A outra Potter escrita por Alice Porto


Capítulo 35
A primeira reunião da AD: todas as ruivas odeiam Cho Chang.


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOoi!

Obrigada a todos que comentaram, eu realmente amo, amo, amo, amo, amo vocês.

* Ai, Grazy! Cê voltou, ain, que felicidade.

* Luana Gomes, leitora nova, seja bem-vinda!

* Eu disse que postaria ontem, mas eu passei a tarde na cama com a minha boca num travesseiro, simplesmente porque eu coloquei aparelho e meus dentes não param de doer. É irritante. Preetty Huuuuurts! Uheuheue.

* Fiquei feliz em ver que mesmo sem postar por duas semanas as pessoas ainda comentaram. Amo de coração todos vocês.

* Bom, já deu perceber que eu odeio a Cho? Sim!

* Especial dedicado a Grazy! Suas ruivas preferidas voltaram, amor eheuheue.

* Bom, espero que gostem, e comentem! Beijos! Xoxo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/480186/chapter/35

– É realmente com isso que você pretende acertar um inimigo?! – perguntou Snape, assim que se defendeu de um estupore relativamente fraco – Uma coisa que você deve aprender, Lawrence: não mande um feitiço e depois fique parada esperando para ver o que vai acontecer. Mande um, logo depois mande outro. As probabilidades de ganhar ficam bem maiores assim, já que o inimigo não terá tempo de se recuperar do primeiro feitiço.

A ruiva assente e eles recomeçam a luta. A diferença entre os dois era considerável se levar em conta os anos de experiência, mas a Potter não era tão ruim. Conseguia se defender dos feitiços do professor com extrema facilidade, queimando a perna somente duas vezes. Duas vezes em que ela se recusara a demonstrar dor, mesmo Snape sabendo que era provável que a perna da menina estivesse machucada. Ela girava e ia para os mesmos lados que o professor andava, sempre com a varinha pronta para ataque e defesa. As botas foram muito úteis, pois a agilidade ficara bem maior. Quando não conseguia se defender em tempo com a varinha, ele se abaixava ou pulava de acordo com a necessidade. Em uma hora, os dois já estavam cansados.

O dia passou rápido, e entre um dos intervalos que os dois fizeram para descansar, Lawrence sentiu uma coisa esquentando no bolso, o que indicava que a reunião já estava marcada. Pegou a moeda sem medo de o professor ver alguma coisa, já que ele tinha uma leve noção de que a AD existia. Seria naquela noite. Sorriu, sabendo que finalmente um pouco de perigo viria ao seu encontro.

– Onde estava? – perguntou Draco assim que ela entrou no dormitório da Slytherin, suada, com neve nos cabelos e botas, assim como no casaco. Lawrence sorriu para o amigo, sabendo que a maioria dos Slytherins estava ouvindo.

– Lendo. – mentiu, mesmo sabendo que não tinha nenhum livro junto – Lá fora. Deixei o livro na biblioteca e vim para cá. Vou tomar banho. – olhou em volta – Onde está o Daniel?

– Com... Ele está com a Carrie. – sua expressão ficou irritadiça – Ela precisava da ajuda dele.

– Eu nem sabia que ela ainda estava aqui na escola. Pensei que tinha isso embora, porque nunca mais a vi. – bufou.

– Lawren... Você sabe que ela vai jogar pela Slytherin na segunda, não sabe? – perguntou cauteloso.

– Sei. Claro que sei. – olhou em volta, e percebendo que todos fingiam não ouvir, se aproximou mais de Draco e ficou na ponta dos pés, para falar no ouvido dele – Recebeu a mensagem da AD? – mesmo sem ver seu rosto, percebeu quando um sorrisinho de canto invadiu sua face, e ele sussurrou de volta em seu ouvido.

– Recebi. – e logo depois completou – E na próxima vez que quiser sussurrar no meu ouvido, não precisa inventar um assunto qualquer. É só pedir.

E com um sorriso de canto e sem olhar nos olhos da ruiva, saiu de perto dela para entrar no dormitório masculino.

***

– Será que eles vêm? – perguntou Harry, esfregando uma mão na outra, encarando Lawrence. Ela estava séria, mas tentou dar um sorriso falso para transmitir um pouco de confiança no irmão.

– Claro que sim. Ainda faltam vinte minutos, Harry. Não há necessidade para nervosismo. Vá fazer alguma coisa útil até lá. Ajude Hermione com as almofadas, ou vá ler um livro com a Gina. Ou pode ir participar da conversa com o Draco, Daniel e Rony, porque eu não lhe aconselho a se sentar ao lado de Gina, a não ser que queira ser um alvo do seu próprio melhor amigo. – deu um tapinha nas costas do irmão, e se encaminhou para o outro lado da sala, onde Hermione e Gina começaram a conversar calmamente.

