A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 43
Expecto Patronum: tentativa mal sucedida!


Notas iniciais do capítulo

Oie! Adivinhem? Nyah! me mandou uma advertência por botar as notas na história. Se eu não retirasse excluiriam a história. Tive que recorrer ao suporte por causa porque seria injustiça, já que as notas não fixavam. Fiquei indignada com a resposta :/ Disseram que isso não era desculpa para burlar as regras e que a advertência não seria retirada. Tive que me virar nos trinta. O Nyah!... te digo, viu? Que raiva que me subiu. Fiquei pensando no que poderia fazer para não excluírem a minha história. No fim consegui fixar nas notas iniciais, mas imagina se não desse certo? Ah, como eu fiquei indignada. Eles erram e a culpa é minha? Agora tenho uma advertência na minha lista sem advertências. Mas, passou, né? Vou tentar "não errar", já que o problema é meu se o site erra, não é mesmo?

*Quero agradecer a todos os comentários. Vocês foram uns amores s2! Amo vocês!

* Duas recomendações?! Isso é demais para o meu coraçãozinho! Haha! Gente! Obrigada, é sério! A-mei. Demi, Luana, vocês são uns amores da minha vida! Amei as recomendações. s2 s2 s2

* Estou sentindo tanta falta de tanta gente... :/

* A Lawren se exaltou nesse capítulo gente! Cês vão ver, haha!

* Acho que é só isso. Tchau! Beijos! Xoxo s2 s2 s2



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– Quem... O que é isso? – perguntou Lawrence olhando admirada para o hipogrifo na sua frente, que se encontrava deitado majestosamente, com uma pata levemente levantada, e o bico empinado, olhando tudo com interesse.

– Este... É Bicuço. O hipogrifo do Hagrid, que seu irmão salvou no terceiro ano. Para a própria proteção dele, decidimos mudar seu nome. Agora, ele se chama Asafugaz. – falou com um sorriso no rosto ao ver o olhar admirado de Lawren para o animal, que também olhava curioso – Para treinarmos com segurança aqui dentro, você deve se apresentar para ele, e ele deve lhe aceitar amigavelmente. Não o ofenda. Hipogrifos são animais extremamente dóceis, mas extremamente sensíveis a ofensas. – a Potter assentiu calmamente – Aproxime-se lentamente, e faça uma reverência. Deixe ele fazer o próximo movimento, e não se mova até então.

Em passos nada trêmulos, diferente dos do irmão, ela caminhou sem presa até o animal que encarava seus olhos verdes com maestria. Sorriu para o animal, e fez uma reverência assim como faria se estivesse convidando alguém para dançar. Estendeu a mão, e não demorou mais que dez segundos até o animal espichar a cabeça e encostar a cabeça cheia de penas e com um bico gigante em sua palma aberta. Soltou uma risada animada, e fez um carinho no hipogrifo, que grasnou amigavelmente. Fechou os olhos, se aproximando mais dele, e tocou o bico, fazendo alguns círculos. Alguns pequenos cristais saíram de seus dedos, mas aparentemente não doeu no animal, já que ele nada fizera. A ruiva olhou seus dedos, e pelo canto do olho observou o padrinho, que mexia em algo do outro lado do cômodo. Olhou suas unhas pintadas perfeitamente com um verde água, e voltou a vislumbrar o hipogrifo, conseguindo ver os pequenos cristais se quebrando no ar e fazendo alguns brilhos caírem belamente. Sorriu e logo depois riu.

– É um prazer conhece-lo.... – cerrou os olhos e deu um sorriso de canto, olhando o hipogrifo – Asafugaz. – completou, se virando para o padrinho que voltara a observar, confuso.

– Pensei que chamaria ele de Bicuço, assim como Harry. – comentou, e Lawrence bufou.

– O seu problema, Remo, é que você me compara demais com o Harry, como se fôssemos iguais. O que é totalmente estúpido de pensar. – revirou os olhos – Meu irmão conheceu ele quando ainda se chamava Bicuço. Eu o conheci agora, quando todos o chamam de Asafugaz. Então... Eu vou chama-lo de Asafugaz também. – sorriu animada – Então? Como vai me ensinar? Eu não posso praticar magia fora da... – o padrinho estendeu-lhe sua própria varinha.

