A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 45
Cho Chang: vomitilhas!


Notas iniciais do capítulo

Hey!

Obrigada a todos que comentaram no capítulo anterior, e mil perdões pela demora ao postar esse capítulo.

* Grazy voltou! Que bom te ver de volta, amor s2

* Vi muita gente achando que a Lawrence tinha se apaixonado pelo Jason. Não gente. Nem sei se ele vai aparecer na história novamente. Foi só uma participação especial de natal.

* Aos que não se lembram do Jason: primeiro capítulo depois do prólogo, ex da Carrie, quase morreu tossindo.

* Aos que acham que o Draco vai aparecer na história durante o natal... Não. Ele não vai. Eu cheguei a conclusão que o Draco nunca poderia aparecer na frente de Lawrence considerando o tamanho de London, e a família na qual Draco está inserido.

* Espero que gostem do capítulo! Beijos, recomendem, comentem, favoritem! Xoxo s2



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– Você realmente está me dizendo que vai simplesmente ignorar a presença da Cho no andar de baixo? – perguntou Gina com os olhos meio incrédulos, enquanto a Potter pegava os presentes dos amigos – Tipo... Vai tratar tudo como se aquela lá não estivesse aqui? – Lawren assentiu, mergulhando a ponta de uma pena na tinta, e abrindo o pergaminho na sua frente – Certo... Ah... Eu estou pensando se eu devo perguntar para você se está possuída por Voldemort ou não. Há duas horas você estava causando um alvoroço por causa da Chang, e agora...

– E agora estou ignorando a presença dela aqui. É, é exatamente isso que estou fazendo. Assim como você está ignorando. – a Potter soltou uma risada animada, e virou o olhar para a Weasley que se encontrava com os lábios trêmulos e entreabertos, esperando a qualquer momento um Avada Kedavra vindo da outra ruiva – Não posso dizer que gosto de você, Weasley. Até porque eu não gosto. Existem muitas coisas que eu não gosto, mas raras coisas que eu realmente gosto. E você ainda não é uma das raridades. Mas devo dizer que tenho... – olhou a ruiva de corpo inteiro e deu um sorriso de canto – Uma “afeição especial” por você. Temos ideias em comum, e você é a única além de mim que não está lá em baixo com a Chang. Isso me faz gostar um pouquinho mais de você. Mas pare de me encarar como se a minha calmaria fosse algo realmente assustador. Você não me conhece nem um pouco. A minha natureza é calma. Só andava meio estressada esses dias. Tudo que eu precisava era reencontrar um velho conhecido.

– Sim, e virar de uma hora para outra “a menina mais calma do mundo que nem liga se a namorada odiosa do seu irmão está beijando ela no andar de baixo, ou não”. – anunciou Fred aparatando dentro do quarto, seguido de Jorge.

– O que fazem aqui? Poderíamos estar nos trocando, sabia? – murmurou Gina, com o rosto vermelho pela raiva.

– Ah, sim, sim... Isso realmente poderia estar acontecendo, maninha. – falou Jorge, rindo.

– Se não conhecêssemos você e a Lawrence o suficiente para saber que não ficam peladas uma na frente da outra. Ou na frente de qualquer outra. – falou Fred – Sabemos disso porque a Lawren saiu do quarto ontem à noite para deixar você se trocar sozinha, com a Hermione dormindo, é claro. Foram espertas, mas somos mais, sabe?

– Ficamos acordados especialmente de noite para realizar experimentos, e ouvimos as vozes de vocês sussurrando. – completou Jorge, se atirando na cama – Mas isso não vem ao caso. O caso, é que odiamos a Chang tanto quanto vocês duas odeiam, e não conseguimos suportar aquele sorrisinho falso que ela joga para a minha mãe, e os comentários mais falsos ainda que ela faz sobre o Sirius, quando o rosto dela age como se ela fosse sair correndo e contar para o ministério que estamos abrigando um prisioneiro refugiado. – pegou o colar de Lawrence, que estava sentada ao lado da cama – Belo colar.

