A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 52
Técnicas Elementais de Vento: o leque que acende o fogo.


Notas iniciais do capítulo

Voooooooooltei, Little Fosters! Estive fora por um tempo, eu sei. Não foi por eu querer, juro por tudo que é mais sagrado. Fiquei até muito irritada a semana inteira por causa disso. A minha internet caiu por mais de dez dias, e a previsão era de uma dezena de dias para voltar. No fim eles não mandaram nenhum técnico e a minha mãe, super irritada, cancelou o plano e colocou outra. E por isso estou aqui hoje! Vocês não têm noção de como é ficar sem internet. Eu descobri como conviver com a minha família. Eu descobri que os meus vizinhos sentam na frente de casa todo dia :O Eu não sabia!

Mas se vocês acham que só por não ter internet, eu não escrevi, ficaram enganados demais! Eu passei a semana escrevendo os capítulos, e adivinhem? EU ACABEI A OUTRA POTTER 1! Palmas, palmas, eu sei, eu sei.

Apesar de ter acabado, eu vou continuar postando como sempre posto, de dois em dois dias, até o último capítulo. Mas quero dizer que o fim ficou bem melhor que o esperado ^-^

Bom, no fim, eu espero que gostem do capítulo que escrevi, assim como todos os outros! Comentem, recomendem, favoritem! Beijos, xoxo s2

E até cap que vem, eu espero ;)



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– Qual é o seu plano, sua ruiva artificial? O que você está pensando botando meu namorado junto com ela? – perguntou Cho, aparentemente muito irritada ao ver Lawrence chegando com um sorrisinho sacana no rosto.

– Meu plano é fazer você aprender essas coisas de uma vez por todas, e isso nunca vai acontecer se você continuar treinando com o Harry. Minha mãe era ruiva, sabe? Mas se você nunca ouviu falar de herança genética, quando se pega metade dos cromossomos do pai e metade dos da mãe para formar uma garota perfeita como eu, então me perdoe se meus cabelos ofuscam sua visão de tão lindos. – a oriental bufou, empunhando a varinha.

A Potter respirou fundo, olhando pelo canto do olho para Gina, que já conseguia moldar sua magia perfeitamente, apesar de não conseguir formar o patrono por não conseguir uma memória feliz o suficiente. Voltou a olhar para Cho, e pensou no que faria. Por fim, descruzou os braços, e mordeu a almofada do polegar.

– Você está a fim de se sair melhor que ela? – balançou a cabeça para Gina, que aparentemente se divertia com Harry, mas sem parecer assanhada. Cho assentiu rapidamente – Você consegue ver o motivo de eu não simpatizar com você, mas simpatizo com Gina? Ela é natural. Ela consegue ser natural até mesmo quando mente. Tudo o que você faz é superficial, Cho. Sua risada é falsa e ninguém acredita nela, só Harry. A única vez que lhe vi sendo realmente honesta, é na noite em que você chorou por Cedrico. Sim, eu vi, antes que pergunte. Mas você voltou a ser artificial assim que beijou Harry. – viu que a morena estava preste a chorar verdadeiramente, e suspirou, tentando ser um pouco mais doce com sua cunhada, para seu irmão não lhe incomodar depois – O patrono é uma mágica que exige concentração, mas acima de tudo, sinceridade com seus próprios sentimentos. Você precisa escolher um momento da sua vida que não tem falsidade ou arrependimentos. Nem um pingo de tristeza. Somente felicidade. Consegue fazer isso? – olhou nos olhos negros dela, que baixou a cabeça assentindo.

– Tudo bem. Consigo, eu acho. – falou, olhando de soslaio para Gina, que tinha as mãos de Harry junto as suas, e conseguia fazer um fiapo prateado aparecer. Lawren acompanhou o olhar, e percebeu que a Weasley fazia isso por puro capricho. Ela não precisava tanto assim da ajuda de Harry.

– Não fique se preocupando com os dois. Agora, pense em você mesma. A Gina não é o tipo de garota que agarra ou tenta roubar o namorado das outras. Sei que pode parecer bobagem, Cho, mas uma guerra está se aproximando, e quanto mais preparados estivermos, melhor será. – a morena assentiu, empunhando a varinha e fechando os olhos – Agora diga calmamente: expecto patronum.

– Expecto Patronum! – falou, e um fiapo prateado consideravelmente maior que o de Gina apareceu da sua varinha, e a Potter se permitiu sorrir um pouco.

– Humpf. Foi bom. – disse contra a vontade, e a oriental sorriu abertamente, agradecendo – Mas não fique muito animada. Ainda há muito o que fazer para...

