A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 37
Feliz Natal! Meu nome é Sirius Black.


Notas iniciais do capítulo

Oie! Tudo bom?

Queria agradecer a todos que comentaram. Vocês não têm ideia de como é interessante escrever sobre o natal não estando no natal ^-^ Espero que gostem dele então. Ficou meio longo e tal, mas acho que está tudo okay.

* Obrigada a todos que comentaram, vocês são uns amores ^-^

* Senti falta da Grazy. Para falar a verdade, estou sentindo bastante falta de bastante gente, como a Grazy, a Kep, a Callie, a Mel, a Kery, Vicky, Xtraordinary Girl, Bia, Miss Schreave, Lilly Bastos... Espero que não tenham desistido da fic ^-^

* Bom, quem ler este cap, comente, favorite, recomende... É, essas coisas que toda autora pede, haha ♥!

* Eu deixei uma parte em negrito nesse cap, porque é uma coisa que talvez eu vá usar futuramente :3

* Bom, próximo cap: Remo Lupin: de velho tarado para padrinho!

* E bem, o começo desse cap é um sonho e coisa e tal e blábláblá.

Beeeeeeijos! XoXo ♥

***



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O corredor era longo e escuro. Também era frio, com uma pitada de amargura, talvez. As portas eram pretas também, e as paredes tinham desenhos de arrepiar até o mais bravo. Ela conseguia ouvir nitidamente o barulho de seus próprios saltos se chocando conta o chão gélido. Salto alto, calças pretas, jaquetas de couro, batom vermelho, maquiagem escura, uma pulseira de ouro no pulso e cabelos ruivos não tão longos caindo nas suas costas. As unhas negras batucavam levemente na prancheta na sua mão, onde algumas folhas brancas continham códigos e mais códigos. Sua respiração era entediada, se encaminhando meio apressada para a porta no fim do corredor, que estava entreaberta, deixando uma fina faixa de luz pelo chão, chegando até seus pés. Revirou os olhos ao ver o pouco cuidado dessas pessoas, e antes de entrar no cômodo, parou subitamente, aproximando o corpo mais da madeira, onde algumas vozes irritadas conversavam.

– Amanda Casty deveria ter causado pavor em Hogwarts. Pavor. Ela não deveria ter sido esquecida como foi. Deveria ter causado medo. Lawrence Potter deveria ter sido mais curiosa. Ela deveria ter investigado essa morte. Hogwarts simplesmente dispensou investigações! Ela deveria ter ido lá, e ter tentado descobrir. Esse era o plano, para ela conseguir se aproximar de nós. Quando ela não fez isso, sua irmã deveria ter matado o amiguinho dela. Mas ela não conseguiu, nada mais do que o esperado de um McSimmon. Uma covarde.

– Não insulte Carrie desse jeito. Ela fez tudo que pôde. Para alguém como ela, me admira até ter conseguido matar Amanda. Ela realmente deseja estar aqui. Ela concluiu a missão dela com êxito. Ela conseguiu fazer tudo que foi mandado com frieza. Poucos conseguiriam. Essa era a missão dela, e ela cumpriu. Ela já deu a prova concreta de que quer nos ajudar. Eu não sei o motivo pela qual ela não conseguiu matar aquela sombra que anda com a Potter, mas...

– Não sabe? Não sabe o motivo de meu irmão não estar morto? – uma risada irônica foi ouvida – Sua irmãzinha está gostando do meu irmãozinho. É óbvio. De qualquer maneira, eu não consigo confiar nela, apesar de ser sua irmã. Ela te odeia. E se ela não consegue matar quem é próximo dela, não pode pertencer ao nosso lado. Para ser um de nós, você deve ser tão duro quanto uma pedra. Tão prático quanto qualquer comensal. Tão frio quanto gelo. Mas seu ódio deve arder mais do que o fogo. Ele deve superar qualquer coisa: família, amigos, casa... Por que ela iria se aliar ao grupo que mandou mandar o herói dos sonhos dela?

– Porque ela cresceu. Milorde... – dessa vez, o homem se dirigia para outro alguém – Você deu uma missão para ela. Ela cumpriu a missão. Acho que seria muito justo se você cumprisse com a sua palavra. – ele hesitava na hora de falar.

– Concordo plenamente, Alan. Carrie ainda é fraca e boba, mas ela tem potencial. Pode servir, porque ela pode ter informações de Hogwarts em primeira mão. Mas agora, sugiro que a nossa convidada entre, e não fique somente ouvindo do outro lado da porta. – a voz era fria e arrastada, e a ruiva do outro lado sentiu calafrios.