– Eles não saberão quem está usando se você usar a minha. – falou, e a ruiva pegou animada – Certo. Precisamos aprender isso, e temos pouco tempo. Naturalmente eu diria que seu irmão aprendeu rápido, mas como você não quer comparações... O patrono se resume em um feitiço para alimentar dementadores. Eles se alimentam de nossas memórias felizes, e se não fizermos o feitiço, eles sugarão nossas memórias felizes até sobrar apenas tristeza. Então, mesmo sabendo que será complicado você fazer isso com a minha varinha, feche seus olhos, e respire fundo. – a ruiva sorriu. Já sabia dessa parte. Fechou os orbes e respirou profundamente – Agora, quero que pense em uma memória feliz. Feliz o suficiente para saciar a fome de mil. – a Potter franziu as sobrancelhas. Não tinha tantas memórias felizes.

Sua estadia escolar não era das mais divertidas até seus catorze anos, quando todos pareceram reconhecer a menina forte e determinada que ela era, e como ela era bonita. Toda noite, ao voltar para casa, tinha que cozinhar para seu pai bêbado e sua mãe que sempre estava com as mãos e rosto machucados, assim como braços. Isso foi até completar seus quinze, quando seu pai recebera uma proposta irrecusável de emprego, e se tornara “rico” do “dia para a noite”. Então começou outro período difícil: o de chegar em casa e ver seu pai trancado dentro do escritório, viciado em trabalho, e sua mãe, que assim como ele, não largava o telefone um minuto. Todos fingiam ter esquecido o passado sombrio, e seguiam como se nada tivesse acontecido, e como se aquele homem bêbado não tivesse machucado ninguém. Ela tinha que esquentar o almoço toda noite, e comia silenciosamente e sozinha, porque eles não poderiam ser atrapalhados com barulho.

Suas memórias felizes se baseavam na época antes de seus cinco anos, quando sua família ainda não tinha sido completamente destruída. Ela ainda tinha pessoas conscientes e sãs. Depois dos cinco, algumas coisas ainda a faziam rir, mas nada realmente a fazia feliz. Foi nesse período que seus cabelos eram bem curtos, batendo na metade de sua nuca, possibilitando a todos a ver sua marca. Foi um período infeliz, já que sabia que o desejo de cortar o cabelo tão curto nunca fora dela, e sim fora vítima de uma das brincadeirinhas das adolescentes egocêntricas da escola, que atacavam e faziam o que queriam com meninas indefesas de apenas sete anos. Por fim, resolveu pensar nas danças com seu pai, quando ainda tinha quatro para cinco anos. Eram danças alegres e divertidas, e por vezes sua mãe se juntava em uma rodinha com eles, e os três pulavam e dançavam.

– Pronta? – perguntou Remo, calmo.

– Pronta.

– Diga calmamente: expecto patronum! Sem parar de pensar na memória. Eu vou abrir uma caixa com um bicho papão que se tornará um dementador. No três! Um... – empunhou a varinha, repetindo para si o feitiço, e memorizando os rodopios de sua família – Dois... Três! – gritou, e ouviu o “clique” da caixa ao seu abrir. Separou suas pálpebras, e gritou.

– Expecto Patronum! – nada acontecera – Expecto Patronum! – nem mesmo um fiapo de feitiço – Expecto... – o dementador se aproximava e tirava suas forças – Expecto... Patronum... – ao fundo, ouviu a respiração acelerada de alguém, e logo depois um grito agoniante clamando pelo seu nome. Draco. – Expecto Patronum! – nem mesmo o pensamento em Draco adiantava – Ex.... Expec... Expecto Patronum... – a última coisa que viu antes de apagar, foram os olhos de seu padrinho.

***

– Certo! Agora que acordou e comeu o chocolate, vamos tentar novamente. Aquela coisa que você pensou, não deu muito certo. O que era? – perguntou.

– Meu pai dançando comigo. – Remo abriu a boca e Lawren sorriu – Não James. Meu pai adotivo. O que morava em Boston. Pelo visto não funcionou, hn? – bufou – Certo... Então terei que encontrar uma mais forte. Haha, isso é moleza. – revirou os olhos e empunhou a varinha, olhando para a caixa – Pode abrir.

– Qual vai ser a memória? – perguntou Remo, receoso pela confiança da menina.

– Relaxa, Lupin. Se eu não conseguir com essa, eu tenho mais várias para testar. – disse, mesmo sabendo que era mentira.