– Lawrence, eu preciso da sua ajuda aqui! – gritou Parvati do outro lado do lugar.

– Eu estou meio ocupada agora! – gritou Lawren – Mas Daniel pode lhe ajudar!

Esse era o plano do trio. Toda vez que alguém queria ajuda de Harry, e isso fizesse ele se separar de Gina, Draco iria ajudar essa pessoa. E toda vez que alguém quisesse separar Lawrence de cima da Cho, Daniel ajudaria. O propósito era não separar nenhuma dessas duas duplas a aula inteira. Um sacrifício para a Potter, mas não tanto para o irmão.

– Tudo bem, Chang. Eu não gosto de você, e eu igualmente não simpatizo com a Gina, apesar de desgostar menos dela. Mas no momento, eu não estou preocupada com Gina ou com Harry. Eu simplesmente não posso admitir que a minha “aluna particular” perca para a “aluna particular do Harry”, no caso, a Gina. Então, mesmo lhe odiando do fundo do meu coração, eu vou fazer você sair com esse patrono pronto até o fim da aula. E você vai me ajudar. Estou certa? – perguntou a ruiva, a qual a oriental assentiu na hora – Certo.

“O seu patrono só precisa ser moldado melhor, com mais intensidade, o que faz você e a Gina estarem empatadas nesse quesito. Aqui não estamos falando de patrono mais forte, porque com certeza o da Weasley ganharia, porque a vida é justa, graças a Merlin. Estamos falando de quem aprende primeiro. Para o seu patrono ficar melhor, você precisa controlar melhor a sua magia, e para isso, você precisa de memórias mais felizes, além de uma boa dose de concentração. Qual a memória que você escolheu?”.

– Quando o chapéu seletor me selecionou para a Ravenclaw. – a morena disse, com um sorriso.

– Fala sério, não venha me dizer que isso foi feliz. Qualquer criança de onze anos daria a vida para entrar na Gryffindor, e eu aposto que quando o chapéu anunciou a sua casa, o que você pensou foi você dormindo em volta de uma pilha de livros. Todos amam a Gryffindor, admita. E você, queria ir para lá também. Você somente se acostumou com sua casa, e fez seu cérebro acreditar que seria muito feliz vivendo somente de inteligência. – falou Lawren, arrancando uma risada da Chang.

– É. Talvez eu quisesse mesmo ter ido para lá. – admitiu – Mas o que pensar então? – indagou confusa, e a Potter suspirou, olhando o relógio da sala. Tinham cinquenta minutos de aula.

– Vamos nos sentar um pouco nas almofadas. Lá, podemos conversar melhor sobre isso.

***

– O que acha que elas estão falando? – perguntou Harry, olhando para a irmã e a namorada, sentadas nas almofadas, conversando seriamente – Sobre mim?

Gina soltou uma risada verdadeira, apesar da tristeza de ver que mesmo com ela, o garoto só tinha olhos para Cho. Ao rir, Harry a encarou confuso, mas encantado com a risada repentina. A ruiva suspirou, parando de treinar o patrono, e encarou os olhos do garoto que parecia desafiá-la a falar o que achava de tão engraçado na sua pergunta.

– Você realmente acha que Lawrence falaria sobre você com a Chang, sabendo que, com todo o respeito, ela é uma fofoqueira de primeira? A primeira coisa que a Cho faria é ir correndo contar para você. E outra: você acha que quando a namorada de um garoto e a irmã de um garoto se reúnem, elas ficam falando sobre como ele é gostoso e blábláblá? Se toca, Harry, me desculpa, mas acorda para a vida. – falou, reprimindo uma risada – Quando eu me encontro com a Hermione, nós não ficamos falando sobre o Rony. – ela disse, e Harry parou de prestar atenção na oriental e na outra ruiva, para ouvir Gina.

– Primeiro: toda a garota é fofoqueira, Gina; Segundo: eu realmente achava que elas estavam falando sobre mim, mas não sobre como eu sou gostoso, como você mesmo disse. A propósito, obrigado pelo elogio; Terceiro: a Hermione não namora com o Rony. – ele respondeu divertido, com um sorriso no rosto. A Weasley não corou. Se manteve inflexível.

– Primeiro: somos tão fofoqueiras quanto garotos; Segundo: o meu eu de onze anos que lhe achava super gosto mandou falar um “não há de que”; Terceiro: não namora, mas os dois brigam tanto e sentem tanto ciúmes, que é como um namoro sem beijo. – respondeu, e depois arqueou a sobrancelha ao ver Draco fazendo uma careta de dor ao se abaixar para pegar uma varinha caída, e depois colocar as mãos nas costas – Mandou bem, hein, Lawren?