Falavam como se ainda estivessem no quinto ano. Respirou fundo, e empurrou a porta, séria. Olhou para os dois indivíduos que se encontravam na frente da mesa gigante e extensa onde Voldemort estava sentado, com um sorrisinho satisfeito.

– Você me pediu para entrar, e eu entrei, Tom. – falou a ruiva, séria e com indiferença transbordando na sua face.

– Milorde, por favor. Seria interessante se você fosse como os outros comensais e mostrasse pelo menos um pouco de temor em relação a mim, Lawrence. Mas é isso que lhe faz diferente, não é mesmo? – suspirou e deu um sorriso aberto – Seria igualmente interessante se você sorrisse de vez em quando. Anda muito séria.

– Perdão, mas eu não estou muito interessada na sua listinha de interesses, Tom. – cerrou os olhos e continuou – Fiz a pesquisa que você me pediu. – jogou a prancheta em cima da mesa, e olhou para os outros dois que se encontravam na sala – Como vão, Matthew, Alan?

– Ótimos. E você, o que anda fazendo, Lawrence? – perguntou Alan, com um sorrisinho de canto.

– Creio que não seja do seu interesse. Agora, se me dão licença, tenho uma conversa a tratar com uma possível aliada. Preciso encontrar ela em... Dez minutos. – olhou para o relógio.

– Ah, ótimo. Uma possível aliada? É forte? – perguntou Matthew.

– É. – respondeu Lawren, olhando para os olhos de Voldemort e completando – De uma força rara. Vi poucas pessoas com tamanha força. E ela é de extrema confiança no outro lado. Ela será de grande ajuda por aqui.

– Mais aliados, é tudo que eu preciso. – falou o homem, com um certo interesse no assunto – E qual seria o nome da sortuda que esbanja poder e confiança?

Lawrence abriu um sorriso.

– Gina Weasley.

*** *** *** *** *** *** ***

– Olha, olha, olha... A Cinderela acordou! – anunciou um loiro, assim que a ruiva se levantou do colo de alguém numa das cabines do trem. Com o cabelo emaranhado e com o rosto amassado, Lawren deu um sorriso.

– Desculpe, Daniel... Mas eu acho que você quis dizer Bela Adormecida. A Cinderela não dorme tanto na história. – comentou, e Draco, que até então era escora de sua cabeça, riu abertamente. O Surrey ficou vermelho e fez um bico.

– Ah, não, deixe que eu peça perdão a você porque eu não conheço histórias de trouxas. – revirou os olhos e Lawren riu, se sentando no banco e piscando para Daniel. De repente, ficou mais uma vez séria.

– Eu tive um sonho meio estranho. – ela falou, e os dois pararam o que faziam para ouvir atentamente ao que ela dizia – Quer dizer, não é muito interessante. Tinha essa sala gigante, e eu estava ouvindo o que estavam falando dentro dela. E falavam sobre Carrie. Então eu entrei e comecei a falar com Voldemort, e ele me tratava como se eu fosse uma comensal. O irmão da Carrie, o Alan, ele estava no sonho. – os olhos da ruiva pareceram brilhar ao se tocar de uma coisa – Daniel, eu me esqueci! Como eu me esqueci disso?! Merlin... Quando eu entrei na mente de Draco, tinha esse cara... Como é o nome? Ai... Eu não lembro... É.... Ah... Matthew. Isso! Matthew Surrey. Você conhece algum Matthew Surrey? Ele estava na mente do Draco e agora apareceu no meu sonho...

Ela percebeu a troca de olhares confusos entre Draco e Daniel. Os dois estavam sérios e depois encararam Lawrence. Draco já deixara claro que só se lembrava de algumas partes do que acontecera, mas de qualquer maneira, ele nem vira o Matthew no “sonho”.

– Matthew? – perguntou Daniel cauteloso, e Lawrence assentiu – Eu não tenho a mínima ideia do que alguém como ele está fazendo no seu sonho, mas trate de excluir ele da sua cabeça porque ele não é coisa boa. É o meu irmão mais velho. Era colega do irmão da Carrie quando estavam em Hogwarts. Se odiavam, mas acabaram indo para o mesmo caminho. Esqueça ele, porque vai ser melhor para você.

A ruiva concordou, não muito convencida com os poucos detalhes da situação. Ela não tinha ideia de que Daniel tinha um irmão, que era um comensal.

– Colegas? Fala sério, Daniel. Ele parece ter trinta anos, enquanto o irmão da Carrie parece ter seus 20. Diferença de dez anos! – o Surrey se permitiu a rir junto com Draco, e depois olhou para a ruiva.

