e se virou, parecendo realmente muito nervoso enquanto andava.

– Agora que voltou a falar, voltou a ser extremamente irritante. – respondeu, e ela abriu a boca em um “o”.

– E você continua um velho rabugento! – retrucou, e ele murmurou alguma coisa inaudível, se parando na frente de uma árvore gigante, e colocando a mala que carregava no chão.

Abriu o zíper calmamente, tendo noção que alguns alunos das outras casas ainda observavam. Sentou-se de frente para Lawrence na neve, sem sorriso algum no rosto, esperando a Potter sentar-se também. Quando ela o fez, tirou sem muita dificuldade, quatro agulhas de dentro da bolsa. Segurou as agulhas habilmente entre os dedos, sendo observado com muita atenção da garota. As agulhas passaram a vibrar quando transmitiu sua magia para o metal, e logo uma chama esverdeada se fez em volta das agulhas.

– A escolha da arma adequada a seu tipo de magia e corpo é muito simples. Você impulsiona sua mágica para o objeto, como faço com as agulhas, e se houver uma chama em volta dele, quer dizer que esse é o seu tipo de arma. Vamos começar com as agulhas. Se essa for sua arma, sua vida se tornará extremamente fácil, devo dizer. Poderá carregar muitas delas sem ninguém desconfiar. O que é uma tarefa difícil se sua arma for uma espada ou um arco e flecha. Godric Gryffindor tinha magia tipo fogo também, sabia? Ele usava na espada dele, o que tornava a lâmina mil vezes mais forte que a do oponente. – falou Snape, e dessa vez a voz era mais amena que antes, o que significava que já não estava mais bravo – Você deve ter noção de uma coisa bem básica. Se os elementos fossem lâminas, o vento seria a mais afiada, seguido da água, terra e depois fogo, isso somente porque fogo não corta, e sim queima. Em uma batalha de vento contra água ou Lawren contra Gina, a Weasley ganharia com toda certeza. Em batalha de lâmina com lâmina, a lâmina que foi melhor afiada sempre vai ser a ganhadora. Então, se quiser se sair relativamente bem em uma batalha contra um tipo vento, esteja sempre com sua lâmina afiada. Depois de uma lâmina boa, o que mais conta é como manobra-la. Não adianta ter uma lâmina perfeita se ao atirá-la ela cair nos seus pés. – a ruiva assentiu calmamente – Cada pessoa tem sua “cor de mágica”. A minha é azul, mas a sua pode ser qualquer outra. Pegue as agulhas, e não se preocupe, se essa for a sua arma, eu ensinarei como manobra-las com destreza.

A ruiva estendeu a mão, aborrecida com os olhares dos outros, e impulsionou sua magia para a lâmina afinada. Absolutamente nada aconteceu. E isso aconteceu com todas as outras que vieram depois, que foram desde soco inglês, até uma espada (que certamente assustou Denis Creevy). Ela já estava ficando irritada com o constante fracasso das armas, quando a última arma chegou.

– É uma faca normal, mas derivados, como punhais, funcionam também se for uma faca. É uma arma muita boa para manobrar se você souber como fabricar, o que é algo que eu não sei como. Bem. É a sua última chance. – o homem estendeu o objeto afiado para a ruiva, que arfou enquanto o objeto brilhava contra o sol – Eu sei o que está sentindo. Medo, certo? Se essa não for a minha arma, quer dizer que não tenho arma? Não se preocupe. Se não for, você achará uma arma que se encaixe que não se encontra comigo. – a Potter sorriu um pouco aliviada, e pegou.

– É como vasculhar uma loja inteira de varinhas até restar somente uma. – ela disse, e apertou a faca.

O objeto tremulou em sua mão, sem ter reação. Até finalmente, uma chama prateada aparecer.

– Começamos o treinamento amanhã. – falou Snape animada, fechando o zíper da mochila, assim que a Potter rodou a arma na própria mão, sorrindo muito aliviada.

– Que treinamento, Sr. Snape? Posso saber? – perguntou a professora McGonagall, sem parecer zangada – Desculpe interromper o que tenho certeza de ser uma aula produtiva, mas muitos alunos pareceram estar meio assustados com... O rumo que as coisas estavam tomando. Alguns diziam ter visto Lawrence ameaçar cortar sua cabeça com a espada de Godric Gryffindor! – falou ao professor, mas depois deu uma risada – Sugiro que guarde a faca no bolso, Srta. Potter. Temos um teste vocacional a fazer. E decidimos que quem era da mesma família seria junto, ou seja, você fará sua entrevista junto com Harry. – falou, dessa vez séria, assim que Lawrence se levantou e colocou a faca dentro dos tênis, com a calça cobrindo, assim que ela assentiu.

– É onde eu falarei o que quero ser depois dos NOM’s, certo? – perguntou, olhando para o professor, e depois para as próprias mãos.

– Sim, Srta. Potter. – respondeu, já se virando e acenando ao professor. A ruiva fez a mesma coisa, e já ia saindo ao ouvir a voz do professor.

– Escolha sabiamente.

– Irei.


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Notas finais do capítulo

Beeeeeijos!