– Do que está falando? – perguntou Harry, olhando na mesma direção.

– Ah, nada. Vamos voltar a fazer as coisas? Eu acho que daqui a pouco eu consigo.

***

Estavam sentadas há quinze minutos, discutindo sobre a mesma coisa, e a Potter já ficava irritada com o número de ideias ineficazes que saíam da cabeça de uma garota que deveria ser, no mínimo, considerada um prodígio por estar na Ravenclaw. De verdade? Slytherin tinha mais prodígios que qualquer outra casa. O único aluno realmente inteligente da casa de Rowena era Luna, e pelo visto, a facilidade dela para fazer um patrono era simplesmente notável. Na terceira tentativa, seu patrono adquirira a forma muito parecida com uma lebre. O olhar de Lawrence se atraiu para a loira depois daquilo, e a cada ideia da oriental, uma resposta à altura.

– A primeira vez que comi chocolate? – perguntou, cansada.

– Entendo que comer chocolate se iguale a felicidade, e se você consegue se lembrar de suas memórias de quando tinha dois meses, perfeito.

Enquanto isso, o avanço de Gina era perceptível, já que seu patrono já estava adquirindo uma forma grande, mas ainda sem formato definido. Suspirou, e olhou para Cho.

– Qual é a sua? – perguntou curiosa, e Lawren revirou os olhos, voltando a olhar para Luna, que treinava com Draco.

– Não é do interesse de ninguém. Você poderia escolher quando Cedrico lhe convidou para o baile, ou quando voou pela primeira vez em um time, quando ganhou pela primeira vez algum jogo, quando viu Hogwarts pela primeira vez... Pense em algo que lhe deixe feliz, muito feliz. – falou a ruiva impaciente.

– Bem... Quando eu tinha sete anos, o meu primo Brian puxou o meu cabelo e grudou chiclete nele. Eu fiquei com tanta raiva, que demonstrei o meu primeiro vestígio de magia quebrando um vaso na cabeça dele. Eu não podia estar mais feliz: tinha me tornado uma bruxa, tinha machucado um garoto que eu e meus pais odiávamos, e ainda tinha ganhado uma boneca depois disso. Eu não senti nem uma pitada de remorso, e até hoje me lembro de como descobri ter mágica em meus dedos. – ela falou, parecendo sonhar com aquele dia. A Potter bufou, se levantando. Já havia ficado tempo demais sozinha com ela.

– Tudo bem. Cada um com suas memórias alheias. Quem sou eu para opinar alguma coisa? Ninguém. – cantarolou, levantando um braço enquanto sua varinha ficava escondida abaixo da manga comprida – Pois bem. No três, eu quero que tente. Temos exatamente meia hora.

Foram necessárias cinco lágrimas, cinquenta tentativas, vinte e cinco minutos do tempo estipulado, cem tentativas de concentração, dez ataques de raiva, duas queimaduras na mão (causadas pelo contato da magia de Lawren com a magia de Cho) e as mãos de Harry na cintura de Gina para a Chang conseguir produzir seu patrono sem nenhum tipo de tormenta mental. Somente ela, sua alma e sua memória, com muita concentração. Depois de conseguir ignorar até mesmo seu namorado falando com uma concorrente, Cho conseguiu produzir o primeiro patrono da reunião, sendo aplaudida por todos.

– Bom trabalho. – falou a Potter aborrecida, vendo todos acenarem e irem embora da reunião, assim como Cho fazia – Viu, Harry? Eu disse que o problema dela era falta de concentração.

No fundo, o desejo de Lawren era que Gina tivesse sido a primeira. Mas ela somente provou a si mesma que era melhor professora que Harry, e isso já valia o dia. Apesar de terem medo dela, a AD inteira já queria sua ajuda para quase tudo. Eles acreditavam em sua capacidade, tanto quanto acreditavam na de Harry.

E seu dia teve alegria em dobro: Harry se despediu de Gina com um beijo na bochecha, e um abraço bem amigável, tendo até mesmo direito de se aproveitar do cheiro de seus cabelos. Seu sorriso se abriu, enquanto observava com Draco e Daniel.

– É impressão minha ou você sempre consegue o que quer? – perguntou o Malfoy, com a sobrancelha arqueada, no que o Surrey concordou. Lawren riu, dando um abraço nos dois, e indo em direção ao irmão.

– Vamos, Lawren? – perguntou Harry, vendo os loiros da Slytherin saírem da sala.

– Ah, não. Tenho uns assuntos a resolver com Gina. – disse a ruiva, séria. Harry olhou para as duas desconfiado, e voltou os três passos que já tinha andado em direção a porta.