– Isso é patético. – comentou a Potter suspirando, e os gêmeos arquearam a sobrancelha – Não o colar. Ela. – esclareceu incrédula que nenhum deles tivesse entendido – E eu não virei uma menina calma da noite para o dia, Fred. Sempre fui calma.

– A gente percebe isso. – o ruivo disse rindo, se atirando na cama da Mione – E até acreditaríamos se você quase não tivesse nos matado sufocados no trem.

– Eu estava extremamente calma naquele dia. Só não tinha gostado da arrogância de vocês. – revirou os olhos sorrindo, pedindo espaço na mesma cama que Fred, enquanto Gina se sentava aos pés de Jorge.

– Eu não sabia que você tinha o desejo de se deitar ao meu lado, Srta. Potter. – debochou Fred, enquanto ia mais para o canto da parede, e apoiando sua cabeça em um dos braços, para mantê-la alta. A ruiva bufou enquanto ouvia as risadinhas animada dos outros dois.

– Claro, claro... – murmurou, deitando a cabeça no travesseiro, colocando os dois braços atrás dela, enquanto deixava uma perna estendida e outra com o joelho arqueado para cima – É tudo que eu sonho de noite. – todos do quarto riram da resposta nada interessada da garota, e Gina se manifestou.

– “Odiamos a Cho tanto quanto vocês”. Não é esse o único motivo, é? – perguntou, olhando para os irmãos – Faz 14 anos que eu convivo com vocês. Sei quando estão interessados em algo. Nesse caso, vocês querem duas coisas. E a primeira, eu também quero saber. – suspirou, enquanto os gêmeos a encaravam incrédulos – Como fez esses arranhões no rosto? – se dirigiu a Potter, que sorriu.

– Quase fui atropelada. Mas então me empurraram para a calçada, embora isso tenha custado alguns arranhões. E a outra coisa que querem saber é sobre o livro. Vocês viram a gente pegando, e querem saber do que se trata. Informação confidencial. Perdão. – colocou as mãos nos olhos e grunhiu baixo, enquanto os gêmeos ainda estavam estáticos pelo “poder” de “percepção de objetivos” das duas – Apesar de estar sem a mínima vontade de descer, estou morrendo de fome. E sinceramente? Preciso urgentemente de água. – murmurou.

– Podemos ir pegar para você. – falou Jorge, se sentando na cama, próximo de Gina – Isso duraria um segundo. Você estava na neve. Precisa de alguma coisa que a faça ficar melhor. – Lawrence abriu os olhos e sorriu abertamente, se levantando e colocando as pontas dos pés no chão. Já havia tirado os casacos, por isso somente vestia jeans e regata, mas mesmo sabendo que deveria estar com frio, conseguia sentir o sangue fluindo rapidamente em suas veias, fazendo sua pele ficar quente. Fazendo-a ficar quente. Tivera uma ideia.

– Não precisa. Obrigada. – falou, colocando os pés no seu calçado e olhando para os dois – Mas eu sei que por trás da cara de santos que vocês insistem em exibir por aí, vocês têm alguns estoques de líquidos interessantes. Não é?

– Sim, mas o que você...? – começou Fred, e Gina o interrompeu.

– Eu gosto da sua ideia. – disse animada, com os olhos brilhando, se levantando também – E quero participar. – declarou, enquanto a Potter assentia com um sorriso travesso, encarando os gêmeos que estavam confusos.

– Precisamos de um frasco de qualquer coisa que cause qualquer dano ao corpo. Desde que ele tenha um antídoto devidamente testado. – falou confiante – Eu pago.

– Ah... E além do frasco... Pegue uma vomitilha. – completou, vendo o rosto dos gêmeos brilhar com o entendimento da questão – Não precisa mais do que um. Eu tenho um estoque de balas normais na minha mala.

