A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 36
Gina e Lawren: uma aposta que depende de Cho?


Notas iniciais do capítulo

Oie!

Obrigada a todos que comentaram, cês são uns amores de pessoas, lindas, divas, perfeições da Lilice ♥

* Desculpe falar para vocês, mas eu não tenho ninguém para falar, mas o que foi aquela porcaria de mangá do Naruto que foi tãããããão kawaii. Kishimoto quer me matar o tempo todo. Sasusaku forever? Yeees!

* Próximo capítulo: Feliz Natal! Meu nome é Sirius Black.

* Sirius cheiroso vai aparecer. Ui, chavoso!

* Pri, obrigada pela recomendação, sua gatoooooosa! ♥

Beijos, xoxo! ♥



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As semanas foram passando calmamente com as reuniões da AD. Felizmente, as aulas pareciam começar a render, quando até mesmo Neville Longbottom conseguira desarmar seu boneco. As gêmeas Patil foram as responsáveis por avisar a todos sobre seu grande feito, começando a gritar e pular histéricas, abraçando o pobre coitado que parecia que explodiria de tão vermelho. Cho Chang desistira de tentar botar Lawrence para baixo depois da ruiva quase explodir a cara dela (com um feitiço novo que aprendera nas aulas do Snape). Mas apesar de tudo, Gina parecia ter se abalado com Cho. A japonesa jogara na cara da Weasley sobre Harry quando ele não estava por perto, e parecia estar se aproveitando muito bem da situação “Harry é meu novo professor gato”. Gina estava para baixo, mas isso não mudava nem um pouco o fato de seu desempenho estar brilhante.

– Tente manter toda a sua concentração no seu indicador. - falou Snape, enquanto tentava ensinar para a aluna a primeira fase das mágicas curativas. Ela já conseguira outras três vezes com ele, mas ainda assim, seu desempenho não estava como o desejado.

Fechou os olhos mais uma vez, com as duas mãos estendidas e tentou fazer o que o professor mandava. A relação com ele estava bem melhor: não conversavam muito um com o outro na hora dos treinos, mas o silêncio parecia ser perfeito e ela aprendia mais rápido. As pesquisas também estavam indo bem, e as mágicas curativas estavam quase passando de fase. Ajoelhada na neve, ela sentiu quando o professor baixou um de seus braços e fechou a mão que ainda se encontrava estendida.

– Bote sua fonte de magia na mão. Finja que esse é o ponto principal do seu corpo, e faça dele uma arma. – ela tentou, e se surpreendeu ao perceber que com a mão fechada tudo ficava bem mais fácil, ao ver o formigamento na mão – Agora, quando abrir a mão, em vez de simplesmente deixar a magia ir embora, tente empurrá-la para o seu indicador. Tente empurrá-la para fora dele.

Respirou fundo e abriu os olhos, vendo o rosto do professor na sua frente. Os olhos negros dele a encaravam com expectativa, e ela assentiu calmamente. Olhou para o punho fechado e subitamente abriu e lutou contra a vontade de deixa-la leve. Em vez disso, manteve ela firme e empurrou toda a magia para o indicador e se surpreendeu ao ver uma chama tremulante e azul se formar ali. Depois da chama aparecer, parecia bem mais fácil sustenta-la, e olhou animada para o professor.

– Consegui. – riu – Consegui pela quarta vez. – balançou o braço e a chama sumiu. Fechou os olhos e tentou enfocar a magia ali e mais uma vez a chama apareceu – Dominei. – sussurrou – Eu acho que...

– Eu tenho certeza. – o professor declarou com um sorriso de canto – Parabéns, Srta. Potter. Acho que podemos seguir para a segunda fase depois do natal.

– O que? – olhou para o professor confusa – Depois do natal? Por que não podemos treinar durante? Estamos no início de dezembro, e eu não vou sair da escola no natal.

– Eu não teria tanta certeza.

***

– Você está me dizendo que... – olhou para o seu irmão, que tinha uma sobrancelha arqueada para o diretor da escola – Que eu vou ter que passar o meu natal no meio de uma cambada de Gryffindors, entre eles meu irmão, terei que ir para a sede da Ordem, ver aquele cara que se diz meu padrinho e não poderei ficar com os meus melhores amigos por aqui? – perguntou indignada – Obrigada, mas não.

– Você não tem opções, Lawrence. – falou Harry, se escorando na mesa.

– Draco vai passar o natal com a família, e Daniel vai ir para a França. Você não quer realmente ficar sozinha no meio do Natal, quer? – perguntou Dumbledore, e em seguida uma batida na porta foi ouvida – Entre.

