A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 5
O expresso de Hogwarts: não me pergunte quem é ela


Notas iniciais do capítulo

Oie! Vim rápido dessa vez, não? Queria agradecer a todos que comentaram, especialmente aos leitores novos! Obrigada! Amo vocês! Espero que gostem do capítulo! Beijos! To morrendo de sono, então vou ser rápida: comentem, favoritem, compartilhem, recomendem! Beejos! Xoxo



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– Srta. Potter? – falou um homem alto, de cabelos grisalhos – Está na hora de acordar. A senhorita ainda necessita ir ao Beco Diagonal hoje.

A ruiva suspirou semiacordada, e se virou colocando o travesseiro sob as orelhas, deixando-as sem ouvir a voz do homem. Murmurou alguma coisa como: “tudo bem, saia daqui”, e ouviu a porta bater em um clique leve.

Abriu os olhos lentamente, se lembrando da última noite. Seus olhos, ao verem a claridade constante, mais que imediatamente se fecharam. Sentiu um vento gélido entrar pela janela aberta pelo homem que estivera ali, e logo percebeu que era um dia claro, mas um pouco frio. Respirou profundamente, e fez uma cara de tédio. Amava dias frios, mas para ela, ou tinham que ter chuva, neve ou serem nublados. Dias frios com Sol? Por favor!

Tentou novamente abrir os olhos, mas dessa vez com sucesso. Olhou no seu celular a hora. Nove da manhã. Soltou um muxoxo, e se jogou mais uma vez no travesseiro, botando as mãos nos olhos, para não sentir o Sol por trás das pálpebras. Ficou uns dez minutos assim, até ouvir baterem na porta de novo.

– Ai! Estou levantando, estou levantando! – gritou, tirando o edredom de cima de si, ficando com a pele arrepiada.

Ela usava somente uma bermuda preta com o número 39 bordado, uma blusa de malha cinza, escrito em preto “Brooklyn Glamour 39”. Bocejou e esticou os braços pra cima. Colocou os pés no tapete peludo, e esfregou sentindo a textura. Logo depois, deslizou-os para dentro das pantufas brancas e se levantou, se encaminhando ao banheiro.

Olhou-se no espelho, bocejando mais uma vez. Pegou calmamente a escova de dente e passou gel bucal em cima. Lentamente escovou os dentes, andando pelo quarto, procurando alguma roupa que prestasse para um dia frio, mas ensolarado.

Botou o conjunto escolhido na cama, e se dirigiu novamente ao banheiro, cuspindo o conteúdo da boca. Encheu as mãos de água e enxaguou na boca, cuspindo novamente. Lavou o rosto e prendeu o cabelo em um coque. Tomou um banho rápido, e se secou.

Com a toalha enrolada no corpo, andou calma e ainda meio sonolenta, até a janela, fechando os vidros e as cortinas. Sentou-se na cama, e colocou suas roupas íntimas. Pegou a blusa escolhida, que era branca com listras pretas, com laços desenhados no fim de cada listra. Uma calça jeans rasgada, uma sapatilha de laço e a chave de Gringotes. Foi no banheiro, soltou os fios meio úmidos, e fez uma trança transversa um pouco mais soltinha. Passou um gloss labial rosa fraco, e pegou a bolsa branca de couro e de zíper dourado, saindo do quarto e batendo a porta.

O corredor na sua frente era estreito, e levava diretamente a uma escada em caracol. Desceu as escadas se deparando com uma imensa sala cinza, com um sofá de couro branco, com almofadas pretas. Na frente, uma televisão e nas paredes vários quadros que se mexiam. Deveria ser a casa de algum bruxo bem rico. No chão, um tapete peludo que nem o do quarto, e bem no canto do lugar, uma porta de vidro de correr, que levava para a cozinha.

Abriu essa porta, se deparando com uma mesa cheia de frutas, pães e bolos. Duas grandes jarras de suco se encontravam na frente, e havia uma cafeteira no balcão, junto com chocolate quente bem do lado. Na mesa estava sentada Minerva, que lia o Profeta Diário. Por trás do jornal, a mulher se manifestou.

– Já estava na hora Srta. Potter. Você irá pela lareira, através da rede de flu. Pegue algo para comer, e coma rápido. Você só tem uma tarde, e a lista de materiais é extensa. Tome, pegue e bote nessa sua bolsinha. – falou apressada, estendendo-lhe um papel.

Lawren pegou o papel calmamente, e nem se deu ao trabalho de abrir, simplesmente botou dentro da bolsa. Dirigiu-se até o balcão, abriu os armários e finalmente achou um copinho de isopor. Botou o conteúdo do chocolate quente dentro do copinho, e fechou.

– Afinal, de quem é essa casa tão engraçada? – perguntou, com um brownie na boca.

– Quim Shacklebolt, um amigo nosso. Mas você não deve comentar isso com ninguém.

– Sim, né? Até porque vai ser muito normal eu chegar para um desconhecido na rua e dizer: “olha, sei que não me conhece, mas eu estou morando na casa do Quim Shacklebolt, conhece?”. E ele vai dizer, obviamente: “Sério? Não sabia! Nossa, que grande honra a sua, hein garota? Não é qualquer um que mora na casa dele!”. E então ele vai parar as pessoas na rua, e elas irão me aplaudir. – falou cínica.