– Lawrence! – exclamou Hermione – Você quer sentar? – perguntou gentilmente, com um sorriso.

Lawren deveria admitir que não simpatizava tanto com Hermione como simpatizava com Gina ou com a loirinha que vira em Hogsmeade, mas ela se esforçava a ser simpática com a morena porque sabia que ela se esforçava ao máximo para ser gentil com a irmã de seu melhor amigo. O problema, era que a Potter achava que ela acabava se tornando uma mala e não agia com naturalidade.

– Não é necessário. – disse sem muita emoção, mas sem ser mal educada – Só queria vir para um lugar onde o clima não está tão pesado. Harry está tão nervoso que parece que quando ele passa, tem uma nuvem negra em cima dele. Que aura ruim. – fez uma expressão de desgosto, mas logo tirou ela do rosto – Sobre o que falavam?

– O novo namorado da Gina. – falou Hermione animada, e a ruiva ao seu lado ficou sem expressão, assim como Lawrence costumava fazer.

– Hermione! Ele não é meu namorado, ainda. E de qualquer maneira, duvido muito que Lawrence vá querer saber sobre ele. – disse Gina, olhando para a Potter.

– Tem razão, Weasley. Tenho muita coisa para fazer para ficar pensando no namorado dos outros, que ainda nem é namorado. Mas, eu posso abrir uma exceção para você. – disse olhando para os garotos, que conversavam com Neville que chegara agora – Não porque você é especial. Mas porque eu não tenho nada para fazer, e porque eu realmente acreditava que você era mais uma daquelas que tinha uma paixonite platônica pelo meu irmão. – comentou, se sentando em uma almofada que conjurara para si mesma.

– E ela era. – falou Hermione nervosa, olhando para a ruiva – Mas nós conversamos muito, e eu fiz Gina perceber que Harry gosta mesmo é da Cho, e que a melhor coisa que ela pode fazer é seguir em frente. Harry nunca ficaria com ela. – Gina baixou o olhar – Ela é muito nova e é a irmã do Rony. E agora evoluiu: você deveria ver como ela agia na frente do Harry.

Lawrence olhou para a Granger, sem transparecer nada no rosto. Logo após olhou para Gina, que dava uma leve olhada para Harry e depois baixava a cabeça, ouvindo a risada deles ao longe. Suspirou.

– Isso foi maldade. – por fim disse, assustando Hermione e Gina – Digo, sei que você quis ajudar a Weasley a perceber que deveria seguir em frente, mas isso não deixa de ser maldade. Não é porque ela é mais nova e porque ela é irmã do Rony que ela não teria chance com o Harry. Acredito que Gina tenha tudo que poderia ter para conquistar meu irmão, e acredito calmamente que ela conseguiria. Não é você que pode a fazer decidir de quem gosta.

– Não, eu não quis... – começou Hermione.

– Sei que não. – falou, se levantando – Mas quero que saiba que se dependesse de mim, entre Cho e Gina, Gina ganharia de mil a zero naquela sem sal. E cá entre nós, Harry não gosta da Cho. Harry gosta da menina indefesa que ela finge ser. Da menina sem proteção e blábláblá. Mas depois de dois meses Harry vai ficar cansado de ter que ficar protegendo uma pessoa que não consegue nem mesmo dar um passo sozinha sem cair. Hipoteticamente falando, é claro. – revirou os olhos, e foi para perto dos meninos.

Os quinze minutos seguintes foram tortura, e quando chegou à hora marcada, o sexteto se encontrava em uma fileira horizontal, enquanto Gina e Neville se sentavam a frente deles. Lawrence se pôs entre Daniel e Draco, e juntos, todos ficaram encarando a porta, esperando alguém chegar. As respirações estavam ansiosas, e a ruiva nem notara que estava mexendo os pés como se estivesse dançando de ta animada.

– Se você continuar se mexendo assim, eu juro que vou começar a achar que você quer dançar com alguém, Lawren. – murmurou Draco, olhando para a porta. A ruiva parou imediatamente de mexer os pés e olhou para ele com o canto do olho.

– Eu, hein? Quero ficar longe de danças por um bom tempo preferencialmente. – disse, se lembrando do episódio em que ficara trancada dentro da mente do melhor amigo.

Demorou um pouco, mas as pessoas chegaram. Fred e Jorge fizeram companhia ao grupo, junto com o amigo Lino. Pouco tempo depois, Luna entrou aérea como sempre, mas com um sorrisinho animado no rosto. Cho e Marieta entraram rindo animadas, o que fez Lawren revirar os olhos. Susana Bones chegou e se sentou ao lado de Gina, que fazia companhia a Colin e Denis Creevy. Parvati e Padma Patil chegaram junto com Lilá Brown, e dez segundos após, Agelina Johnson, Alicia Spinnet e Katie Bell. As pessoas foram chegando, cada um no seu tempo, e cautelosamente. Dino e Simas (que estava meio contrariado) foram os últimos, e os responsáveis por trancar a porta.