Umbridge apareceu na sala dele, com um sorriso irritante. Seu rosto pareceu mais satisfeito ao ver os irmãos juntos. Dolores estava sendo a maior fonte de problemas para a AD. Constantemente a AD tinha que fugir da Brigada Inquisitorial, e as diversas regras estavam sendo uma das grandes barreiras deles. Lawren, ao vê-la, bufou. Ela tirara ela do time da Slytherin, e agora Carrie estava no seu lugar: surpresa! Slytherin estava atrás da Gryffindor, em segundo lugar.

Carrie não era ruim, e nem lenta, mas ela nunca seria mais rápida que Gina, a substituta de Harry que se revelara um grande talento depois do seu irmão. A ruiva era rápida e com toda certeza treinava há anos.

– Oh! Interrompi alguma coisa importante? Espero que não incomode a minha presença... – Lawren fechou os olhos e contou até dez, dando um sorriso para a professora e depois olhando para o diretor, com os braços cruzados: a sala dele era fria, e ela usava somente um moletom.

– Tudo bem, professor. Eu vou, mas eu realmente espero que você não me cobre simpatia e gentileza.

– Não motivos para ele lhe cobrar algo, Lawren. – respondeu Harry – Quando você conhecer a família Weasley, simpatia e gentileza serão coisas naturais. Até mesmo para alguém como você.

A ruiva olha para o irmão e cerra os olhos ao perceber a brincadeira debochada que ele fizera. Ainda não precisara da ajuda de Harry em momento algum, e era bem óbvio que se destacava mais que todos na AD. Os duelos com estupore já haviam começado, e até agora, ninguém conseguira ganhar dela. Logo depois, olha para o diretor e sorri sem emoção.

– Posso ir agora? Preciso começar a arrumar minhas coisas, já que saímos fim de semana. – Dumbledore a olha e assente. Ela ouve a risadinha de Umbridge no canto da sala, e bufa, saindo junto com Harry. Assim que a porta se fecha atrás deles, Harry sussurra em seu ouvido.

– Reunião da AD hoje. Vai ser a última. Você quer ensinar alguma coisa? – ela pensou nas mágicas curativas e suspirou.

– Talvez... Talvez eu tenha algo, mas isso não é uma coisa que se aprende em uma aula. Bom, de qualquer forma, não lhe garanto nada.

***

O trio estava sentado em um canto da sala precisa. Ainda faltava uma hora para as aulas começarem, mas ela tinha que ter uma conversa com eles. Lawren soltara um bocejo, e esfregara os olhos, se deitando no colo de Draco, que começou a fazer tranças em seu cabelo. Daniel olhou para os dois, igualmente cansado, e se deitou nas almofadas.

– O que queria? – perguntou, calmo.

– A opinião de vocês. – ela declarou, com os olhos fechados e se deixando levar pelo barulho dos dedos de Draco trançando as madeixas vermelhas – Harry me perguntou se eu queria ensinar alguma coisa hoje, e eu acabei por pensar... Bem. Nas mágicas curativas.

– Nem pense nisso. – falou Draco, calmo, mas ainda sim severo, encarando os olhos verdes de Lawren – Você é boa no que faz, Lawren. Mostrou para nós dois que dominou a primeira fase, e a partir daquela dica do Snape, está se dando bem na segunda fase. Ainda não dominou, mas não vai demorar muito. Não duvido que consiga o que quer ensinar, só que devemos combinar uma coisa, cá entre nós: metade desses alunos são idiotas. E eu consigo apontar cinco ou seis que não são confiáveis e que futuramente mudariam de lado. Você não quer dar de bandeja para Voldemort sua técnica, não é? Snape está ensinando para você, e somente você.

– Isso me parece meio egoísta, mas eu concordo. – Daniel completou – Você é boa nisso, Lawren. Talvez você queira compartilhar isso comigo, ou com o Draco, ou com o Harry ou qualquer outro que você sabe que tem talento, tipo... Sei lá... A Hermione. – a ruiva fez uma careta – É só um exemplo, Lawren. Mas eu duvido muito que você queira compartilhar isso com a Chang, por exemplo. A Chang é uma que eu duvido da fidelidade.

– Concordo. – Lawrence falou – A amiga dela, a Marieta. É outra que eu duvido muito. Ela não parece estar com vontade de participar da AD. Ah, e tem o Finnigan, que é um dos queridinhos do Profeta. Se aparecer perigo por perto, eu tenho certeza que ele vai pular para o lado seguro do muro.