– Não havia pensado por esse lado, mas tudo bem. Comeu? – perguntou a mulher pacientemente.

– Irei comer lá mesmo. Aqui está o meu chocolate quente, e aqui meus brownies.

– Ótimo. Venha comigo. – elas caminharam até a sala, onde havia uma lareira gigante – Entre aí dentro.

A garota obedeceu prontamente, achando irônico o fato de ser tão baixinha ao ponto de quase não precisar se abaixar para entrar. Olhou para a velhota, com expectativa, e como se já soubesse o que fazia há anos, arqueou a sobrancelha, deu um sorrisinho indiferente e de dentro de um casinho disponibilizado do lado de fora da lareira, pegou uma boa quantia de um pó cinza, e gritou, para os sete ventos: “Beco Diagonal!”. Foi só uma questão de tempo até tudo começar a rodar.

***

Ela saiu em uma espécie de biblioteca, de onde teve que se retirar o mais rápido o possível, por ser empurrada. Já do lado de fora, ela observou o lugar. O Beco Diagonal, não era nada mais nada menos, que uma rua extensa, coberta pelos dois lados, de lojas e mais lojas. E bem no fim da rua, uma sorveteria. No começo da rua, que era onde a menina estava, havia uma grande construção de mármore branco.

Era realmente gigante. Havia grandes escadarias, e bem no topo da construção, o nome: “Gringotes: o bando internacional dos bruxos”. Ela deu de ombros e se encaminhou até o local, onde haviam grandes portas de bronze polido. Do lado delas, bruxos. Ela abriu a porta, olhando friamente para os bruxos, e se encontrou em um pequeno hall. Nesse hall haviam portas prateadas, onde continham os seguintes avisos:

Entrem estranhos, mas prestem atenção
Ao que espera o pecado da ambição,
Porque os que tiram o que não ganharam
Terão é que pagar muito caro,
Assim, se procuram sob o nosso chão
Um tesouro que nunca enterraram,
Ladrão, você foi avisado, cuidado,
pois vai encontrar mais do que procurou.

Revirou os olhos e abriu a porta, se deparando com um grande salão dourado, com lustres de diamante. Havia balcões, e atrás deles, duendes carimbando, medindo, pesando, assinando... Ela se dirigiu no balcão bem do canto da sala, onde um duende pesava moedas.

– Quero pegar dinheiro na minha conta. De preferência o mais rápido o possível, e sem alvoroço. – o duende a olhou carrancudo, e pediu o nome e a chave – Lawren Potter. E esta é a minha chave. – o duende a olhou.

– Po... Potter?

– Sim. Potter. Harry Potter. Lawren Potter. Irmãos. Agora, se possível, poderíamos ir? Eu tenho a chave. Eu tenho nome. Nada me impede. Então, vamos? – perguntou apressada e ficando irritada.

– Ah... Claro, claro. – o duende abriu uma portinha e encaminhou a garota até uma espécie de carro em trilhos. Ela se sentou, e o carro começou a se movimentar, mais rápido que a velocidade da luz. Ela tentava acompanhar tantos cofres assustada com a velocidade do “carro”. E então, depois de mais ou menos trinta minutos de imensa velocidade, o carro dá um solavanco e para em frente a um cofre.

Meio tonta, ela sai do lugar, e se dirige até onde o duende se encontrava parado, com a mão estendida, esperando pela chave. Entregando-lhe, o duende abriu a porta. E a ruiva se deparou com pilhas e mais pilhas de ouro.

***

Já na saída de Gringotes, meio afobada por tanta “emoção”, a garota anda animada. Havia pegado cem galeões, o quanto achara necessário. Andando calmamente, e ainda bebendo o chocolate, decidiu começar lá da sorveteria, até a Floreios e Borrões. A última loja.

Andava tão calmamente e distraída, que se assustou ao notar que uma morena andava ao seu lado. Ela estava usando um vestido branco neve, bem simples, que ia até o joelho. Por cima um casaquinho branco também, e nas pernas uma botinha branca e peluda. Os cabelos escuros e cacheados, no pescoço um colar prateado e nos dedos um anel dourado. Para complementar, uma bolsa branca e dourada, e um batom vermelho sangue.

– Que susto Carrie! Você de novo? – olhou para a roupa – Não acha que está muito exagerada para o beco diagonal? Batom vermelho?

– Tenho que me camuflar. Se você soubesse a quantidade de pessoas daqui que quer meu pescoço...

– Meu Merlin Carrie! E eu achando que você era uma songa-monga da vida! Eu realmente espero – andou um pouco mais a frente e se virou – Que não me peguem andando com você. É capaz de acharem que eu sou tão patricinha quanto... – e então uma colisão, fazendo duas pessoas caírem.

–... É por isso que eu acho... – outra garota falou – Harry, você está bem? – falou assustada, ao ver a situação.

