A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 48
Hogwarts novamente! Os treinamentos de Snape.


Notas iniciais do capítulo

Desviando de todo Avada que está batendo em mim! Estou sobrevivendo mais que o Harry, é sério. Vocês têm todo e absoluto direito de ficar muito bravos pela minha demora, porque dessa vez, eu não tenho justificativa. Eu simplesmente não postei porque desanimei total! O cap estava pronto há dias, e a minha preguiça não me deixava postar. Perdão, é sério.

* O cap ficou um pouco longo, mas acho que vale a pena. Acho que também ficou meio confuso, então qualquer dúvidas, perguntem nos comentários!

* Nanda, seja bem-vinda! Apesar de saber que ainda não chegou aqui nesse capítulo, quando chegar, espero que veja meu alô!

* Obrigada a todos que comentaram cap passado! Amo vocês tanto quanto amo meus gatinhos!

* Próximo capítulo: Controle e concentração de mágica!

* Aos que acham que eu me esqueci do feitiço mental, das mágicas curativas, dos treinamentos, da AD, do assassinato da Amanda Casty, da Carrie e de todos, saibam que não! Eu não esqueci! Então, não se preocupem!

* Aos que acham que o Draco e a Lawrence vão ter um momento romantic logo, logo... Vocês estão completamente certos! Em dois ou três capítulos eu estarei aparecendo com um momento Drawren! Estraguei a surpresa? Sei que sim. Desculpa!

* Comentem, recomendem, favoritem! Aos que desapareceram da história, espero que voltem! Sinto falta de vocês!

* Xoxo s2



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– Daniel! – gritou animada ao ver o amigo entrando dentro da cabine com um sorriso gigante – A Mel brigou comigo, o que eu faço? Eu nunca tive uma amiga tão boa quanto ela! Eu amo ela demais, por favor, me diz o que eu faço para a Mel me perdoar?!

– Quem é Mel, Lawrence? – perguntou confuso.

– Ela está muito brava, é sério. Ela não queria que eu viesse ver vocês dois, mas eu disse para ela que vocês tinham o direito de saber que agora a minha melhor amiga era ela e não vocês. Mas ela não gosta de vocês...

– Espera! Quem é Mel? – perguntou mais uma vez.

– Então ela ficou super brava quando eu falei que vinha falar com vocês. Já sei! A partir de agora eu odeio vocês e vocês não são mais meus melhores amigos. Eu não preciso de vocês quando eu tenho a Mel.

– Mas quem é Mel, Lawrence?! – perguntou Daniel pela milésima vez na conversa dentro daquela cabine – Você está me deixando maluco! A gente não se vê faz sei lá quantos dias, e quando nos encontramos de novo, você nem fala “oi” ou algo como “senti saudades” e começa a falar de uma tal de Mel!

A ruiva pareceu se tocar da confusão que estava causando, e por isso, começou a rir. Deu um sorriso amigável depois da risada, e subitamente abraçou o melhor amigo, que se encontrava emburrado na sua frente. Deu um beijo na bochecha dele, e se sentou animada no banco, escorando as costas na janela e colocando as pernas em cima do estofado.

– Não existe Mel nenhuma! – começou a rir, e depois revirou os olhos – Só queria ver como você reagia quando eu começasse a falar da minha nova amiga imaginária que era muito mais legal que você e o Draco. Sua reação foi bem engraçada, mas não precisa ficar com ciúmes. – piscou um olho, e depois sua expressão ficou confusa – Você não passou o natal com o lindo e maravilhoso? Cadê ele?

– Fiquei esperando três décadas até você se lembrar de que tinha mais um melhor amigo, sabe? – falou Draco do nada, entrando dentro da cabine – Mas pelo visto a Mel é bem mais importante que eu. – disse, fingindo estar magoado. Lawrence sorriu marota olhando para o amigo.

Depois se levantou e se jogou em cima dele, dando um abraço apertado, e afundando seu rosto no pescoço do loiro, enroscando as duas pernas na cintura dele. Ele retribuiu o abraço, girando a ruiva no ar, enquanto ela ria animada. Quando a colocou no chão, percebeu que a cabeça de Lawrence batia no seu queixo. Isso o fez rir e se jogar animado num dos bancos, enquanto a melhor amiga se escorava na janela de novo.

– Vocês não têm noção de como eu senti falta de vocês, suas pragas. – ela falou emburrada – Aquele lugar era um tédio. Eu não sei se eu conseguiria aguentar ficar tanto tempo lá. Por sorte, três dias dos que eu passei lá eu passei dormindo. Você estava certo, Draquinho. Eu entrei em uma espécie de coma por desgosto daquele lugar. – completou.

