A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 49
Controle e concentração de mágica


Notas iniciais do capítulo

Oooi!

* Bom, estou eu aqui tentando postar pela segunda vez essa porcaria.Espero que funcione.

* Obrigada aos que me perdoaram e voltaram. Amo vocês! Obrigada aos que comentaram também!

* Bem-vinda, Marcia! Espero que goste da história como está agora, e bom, continue comentando, haha!

* Próximo cap: O segundo triângulo.

* Vocês sabem que vento aumenta fogo, né? Se não sabiam, agora sabem!

* Comentem, favoritem, recomendem! Beijos, xoxo s2



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– Tudo bem. Vamos começar. – falou Snape, e suspirou, vendo a garota ficar ereta para ouvir. Suspirou, se sentando na neve, no meio da clareira, e observou a aluna com um olhar cansado, esperando a ruiva notar que ele queria que ela se sentasse na sua frente. Ela pareceu perceber depois de alguns segundos, quando balançou levemente a cabeça como se quisesse espantar um pensamento, e abaixou-se apressada, e ao mesmo tempo ansiosa – Isso é um treinamento que exige planejamento. E exige conhecimento do próprio corpo. No seu primeiro dia de aula, a primeira coisa que você fez ao ver seu irmão Harry, foi lutar com ele. A parte engraçada, é que ele errou todos os golpes, e você acertou todos. Você já sabe reconhecer os pontos fortes e fracos de um inimigo, mas me pergunto se sabe reconhecer os seus.

– Meu ponto fraco são os pés. Eu me preocupo muito com os braços e me esqueço por completo dos pés. Meus pontos fortes são dois, dependendo da maneira que você está observando. Se você fala de habilidade física, o ponto em questão são as minhas mãos. Consigo confundir uma pessoa facilmente usando somente minhas mãos. Mas temos em questão a minha habilidade lógica. Minha cabeça é a minha maior fonte de magia. Sou capaz de formar uma estratégia boa o suficiente mesmo sob pressão. – respondeu séria, sentando em índio e juntando levemente os dedos das mãos.

– Interessante. Você tem pontos opostos. Pés e mãos. Devemos trabalhar com seu ponto forte e fortalecer o seu ponto fraco. Agora, eu devo lhe perguntar outra coisa. Alguma vez você já sentiu como se pudesse controlar algum elemento, como a água ou o fogo? – perguntou, começando a ficar interessado na conversa.

– Eu não lhe falei sobre o que eu desenvolvi, é verdade. – ela falou, parecendo se lembrar. Pegou a varinha, conjurando um recipiente, e o encheu de água – Observe. – colocou a mão dentro da água, fechando – É o mesmo processo que as mágicas curativas, mas ao abrir a mão... Acontece isso. – abriu calmamente a mão, deixando visível a esfera que girava calmamente, do tamanho de uma bola de golfe. Fechou a mão de novo, fazendo a esfera ir para cima, e pegou parte dela com a outra mão, formando dois círculos ainda menores – Preciso da sua mão. – falou, e o professor, que encarava tudo com curiosidade, ofereceu – Desculpe se doer. – e encostou a esfera na palma da mão do homem, que a recolheu de volta para si, com um urro de dor – É estranho. Isso não machuca a mim, mas machuca aos outros.

– Eu não sabia que já tinha chegado a esse estágio. Isso são técnicas de elementos. Algo avançado. Isso não lhe machuca porque você tem afinidade com o elemento água. Mas eu não tenho. O engraçado é que você já desenvolveu uma técnica. Só precisa aperfeiçoar. Geralmente os que... Ah, meu Merlin. Eu sei o que é aquele símbolo no seu olho.

Os dois se encaravam, e os olhos com as pupilas comprimidas e trêmulas de Lawrence, ficaram assustados com a súbita declaração.

***

A sala de Snape estava quente, mas a pele de Lawren ainda estava gélida. Sua boca tremia de frio e excitação, enquanto esperava o professor chegar. Olhou em volta, procurando algo para fazer, mas ficou sem tempo.