A memória que escolhera fora a primeira vez que voara em uma vassoura. Se sentira livre, e mais feliz do que qualquer outra vez pudera estar. Estava em casa assim que tirara os pés do chão, e foi a primeira vez que conseguira sentir como se Hogwarts fosse realmente seu lar. E a sensação se ter Draco e Daniel ao seu lado, voando, deixava tudo bem mais animador. Conseguiria com aquela.

– Expecto Patronum! – gritou, balançando a varinha, onde um pequeno fiapo de luz saiu. Nada que pudesse saciar um dementador – Expecto... Patronum! – gritou novamente, dessa vez com os dentes cerrados, e gostou de ver que o feitiço pareceu evoluir levemente. Tentou focalizar Daniel falando francês ao seu lado, e o som incrível que a risada verdadeira de Draco emitia. Era bom quando eles não fingiam, como todo Slytherin amava fazer. Era bom ouvir a risada real deles, e isso fazia ela rir verdadeiramente também. Eles faziam ela feliz. Mas mesmo assim.... Aquilo parecia tão pouco perto daquele dementador, que nem era um dementador – Expecto... – arfou e se escorou na parede para não cair, e Remo mandou-o de volta para a caixa.

– Aquilo foi incrível. – falou gentilmente – Ainda temos mais uma semana para treinar. Não quer parar por hoje? Vai acabar se esgotando. – a ruiva fechou os olhos. Não queria parar, mas não queria forçar o próprio corpo a fazer algo que não conseguiria tão facilmente cansado. Suspirou.

– Certo. Amanhã, então? – disse com um sorriso amigável, se levantando, acenando para o hipogrifo e para o padrinho, e encostou a porta calmamente, descendo as escadas. Era meio-dia, e a neve caía em grande quantidade do lado de fora. Iria escrever para os melhores amigos, mas tinha que comprar algo para eles antes. Resolveu ir para o quarto e se deitar um pouco, até ter em mente o que poderia dar para eles.

Caminhou pelo corredor sem pressa, olhando os slip-on bege, que contrastavam com sua regata que tinha dois tecidos: um de cetim, que ficava por baixo, e outro de crochê, que era mais claro e tinha alguns furos, fazendo o cetim aparecer. A calça jeans clarinha ficava bonita com os dois, e toda a roupa contrastava com o colar de filtro dos sonhos que ganhara. Não costumava ser uma pessoa que se lembrava dos sonhos, mas após ganhar o colar, tudo parecia claro em sua mente. Sorriu. Deveria ser mágico.

Parou no meio do corredor, um pouco antes de passar pela porta do irmão. Apurou os ouvidos. Conseguia ouvir claramente alguns sussurros entre Harry e Rony. Olhou as mãos e cerrou os olhos, caminhado silenciosamente para a porta, encostando as orelhas ali. Queria saber o que eles cochichavam tão alto. A porta estava entreaberta, então as vozes passavam com mais nitidez.

– Acho que realmente estou começando a gostar dela, Rony. – era a voz de Harry, e eles parecia meio magoado. Lawren franziu as sobrancelhas e continuou a ouvir o irmão – Ela é inteligente, divertida, gentil, bonita... Cho é perfeita. – as pupilas de Lawrence começaram a tremer ao ouvir o nome da oriental, e ela começou a sentir a raiva se apossar de si – O problema, é que eu acho que ela ainda gosta do Cedrico. Aliás, tenho certeza. Mas acho que ela gosta de mim também. Ela está indecisa, e eu entendo, mas Cedrico está morto e eu estou apaixonado por ela, Rony. – a ruiva bufou e saiu dali a passos pesados, abrindo a porta do fim do corredor, dando de cara com Gina e Hermione conversando animadas sobre o que usariam na noite de natal. Bufou de novo. Seu irmão podia se apaixonar até pela Granger, e ela ficaria bem mais feliz.

– Algum problema, Lawrence? – perguntou Gina, e a Potter conseguia ver pelos seus olhos que ela queria conversar sobre a noite anterior. Revirou seus orbes e bufou novamente.

– Sim, Weasley. Vários problemas. E o momento, o problema que me irrita começa com Cho e termina com Chang. Sem falar que no meio tem um “Harry Potter”. Por que você simplesmente não vai lá e beija ele para acabar com o inferno do quanto a pobre Chang é frágil e perfeita. Por que você não arrisca?! – gritou nervosa, e ela tinha noção de que os meninos estavam ouvindo do outro lado.