– Fala sério. – falou Daniel – Como é que você conseguiu entrar em coma?

– Não foi bem um coma, porque eu não fui ao hospital. Creio eu. O Snape disse que tem algo a ver com a minha visão, sobre ter um triângulo no meu olho e blábláblá. Ele vai falar comigo em Hogwarts, mas eu tenho quase certeza que tem a ver com Voldemort. – o tom da conversa não mudara ao falar do homem, e continuava descontraído e normal.

– Um triângulo? Se tivesse a ver com Voldemort não deveria ser na sua cicatriz? – perguntou Draco.

– Isso é o que me leva a crer que é algo em relação a ele. Eu estava tomando café quando do nada a minha cicatriz começou a arder tipo, muito, e.... Como eu disse para o Snape? Eu sentia como se alguém tivesse enfiado uma agulha no meu olho e tivesse começado a movê-la de um lado para o outro. Ele me falou posteriormente que viu uma espécie de símbolo no meu olho.

– Isso é no mínimo estranho. – comentou Daniel – Isso não tem a ver com sua habilidade sobre-humana de persuasão? Sei lá, às vezes parece que você consegue convencer as pessoas...

– Eu consigo. – falou Lawrence – Essa é uma das minhas descobertas incríveis do natal. – a ruiva se levantou e foi para fora da cabine, onde a mulher dos doces andava calmamente pelo corredor – Hey, você! – a mulher a olhou e foi andando mais rápido em sua direção – Observem.

– Gostaria de alguma coisa, querida? – perguntou.

– Ah, sim. Eu quero cinco sapos de chocolate. – a senhora pegou as caixinhas e entregou para a ruiva, que jogou para Draco.

– Um galeão. – falou, com um sorriso amável.

– Não. Você não irá cobrar absolutamente nada. – falou séria, olhando nos olhos da mulher, que ficaram com as pupilas pequenas – Você vai se virar e vai ir cobrar o dobro do preço que nós pagaríamos por qualquer coisa que Cho Chang pedir.

– Claro, senhorita. Tenha uma boa viagem. – e saiu, ainda calma. A ruiva se virou, reprimindo um sorriso animado mordendo o lábio. Os garotos estavam estáticos olhando para ela.

– Mas isso só acontece se eu olho nos olhos da pessoa. Eu não sei muito sobre isso, mas espero saber um pouco mais. Aliás! – se jogou no banco e deitou a cabeça no colo de Draco – Dominei as fases um e dois das mágicas curativas. Agora é só a terceira parte. O Snape falou que é a mais complicada.

– Com certeza deve ser. Se você quiser da nossa ajuda, não peça para mim. – falou Daniel – Você não tem noção de como é chato de ver você errando incontáveis vezes, sem poder fazer nada.

– Bom, ruiva, se você quiser minha ajuda, a gente pode treinar juntos nos jardins atrás do castelo, sabe? – falou Draco com um sorriso de canto nos lábios, olhando nos olhos da amiga e piscando um olho, enquanto mexia nas mechas de cabelo dela.

– Nem sonhando! – murmurou, dando um tapa no braço dele e depois começando a rir de alguma piada que Daniel contara e ela não ouvira.

***

– Achei que a volta às aulas de Hogwarts seria no mínimo mais animada. – sussurrou Daniel, largando a pena na classe e virando a cabeça para trás, para olhar o resto da turma. Todos pareciam cansados daquela aula de DCAT, onde tinham que copiar quatro vezes o que era escrito no quadro para maior aprendizagem. Faziam três dias que as aulas começaram, e eles estavam completamente entediados.

– Não fale, escreva. – respondeu Draco, visivelmente cansado de escrever também.

– Hey, Lawrence. – murmurou Daniel para a ruiva, que já terminara de escrever e desenhava a silhueta de Draco no seu bloquinho. Este, somente ria por ser objeto de arte da ruiva – A Carrie não está meio estranha ultimamente? Digo... Antes ela parecia fazer tudo para aparecer, mas depois daquele incidente no Halloween, ela está totalmente quieta, e sempre está andando apressada e olhando para os lados como se alguém fosse segui-la.

– A Carrie é estranha. – respondeu Lawrence, mas também olhou para a morena, que olhava para o lado de fora da janela, pensativa – Mas concordo que o jeito que ela está agindo ultimamente me incomoda um pouco. Quero dizer, ela nem mesmo se importou com as vaias da Slytherin depois daquele vexame de jogo. Normalmente, ela choraria ou começaria a tremer. Mas devo dizer que ela está cada vez mais parecida com....