– Tudo bem, preste atenção porque isso é extremamente importante. No mundo trouxa, você já deve ter visto várias vezes isso aqui. – abriu o livro em uma página, onde uma espécie de estrela estava desenhada com tinta. Ela era como a junção de dois triângulos, um normal e outro invertido – Esse símbolo é conhecido por várias coisas. A mais comum é “A Estrela de Davi”, o símbolo dos símbolos dos judeus. É como a estrela judaica. Os mais desinformados, gostam de achar coisa ruim em tudo, e logo dizem que isso faz referência ao demônio que vive no submundo. – Snape riu debochadamente, mas ao ver os olhos assustados de Lawrence e dos amigos, suspirou frustrado – Obviamente o que tem no seu olho não tem nada a ver com o demônio. Nem mesmo é uma estrela. Os povos do Japão e China, muito provavelmente uma parte dos budistas, acreditam que isso esteja ligado aos elementos e ao espírito. As cinco pontas. A ponta de cima, mais ao meio, representa o espírito, e as outras quatro pontas, os quatro elementos: fogo, representado por um triângulo invertido; ar, representado por um triângulo normal com um risco quase na ponta de cima; terra, representado por um triângulo invertido com um risco quase na ponta de baixo; e a água... Representada por um triângulo normal. – a boca de Lawrence tremulou enquanto a compreensão atingia sua face.

– O elemento com o qual tenho afinidade é a água. Logo, o que apareceu é o símbolo da água nos meus olhos... – falou, com um sorriso de canto.

– Quando o símbolo apareceu você já havia aprendido essa técnica, não é? Queria me mostrar, eu lembro. Pois bem. Assim que dominada a técnica, em certos bruxos, os símbolos aparecem através do corpo. É extremamente raro, mas acontece. Você dominou água, logo, o símbolo da água apareceu. – Lawren assentiu pensativa – Eu quero que faça outra coisa para mim. Como eu sei que você é muito corajosa, vou lhe pedir algo. Eu para isso preciso de que você confie cegamente em mim. – disse sério, e a ruiva suspirou.

– Você salvou Draco da morte, não que eu me importe, me curou várias e várias vezes, está me ajudando em pesquisas, está me treinando, está me suportando diariamente, está me tirando das aulas daquela vaca... Snape, se eu não confiasse cegamente em você eu estaria sendo estúpida. – o homem sorriu ao ouvir o comentário, não deixado de notar que a cura de Draco, dentre todas as coisas importantes que ele fizera, estava em primeiro lugar. Até mesmo ante dela. Lawrence poderia tentar mentir, mas não conseguiria enganar Snape dizendo que não se importava com Draco ou Daniel.

– Eu preciso que coloque toda sua concentração na palma da mão, forçando sua magia até lá, mas não a forçando para fora. Isso já faz parte do novo treinamento. Concentração o suficiente para levá-la até a mão, e controle o suficiente para levá-la lá, e deixá-la lá e somente nesse lugar. – Lawren assentiu, fechando os olhos, fechando o punho e depois abrindo, balançando a cabeça em sinal afirmativo – O bom é ver que você já está conseguindo controlar bem melhor. De primeira. O Natal lhe mudou. Pois bem, agora preciso que coloque a mão no fogo, ainda com concentração, e tente tirar do fogo uma esfera. – os olhos da ruiva se arregalaram como se perguntassem se era verdade.

Meio relutante, estendendo a mão para a lareira, Lawrence colocou a mão no topo do fogo, fazendo uma careta de dor assim que colocou a mão lá. Agora sabia o significado da frase “eu colocaria minha mão no fogo por ele”, que ouvia tanto. E ela tinha certeza: ela nunca faria isso se a magia não estivesse lhe protegendo. A mão não queimava, e sim, somente deixava uma mancha preta na palma. Adentrou mais o fogo, cerrando os dentes e sentindo a pele gelada esquentar instantaneamente. Fechou a mão dentro do fogo, mantendo com cautela a concentração e o controle, como deveria, e pensou calmamente, excluindo da cena todo e qualquer barulho. Ao abrir a mão, uma pequena circunferência, como uma bola de tênis, se encontrava em suas mãos. Abriu a boca meio assustada com a descoberta, e Snape parecia satisfeito. Deixou de se concentrar, e ao notar isso, temeu quando a bola começou a se aproximar mais da pele (já que esta flutuava), mas antes de encostar, o fogo virou faísca na hora.

– Como? Meu elemento é água. – afirmou.

– Pode ser. Mas eu desconfiei desde que você me mostrou o feitiço com água. Seus pontos fracos são opostos, assim como fogo e água. Na alquimia e na química, fogo é representado por um triângulo igual o da água. É chamado de triângulo do fogo, por causa dos três elementos necessários para existir fogo.

– Ah, eu sei. Meu pai me ensinou certa vez isso. – disse, e sua voz se alterou para um tom mais ressentido, mesmo que quase imperceptível – Combustível é o que dá energia para o fogo; o Comburente, a substância que recebe a energia e reage quimicamente com o Combustível, sendo o oxigênio o maior comburente; e calor, que inicia a reação entre os dois. – falou.

– Muito bem, Srta. Evans! Fez sua lição de casa. – falou Snape, sem nem mesmo se tocar que mudara os sobrenomes. Quando notou, arregalou os olhos e olhou para a aluna assustado. Ela sorria, parecendo pensativa.