– Você quer arriscar e ensinar as mágicas curativas para pessoas não confiáveis? – perguntou Draco, e dessa vez, ela foi obrigada a manter os olhos fixos nos olhos do melhor amigo. Olhou para a pupila dele, e se lembrou do episódio do lago, quando poderia ter salvado ele antes de Snape chegar. Se perguntou se queria colocar a vida de outras pessoas em risco por falta de conhecimento.

Se perguntou igualmente se queria colocar sua técnica particular em risco, onde mais de vinte pessoas saberiam dela e no fim ela poderia acabar nas mãos de Voldemort. Talvez fosse idiotice pensar que se eles estavam bem sem conhecer a técnica até aqui, talvez eles fossem continuar bem sem conhece-la. Talvez fosse egoísmo, ou excesso de confiança nos melhores amigos. Mas a resposta era não, não e não.

– Vocês estão certos. – fechou os olhos – E bem... A primeira fase das mágicas curativas não serve para nada além de machucados leves. Isso não seria útil na guerra. – revirou os olhos e soltou uma risada sem humor, se aninhando mais no colo de Draco, e sentindo o cheiro na camiseta dele. Fechou os olhos e não percebeu exatamente quando pegou no sono.

Draco olhou para Daniel, que tinha um sorriso travesso no rosto. Revirou os olhos para o melhor amigo, e olhou para a amiga no seu colo. Ela parecia muito cansada, e ele sabia que um natal em família era tudo que ela precisava. Estava cogitando seriamente a ideia de convidá-la para passar o natal com ele, mas quando ela contou naquela tarde que seu destino cruel era passar o natal com o irmão, desistiu do convite. Apesar de estar decepcionado: a possibilidade de ter um natal um pouco mais feliz do que sorrisos falsos e drinques em meio a pessoas egoístas, o enojava. Por outro lado, se sentia feliz: não queria que Lawrence ficasse no meio daquelas pessoas.

O tempo passou rápido, e quando Harry chegou com os amigos, Draco deixou a melhor amiga dormindo nas almofadas para ir falar com os outros, até todos chegarem. As pessoas foram chegando calmamente, como sempre, e assim que todos se encontravam lá dentro, Daniel foi acordar a amiga.

– Isso não é hora de dormir, Potter. – falou Cho, lá no fundo. Era a primeira vez depois de um bom tempo que ela implicava – O que você tanto faz de tarde que a faz ficar tão cansada a noite? – ela perguntou de uma forma inocente, fazendo até parecer que estava preocupada. Gina bufou, e olhou para Lawrence, esperando algum tipo de defesa. Mas ela estava muito sonolenta para perceber.

– Pode ter certeza que ficar parada ela não fica. – Daniel falou – Na verdade, ela faz muita coisa. Mais que você, provavelmente. Agora, podemos começar a aula? – olhou para Harry.

O menino assentiu e olhou para a irmã, meio preocupado, mas tentou deixar de lado. A aula se baseou em um círculo feito pelos alunos, com um grande boneco dentro. Cada aluno deveria fazer seu melhor feitiço para tentar destruir o boneco, que seria um inimigo. Somente um feitiço feito perfeitamente poderia destruir o boneco.

Os feitiços todos foram ao redor do Estupore e Expelliarmus. Harry ficou fora da roda, junto com Lawren. Ela estava quieta demais, e Draco sabia muito bem no que ela pensava. No feitiço, e se deveria mesmo começar a ensinar. Por mais que tivessem dado conselhos, ela ainda estava indecisa, e ele sabia disso.

– Protego! – ouviu a voz de Gina, seguida logo depois pela azaração para rebater bicho-papão. O boneco a sua frente se formou em pó e uma luz forte inundou o local. Draco a olhou boquiaberto, enquanto ela retribuía o olhar indignado.

– No que você estava pensando? Ele ia lhe acertar. – falou, sem um tom acusatório e sim confuso – Olha, eu sei que a Lawrence não está bem, e você não é o único preocupado, mas por enquanto, tente focalizar aqui dentro, Draco. Tudo bem? – seu tom era calmo e gentil e o loiro conseguiu ouvir a voz de Harry no fundo a parabenizando animado.

– Tudo bem. Obrigada. – ela lhe deu um sorriso e eles voltaram ao treinamento, dessa vez, com o Slytherin mais concentrado.

A aula foi rápida, e Lawrence foi parecendo ficar mais animada depois de um tempo. Aquela seria a última aula deles antes do natal, e aquilo era de certa forma animador: saber que Umbridge ainda não os pegara fazia tudo ficar bem melhor. No fim da aula, todos se sentaram na frente deles, curiosos.