– Com você. Não chora, não conversa, não se importa. – falou Draco, se virando também – Mas eu acho que esse jeito de ser não combina com ela. Digo, você fica muito mais sexy que ela com esse ar misterioso. Mas ultimamente você também está mudada. Mais risonha, sabe? – comentou, e a ruiva bufou.

– Hn. – respondeu, voltando a ser séria e desenhando os olhos de Draco na folha.

– Haha... Voltou com o jeito sexy de ser?! – perguntou Daniel rindo, recomeçando a escrever. Draco deu um sorriso de canto e deu um beijo na bochecha da amiga, antes de escrever de novo. A ruiva se permitiu a um sorriso discreto, quase invisível.

Ficaram alguns minutos em silêncio, com Umbridge os olhando com desconfiança. Um sorriso satisfeito transbordava em seu rosto, vendo como seus alunos eram comportados. Uma batida na porta tirou a concentração de todos, e fez a professora bufar irritada, falando um alto e sonoro “entre”. Na porta, tentando disfarçar um sorriso de canto, entrou Snape, parecendo incrivelmente satisfeito.

– Licença, professora Umbridge. – falou, e procurou Lawrence pela sala – Mas creio que terei de pedir emprestado a Srta. Potter por hoje. Ela tem uma detenção comigo. Pensei que se lembrasse disso, Srta. Potter. – falou, ao ver a aluna tentar conter a animação.

– Ah, é. Sobre as poções que eu derrubei, certo? – perguntou, e Snape assentiu.

– E por que tinha que ser no horário da minha aula? – perguntou Umbridge irritada, enquanto os alunos da Ravenclaw encaravam a situação aterrorizados.

– Porque eu não terei mais horários disponíveis. Tenho alguns assuntos a tratar, e esse é o meu único horário disponível de detenção. – falou o homem, e uma voz no fundo da sala se manifestou.

– Isso é mentira! Eu tenho detenção com o professor Snape amanhã de noite. – falou Cho, com um sorriso animado por poder se meter na conversa. Lawrence bufou irritadiça, e se virou, com um sorriso calmo no rosto.

– Eu não tenho culpa se você não se comportou, Chang. – sussurrou – De fato a minha detenção seria amanhã de noite, junto com a detenção daquela lá, mas eu tenho alguns assuntos importantes para resolver amanhã. – se virou para Umbridge, que já abria a boca para falar – Assuntos que não são do interesse de qualquer um dessa sala. Inclusive você, professora. – falou, com os olhos semicerrados, olhando para a mulher, que ficou com a expressão aérea e depois sorriu calma, concordando.

A Potter se levantou com um sorriso no rosto, piscando para os dois melhores amigos que riam baixo. Ao chegar no professor, saiu apressada da sala e os dois andaram em silêncio até o corredor, onde se permitiram sorrir e dar uma risada de alívio.

– Eu achei que ela iria estragar tudo quando a Cho falou da detenção. – falou Lawrence, revirando os olhos ao pensar na oriental.

– Eu deveria ter me lembrado dela. Mas temos pouco tempo. Vamos para a clareira.

***

– Você já tem as duas primeiras fases completas. Agora precisamos da terceira, que é no mínimo, problemática. Para conseguir treinar a terceira, precisamos de cobaias. A terceira fase, nada mais é, do que a junção das duas primeiras fases. Ela faz a sua respiração voltar a ficar normal. – Lawrence abriu a boca para fazer uma pergunta, mas Snape não a deixou – Não, ela não faz os mortos voltarem a vida de maneira alguma. Ela somente deixa sua respiração regular quando você está quase morrendo. É como uma base de cirurgia, por exemplo. Se tem alguém muito ferido na sua frente e para a cura é necessário consertar alguns ossos e machucados, fica muito complicado curar quando a respiração dele está quase morta. Então ela regula a respiração para no meio da cirurgia não ocorrer uma parada cardíaca por falta de oxigênio. Entendido? Não há feitiço que traga alguém de volta à vida. Se houvesse, eu traria de volta muita gente. – tentou fazer uma piada, dando um sorriso sem graça.

– Você falou de cobaias. - ela argumentou séria, com a varinha na mão, brincando com as formas que os feitiços faziam ao bater em troncos de árvores.