– Evans. – começou – Evans é um sobrenome que soa bem melhor que Potter aos meus ouvidos. Mas, não estamos aqui para começar a falar disso. Está me dizendo que o triângulo dos meus olhos pode ser dos dois elementos? – falou.

– Sim. Mas acredito fielmente que seja de água. E que daqui a uns dois ou três dias, o triângulo invertido que pareça fogo pode aparecer nos seu olho. Isso varia bastante. Eu acredito que aparecerá logo, porque agora você já “dominou” o fogo. Falando em dominar, preciso cuidar da sua mão para dominar novamente a arte de escrever sem dor.

– Ah, isso? – perguntou a ruiva – Eu cuido disso sozinha, não se preocupe. São só uns machucados superficiais.

– Não. Eu preciso cuidar disso. Vamos. – ele falou firmemente, fazendo a garota desistir e segui-lo para um armário, onde pegou uma bandagem, um líquido e uma tesoura. A ruiva franziu as sobrancelhas.

– Não é só curar?

– Umbridge vai perguntar o motivo da bandagem, pode ter certeza. Você dirá que derrubou um líquido que queimava na detenção, e pegou detenção novamente, semana que vem. Até lá, podemos nos falar de novo nas aulas, mas é melhor evitar. – a Potter assentiu, enquanto lhe oferecia as mãos e ele curava levemente os machucados mais sérios. Ela observava a concentração do professor em colocar uma bandagem em toda a extensão de sua mão, e deu um sorriso com isso.

Talvez não tivesse sido tão ruim se Snape se casasse com sua mãe.

– Você tem certeza sobre esse negócio de ser auror? – perguntou ele com uma careta, e ela respondeu com outra pergunta.

– Por que a pergunta? Não é bom o suficiente?! – indagou irritadiça, e ele tentou esconder o sorriso, ficando quieto – Ou eu não sou boa o suficiente?! Fala! Qual o problema em aurores? – perguntou depois de se levantar junto com o homem, com a mão perfeitamente nas bandagens – Você parece sempre descontente quando eu falo sobre aurores! É sério, você age como o meu pai agiria se eu tivesse um pai por aqui. Com desgosto. – falou realmente brava, e o homem sorriu de canto, se escorando na porta enquanto ela saía da sala e o encava séria.

– Como você mesmo disse, eu fico diariamente suportando você, e isso é admirável da minha parte. – ele falou, e ela franziu o cenho, entreabrindo, não se lembrando de ter ficado tão irritada assim algum dia. De alguma forma, as palavras do professor importavam extremamente para ela, e o que ele dizia, deixava-a em dúvida se era o suficiente.

– Está e dizendo que é extremamente ruim ficar comigo diariamente? O que mais quer dizer? Que eu sou um péssimo aprendiz e que eu não sirvo para o mundo bruxo? – alterou a voz, batendo com a mão machucada em seu peito, grunhindo logo depois. A expressão de Snape se tornou preocupada.

– Não se altere. Se concentre mais, e não ignore. Em uma batalha, se você se exalta e não se concentra sua passagem só de ida para o paraíso está garantida. Tente não forçar as coisas com a sua mão, ela está machucada. – ela bufou.

– Isso é muito irritante. Você discute comigo e depois vem preocupado com a minha mão? Isso é exatamente o que meu pai faria, então pare com isso. – falou mais calma, mas ainda assim meio magoada. Ele riu, e pegou a mão dela, ajeitando calmamente as bandagens, enquanto ela observava disfarçadamente pelo canto do olho.

– Eu sou seu mestre. Não há muita diferença entre um pai e um mestre. Ambos educam; ambos ensinam; ambos discutem; ambos passam todos os dias com você; ambos te deixam para baixo até você aprender a lição. Mas ao mesmo tempo, ambos ficam extremamente orgulhosos ao ver que você entende o que eles falam, aprendem e ouvem. E depois atingem seus objetivos. A única diferença entre pai e filho, e que você fala “eu te amo” para um pai. O que nunca iria acontecer entre mim e você, Lawrence. Isso seria muito estranho e totalmente sem cabimento. – ele disse sério, e depois riu, olhando para a mão dela e falando – Não acho você incapacitada para ser auror. Só acho estranha a sua escolha de profissão.

– E por qual motivo você acharia a minha profissão dos sonhos uma escolha errada? – perguntou, com o nariz empinado, mas a voz calma.

– Dois motivos. Primeiro: você escolheu essa profissão na hora da pressa, sem ter muita noção se era realmente isso seu desejo. E segundo: as suas mãos... Olhe para elas. – disse, e o olhar da Potter se dirigiu para o lugar – São mãos de médico.


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