Lawren olhou para o cara em cima dela. Ele era moreno de cabelos bagunçados, com os olhos mais verdes que uma folha de primavera. Ele era magro, mas forte, e tinha uma pele branca. Mas foi a testa dele que chamou sua atenção. Uma cicatriz de raio brilhava triunfante.

– Nossa mil perdões, eu não te vi. Pelo visto você também não me viu... – ele riu, e ajudou à ruiva se levantar. Olhava para ela do mesmo jeito que ela para ele, mas ele olhava por motivos diferentes. A ruiva era muito parecida com sua mãe: olhos verdes, ruiva, rosto fino e baixinha. Sorriu.

Já Lawren, não sorriu tão simpática. Olhou para Carrie, que olhava tudo arfante, tentando se recuperar do choque. De todas as pessoas do mundo que Lawren poderia colidir, foi justo com Harry Potter? Seu irmão?

– Lawren... Vamos Lawren... Você vai acabar dizendo coisa que não...

– Que coincidência eu esbarrar com ele aqui. Não acha Carrie? – falou a ruiva, antes mesmo que a outra pudesse terminar a frase – Os meus planos diziam que eu o conheceria somente em Hogwarts. – e deu uma risada – E olha ali. Ali brilha, a linda e triunfante cicatriz – ainda se dirigindo a Carrie, mas deixando o garoto confuso – O que o fez ser tão famoso... – riu novamente – E pensar que poderia ter sido o contrário. Ele viveu famoso a vida inteirinha Carrie – olhou para os dois ao lado dele. Um ruivo e uma morena – Junto com essas sombras ambulantes. Mas na hora em que Voldemort – os três estremeceram, e Harry olhou curioso – Vamos lá, é somente um nome! Mas na hora em que Voldemort volta, eles procuram pela minha ajuda. Não é engraçado? Eu fui ignorada a minha vida inteira, e ele não. Mas agora eles finalmente entenderam que... Esse aí nunca vai ganhar Voldemort sem a minha pessoa. – deu uma risada pelo nariz – E esses dois pensando que poderiam ajudar. Vamos Carrie. Ou vai ficar aí, olhando estática para o Potter? Foi um prazer conhece-los. – deu um sorriso irônico e saiu andando.

– Hey! O que quis dizer com aquilo? – gritou Harry.

Mas ela não deu atenção. Simplesmente saiu andando, sem olhar para trás.

***

Dois dias haviam se passado desde o incidente. Lawren já estava a caminho do expresso de Hogwarts, de frente para a parede. Respirou fundo, e olhou para trás. A partir do momento que atravessasse essa parede, sua outra vida deveria ser esquecida. E era isso que ela queria. Esquecer.

Respirou fundo três vezes, e correu de encontro à parede, passando como um fantasma. Suspirou ao ver o trem vermelho, e a placa da plataforma necessária, bem aí, na sua frente. Sorriu. Finalmente poderia por seu plano em prática. Com o carrinho, e seu gato chamado Snow, se encaminhou até a porta do trem. Viu ao longe, seu irmãozinho se despedir de vários ruivos, e viu também um cachorro preto a olhando. Deu de ombros achando estar louca, e entrou no trem. Não teria despedidas. Andou no corredor, esbarrando em alguns alunos que já se encontravam lá dentro. Então, quando ia entrar em uma cabine vazia, ouviu alguém gritando.

– Hey ruiva do cabelo de fogo! Mal-educada! – ela se virou, deparando-se com dois ruivos e gêmeos. Arqueou uma sobrancelha, ao perceber que era com ela mesmo – Quem é você para ameaçar o Harry? Você não é tudo isso não! – gritou um, com uma pinta no pescoço.

Revirou os olhos, e direcionando suas esmeraldas aos dois, tendo vários alunos olhando, sorriu irônica, desejando que os dois começassem a tossir, ao ponto de espirrar sangue. Só então eles poderiam parar. E foi exatamente isso que aconteceu. Os gêmeos começaram a passar mal, e Lawren deu uma risadinha, finalmente se virando totalmente, e olhando os dois ficarem sem ar.

– Vocês me lembram dum garoto babaca que existia na minha sala. Ele até que era bonitinho, como vocês. Mas ficava em um estado deplorável ao tossir. Vocês são iguais a ele. Agradeçam por eu ser boazinha, e não deixar vocês se asfixiarem e morrerem lenta e dolorosamente. Seria realmente ruim se isso acontecesse. Antes que digam algum coisa: não ameacei ninguém – sangue escorreu da boca dos dois – Simplesmente falei a verdade. Harry Potter não será nada sem mim. E vocês verão isso em Hogwarts. Somente em Hogwarts. – falou fria e calmamente. – Parem. – os dois pararam de tossir – É nojento. – e assim entrou na cabine, sendo acompanhada um pouco mais tarde por Carrie.

– Estão todos perguntando quem você é. – falou ela descontraidamente.

– Eu deveria saber que trouxas e bruxos são iguais, sempre com as mesmas perguntas. A única diferença é a magia. – disse, olhando para as paisagens enquanto o trem corria.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Bom, aqui vai o look das garotas!

Look: http://www.polyvore.com/cgi/collection?id=3469689&.locale=pt-br

Beeeijos! Tchauzinho! Xoxo