***

– Olá, pessoal! – disse Lawrence alegremente, entrando na cozinha junto com os gêmeos e Gina, limpando uma leve gota de um líquido azul que escorria do canto de sua boca. A outra ruiva, porém, estava verde, olhando para os gêmeos, que olhavam para a irmã com pena. Depois de alguns segundos, a Weasley voltou ao normal. – Olá... Professor Snape? – perguntou Lawrence confusa, recebendo um leve aceno do professor – Que surpresa agradável... – murmurou, e foi em direção ao irmão, mas não parando nele, e sim ao lado da namorada dele – Que indelicadeza a minha! Nem lhe cumprimentei hoje. Como vai, Cho...? – abriu os braços para um abraço amigável, derrubando acidentalmente a xícara de café da menina oriental, que deu um grito – Ai, Merlin. Perdão, não queria fazer isso. Que desastre. Nem sei onde estou com a cabeça hoje. Me perdoe. Vou fazer um novo café para você. – pegou a xícara, encarando a oriental que tinha os lábios trêmulos pela raiva.

– Eu faço, pode deixar, Lawren. – falou a Sra. Weasley simpática, se levantando da mesa, sendo barrada por Gina.

– Fique tranquila, Sra. Weasley. Estou mais perto da pia de qualquer maneira. – sorriu simpática, agradecendo Gina com o mesmo sorriso, que somente assentiu levemente. Snape, observando tudo atento, sorriu levemente e tomou o último gole de café, se levantando, indo em direção a pia, onde a aprendiz fazia o café da oriental.

– Não ouse dizer qualquer palavra sobre isso. – murmurou a Potter, assim que o professor chegou. A ruiva olhou o homem pelo canto dos olhos, vendo o sorriso de canto dele enquanto servia sua própria xícara com mais café – Você sabe quando estou mentindo, mas aqui... Somente não fale nada. – completou, e Snape soltou uma risada baixa, sabendo que ninguém veria que estava rindo, já que estavam de costas.

– Como vai o patrono? – perguntou.

– Perfeitamente. – respondeu a ruiva, abrindo o frasco que Fred lhe dera, e derramando o líquido junto com o café – Já sei pronunciar o nome perfeitamente. Agora só falta o feitiço mesmo. – completou, sorrindo levemente, mexendo o café com a colher – O que faz aqui? – perguntou.

– Sou um membro da ordem. Tenho coisas a fazer aqui. – falou, mexendo o próprio café igualmente. A ruiva pegou outra xícara e suspirou, colocando café dentro dela, e um pouco de açúcar, mexendo. O professor nunca falaria com ela alguma coisa de fato importante sobre a ordem. Ele ainda a achava muito fraca – Como vão as mágicas curativas? – perguntou, pegando a última xícara do armário para a Potter, que era muito baixa para alcançar. Ela olhou para a porcelana branca, com um símbolo japonês preto escrito na frente, e log abaixo dele a palavra “Persistência” na frente. Sorriu.

– Eu acho... Acho que dominei completamente a segunda fase. – murmurou, e dessa vez Snape não teve receio em rir mais alto do que deveria. O silêncio na cozinha se formou ao ouvir a risada fora do normal do homem.

– Eu não sei se devo lhe dizer “meus parabéns” ou “eu sinto muito”. – ele falou, se virando e indo em direção ao seu lugar na mesa. A Potter serviu a outra xícara com café e colocou açúcar assim como na anterior, e se virou igualmente, após mexer a terceira xícara. Entregou a xícara de Cho para a oriental, a de Gina para Gina, e a sua ela permaneceu junto a si, bebericando enquanto se sentava ao lado de Snape.

– O que quer dizer com “eu sinto muito” ?! – falou, vendo que ninguém voltaria a falar, já que a conversa deles era o foco principal.

– Hn... Agora você começa a terceira fase. Parabéns pelo mérito. Sinto muito, pois agora o treinamento começa de verdade. A terceira fase não é só a mais complicada, como também a mais dolorosa e complexa de se aprender. É necessária calma, além de muito controle da magia corporal. Mas não é nada que você não consiga fazer. – falou sem muito interesse.

– Do que falam? – perguntou Harry.