– Eu não disse colegas de classe. Quem você acha que lecionava DCAT antes do Quirrell? Era o último ano do Alan e o primeiro do meu irmão como professor de DCAT. Infelizmente.... Bem. Você sabe. Tinha essa coisa de que Voldemort retornaria, e eles estavam bem certos disso, então... Se bandearam para o lado dos Malfoy.

– Que é quando meu pai entra na história. Está tudo interligado. – falou Draco, mas então suspirou e tirou um pacote da mochila – Mas vamos mudar de assunto. Estamos chegando em Londres, você dormiu a viagem toda, e ainda nem tivemos tempo de lhe dar seu presente. – a ruiva abriu a boca, quando percebeu que não comprara nada – Não se preocupe. Ainda faltam duas semanas para o natal. – e piscou para ela.

Os dois entregaram o pacote com um embrulho bem feito, e ela pegou cautelosa. Não sabia o que esperar dos dois, então ficou olhando desconfiada, enquanto abria o pacote. Era uma caixinha preta, dentro do papel dourado de presente. Uma caixinha de veludo, e ela temeu se realmente fosse uma joia. Não queria nenhuma joia deles. Não tinha necessidade. Mas ao abrir o embrulho, um sorriso se formou em seus lábios. Não era bem uma joia rara ou cara como ela pensara, mas ainda assim, dava para usar perfeitamente no pescoço. Se sentia aliviada ao perceber que provavelmente não era caro, porque não queria que gastassem dinheiro com ela.

Pegou a corrente e analisou calmamente. Era prateada, com um filtro dos sonhos minúsculo e marrom como pingente. Era delicada e não chamava atenção, nada do que não poderia esperar dos dois para o natal. Não eram o tipo de amigos que ficavam se lembrando o tempo todo como se gostavam, e era assim que a amizade dos três sempre seria. Mas presentes de natal eram exceções que Lawrence acabara por conhecer só agora.

– Nossa... Ah, obrigada. Eu realmente adorei! – tentou soar animada, mas bufou vendo a cara dos amigos – Eu sei, eu sei... Isso soa muito Gryffindor. Tudo bem. – arranhou a garganta e os olhou mais uma vez – Eu nem sei exatamente o que vocês pretendem me dando um filtro dos sonhos, mas obrigada. – revirou os olhos – Vou ver se consigo comprar algo que preste até o natal, e enviar para vocês.

Deram uma risada e passaram o resto da viagem conversando. O trem foi começando a parar depois de meia hora, e eles se levantaram calmamente para pegar suas coisas. Deixaram todos os outros passarem no corredor, e se meteram mais lá no fundo, onde estava menos movimentado. Lawren estava tentando esconder ao máximo o nervosismo, agarrando as mangas da blusa cinza e felpuda. Estava somente com uma mochila nas costas, que fora ampliada magicamente por dentro. Não precisava de tanta coisa. O colar que ganhara já balançava em seu pescoço, do lado da trança lateral que fizera com o cabelo ruivo. Assim que saíram do trem, Lawrence viu Harry ao longe, abraçando uma família ruiva. Suspirou, mas não foi para lá. Em vez disso se virou, e foi para um canto mais afastado, onde podia conversar melhor com os dois melhores amigos. Deu um sorriso triste para os dois, e fechou os olhos, abraçando ambos ao mesmo tempo. Logo depois que se separou do abraço, piscou com um olho só.

– Considerem isso como um obrigada muito, mas muito clichê. Vocês não verão uma eu tão querida por um bom tempo. – riu do que disse, e então, ficou séria de novo, olhando para os dois melhores amigos. Queria não ter que ir para a casa dos Weasleys, mas se era necessário...

Os dois reviraram os olhos e olharam para a melhor amiga, em um silencio constrangedor. Ela deu um sorriso de canto, e olhou para o irmão, que a observava, como se quisesse que ela se apressasse.

– Eu tenho que ir. – ela anunciou, e suspirou – Eu tentarei escrever, mas não garanto se será possível. Acho que estaremos... Bem... Na ordem. Por via das dúvidas, feliz natal. – abraçou Daniel que afagou seus cabelos, e então olhou para Draco. Se encararam por uns dois segundos, até ela finalmente o abraçar – Feliz Natal. – sussurrou.

Queria dizer algo a mais, mas em vez disso se separou dos dois, e saiu. Olhou para trás com um sorrisinho, e acenou. Andou calmamente até o irmão, e a primeira pessoa que viu foi um homem mais velho com um cabelo grisalho. Roupas surradas, e um sorriso singelo no rosto.