– Você arriscou com Draco por acaso?! – retrucou Gina irritada, enquanto Lawrence colocava uma jaqueta de couro – Eu odeio a Chang tanto quanto você, então não venha dar uma de irmã irritada para mim, porque eu vou ter que suportar todas as seis futuras esposas dos meus seis irmãos!

– Não coloque Draco no meio disso como se eu realmente gostasse dele. Draco é meu amigo, e você não vai me desarmar de forma alguma falando algo como “você arriscou com Draco?”. Eu e Draco somos casos completamente diferentes! E se eu quiser sair daqui, esbarrar com o Draco, e beijá-lo, eu farei isso! – gritou irritada de novo, e Gina continuou impassível – Porque eu não sou uma covarde como você, que fica chorando de noite porque o garoto que gosta não gosta de você. Se você gosta tanto assim dele, não aja como se estivesse tudo bem ele namorar uma garota que poderá trair a gente no futuro.

– Você está muito exaltada. – falou Hermione, tentando acalmar a situação, e botando a mão no braço de Lawren.

– Eu estou exaltada?! – gritou a Potter, abrindo a porta – Eu perdi meus pais, tive uma vida infernal, tenho um maluco maníaco correndo atrás de mim e de meu irmão, querendo nos matar. Isso que você está vendo não é nem perto do que eu posso ser. Quando você me ver exaltada, vai desejar que eu volte a ser exatamente como estou agora.

Saiu a passos firmes, com Harry estático no corredor, assim como o resto da casa. Passou pelo irmão, mas ele não deixou ela passar. Segurou seu braço e encarou a ruiva que estava vermelha e tremendo.

– O que está acontecendo ali? – perguntou calmo.

– Solte meu braço. – murmurou, puxando o próprio braço para si – Eu estava somente tendo uma conversa amigável com Gina. – murmurou com os dentes cerrados e com os punhos fechados. Tinha noção que o símbolo já tomava seus olhos, e mantinha a cabeça baixada por isso. Gina notou o que acontecia.

– Eu não acho que aquilo que estávamos ouvindo seja amigável, Lawrence. – falou Harry, mais uma vez severo – Seja lá o que for, você não tem o direito de gritar assim com a Gi...

– Você não me fala o que eu tenho ou não o que fazer! – gritou, olhando nos olhos do irmão, que arregalou-se e começou a gaguejar algumas coisas – Desde o início, meu desejo não era vir para cá! Não fale como se eu estivesse super feliz e que meu natal fosse ser maravilhoso com o profeta diário falando sobre o aparecimento de uma nova Potter. – Harry abriu a boca para intervir, mas Lawrence riu e olhou para baixo de novo – É. Eu sei que eles já sabem sobre mim. E se você acha que eu vou ficar aqui ouvindo você falar sobre a Cho...

– Então o problema é a Cho? – perguntou Harry – Ela vai ser minha namorada, não sua! Não seja estúpida, Lawrence! – falou irritado.

– O que você quer? Que ela dirija a AD junto com a gente também? Que tome café enquanto conta sobre o gatinho dela? Ela está te usando! E o que me irrita, é você ser o único a não perceber! E o que me irrita mais ainda é aquela garota lá – apontou para Gina – Dizer gostar tanto de você, e nem falar algo como “seja feliz, mas tome cuidado com ela”. Isso é ridículo.

– Pare de falar assim, Lawrence. Eu nunca me meti no meio de suas amizades, então não aja como se...

– Chega, Harry. – falou Gina se aproximando e colocando os braços por cima dos ombros de Lawrence, direcionando ela para as escadas – Ela está cansada, e teve um dia difícil. Ela estava me contando sobre o dia ruim que ela teve, desde ontem à noite, e acabou por se exaltar. A história acaba aqui. Vamos lá na cozinha...

– Agradeço você tentar me defender, Weasley. – falou Lawren, tirando o braço de Gina de si – Mas eu não vou retirar nada do que eu disse. Você é uma covarde, mas o Harry é pior que covarde. Eu vou para fora.

– O que? – Remo exclamou – De forma alguma! É muito perigoso...

– Eu me viro. – concluiu sua ideia, e desceu as escadas.

– Você vai morrer de frio só com uma jaqueta. – sussurrou Gina.

– Eu não me importo. – sibilou, abrindo a porta do andar térreo, e saindo para a nevasca.


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Notas finais do capítulo

Look da Lawrence: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=132424209&.locale=pt-br