– Oi. – falou Hermione nervosa – Bom, nós ficamos imensamente feliz de ver todos vocês por aqui. Se estiverem aqui, é porque vocês devem acreditar, assim como nós, que o ensino de DCAT em Hogwarts está precário, e que existe sim, um mal lá fora. – olhou para Simas que parecia querer protestar – Que não precisa ser necessariamente Voldemort, Simas. Se estiverem aqui, é porque acreditam que Harry é capaz. Não só Harry, mas eu, Rony, Lawrence e... – olhou para os meninos da Slytherin – Daniel e Draco.

Hermione nunca pensara que falaria em Draco como um colega mais íntimo, quase amigo, e isso a deixava... Estranha.

– Obrigada pelas belas palavras, Hermione, mas será que podemos começar? – indagou Lawrence, parecendo entediada. A morena assentiu – Pois bem, depois dessa linda fala, nós falaremos um pouco mais, mas preferencialmente resumido. A missão da AD não é fazer nenhum de vocês bruxos melhor do que Dumbledore. Devemos encarar a realidade. AD, armada de Dumbledore, recebeu esse nome porque somos contra essa ideia que o ministério tem sobre o nosso diretos e sobre DCAT. Devemos esse nome brilhante para esse trio ali. – apontou para os três – Devemos lembrar para todos vocês que vocês assinaram um “voto de lealdade” a AD. Se quiserem se retirar, fique a vontade, mas caso falem uma palavra para Umbridge, podem ter certeza que saberemos o traidor, e ele será eternamente odiado pelos leais. Não estamos em uma escola de crianças. Isso é algo sério. Claro que podemos nos divertir, afinal, seria totalmente irrelevante não ter diversão aqui dentro. Só queremos que fiquem cientes de algumas regras. Começaremos os exercícios hoje mesmo, mas falaremos sobre isso com Harry.

Olhou para o irmão, que sorria satisfeito ao ver todos na sua frente. Ele assentiu calmamente, e começou a falar.

– Bom, para começar, devo dizer uma coisa: se tiverem dificuldade com qualquer coisa aqui dentro, podem perguntar para qualquer um de nós seis e iremos ajudar. É claro que há coisas que só Hermione sabe, e outras que só eu sei, por exemplo. Mas sempre estaremos dispostos a ajudar. Para começo de aula, por ideia da minha irmã e de Gina, - olhou para as ruivas – podemos começar por um feitiço mais simples, que é o Expelliarmus.

– O que? – perguntou Cho Chang atrás de todos, e Lawrence revirou os olhos mais uma vez – Isso é um feitiço muito fácil. Não podemos ir direto para o patrono?

– Você nem sabe segurar uma varinha corretamente e quer falar sobre facilidades? – indagou Lawrence – Pois bem, ahm... Como é o seu nome mesmo? Cho Chang? Okay, Weasley – olhou para a ruiva e percebeu que essa talvez fosse a hora perfeita para Gina mostrar para Harry que poderia ser melhor que Cho – Você poderia vir aqui na frente um minuto? – a menina se levantou e se direcionou cautelosa com a varinha na mão – Você poderia, por favor, falar para a nossa querida e sábia Chang, sobre o artigo do jornal que apareceu esses dias e que você achou muito relevante?

Gina olhou para Lawrence e sentiu uma vontade de rir. Em vez disso, reprimiu o sorriso e a risada, e somente falou séria olhando para a japonesa.

– Uma pesquisa feita por áreas não envolvidas nessa briga com Dumbledore, mostrou que 55% da população bruxa nas escolas do nosso mundo fazem os NOM’s sem saber como desarmar alguém, e que infelizmente nossas escolas passam tempo demais ensinando coisas não tão úteis como o nível básico dos básicos de defesa. – terminou a explicação com a cara emburrada da menina a sua frente – Ah, e só para lhe lembrar, Cho, antes que uma tragédia aconteça... Não devemos colocar a varinha no bolso. – olhou para Lawrence e sorriu – A não ser que queira desfigurar todo esse seu corpinho de princesa de Disney. – revirou os olhos ao ver a oriental metendo a mão no bolso e retirando sua varinha, assim como todos os outros a sua frente.

Lawrence olhou para Harry, que tentava esconder o sorriso no rosto, mas no fundo, ela sabia que ele achara engraçado. Depois de todos retirarem varinhas dos bolsos e ficarem imensamente animados para começar, Harry começou a imitar exatamente o que todos deveriam fazer, e conjurou um boneco armado enquanto todos faziam uma fileira para desarmá-lo. Uma coisa era visivelmente certa depois de várias e várias tentativas: metade dos alunos realmente não sabia desarmar alguém. E a verdade mais satisfatória de todas:

Cho Chang fazia parte dessa metade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beijos!