– Isso não vai ser uma reunião sobre como me matarão, e jogarão meu corpo em um buraco, certo? – perguntou, e Gina riu.

– Seu irmão é um pouco egocêntrico, Lawren. Nem mesmo iremos falar seu nome por aqui. E bem... Uma reunião desse tipo nunca poderia acontecer. Afinal, eu não sou sua namorada. – Harry riu, concordando, e depois saindo apressado da sala precisa.

– Aposto cinco galeões que ele vai ter um encontro escondido com a Chang. – falou Lawren, olhando para Gina pelo canto do olho.

– Aposto dez galeões que a sessão pegação vai ocorrer dentro de um armário de vassouras.

E depois, riram animadas com a aposta que nunca viriam a descobrir quem era a vencedora. Mas Gina logo ficou séria, olhando para Lawren, e depois se jogando no chão, caindo em cima de uma pilha de almofadas que aparecera de repente.

– Agradeço pelo que fez, de me deixar com Harry. Mas eu sei que essa era uma competição mental e particular que você tem com ele, para saber quem é o melhor professor. É a sua cara fazer isso. – disse Gina – Eu não queria lhe ver perder, mesmo já sabendo fazer o patrono faz um bom tempo. Mas eu não aprendi com Harry, então seria injusto. Então, simplesmente deixei Cho fazer primeiro. – falou calma, com um sorriso.

– Eu percebi isso na hora que seu patrono atingiu um formato grande. Ninguém teria feito isso na primeira tentativa. Só a Luna, mas ela é um prodígio Ravenclaw. Qual é o seu patrono? – perguntou curiosa.

– Um cavalo. – respondeu – Preciso lhe mostrar uma coisa. – falou apressada – Desculpa a pressa, mas eu não posso guardar isso comigo. – fechou os olhos imaginando alguma coisa, e logo, um objeto apareceu em sua mão, e o cenário mudou para um campo aberto, cheio de tulipas – Sei que é clichê, mas é isso que temos.

Na sua mão, ela carregava um grande leque preto. O objeto deveria atingir seus ombros quando estava fechado, e era extremamente belo. No seu tecido, ele era dividido em três partes por ferros que ficavam escondidos abaixo do pano. Nas duas partes exteriores estavam desenhados três pequenos losangos vermelhos, posicionados estrategicamente como se fossem os vértices de um triângulo. Do lado desses losangos, um grande virado seis, pintado de vermelho, e logo abaixo dele, outro seis, só que normal, seguido abaixo por mais um seis virado. Na parte do meio, um losango gigante e dourado fora desenhado, e acima dos dois lados superiores, um seis normal e um seis virado eram desenhados.

– Observe. – falou Gina, fechando os olhos.

Logo, uma grande ventania atingiu a sala. Era sem direção, e tão gelada quanto cortante. Era sem controle, e certamente não era invisível. Alguns fragmentos de ar passaram pelos olhos de Lawrence, mas sua visão estava sendo gravemente atrapalhada pelos cabelos, que não paravam de se mover. Porém, Gina permanecia intacta no meio daquilo. Sem demonstrar nenhuma emoção. Simplesmente levantou o leque, e com uma certa dificuldade, o moveu em um círculo, girando. Logo, o vento se tornou um redemoinho, que se desfez dez segundos depois que Gina movimentou o leque para a esquerda, e o vento foi todo para a esquerda

Um corte profundo se fez na bochecha de Lawren, assim como vários cortes nos braços, um no nariz, e um que ia do início das costelas até a cintura. Seu blusão também rasgara na área da clavícula, e ali, uma vermelhidão se instalara.

– Perdão por isso. – falou Gina, assim que o vento parara, e os cortes se tornaram mais visíveis. Mas Lawrence não deu bola a eles. Seus olhos brilhavam de excitação.

– Você é tipo vento. Seu elemento é vento. Isso é simplesmente perfeito para a guerra. – ela falou animada, e Gina franziu as sobrancelhas.

– Por?

– Porque eu sou fogo. Juntas, somos infalíveis. – Lawrence exclamou – Digo... Ninguém conseguiria superar fogo e vento juntos. – falou Lawren.

– Por?! – perguntou a Weasley ainda mais confusa, e a Potter sentiu vontade de pegar o leque e bater em sua cabeça.

– Gina. Se quisermos fogo, precisamos de oxigênio. O que tem mais oxigênio que o vento?

E foi então que o brilho da compreensão atingiu seu rosto, enquanto a sala se transformava novamente no local de treinos da AD. E nada mais.


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Notas finais do capítulo

Beeeeeeeijos!!!