– Muito bem, ótimo! Vocês estão magníficos! Como devem ter notado, essa foi a nossa última aula antes do Natal. Assim que todos voltarem, serão avisados pelos galeões quando será a próxima reunião. Acho que até lá, todos estaremos aptos para o feitiço do patrono. – o coração de Lawrence bateu fundo. Ela ainda não sabia esse feitiço – Bom Natal a todos e até a próxima aula!

Uma salva de palmas inundou o local, e todos começaram a desejar feliz natal aos instrutores. A Potter olhou em volta, procurando a bolsa e a encontrando lá no outro canto da sala, onde estava um pouco escuro. Lançou um olhar para os melhores amigos e os disse para ir. Eles assentiram saindo com os outros alunos. Se encaminhou calmamente para as almofadas, ouvindo a sala ficar silenciosa. Ao chegar lá, suspirou e se jogou nos pufes fofos. Apalpou o lugar procurando a bolsa e ao acha-la, resolveu amarrar seu All Star vermelho. Segurou as mangas da blusa da mesma cor após amarrá-los, e ouviu vozes. Olhou para o centro da sala, encontrando Cho na frente de um espelho, chorando e com Harry ao lado dela. Os dois pareciam estar tendo uma conversa bem interessante, pois Harry estava se aproximando cada vez mais dela. Lawren colocou a língua para fora, com nojo e medo do que iria acontecer.

– Sério que você não notou? Eles têm trocado olhares românticos desde o início da aula. – sussurrou uma voz ao seu ouvido, e quando ela ia soltar um grito, a mão da voz tapou sua boca – Você não quer mesmo gritar aqui dentro e atrapalhar o casal, quer? – perguntou. Lawren olhou a dona da voz e pareceu ficar calma.

– O que faz aqui dentro, Weasley? – perguntou, vendo o rosto da menina. Ela parecia estar triste, mas deu um sorriso.

– Não podia perder essa cena. Estava curiosa. Ouvi Cho falando com a Marieta no meio da aula sobre como iria ficar com o Harry. Tentei descontar minha raiva naquele boneco, mas a minha curiosidade foi maior. Quando eu estava indo embora, eu... Eu não consegui ir. Eu fiquei com tanta raiva daquela... Ah.

– Eu sabia que você gostava do meu irmão, mas... – falou Lawren confusa, olhando para o casal lá no centro da sala. Gina a interrompeu antes que terminasse a frase.

– Não é pelo Harry. Se ele gosta dela, não irei ser estúpida e ficar chorando por causa dele. Mas eu fiquei com raiva da Cho por ela querer usar a imagem do Cedrico para conquistar a pena do Harry.

– Está morto. Não fará diferença, então se é para ser eficiente, então que seja ajudando ela. – falou Lawrence, recebendo um olhar indignado de Gina – Não seja tola. Não concordo com isso, mas é assim que gente do tipo da Cho pensam. Não podemos fazer nada. Harry não vai aguentar tanto tempo com uma menina chorona como ela pensa.

Gina suspirou e se pôs ao lado de Lawrence, se sentando em um dos pufes. Juntas. As duas observaram quando um visco se formou na cabeça dos dois, e Harry, usando a frase mais clichê de todas, beijou a oriental. Lawren olhou a Weasley pelo canto do olho, mas não notou nenhuma emoção da parte dela. A Potter sabia exatamente o que ela faria, porque ela fazia a mesma coisa: não valia a pena desabar na frente dos outros. Ser fraca na frente dos outros, quando eles nem podem lhe ajudar. Então ela sofreria sozinha e silenciosa, e não choraria por estupidez. Sentiu afeto por ela, e raiva do irmão ser tão babaca ao ponto de notar quem realmente tinha todos os atributos para ser notada. Às vezes a vida não era justa mesmo.

Ficaram lá dentro sozinhas, até a sala ficar escura e Harry e Cho saírem rindo, envergonhados. As ruivas encararam o nada.

– Eu aposto dez galeões que ela dura quatro meses pela incrível paciência do meu irmão. – falou Lawren com um sorriso, estendendo a mão para a Weasley, que abriu um sorriso e deixou uma risada escapar. Piscou para a Potter então falando:

– Eu aposto vinte galeões que ela dura até o dia dos namorados chegar, e junto com ele, o chá da Madame Puddifoot.

E rindo, as duas apertaram as mãos, selando a aposta.


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