– Reforços em poções. Terceira fase de uma das poções que estou aprendendo a fazer. – falou Lawrence, olhando então para Cho – Não vai tomar seu café, Cho? – perguntou confusa, e a oriental sorriu.

– Estou com medo de você ter envenenado o líquido.

– Cobras não precisam de veneno. Elas já têm a si próprias. – respondeu, e depois suspirou, vendo que o irmão iria interferir – Mas se acha que é tão necessário que eu prove que não coloquei veneno, me alcance a xícara. – estendeu a mão, pegando a porcelana que fora estendida a si. Tomou um longo gole de café, e depois devolveu para a oriental – A não ser que não goste de café um pouco mais amargo que o normal, não há razões para desconfiar. – Cho bufou e pegou a xícara de volta, bebendo do líquido, observando atentamente o leve sorriso que se formou no canto dos lábios da Potter, que ela tentara disfarças de todas as maneiras ao levar seu próprio café para a boca.

– Hey! Me lembrei agora! – falou Gina, depois de trinta segundos, sabendo que era a sua vez do plano – Tenho algumas balas para café amargo, se quiser, Cho. – jogou uma balinha de formato estranho e de cor laranja para ela, enquanto comia outra com o mesmo formato. Jogou uma para Lawrence e outra para Harry. Assim como para os gêmeos. Os adultos não queriam, então somente assentiu.

Fingiram que nada acontecia até a oriental bebericar o último gole de café e mastigar o último fragmento de bala. As ruivas e os gêmeos, quietos, bebiam e conversavam entre si, enquanto Snape olhava atentamente para a oriental, que começava a parecer passar mal. Logo, ela começava a chorar compulsivamente, enquanto suava e ficava vermelha. Tremia dos pés à cabeça, e não demorou muito para alguém notar.

– Cho? Você está bem? – perguntou Harry, e a oriental negou, segundos depois vomitando no chão, ainda chorando.

– Foi ela! – gritou, ainda chorando compulsivamente, e Snape sorriu, bebericando o café. Foram espertas. As duas. A Weasley e a Potter. – Ou ela. – apontou para Gina.

– Do que você está falando?! – falou Lawrence calmamente, vendo Cho vomitar no chão mais uma vez, sendo acudida por todos – Eu bebi do mesmo café que você bebeu. E comi o mesmo tipo de bala que você comeu. Assim como Gina e os gêmeos. Assim como Harry, seu namorado. Se você passa mal, não coloque a culpa em quem não tem culpa. – se levantou, assim como Gina e os gêmeos se levantaram calmamente.

As palavras proferidas anteriormente, quando estavam os quatro sozinhos no quatro, não saíam da cabeça da Potter, enquanto se virava de costas para todos da cozinha e sorria divertidamente, tentando conter esse sorriso mordendo os lábios.

“Precisamos de um frasco de qualquer coisa que cause qualquer dano ao corpo. Desde que ele tenha um antídoto devidamente testado. Ah... E além do frasco... Pegue uma vomitilha.”.

Era muito simples dar o frasco para ela e tomar o antídoto para si, assim não se afetando com o café contaminado. E era igualmente fácil fazer uma vomitilha se parecer com uma bala de mel. E tudo ficava ainda mais fácil quando se tinha dois bruxos maiores de idade para fazer feitiços. Quando se tem uma pessoa boa em estratégias como Lawrence. Bons em travessuras como os gêmeos. E uma menina rápida e esperta como a Gina, ao ponto de sugerir trocar a forma de uma vomitilha pela forma de uma bala de mel, para ninguém da família notar que era um dos Kit Mata-Aulas... O time ficava completo.

– De qualquer forma, Cho... – sabia que os efeitos do frasco passavam depois de alguns minutos, e para as vomitilha precisava-se apenas da outra parte da bala. Pegou a outra parte em seu bolso, e jogou para a oriental, que olhava tudo atenta, antes de vomitar novamente – Feliz Natal.


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Notas finais do capítulo

Beijos!