– Por favor, seja educada. – murmurou Harry ao seu ouvido, e ela somente deu um sorrisinho, passando reto por ele. Parou na frente do homem, e abriu um sorriso, estendendo a mão.

– Olha... Velho tarado! – disse como se estivesse surpresa – Não sabia que apareceria por aqui. – ele revirou os olhos com o sorriso ainda no rosto, e apertou a mão da menina.

– Seria legal se você me chamasse somente de Remo.

Ela assentiu, com os lábios formando um pequeno sorriso fechado, e se encaminhou até a mulher mais idosa que abraçava Fred. Ela ria de alguma coisa, e então, ao ver Lawren, se separou do filho e veio até ela.

– Prazer, eu sou Lawrence... – quando ia dizer Potter, foi interrompida por um abraço esmagador e uma risada animada.

– Ah, então é você a menina bonita que Lilian gerou? Parece que a família Potter somente tem gente bonita. Sua mãe era igual a você! Linda! Eu sou Molly Weasley, mais conhecida como Sra. Weasley entre vocês aqui. – se separou do abraço e empurrou delicadamente a menina para outro homem mais velho – Arthur, essa aqui é Lawrence. Lawrence, este é Arthur, ou Sr. Weasley. – quando ia abrir a boca para falar um oi, o homem a abraçou também.

– É um prazer! – gritou, e ao ver ao redor as pessoas apontando para a mais nova Potter, e algumas fotos escondidas sendo tiradas, ele se apressou em avisar – Tudo bem, nós vamos aparatar agora!

A Sra. Weasley se manifesta.

– Eu vou com a Hermione e Rony. Remo, você vai com Harry e Lawrence. Arthur vai com a Gina. Fred, Jorge, vocês sabem onde devem aparatar e nada de graci... Sem chance, eles já foram. – bufou e Lawrence sorriu. A Sra. Weasley parecia ser alguém legal.

Aparataram em uma esquina deserta, somente com uma construção grande e vermelha ocupando toda a rua. Eles foram aparatando um de cada vez, esperando um intervalo de dois minutos entre cada aparatação. Remo, Harry e Lawren foram os últimos. Andaram calmamente até a divisa entre onze e treze. No meio desses dois, deveria estar o doze. Mas não estava.

– Memorize isso aqui, e não seja como seu irmão, que falou em voz alta. – disse Remo revirando os olhos, e Lawrence sorriu. Abriu o bilhete e memorizou o que havia no papel. Logo depois, uma fenda se abriu entre as casas. Já era escuro. Já era noite. E ninguém parecia notar nada. Franziu as sobrancelhas, mas não perguntou nada. Sentia o olhar do padrinho, mas não retribuiu. Somente os seguiu, entrando num corredor escuro.

– Cuide com o....

Mas era tarde demais. Lawrence já havia acionado o quadro mais afinado da casa. A voz da mulher invadiu o local com um grito, e todas as lizes acenderam. A Sra. Weasley apareceu, tentando fechar a cortina junto com Remo, mas não conseguiam. Arthur tentou também, mas nada adiantava.

– Ah. Cale-se velha tosca! – gritou um homem que apareceu do nada. Era alto, tinha cabelos castanhos, olhos azuis e se não fossem pelas marcas de cansaço que atravessavam seu rosto, Lawren poderia dizer calmamente que ele era muito bonito.

“Traidores de sangue na minha própria casa! Mestiços e trouxas pisando o meu chão! Como isso foi acontecer, como isso foi acontecer?!...”.

– Você está morta e eu deixei isso acontecer! – gritou, fechando a cortina depois de muito esforço – Velhota idiota. Harry, que saudade! – o homem abraçou o irmão da ruiva, que encarava tudo meio confusa – Então você é a tão famosa, mas não tão famosa, Lawrence?! Isso que você acabou de ver é um estorvo que invade toda a casa quando a Tonks chega. Quando ela começou a gritar agora, eu até achei que era a Ninfadora mais uma vez, mas então eu lembrei que não podia ser ela porque ela está do outro lado de Londres e só volta daqui a dois dias. A maioria dos problemas da ordem estão resolvidos, só temos essa coisinha aqui, que ainda não conseguimos tirar. Não dá para fazer muito barulho ao estar perto disso. – deu uma risada e umas batidinhas leves no quadro – Prazer. Meu nome é Sirius Black.


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Notas finais do capítulo

Look Law: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=129665205&.locale=pt-br