– E você está mais concentrada. – ele respondeu, se permitindo a sorrir – Exatamente como Lily. – murmurou – Sim, eu falei de cobaias. Resolveremos isso mais tarde, não se preocupe. Nem mesmo pense que você já vai sair treinando assim, do nada. Precisa-se de um extremo controle da magia corporal para fazer isso, e você não vai conseguir isso sem um treinamento antes disso. A partir de agora, nós vamos começar um treinamento que tem três etapas. É um treinamento extremamente conhecido no mundo dos bruxos medievais, quando existiam vários bruxos que não usavam varinhas. A primeira etapa é o controle mágico. É a primeira que estudaremos. A segunda etapa é concentração mágica. E a terceira etapa é a etapa de armas, quando colocamos as duas primeiras etapas juntas em um objeto, em perfeita sincronia. Para isso, precisamos de absoluto controle e concentração mágica. E além disso, precisamos de uma arma que trabalhe bem com o nosso tipo de magia.

– Para isso não temos varinhas? – perguntou confusa, e Snape sorriu, pegando uma agulha no seu bolso, e sua varinha.

– A varinha molda a nossa mágica. Nós não fazemos absolutamente nada. Somente dizemos algumas palavras e deixamos o resto por conta da nossa varinha. Por esse motivo, é a arma mais utilizada e necessária do mundo bruxo, já que nem todo bruxo tem habilidades de controlar a magia corpórea que nem você ou eu. Por isso mesmo ocorrem acontecimentos estranhos quando estamos com raiva, pois a nossa magia fica frenética no nosso corpo, não conseguimos controla-la e acabamos por liberá-la. Quem consegue fazer mágica sem varinhas, tem maior probabilidade de ganhar uma batalha, já que varinhas não conseguem barrar feitiços que foram feitos sem uso delas. Mas mesmo assim, se a porcentagem de bruxos que conseguem controlar a magia corporal já é baixa, mais baixa ainda é a porcentagem de bruxos que conseguem controla-la e usá-la em uma batalha, sob pressão. A maioria dos bruxos consegue fazer somente uma leve chama nos dedos. Por isso, foi criada a terceira etapa, onde transferimos a nossa magia para alguma arma que não seja uma varinha, assim tendo algo onde a magia corpórea tenha onde se sustentar. Sem uma arma, a nossa magia fica ao “ar livre”, digamos, e logo “morre”. Já com uma arma, a mágica sai das nossas mãos e passa direto para a arma, ficando presa no objeto e exercendo uma pressão bem maior que varinhas. No meu caso, a arma que melhor se qualifica a minha magia são agulhas.

– Agulhas? O que uma agulha pode fazer perto de uma varinha? – perguntou debochadamente.

– Basicamente nada se for somente uma agulha. Mas uma agulha repleta de magia pode fazer um estrago surpreendente. Observe. - ergueu a varinha, e com um aceno, um feitiço atingiu o tronco de uma árvore, deixando um buraco não muito fundo, mas de diâmetro grande nela. – Isso é o máximo de poder desse feitiço. Pode ocorrer uma leve mudança se você estiver com muita raiva ou triste. Mas a média é esse buraco que você está vendo. Agora, observe esta agulha. – ele ergueu o fino objeto, e passou um pouco de sua energia corporal para ele. Dez segundos depois, olhou para o mesmo tronco, e lançou habilmente a agulha. Assim que atingiu a madeira, um buraco do tamanho de uma uva se fez presente no tronco. Lawrence riu.

– É esse o estrago da agulha? – Snape sorriu, cruzando os braços.

– Sugiro que olhe mais de perto. – a ruiva o encarou confusa, mas andou até a árvore decidida. Sua boca tremeu ao ver o que via. Na parte da frente da árvore, o buraco era do tamanho de uma uva, mas a fundura dele atingia até o outro lado do tronco. Do outro lado, o diâmetro do buraco se tornara do tamanho de uma bola de futebol, igual ao da varinha – Esse treinamento não é sobre dano exterior. É sobre dano interno. Se você atingir uma pessoa com uma varinha com o mesmo feitiço que eu fiz, o máximo que você vai conseguir são machucados superficiais. Mas com a agulha, todo o interior da pessoa se destrói como se o próprio objeto explodisse dentro dela. Por isso a mágica corporal é bem mais poderosa que a mágica de varinhas. A pressão se torna bem maior do que a pressão moldada por uma varinha. – Lawrence estava boquiaberta, e Snape deu um sorriso satisfeito – A partir de hoje, se inicia o treinamento das três fases!


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Notas finais do capítulo

Beijos!